30 setembro 2007

E o que é que faz falta?

O assunto vai ser abordado aqui pela segunda vez. Não o faria se não o achasse de extraordinária importância. É aliás assunto recorrente, nas viagens da Vozes. Quantos milhares de quilómetros foram já feitos tendo como banda sonora a discussão sobre o uso do bidé.
Há neste grupo quem defenda o uso obrigatório deste equipamento sanitário. Há quem o considere de importância menor, e como tal, podem imaginar o tipo de argumentação que é usado para defesa da sua dama… quer dizer, da sua opinião, não vá a imagem causar confusão nas vossas mentes.
Como disse, repito a história: as nossas duas passagens por Macau (1996, 2001) ficam marcadas de forma indelével pela ausência de bidés nos quartos. Falo-vos de uma opção clara dos asiáticos, pois tratavam-se de hotéis com mais estrelas que o plantel do meu Benfica. Em vez de seguirem os bons hábitos que os lusos para lá levaram, foram pelo caminho dos americanos com a ausência do bidé. Ao invés, têm umas sanitas que parecem réplicas caseiras dos lagos suíços: água até ao rebordo, sem termos percebido a verdadeira utilidade de tal. Ainda sugeri que podia eventualmente ser útil para lavar a cara aos pequenos, mas ninguém me acompanhou neste raciocínio.
Eu, que ocupo a barricada dos que vivem sem água, sem luz, sem comer até, mas nunca sem bidé, sobrevivi a estas duas viagens, que somando os dias todos, dão mais de 3 semanas.
Na nossa também aqui já falada passagem pela rádio, não deixámos de cantar a nossa revolta, e assim fizemos este “Falta-me um bidé”, sobre um êxito disco de Patrick Hernandez (Born to be alive). É este momento maior da rádio portuguesa, talvez só ombreando com os comunicados do MFA transmitidos do posto de comando do Rádio Clube Português, que aqui vos deixo, como que antecipando o Dia Mundial da Música. Chamo a particular atenção para a incrustação final inspirada no grupo de cantares de Manhouce. É a cereja no topo do bolo. É isto que faz de nós, modéstia à parte, os maiores!

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Versões da casa

Quem nos conhece, sabe que o grupo já por cá anda há 16 anos, a caminho dos 17 e, obviamente, vindo dos 15. E, felizmente, nunca tivemos o desgosto de vestir como os DJ's (como cantavam os GNR, no seu Sub-16). Ora, com 16 anos, existem grandes novidades na vida das pessoas humanas e, consequentemente, nos grupos musicais humanos. Uma dessas novidades foi captada por este vosso servo, sempre disposto a dedicar parte da sua vida a contribuir para este famigerado tasco cultural. Local do crime: Radio Bar.

Com 16 anos e vários discos editados, este grupo começou a ter o (re) conhecimento público após ter cantado versões de músicas como os Índios da Meia Praia, as Dunas ou o Porto Sentido. É muito fácil pensar num grupo a cappella a fazer versões das músicas que mais gostamos... Não será igualmente fácil pensar na possibilidade de uma música de um grupo a cappella ser interpretada por outro grupo? Pois bem, foi isso que aconteceu na passada semana. Os responsáveis foram alguns dos membros dos Denário, grupo oriundo do Porto. Não só a cidade nos liga, como a amizade, pois o vocalista Pedro Félix aka Bartilotti, foi meu colega de carteira nas aulas de TPS, no longínquo 10º ano na Escola Secundária Rodrigues de Freitas! Já aí tivemos um projecto musical... pode ser que num próximo esgalhanço vos fale nisso (penso que até tenho vídeos, vou vasculhar as vhs empoeiradas). Actualmente partilhamos a mesma sala de fitness, no Holmes Place da Boavista(seria pior se dissesse balneário!).

"Tu lês em mim" foi a uma das 3 versões escolhidas pelos rapazes para interpretarem lá no meio de um alinhamento pensado para mostrar o seu trabalho. Ricardo, o guitarrista de serviço e baixista de ocasião, confessou que o "Mulheres" é um cd que ouve frequentemente, o que tornou a escolha do tema em questão, mais lógica. Tive oportunidade de dizer ao Miguel, o inebriante teclista, o quanto gosto do som mais electrónico que ele consegue sacar, em alguns dos temas originais do grupo. Desta vez, por ser um concerto mais intimista, não tive o gosto de ver em acção o Carlos no baixo e o Daniel na bateria, mas contarei estar num próximo concerto dos Denário, com a formação completa.

Um agradecimento especial aos três que se lembraram de nós, foi bom ouvir por outros o que nós tanto gostamos de cantar. Pena que a gravação não esteja à altura do acontecimento, mas é o que dá filmar com uma máquina fotográfica que custa menos de 90€...

Bom Domingo.





Miscigenados

Lisboa é a capital! Aprendi-o ainda nem na escola andava, não só porque alguém me ensinou, mas acima de tudo porque as viagens à cidade grande deixavam-me sempre deslumbrado. Era o Zoo, o aeroporto, o metro, o aquário Vasco da Gama (que nem sei se ainda existe), os hotéis… era um mundo à parte.
Apesar de mais de três décadas terem passado, o fascínio mantém-se inalterável. Hoje é a profusão cultural que me seduz. É o ter acesso imediato a algo que aqui na aldeia é inatingível.
Esta introdução serve para contar o dia em que eu o Jony e o Cabral fomos ao Nood, um restaurante asiático estilo fast-food nipónico, ali para os lados do Chiado. Ao entrar tive uma sensação de dejà vu, mas o Cabral disse-me que há um em Barcelona… e aí eu lembrei-me de já ter abancado num destes McDonald’s de olhos em bico, lá na Catalunha. O pessoal que nos atendeu denuncia logo esta mistura cultural. Um afro e uma espanhola. Ele, além da simpatia, dominava o português de forma irrepreensível. Ela, além do sorriso, dominava também de forma brilhante o castelhano. Na maior parte das vezes não nos percebia, mas tal como eu lhe disse, isso só seria grave se ela estivesse a trabalhar em Portugal. Acho que ela também não percebeu isto.
De asiáticos, vimos apenas uma senhora, que presumimos ser cozinheira, apesar de, pelas luvas e pela posição das mãos, nos ter parecido mais uma especialista em exames à próstata.
Pedimos Asahi, a mais famosa cerveja do Japão, para condizer com a comida. Depois de bebermos umas tantas, em copos Sagres (que a 3€ cada, tornaram a conta menos simpática), reparámos que afinal e apesar das letras estranhas, são fabricadas na república checa! Isto é a tal multiculturalidade que tanto procuramos, senhores! Felizes, e com menos euros nos bolsos, fomos à procura de mais.
Num roteiro alternativo que nos foi dado, os centros comerciais do Martim Moniz figuravam como prioritários numa visita cultural. Nessa altura incorporou-se ao trio o Tomi, que andava por aquelas bandas. Assim, passeámos entre África e Ásia, conforme mudávamos de piso. Comprámos especiarias, pimentos, incenso e tabaco no indiano. Tudo foi devidamente testado nessa noite. Percorremos todos os pisos e todos os espaços de forma minuciosa, tal era o nosso encanto. Afinal estávamos a dar a volta ao mundo sem sair de Lisboa! Sem sair de um Centro Comercial! Apesar dos vários avisos de proibição, como bom português, não resisti em tirar umas fotos. Fiquem descansados: evitei os rostos dos ilegais. Só apanhei tralha!
Saímos dali e seguimos por uma rua estreita. A Rua do Capelão. Parámos em frente à casa da Severa Onofriana (se duvidam, carreguem na foto), onde orámos, e mais à frente parámos num simpático café que fica em frente à Junta de Freguesia. Pela primeira vez naquele dia (e já era fim da tarde) fomos atendidos por alguém que nos percebeu à primeira. Pedimos imperiais e tremoços sem ter de explicar o que é. Foi talvez o momento ímpar dessa jornada: encontramos um lisboeta!
O regresso de metro fez-nos ainda ter outro encontro fascinante. Mesmo à nossa frente ia o Avô Cantigas, com o seu passe sénior, presumo. Este homem, que é para todos nós uma referência no que respeita ao envelhecimento precoce, é a prova de que já há muito interiorizou esta pluralidade cultural: neste momento vira-se já para outra dimensão e canta o Fantasminha Brincalhão. Prova assim, que este mundo já não lhe interessa, pois dele já tudo conhece. Nós, à sua beira, não passamos de modestos iniciados. Ainda vamos no início da descoberta...

28 setembro 2007

Todos os nomes II

O título há muito induziu-me em erro. Esperava, ao ler o romance de Saramago, conhecido romancista ibérico, acrescentar alguns insultos à já longa lista de nomes indecorosos que fui aprendendo por aí. Mas não. O livro, que eu li na tradução portuguesa, não me ensinou novos nomes… apenas fiquei com a máxima que conheço o nome que me deram, mas não o nome que tenho. A avaliar por alguns que já me chamaram, prefiro o simples e singelo Jorge.
Os nomes podem, no entanto, ser adulterados e até já contei aqui algumas das variantes ao meu Prendas. Quando estas variantes são escritas e públicas o choque é bem maior.
Há umas semanas atrás, enquanto passeava com os meus colegas das Vozes pela Avenida da Boavista, dou com este reclame luminoso:

A primeira ideia que nos ocorre é “estou a ver mal. Tenho de ir ao oftalmologista”. Segue-se o segundo olhar, o contar de pernas das letras e a conclusão brota: é mesmo ANAZÓNIA!
Eu, filho de amazonenses de Manaus, não resisti a tirar a fotografia para mostrá-la aos pais e agora ao país e ao mundo. Fica mais uma para a minha colecção, que tem nesta esplanada de Mafra outro exemplar digno de registo:

E ficam todos os nomes por chamar aos idiotas que ou por ignorância ou fraco sentido de marketing vão escrevendo nomes assim. Fica também um alô para os de Manaus, do Rio, de Resende, de Itapetininga, de São Paulo, de Belo Horizonte e de outras paragens brasileiras. Muita gente do lado de lá frequenta aqui o nosso tasco. Saravá!

O "Luís"


Iniciado o ano lectivo e aumentando a dor da saudade do Verão “tórrido” de 2007, deixo para o lado a preguiça, aqui avidamente protestada, e venho dar mais um contributo ao panteão de lascividade e humor colorido, de branco, que é este Blog das Vozes da Rádio.
Bendito serviço público que me voltou a fazer sentir pequeninito outra vez. Logo pela manhã, de canal 1 em riste numa actualização pelas notícias do dia anterior, é anunciada a rubrica de meteorologia… continuei indiferente pela imunidade que vamos adquirindo à voraz vontade de nos informar, ou melhor, à voraz vontade de nos convencer (moda = serviço público => estou no canal correcto) … nem dei atenção ao segundo nome do senhor que surgiu a apresentar a previsão do tempo para o dia, fim de semana e início da semana seguinte.
Espectacular!!!
Munido de um quadro oferecido pelo Sr. Sócrates, com uma pose retro (os termos eram aqueles mesmos, a rosa dos ventos foi toda citada e os cabos…lindo!) mas com atitude compenetrada e de uma capacidade comunicativa muito mais apurada e capaz de convencer os ouvintes do que muitos dos funcionários ao serviço do público… estava quase a sentir o cheirinho do pequeno almoço com as torradinhas do pão do dia anterior feitas pelo Papá e do leitinho com Ovomaltine preparado pela Mamã e a chamada de atenção para que as minha costas ocupassem novamente o encosto do sofá em vez da pernas… surge a inovação: o Luís (o tal senhor que apresenta as previsões climatéricas) deixa o quadro Sócrates, aproxima-se o plano de imagem ao Luís e inicia-se um diálogo com o pivot, em que este lia algumas perguntas em tom de quem se tinha encontrado no café “O Poeta” para tomar o cafezinho da manhã, e o Luís sempre com o seu ar de inabalável certeza, ia respondendo até à despedida do bom fim de semana…
As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha e da rubrica da meteorologia. Engraçado o Luís e o tom de seriedade dado pelo Pivot como se nos fossem convencer de que aquilo é mesmo verdade (meteorologia e não só). Engraçado concluir que a liberdade está na nossa génese, na nossa Natureza (os Verões tórridos dados como certos e históricos que apenas cheiram a torradinhas, os furacões arrasadores que enfraquecem e não arrasam, as ondas gigantes que ninguém sabe e põe todos a boiar, os buracos que nos vão virar o planeta num Saara gigante e que mesmo sem brigadas anti-buracos aparece tapado, as gripes que nos vão por a voar…).
Viva os monges do Tibete e os monges no geral!
Viva a liberdade do 25 de Abril e a liberdade em geral!
Viva a liberdade de expressão e a plástica e musical!
Viva as Vozes da Rádio e a liberdade de todos comprarem os seus discos em qualquer loja onde os artistas em questão queiram honestamente por à venda (sem a necessidade de implorar a misericórdia de que os mercados lhes sejam abertos)!
Viva eu próprio que gostava que me saísse o jackpot do Euro milhões sem apostar um chavo!

27 setembro 2007

Zamburra

O meu bom amigo João Silva, em vésperas de partir para Newcastle para fazer o doutoramento, não resistiu em mandar-me esta pérola do folclore nacional. Como escreveu ele "não há nada mais étnico do que isto". De facto, nada podia ser mais português: a explicação da senhora tocadora, o cântaro de lata e a pele de ovelha ou borrego. A técnica de execução é, também ela, tipicamente portuguesa. A zamburra ou sarronca correu mundo noutros tempos, e deu à luz por exemplo a cuíca que anima os carnavais brasileiros.
João, espero que o frio e a solidão de Newcastle não te levem a tocar zamburra de forma desbragada, pelas ruas do teu novo poiso, matando assim saudades desta tua terra. Refugia-te antes no bacalhau e no tinto. A zamburra pode ser imagem de marca nacional, mas não é a coisa mais bonita do mundo. E sinceramente, como teu amigo, não quero que sejas conhecido nos meios universitários ingleses como tocador de zamburra.

26 setembro 2007

Parasitismo

Na semana passada falei em preguiça para não esgalhar aqui mais que um par de linhas. Ontem apoiei-me no cansaço para colar aqui uma fotografia, daquelas que gosto de tirar. Hoje vou servir-me do trabalho dos outros, aquilo que tecnicamente se chama de parasitismo.
Antes de vir aqui ao nosso tasquinho andei a ler blogs alheios. No blog do nosso amigo Alegrão encontrei uma linda descrição dos nossos convívios nocturnos, aquelas que ele baptizou de "noites da bohemia". Façam o favor de carregar aqui e divirtam-se com a visão exterior. Já agora, o vinho "Sexy" foi levado pela nossa amiga Leila, mas foi bebido em tão pouco tempo, que nem cheguei a provar. Alguém sabe dizer-me se era bom?

25 setembro 2007

Sem grandes comentários

Hoje é tersa, perssebem? Fui a Lisboa e vim... acordei sedo e cheguei há pouco. Estou cançado. Até amanhã...

24 setembro 2007

Bairro Alto

Voltando às nossas noites de Lisboa, gostava de vos contar que as piores eram sempre as de domingo. Não que estivesse pouca gente a ver-nos no Casino, não…O problema é que ao domingo o Continente está fechado da parte da tarde e como tal era impossível apetrecharmos a nossa despensa para o convívio nocturno. Assim, na última semana, depois da cantoria, decidimos ir até ao Bairro Alto.
Já por lá tinha passado várias vezes, mas nunca num domingo à noite. Tudo muito mais calmo, mas a mesma amabilidade do costume. Logo à minha entrada, uns jovens muito simpáticos, que penso serem funcionários do Turismo da Câmara, acolhem-nos e dirigem-se a mim a oferecerem-me produtos regionais: haxixe, coca e bolota. Eu agradeci muito e expliquei a um deles que nas noites em que saio dou-me à loucura de beber 1 cerveja. Já aconteceu até beber 2, pelo que a coca não é de todo a minha bebida favorita. Quanto à bolota… sou avesso a estas comidas alternativas. Os meus pais ensinaram-me em pequeno uma canção assim: “porquinho foi à horta, pra comer 1 bolota…” e não me vejo a comer comida de bácoros. Haxixe… como não sei o que é, nem teci comentários.
É uma gente tão afável aquela, que lamentei não ter metido uns “Sete e Pico…” para também lhes oferecer. Gosto que sintam que os do norte são também gente simpática!
Deambulámos um bocado e parámos no Maria Caxuxa. O Zé, personagem novo nessa noite e amigo do Cabral, insistia que um bom sítio para irmos era o Finalmente, onde ao domingo há festa gay. Dizia ele repetidamente: “é fantástico!”. Ainda usámos alguns argumentos, mas ele estava firme em nos levar para lá, até olhar para a minha t-shirt. Foi ela que determinou que não saíssemos do bairro alto, apesar dele (bairro alto) ter saído de nós. Ou pelo menos iam fechando as capelas e nós... às voltas. Parámos ainda noutra estação, juntou-se mais gente ao nosso já composto grupo e ali ficámos até a fome começar a dar sinais. Acabámos a comer lanches e pasteis numa confeitaria que além do senhor padeiro tinha cães famintos à porta. O cenário era bonito e os lanches eram de borracha… mas que importa, foram entretendo o estômago.
Foi um serão muito lindo, memorável, repleto de novas experiências e até de novos amigos. Além do Zé, os tais jovens de acolhimento e boas-vindas que se encontram dispersos por todo o bairro alto. Tão simpáticos são, que à nossa saída acenaram com as mãos… quer dizer, não sei se seria para nós ou para o carro patrulha, mas isto só revela a alegria no trabalho. Gosto de gente assim…
A figura do nosso Miúdo nessa noite. Calças à fisioterapeuta ou caramileiro. Tomi diagnosticou a doença: ataque agudo de caramiloidose! E nesta linda figura lá foi ele para o Bairro Alto. Sucesso, não duvido, faria no Finalmente...
Eu e a minha t-shirt: "my friend wants to meet you". E para que não restem dúvidas, o meu amiguinho é mesmo o Tomi! Fotos tiradas ainda nos camarins do Casino antes da aventura contada aqui acima.

23 setembro 2007

Porque hoje é domingo

Em tempos instituí, aqui no blog, o domingo como o dia ideal para apresentar inéditos, gravações antigas, músicas ao vivo, enfim os tesouros escondidos de um grupo a cappella.No seguimento de uma troca de e-mails com a nossa amiga Sofia Espada, manager da revelação Nancy Vieira, aqui deixo o nosso tema de lançamento, os Índios da Meia-Praia. Como apareceu, já aqui foi contado, mas rapidamente relembro-o. O ponto de partida foi um disco de homenagem a Zeca Afonso, os Filhos da Madrugada. Havia 2 vagas para grupos novos. O jornal Sete publicou o anúncio, nós enviamos a maquete. Em Dezembro de 93 lá estávamos na Rua da Centieira, Olivais Sul, a gravar no estúdio Angel 2, com a produção dos ex-Trovante Manuel Faria e João Gil.
Cantámos os Índios até 96 e depois, por uma série de motivos, deixámos de cantar. Em 2004 e a convite da Antena 1 repegámos no tema. Em 2006, com quinze anos e com fantasmas bem eliminados, reintroduzimos no nosso alinhamento.
Esta versão que aqui vos deixo, foi gravada na Fnac de Gaia, por altura do aniversário da loja. 14 de Novembro de 2006.
Para quem nos segue desde os tempos dos Índios, aqui ficam os Índios de 2006.
Bom domingo.

22 setembro 2007

Vitor e Becerro

Em termos de mau gosto e piroseira generalizada ainda temos que aprender muito com os nossos vizinhos espanhóis. Basta uma ligeira incursão em terreno alheio para na primeira mirada darmos com um ícone de gosto terrivelmente duvidoso. Já nem apelo às clássicas bonecas sevilhanas, que dão goleada aos nossos galos de Barcelos, nem às mini-espadas de matadores de touros que cortam qualquer hipótese às nossas canecas das Caldas. Falo de coisas simples. Como o melão ou o presunto!
São esses dois produtos alimentares que trago hoje aqui. Até porque melão com presunto (que duvido tenha sido “inventado” por espanhóis), é uma iguaria que faz parte do meu top de entradas.
Ora os nossos vizinhos têm uma forma original de rotular os seus produtos: chapam com uma etiqueta, que contem a fronha de uma criança. Do melão Vítor Manuel, penso não ter muito para dizer… provavelmente muitos de vós já o compraram por aí nos Continentes e afins, e com um pouco de jeito até já espetaram um facalhão pelo meio da carinha do menino. Fica sempre a dúvida “quem é o menino?”. Será o próprio Vitó? Será o filho do meloeiro? Ou talvez até o neto? O mistério instala-se em mim de cada vez que vejo o olhar terno da criança por cima da casca do melão.Estas férias, numa escapada de um dia a La Alberca, terra de boa carne e bom presunto, trouxe, juntamente com o Jony, um presunto de marca Becerro… A escolha foi condicionada pela etiqueta adstrita à perna do bácoro. Mais uma criancinha, desta vez com roupa à campino.
Imaginei logo a foto do Becerro com o Vitó como forma de publicitar o melão com presunto. Seria uma campanha com impacto, sem dúvida e não sei como é que ainda não se lembraram disto.
Já em terras lusas, e enquanto deglutia o presunto, dei comigo a pensar neste terrível hábito de pôr fotos de menores nos produtos. Será apenas e só mau gosto? Estava com esta dúvida existencial quando se fez luz na minha cabeça! Não, é claro que não!

Uma série de acontecimentos que ultimamente nos têm sido servidos nos noticiários, abriram-me o espírito. Esta é a forma inteligente e eficaz de, em caso de desaparecimento das crianças, se dar a conhecer a sua cara e assim ser mais fácil o seu aparecimento.
Reparem, se o Vítor Manuel ou o Becerro desaparecerem, toda a gente lhes conhece o frontispício. Não podem ir longe. Por outro lado, as estruturas de Marketing e Vendas das marcas podem até tirar proveito disso. Em vez de colarem fotos dos meninos nas estações de serviço, enchem aquilo de presuntos e melões… e, do mal, o menos, pois com as vendas sempre se lucra alguma coisa.
Com este ensinamento, pretendo num próximo ensaio propor a reformulação do nosso logótipo. Porque não tirarmos a nossa silhueta e colocarmos lá os nossos rebentos, em escadinha? São ao todo sete lindas crianças que estariam nos nossos cd’s, nos cartazes, nas t-shirts, no blog. Seriam caras marcadas e internacionalmente conhecidas! Ficaríamos nós mais descansados.
Definitivamente, os espanhóis estão na vanguarda da frente (o célebre epíteto do Café Cenáculo) no gosto foleiro. Mas também estão na prevenção do desaparecimento de menores...

21 setembro 2007

Dar à luz...

Há alguns anos atrás, a história desenrolou-se ao contrário: o homem que brilhantemente nos dá luz, foi dado à luz pela sua santa mãezinha! Pois é, o nosso Pedro Cabral, prémio revelação musical do apartamento vermelho Agosto 2007, faz hoje anos e nós, como seus amigos, regozijamo-nos com o facto.
Para nós Vozes, é um enorme privilégio trabalhar com o Pedro, não só pela sua arte, mas por ser, acima de tudo, um grande amigo.
Para terminar o Verão, aqui fica o último de nós que é parabenizado (adoro este neologismo) num mês quente… e se foram seguindo com atenção, são poucas as Vozes que não contam primaveras em pleno Verão.
Pedrinho, parabéns e até breve. Ah! Esperamos também que reveles ao mundo a tua veia musical, muito para além dos vídeos pouco edificantes que têm aparecido por aqui.

Esta é a imagem que melhor define o Pedro: sempre a trabalhar, preocupado com as luzes, as cores, os efeitos... sempre à procura de fazer o melhor. Por outro lado, veste mesmo a camisola... senão reparem nesta t-shirt das Marés de Agosto da ilha de Santa Maria, onde o nome Vozes da Rádio está coladinho aos Da Weasel.

20 setembro 2007

Corrupção

A corrupção chegou às Vozes da Rádio! É triste ter que o admitir, mas foi ela (a corrupção) que nos “roubou” um dos nossos. Bom, a história não é totalmente assim. A culpa é nossa, que temos revelado ao mundo uma série de gente incrivelmente talentosa e que depois naturalmente vai tendo outras solicitações.
Conheço o Carlitos há mais de 20 anos. Fui seguindo, como amigo, o seu percurso. Lembro-me do dia em que ele me contou que iria sair de engenharia e ia fazer o que seria o seu sonho: o curso de som e imagem. Lembro-me do relato das aulas que teve com um tipo que era argumentista do Almodôvar. Lembro da nossa conversa quando o convidei para trabalhar mais de perto connosco, por alturas do concerto de inauguração do Museu da Alfândega. Dos vídeos das Mulheres, do acompanhamento das gravações, dos concertos com vídeo em tempo real e do dia em que ele me contou a decisão de ir viver para Lisboa por questões de trabalho. Pois nem uma semana, o desgraçado esteve sem trabalho! Como podem ler, ele está em grande! E nós ficamos muito felizes!
Carlitos, como podes comprovar, fica cumprida a minha premonição de 2000: trabalha connosco e pode ter a certeza que não te vais arrepender. Assim tem sido com muita gente, desde designers, a técnicos, passando, como é óbvio, por músicos. Já agora… ainda temos trabalhos pendentes, não é? Vamos lá acabá-los!

Memórias...

Porque hoje desloquei-me ao ginásio com a t-shirt oferecida pela São Rosas... Ofereço-lhe isto:


Há quem te ofereça rosas, São... eu vou mais longe e ofereço-te uma rua, bem no meio do Oceano Atlântico... Penso que se situa em S. Miguel, fotografei-a numa das nossas visitas "em trabalho" aos Açores. Lá não servem tofu, mas têm bolo lêvedo, Kima maracujá e Chá Gorreana. Como será o sabor da soja cozida nas furnas?

De volta ao estúdio

Na semana passada fui surpreendido pelo Fernando Correia Marques, (sabem quem é? O homem do Burrito, a Pulga e Eu, Vai-te Embora Pulga Vai e outros êxitos de carácter animalesco) que em plena Praça da Alegria disse que “só grava de dois em dois anos para não esbanjar talento…”.
Infelizmente não temos o talento, nem a profícua verborreia deste nosso colega zoófilo (a avaliar pela temática dos seus êxitos) e passámos este domingo e segunda enfiados no estúdio.

Pouco tempo passou desde as gravações do “Sete e Pico…”, e por inexistência desse dom que o cantador único do gado asinino tão bem conserva, só o revelando de dois em dois anos, lá voltámos para gravar uma canção que deve aparecer antes do Natal.
Onde? Como? Com quem? Pois nem nós temos os dados todos, nem sei se os que sabemos podem ser revelados… o que posso dizer é que nos divertimos imenso e quem sabe não foi este um primeiro passo para também nós entrarmos no reino da bestialidade onde o nosso colega FCM já habita há tantos anos.

Imagem mais do que esperada! Qualquer passagem pelo estúdio, acaba nisto. O Jony é dos menos resistentes ao sono e mal se apanha ali no sofá vermelho, adormece. Muito simpática é a posição da chave de parafusos mesmo atrás da cabeça do Jony, a jeitos de lhe vazar uma vistinha...
A contemplação da obra de arte. Dois dos artistas ouvem o resultado do seu trabalho e entram em trabalho catártico. Um deles é o Tomi. O outro é um indígena do Botswana.
"A verdadeira utilidade das calças com fechos nos joelhos" ou "O Eterno Palhaço". À falta de melhor divertimento fui abrindo as calças...

19 setembro 2007

Preguiça

A preguiça hoje é grande em escrever mais do que 2 linhas. Dos outros quatro palhaços já nem falo... Eles são A preguiça. Bom, para não quebrar o compromisso diário, sirvo-me de outra gente que faz rir tanto ou mais do que nós. Deixo-vos com a brilhante Miss Teen South Carolina. God bless America!

Ó Tomi, tu que és pessoa que entende disto... é crime ou é pecado, neste caso?

18 setembro 2007

Senense

Volto atrás no alinhamento deste Verão dos nossos concertos, e paro em Seia onde fomos (como aliás em todos os lados por onde temos passado) muito bem tratados. Para mim teve logo a emoção de ficar alojado no Hotel Camelo. Como aqui escrevi nessa altura, desde pequeno que o nome do Sr. Jorge Camelo me ficou na cabeça. Do hotel já nada me lembrava. Soube aliás que o sítio onde passei em 72, 73 (lembro-me lá eu…) ardeu. O novo hotel foi o nosso poiso para essa noite e o restaurante do hotel, o local onde jantámos. Se de pequenino gravei o nome do meu homónimo, desta vez guardei o bacalhau com broa que inclusivamente já levou o nosso amigo Tio Manel (o senhor que tecnicamente nos transacciona, vulgo agente) a regressar ao local do crime. E se são habituais leitores deste pasquim sabem quem foi que sugeriu tal prato… O Zé António, é evidente!
Depois, foi o concerto… diz a modéstia que neste momento não me devo pronunciar. Por isso, e para além dos comentários que foram aqui postos nessa altura, uso palavras de um dos mails que recebemos: “Quero dar-vos os parabéns pelo espectáculo de Seia, sinto-me no entanto, envergonhada por ser Senense... por estes não terem aderido em força como seria de esperar. Foi o MELHOR espectáculo que a Fiagris 2007 teve. Obrigada pela noite...”. Resta-me dizer que apesar da vergonha da Letícia, o anfiteatro estava bem composto e a noite não estava particularmente agradável. Havia um vento desconfortável que com certeza afugentou os menos corajosos.
No fim houve a tertúlia natural destas noites. Eu e o Tomi ficámos a falar com o Dr. Carlos Lopes, causídico da região e responsável por um coro de Oliveira do Hospital. Mais tarde apareceu o Paulo Alexandre, homem de voz radiofónica e speaker habitual no estádio do Glorioso (sendo ele um sportinguista, o que não me parece bem, mas a qualidade da voz faz-me perdoá-lo!). Com o Paulo estavam mais alguns amigos e acabámos todos no bar de um deles (esta é a parte em que fica a descoberto a falta de memória, ou os efeitos dessa noite, pois não me lembro nem do nome dos restantes, nem tão pouco do nome do bar…) a comer o melhor pão da serra (com o proprietário da fábrica ali connosco), presunto e a beber uns líquidos. Grande serão, noite curta… e foi sair dali para Lousada, que fica para outro esgalhanço.
Do Paulo, tivemos notícias esta semana. Para ele um abraço e visitem o blog dele. É só carregar aqui.
Parafraseando aquele jogador de futebol que em 2002 não foi ao Mundial por causa do doping, Ich bin ein Senense… pelo menos por um dia!

16 setembro 2007

Reviravolta

O nome, logo à partida é simpático e identificamo-nos com ele. Reviravolta é também aquilo que procuramos constantemente fazer. Por isso foi muito fácil respondermos afirmativamente ao convite que a Associação Reviravolta nos fez para estarmos hoje no primeiro aniversário da loja de comércio justo da Rua de Cedofeita.
Esta tarde, 15 de Setembro, lá fui eu e o Tomi (e não sei se mais algum colega meu, mais tarde) dar um abraço e os parabéns à malta da Reviravolta, em especial ao Guilherme que nos dirigiu o convite para estarmos presentes nesta festa de aniversário. Tomámos cafés, sumos e comemos bolos (tudo feito com produtos que são lá comercializados e que resultam do princípio do comércio justo). A causa em si é nobre e queremos mesmo acreditar que a reviravolta está a começar em pontos onde ela precisa ser feita. As Vozes da Rádio mostram assim que também são um grupo de (boas) causas e não só de festas pecaminosas, como pode às vezes parecer da leitura deste blog.
Por isso amigos, depois de torrarem todos os euros possíveis e imaginários em nós (que mais que comércio justo, é acção benemérita para com cinco músicos), passem nas lojas de comércio justo (ou em Cedofeita ou no Parque da Cidade, aqui no Porto) e abasteçam a despensa, decorem a casa ou juntem-se a nós, comprem uns instrumentos musicais, pratiquem, e inscrevam-se no sindicato dos músicos.
Nós com as compras feitas! Queríamos ser solidários com os plantadores de coca da Colômbia e os floricultores de papoilas do Afeganistão para oferecer aos nossos amigos de grupo produtos de qualidade. Infelizmente o comércio justo não cobre estes produtos artesanais, por isso fizemos comprinhas para nós: chás e cafés do Sri Lanka, Brasil e Bolívia.

14 setembro 2007

Gloriosas Noites II

Como todos os bons filmes este também tem a sua sequela. Mostra-se agora aqui, em jeito de reportagem, a última semana na sala vermelha. A movimentação foi grande e houve a participação de gente nova que se associou a estas tertúlias culturais. Nas duas últimas noites contámos com a presença e animação de colegas de bolacha: a Leila, uma bailarina inglesa do Crazy Horse que fazia parte do show The Dream Bodies (acho que qualquer comentário a partir de agora sobre a nossa amiga poderá ser mal interpretado) e os fantásticos acrobatas ucranianos Duo Alexion. O mais novo, o Alexander aparece nestas imagens com uma entrada triunfal, passava já das 3. Nas imagens a seguir aparece também o qualquer coisa xion. A verdade é que eu (e não só eu), perguntámos-lhe o nome várias vezes e ninguém percebeu. Mas demo-nos todos muito bem! O leque de palavras em inglês destes nossos novos amigos de leste resumia-se a: beer, great party, happy, cigarette, joint. O resto era mesmo em russo, ou ucraniano e linguagem gestual. Eles divertiram-se imenso e isso ficou provado com o último mortal do Alex, feito no terraço, enquanto voltava para o apartamento dele, ali mesmo ao lado do nosso.
Bonito seria colocar além das imagens, as horas a que foram filmadas, para mais uma vez reforçar a teoria da boa vizinhança.
Aqui podem ver algumas das pessoas que foram frequentando o nosso lar. Não aparecem todas até porque elas também se distribuíam entre a sala, a cozinha, a varanda, a casa de banho… Podem mais uma vez constatar os talentos do Cabral, a apetência para a dança do Tomi, a mestria do Vilhas na guitarra, esquemas de afinação alternativos do colectivo, e um trio maravilha, nas últimas imagens, que junta ao Cabral, o Nuno e a Patrícia. Seguindo o enredo da canção, eu voltei ao aconchego do meu quarto nessa altura (seriam umas 5 horas), mas a festa continuou. Eram sete quando troquei mensagens do quarto para a sala a pedir que não usassem a mesa e as cadeiras como adufes na interpretação do Milho Verde. Debalde, é claro. Seria lindo se escrevesse aqui a resposta que recebi… ou não, é melhor não. Já na véspera tinha ouvido às nove e meia um terceto a cantar o Can’t Help Falling in Love! Foi uma forma linda de despertar.
A verdade é que hoje já sentimos falta destas tertúlias que muito nos enriqueceram culturalmente. Foi uma forma fantástica de estarmos com aqueles que nos vão seguindo (a Tany, Ana Luísa, Filipa, Patrícia, Rita, Jacky, Maria, … e como me vou esquecer de muitos fico já por aqui), de estarmos com os amigos do Sul (estes todos e tantos outros como o Monge e o André, que correu o risco de nos convidar duas vezes para jantar em casa dele) e de criarmos novas amizades como são os casos da Leila (Hi Leila! You were the beauty between these 5 beasts! Kisses from us) e o Duo Alexion (Здравствулте! друзья! Вы большими!).

13 setembro 2007

Um brinde ao papá

Tomi, és um dos meus heróis, não duvides... É bom ver alguém a levar a sério os pedidos do Sr. Sócrates. Para ti, um brinde. Parabéns a você e à mamã também.


Olha o que encontrei!

Alguém aí em baixo, algures num comentário, escreveu que "quem tem google tem tudo (ou quase)". Pois se a isto juntarmos o Altavista, o Hi5, a Wikipedia e o Youtube, podemos abolir o "quase" (se mesmo assim não chegar, junte-se o redtube para os desesperados, e definitivamente apague-se o "quase").
Foi num passeio pelo Youtube, empurrado por um vídeo nosso, que dei com este Day One, retrato do nosso primeiro dia em alto mar, quando em Abril deste ano, fizemos o cruzeiro Fitness Holmes Place. O Holmes é (desde esta altura) o nosso ginásio de eleição, local privilegiado para nos encontrarem e responsável pela minha mudança radical de silhueta. Há dias em que olho para mim, e vejo um touro!
Passados estes meses é óptimo rever estas imagens: a saída de Lisboa e o ambiente de festa, com o povo todo animado em exercício e dança. O nosso Miúdo está lá no meio, é quase garantido. Garantidíssimo é eu não estar (por esses dias ainda não me tinha convertido num gymaholic). O mesmo se aplica aos outros. Depois aparece a recepção com os embarcadiços vestidos de branco, a animação nocturna com as bailarinas, o Eduardo Madeira e um bocado do "nosso" Tainted Love, com começo ao som da ondulação, e participação do nosso amigo, e ex-colega na Rádio Nova, Francisco Menezes.
O resumo deste primeiro dia termina com a festa branca na discoteca, que eu tive agora a primeira oportunidade de ver, pois como sabem sou rapaz muito ajuizado, levo uma vida bem regrada, fujo destes ambientes nocturnos de fumo e de bebidas, e fui-me deitar logo após a actuação.

12 setembro 2007

Alegria! Alegria!

Estamos todos muito felizes! A família das Vozes cresceu! Hoje, dia 12, o mais novo do Tomi resolveu sair do casulo e saudar-nos! Ficou a conhecer os três maninhos, os pais, a família… e os colegas do pai. Fica o Tomi com melhor abono de família, com desconto maior na creche e com o problema do carro por resolver.
Para recebermos o Francisco fica aqui (mais) um momento brilhante do seu papá. Abril de 2005, espectáculo Mulheres. O Tomi veste a pele de Anjo Azul e encanta com a Lili Marleen. Nesta raridade podem ver o Sérgio Silva na bateria, o Pedro Ferreira no baixo e o Vítor Silva na guitarra. Quanto às vozes podem-nos ver com instrumentos o que é também raro: o Vilhas e a sua guitarra azul (não tão raro quanto isso), o Miúdo de clarinete (impossível de repetir: o clarinete foi roubado), eu no piano (quase tão raro como um eclipse solar).
Tomi e todos os teus (em especial o Francisco): parabéns e um enorme abraço destes teus amiguinhos!


SAGA LUSO- A CHEGADA

Já experimentámos de tudo!
Cantar em palcos mínimos, bater com a cabeça em candeeiros enquanto cantamos, ter os camarins a 200 metros do palco, não ter saída traseira para o camarim (ou quase não cabermos todos lá dentro) subir para o palco em escadas tremeliquentas ou sentir o chão a tremer com as vibrações...enfim...DE TUDO!

O que ainda não tínhamos experimentado:
Chegar ao palco DE BARCO!

Ora, no Luso, no passado dia 31 de Agosto e num cenário ESPECTACULAR promovido pelo Aquajovem , tivemos de vestir os coletes e dar ao músculo braçal! Ora ninas! E como em todas as tarefas a que nos propomos, modéstia à parte...mais uma cheia de sucesso! Chegámos sãos e salvos ao palco e depois foi só dar ao dispasão e "botar cantoria"...Ah! E aproveitar a indumentária!


11 setembro 2007

Coisas de Lisboa que não entendemos II

Ok, assumimos, fomos lá ao engano levados pelo nome do edifício... mas já agora, então para que é que isto serve? Porquê esta patética homenagem aos goffres ainda para mais sem recheio? Já não nos chegam as waffles da Triunfo com sabor a chocolate? São estes pequenos nadas que criam o fosso norte-sul. Pequenas esquírolas culturais que nos afastam. Saibamos pois, colmatar estas diferenças, fazendo pontes dentro de nós.

Coisas de Lisboa que não entendemos I

Alguém nos explica isto? Boca seca, coluna húmida? E só para bombeiros? Não consigo esconder a minha inquietação por esta mensagem, que me parece subliminar. Passava por esta placa todos os dias ao sair do apartamento. A verdade é que muitas manhãs saía com a boca seca, mas (que me lembre) nunca senti a coluna húmida... São estes mistérios e estas diferenças que nos separam...

10 setembro 2007

Um pouco de seriedade, se faz favor!

Mal falei no ambiente de alegria, de partilha e de euforia controlada que havia no nosso apartamento vermelho e caíram logo piadinhas, aí nos comentários, comparando aquele ambiente são e puro ao das festas de futebolistas! Deus vos perdoe, almas pecadoras!
Por isso, e quando me aprestava para exibir mais uma parte dessas gloriosas noites, resolvi inverter o sentido deste pasquim e virar-me para a cultura. Sim, porque este é um lugar de cultura, e assim costuma ser apresentado nos nossos concertos.
Tudo isto, para justificar a colocação aqui de um vídeo que descobri nas férias e que me fez recuar ao fim da década de 80, fim da frequência do Conservatório do Porto, onde eu e todos os colegas da altura descobríamos outras músicas. Uma das minhas maiores descobertas (talvez nas férias de 86, 87) foi o Pat Metheny Group. Lembro-me dos concertos que ele deu no Coliseu (fui pelo menos a três) e de o público ser maioritariamente constituído por músicos. O Vilhas estava lá e o Jony quase de certeza (ele que confirme…). O Miúdo ainda não tinha nascido… do Tomi não sei… talvez já estivesse a tratar dos filhos! Lembro-me especialmente do concerto em que ele apresentou o Letter From Home, com o seu melhor “group”. Uma autêntica selecção internacional (como, aliás, nós nas Vozes): o brasileiro Armando Marçal, o argentino Pedro Aznar e os companheiros americanos mais fieis: o Lyle Mays, o Steve Rodby e o Paul Wertigo. Na altura, todo o som destes senhores me marcou muito. Hoje ouço de maneira diferente, mas ainda com muito agrado. Além disso, com o Pedro Aznar descobri que cantar em falsete pode não soar mal e que o castelhano da Argentina é muito mais musical que o espanhol, com o Lyle Mays percebi que se pode tocar muito bem piano sem tocar muitas notas e com o Pat Metheny que se pode fazer canções bonitas sem serem óbvias. Como é o caso deste Dream of the Return. Pois então fica aqui este vídeo com imagens da BBC. Volto à rambóia no próximo esgalhanço. Boa Noite!

08 setembro 2007

Gloriosas Noites I

Pronto! O aviso fica logo aqui para saberem que no vídeo mais abaixo há palavras e cenas que podem chocar os menores e os mais sensíveis.
Há quinze dias atrás estávamos nos preparativos para a última semana na bolacha do Casino Lisboa. Daí para cá têm-se acotovelado os escritos sobre o mês lisbonense neste nosso diário de bordo.

A quantidade de material permite que se fale desta passagem pelo Casino até o grupo se reformar por invalidez, fruto da magia do digital e também das horas intensamente vividas para os lados do Parque das Nações. Sim, porque na realidade viveram-se mais horas que habitualmente. O apartamento vermelho, o 1º esquerdo do Bloco Atlântico estava aberto a noite toda, com a vantagem de nunca ter recebido a visita da ASAE, nem muito menos dos gangsters da noite. Saiu de lá tudo bem vivo.
Passo a esgalhar (li a expressão em castelhano num blog dos nossos vizinhos: postear! Ser espanhol é castigo divino, mesmo!) sobre a madrugada de 14 de Agosto,
dia em que o Jony cumpria mais um ciclo de vida. Já aqui se falou sobre esta jornada, mas há sempre mais a dizer. Se isto fosse um cd de compilações chamar-se-ia: As Gloriosas Noites – As melhores baladas. De facto esta noite foi dada ao romantismo. João Monge pegou na guitarra e saíram duas baladas com poemas seus. Depois o Jony puxou das memórias da infância e lembrou-se da balada da ceguinha, que o Lionel Ritchie tão bem cantava. No fim Pedro Cabral mergulhou no Oceano do Djavan. Só faltou a lágrima porque de resto houve tudo: açorda de camarão, bebida, boa companhia (vislumbro nas imagens o Carlitos, a Susana, o Henrique, a Maria, a Jacky, o Alegrão, o Monge, além, é claro, de nós, do “nosso” Nuno e do “nosso” Cabral com a “sua” Marta, mas é provável que mais gente tenha por lá passado) e houve até um momento de que infelizmente não há imagens. O momento Zeca, com o Cabral e o Monge a cantarem de peito aberto as músicas que fizeram Abril, e que Abril fez também. Nessa altura estava entretido na cozinha a tratar do camarão… mas foi momento lindo, isso garanto. Tudo é claro com a bênção dos nossos vizinhos.



Os dois primeiros excertos são já replay, por isso nem merecem comentário. O Jony à guitarra é pouco usual (percebe-se bem porquê) e o Pedro Cabral foi a revelação desta saison. Para nós não, já o conhecemos, mas para os outros. Reparem bem o orgulho da Martinha no seu menino (não dá bem para ver… mas ouve-se).

Cereal Killer

No passado dia 20 de Agosto fomos entrevistados no Rádio Clube Português. Por esses dias, um grupo folclórico intitulado Verde Eufémia, invadiu uma plantação de milho transgénico, destruindo a plantação, alimentando os jornais e os noticiários da rádio e da televisão. Na verdade, ao ver as imagens, fiquei com a sensação que um encontro tão razoável de freaks e inúteis já há muito não se realizava em Portugal. Só por isso merecia todo o destaque dado pelos media. E digo isto porque gosto mesmo destes ajuntamentos de raridades. Divirto-me a sério. Dias depois vi um dos responsáveis (?) do Verde Eufémia em conversa com o Mário Crespo na SIC Noticias e percebi que com um pouco de sorte podemos ter artista para mais uns tempos: basta dar-lhe um pouco mais de espaço e rapidamente esqueceremos o Tino de Rans ou mesmo o famoso Emplastro do Porto.
Isto tudo para vos contar o que ficou por dizer nessa entrevista no RCP: eu também já fui um Cereal Killer! Foi prometido durante a emissão ao Aurélio Gomes, que iria revelar esta história, mas o relógio traiu a narrativa.
Há mais de 20 anos, teria eu 17, 18 anos, fui acampar com um grupo de amigos para os lados da Torreira. Campismo selvagem e ilegal como manda a lei. Metidos no meio do mato, saíamos à noite para nos misturamos na movida estonteante da Torreira. O programa era tão aliciante que havia sempre necessidade de inventar algo, não se fosse morrer de tédio! E um certo dia alguém teve a ideia brilhante de assar umas espigas de milho. Verificamos que dos ingredientes necessários para a iguaria só faltavam mesmo as espigas. Nada mais fácil: atravessava-se a estrada e em frente um lindo campo de milho nos esperava. Como conhecedores, andámos à procura das espigas ainda de leite, mais moles, para ainda nessa noite as comermos. A agitação no milheiral devia ser tanta, que o jeep da GNR parou e foi averiguar. Dois guardas, daqueles genuínos de bigode, logo deram connosco e mandaram-nos subir à confortável viatura para nos identificarem na sede social deles. Foi um caminho bonito, uma viagem diferente e sobretudo uma noite agitada, algo que procurávamos incessantemente. Fomos identificados, ficaram com os nomes e as moradas dos prevaricadores e ficou a ameaça: “se o proprietário apresentar queixa pelas espigas destruídas terão que pagar o prejuízo!”. Ainda hoje vivo no medo. Ao fim e ao cabo as quatro espigas que surripiei acabaram por ficar no campo e nem pude usufruir do meu furto qualificado.
Por falar em RCP, ouvi hoje que a Ana Sousa Dias vai ter um programa de rádio! Eu, que sou muito interessado nestes fenómenos empresariais, nunca pensei que o grupo MediaCapital invertesse o sentido do seu investimento e se virasse agora para a indústria farmacêutica. É que a avaliar pelo dinamismo sempre demo
nstrado na televisão, não deve haver no mercado melhor indutor do sono. Jogada de mestre dos senhores da Prisa!

07 setembro 2007

Águas do Luso

No passado dia 31 de Agosto estivemos no Luso, mais propriamente no lago do Luso, naquele que foi o primeiro festival AquaJovem. Logo à chegada ficámos deslumbrados com a linda paisagem que nos aguardava. O recinto onde decorreu este festival foi dos espaços ao ar livre mais bonitos onde já cantámos até hoje. O palco foi construído no lago e a nossa entrada em palco foi de bote! (voltamos aqui à questão barco, navio, bote, canoa…).

Aqui vos deixo hoje um pouco do cenário que fui filmando enquanto o Miúdo fazia o ensaio de som. Chamo a atenção para uma série de pormenores: a forma como o Nuno (técnico de som) venera a entidade patronal dizendo “vocês é que mandam”, o corte de cabelo radical do Jony, a azáfama em palco…
Entretanto deste concerto fica aqui também mais um lindo contributo da Helena e da Joana, duas amigas de Coimbra que nos foram ver ao Luso e que levaram um “Sete e Pico,…” para casa. Estas meninas foram de uma extrema simpatia e mandaram-nos para o nosso mail as fotos que tiraram, fazendo assim o que eu vou pedindo em palco e aqui no blog. Quanto à carta, “teenagers”, em breve recebem resposta nossa. É só haver tempo.

Os meninos e as meninas. Um muito obrigado pelo envio, Helena e Joana. É bonito ir construindo este nosso cantinho com o que nos mandam. Do choque tecnológico da passagem do analógico para o digital... percebo a dificuldade inicial. Também passei por isso. Mas depois de se habituarem à máquina digital, não querem outra coisa... o que se poupa em revelações e ampliações compensa o choque!

06 setembro 2007

Arranjo Vocal

Uma pergunta recorrente é a de como trabalhamos as músicas, como fazemos os arranjos. Nesta passagem por Lisboa a Patrícia perguntou-me o que significa “arranjo vocal” que está escrito nas capas dos discos. Queria ela saber qual o trabalho que é feito individualmente (o nome do animal corresponde ao tipo que fez o arranjo) e aquele que é desenvolvido em grupo, em ambiente de ensaio.
A melhor explicação é mesmo começar a apresentar casos práticos. Tenho esta deformação profissional e hoje visto o papel de pedagogo.
Vamos partir de dois temas do último disco “Sete e pico,…”. Fiz aqui uma mistura às três pancadas (técnica aprofundada nos tempos do Dia dos Senhores) para mostrar as mutações entre os originais dos Mafra e os nossos arranjos. O primeiro caso, “Vinho da Clarinha”, é quase um decalque da versão original. O Jony pegou nas linhas dos instrumentos e pô-las nas Vozes. A proximidade é tão grande que deu para sobrepor a versão original com a nossa e ouvir o Reininho e o Manuel Barros em pleno dueto… digital. No segundo exemplo, “Amores das Beiras”, já a proximidade não é tão grande. O Miúdo afastou a música do ambiente coimbrão e pô-la mais lenta. Tirou-a da Beira Litoral e colocou-a na Beira Baixa. Podem ouvir o Miguel Guedes mais arrastado do que o Manuel Barros. No fim o benjamim fez aquilo que chamamos de incrustação, ao por a “Camisa Negra “do Juanes. Fez também uma alusão (este é também chamado de grupo alusionista) à Kizomba tão do seu agrado, ele que é um fã incondicional dos Irmãos Verdade.
Depois disto tudo escrito naquelas folhas com cinco linhas, que fazem lembrar as folhas para treinar a caligrafia da primeira classe, é ensaiar em grupo, onde acaba sempre por aparecer uma ou outra sugestão. Deixa-se arrefecer e está pronto a comer.
Noutro dia irei mostrar as aversões: aquelas em que o original é completamente esventrado e transformado em algo diferente. Técnica Sarajevo, assim é conhecida entre nós. Como o “Vi-te picar no Ouriço”. Fica para a próxima aula.


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05 setembro 2007

Cruise Control

Já não é a primeira nem segunda vez que o menino Joca pede, em concerto, que todos aqueles que tiram fotos das performances artísticas, fazem filmes das diabruras ecléticas, seja com telemóveis, máquinas digitais portáteis, reflex, máquinas de filmar (e outros que não me lembro agora), enviem para mais tarde serem aqui chapados. Felizmente ainda há gente que vai contribuindo, como a Tany, a Jacky, o Marafuz, o Alegrão... Hoje o contributo veio de alguém que connosco se cruzou no cruzeiro (curiosamente até antes, na viagem Porto-Lisboa, na bela da camioneta). O Bruno Marques, frequentador do Holmes Place da Boavista (ginásio onde eu, o Tomi e o Vilhas esgalhamos diariamente o cabedal) foi simpático e enviou-me o seu registo da nossa actuação numa das noites do cruzeiro. Terá sido a partir dessas noites que as tão badaladas "experiências limite" começaram? Nem sei bem, pois tenho uma memória demasiado selectiva... Só sei que mal abandonámos o navio (e não "barco" ou "bote"....) sentimo-nos homens diferentes... Deve ter sido do embalo das ondas conjugado com o luar no mediterrâneo...




Tainted Love com perninha vocal do stand-upper Francisco Menezes.

98 ponto Nova

Toda a gente sabe que temos um carinho especial pela rádio. É tão grande essa ligação, que transportamos o nome rádio às nossas costas há 16 anos.
Há no entanto umas que nos estão mais próximas do que outras. A Rádio Nova, é das que está colada a nós. Foi lá que em 2002 desenvolvemos um dos projectos mais criativos da nossa carreira, o Dia dos Senhores, programa que nos pôs no ar aos domingos de manhã, todas as semanas. A nós juntava-se o Sérgio Sousa e montava-se o circo com palhaços, acrobatas e cães amestrados. Alguns minutos desses tempos já foram aqui colocados e os que temos em carteira ainda darão para muitos esgalhanços.
Ontem a Rádio Nova atingiu a maior idade. E a festa (que ainda faz os seus efeitos), teve a presença dos Senhores! Foi um excelente serão cheio de reencontros com os nossos ex-colegas de estúdio, com os senhores directores, com os senhores accionistas, até com um velho colega de escola que não via há muitos anos.
Depois de um repasto de nível, com a escolha de vinhos a ser feita e comentada pelo Hildérico Coutinho da Galeria de Vinhos, passou-se aos discursos e às recordações da Nova. E com emoção ouvimo-nos na galeria das boas recordações da rádio.
Estar num convívio destes e não cantar é como o clássico ir a Roma e não ver o Papa. Por isso lá desfiámos o Vídeo Killed the Rádio Star (numa clara homenagem a estes 18 anos) e o Goodbye my love, goodbye, essa execrável canção que nos trouxe à memória o programa sobre Cultura Russa, onde este tema foi cantado pela primeira vez.
Acabámos em cavaqueira no parque de estacionamento (ao menos era ao ar livre) e a conversa foi deslizando. Saímos de lá já passava das 3. O grande Kikas até prometeu um remix de um tema nosso. Vamos lá ficar expectantes à espera.
Para a Rádio Nova, agora que tem a maior idade, as maiores felicidades. E já sabem, jantares, convívios, festas… contem sempre com as Vozes. E para o resto também, mas essa é conversa para outra altura.
A mesa em que ficaram os meus amiguinhos. Desta vez não fiquei com eles. Sentaram-me na mesa do Sérgio, do Nóbrega, do Filipe, do shô director e mais uns companheiros de jantar.

Momento de ternura entre o escriba deste esgalhanço, o Sérgio e o Filipe (agora no Rádio Clube Português).

Imagem deplorável do fim do jantar. César Nóbrega, grande jornalista, crítico de cinema daqueles que vão a Cannes e tudo, animador de nível das manhãs da Nova demonstra todo o seu afecto por um dos cantores do grupo a cappella que esteve no jantar da Nova. A verdade é que a culpa deste momento arrebatado é do Hildérico e dos néctares que ele escolheu.

04 setembro 2007

AS PROPOSTAS DE REININHO…


Rui Reininho apareceu este último fim-de-semana na revista do Sol como a “Figura da Noite”. A entrevista versou sobre o tema S.João e sobretudo nas diferenças que Reininho encontra na forma de se festejar hoje o S.João na Invicta e de como se festejava há uns anos atrás…

Reininho é um apreciador nato do S.João e acha graça ao facto de ser a oportunidade de se dar uma martelada em qualquer pessoa, de qualquer classe social… Até ao Presidente da República, diz ele!


Nesta Entrevista Rui Reininho aponta as suas 5 propostas de música e adivinhem quem lá está: Sete e Pico Oito e coisa nove e tal! Ah pois é!

Os Bons gostos não se discutem! ;)