20 março 2010

Ainda a propósito das Mulheres

O dia internacional da Mulher já lá vai e o Miúdo, no dia certo, deixou aqui o seu escrito. Ao mote do dia respondeu ele, e bem, com o nosso disco Mulheres que, sem eu ter dado por isso, já tem 5 anos. Curiosamente ainda ontem num zapping, ouvi o "Tu lês em mim" numa série da RTP1, que julgo chamar-se Pai à força, ou qualquer coisa parecida. É, para mim, um (bom) sinal de que aquele trabalho não está datado e como tal, pode continuar a ser ouvido.
Temos todos a noção que o álbum Mulheres é o menos consensual das Vozes. Esta semana, curiosamente, conversei sobre isto com o meu amigo Joaquim que, como muitos outros, não percebeu bem a ideia de um quinteto a cappella ter cometido tamanha infidelidade num disco inteiro.
A verdade é que nos apeteceu, como nos está constantemente a apetecer, fazer coisas diferentes. Até vos posso adiantar desde já que esta minha ausência do tasco passa pela preparação de algo... completamente diferente. Voltando ao Mulheres, o disco está cheio de referências a influências musicais que fomos (especialmente eu) tendo durante a vida. Tenho para cada tema várias explicações e histórias: o porquê daquela frase, daquele som, daquele instrumento, daqueles coros.
Se calhar e se houver tempo, aqui pelo tasco vou-vos contando a história de cada um destes temas. Para começar deixo-vos o God only knows, de um álbum dos Beach Boys chamado Pet Sounds, que ouvi muito há alguns anos atrás (fica assim porque dizer muitos anos atrás fica-me mal...). E para quem conhece o Mulheres, consegue perceber que o Tua Natureza veio aqui beber. Aliás dos Beach Boys absorvemos todos os coros. É fácil perceber.
Um bom-fim-de-semana. E boa Primavera.

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