31 agosto 2007

Zorro

O texto que o Miúdo esgalhou aqui em baixo transmite, de forma exemplar, os dois sentimentos antagónicos que se apropriam de nossos peitos na hora da despedida: por um lado a alegria pelo fim e pela sensação do dever cumprido, por outro a saudade que lateja nas veias e nos sussurra à memória dias e noites bem passadas. Escrevo desta forma tão eloquente para limpar uma certa imagem de descontrolo verbal que julgo ter deixado em Lisboa. O calão, que por vezes me sai, é essencialmente fruto da companhia dos meus outros quatro colegas. Eu não sou assim quando sozinho medito sobre a vida…
Este é agora, o tempo das recordações. Vamos recuar à madrugada de 14 de Agosto. O Jony fazia anos, comeu-se açorda de camarões, abriu-se o espumante, comeu-se o bolo e eu e o Monge fizemos dueto pela primeira vez. Aí em baixo já está o Mudo Tudo. Deixo agora aqui o Zorro, uma letra lindíssima do irmão Monge e música do Gil. Naquela noite o Monge desafiou-me para cantar esta canção, mas eu não sabia a letra. Então resultou nisto: um dueto aos empurrões, com o letrista sempre a dar as deixas. O meu esgalho iria acabar aqui mesmo, não fosse a conversa que tive há minutos, via msn, com o Monge. “Olha, vou por no blog a nossa versão do Zorro.” “Que versão?” “A que cantámos naquela noite.” “Porra, nós cantámos o Zorro?”… irmão fica aqui. Só te sei dizer que já era muito tarde…

30 agosto 2007

Agradecimentos

Serve este esgalhanço para agradecer a todos aqueles que assistiram aos concertos no Casino Lisboa, pelos aplausos efusivos, pelos gritos extenuantes, pelos cartazes gigantescos, pela forma como nos acolheram: ao Rui "the Groupie" Santos, à Tany #1, à Maria Alcobia e amigos, ao André e família, ao Monge, à Patrícia e Inês, ao Manel Paulo e família, à Filipa e Rita, à Ana Luísa e Suzete, ao Marafuz e Manela, à Jacky e Alegrão, à Leila do Crazy Horse, ao Duo Alexis, ao Pato Donald e Pateta, à Tita, às famílias, ao nossos técnicos e respectivas, ao sr. de óculos escuros que fez o pleno (esteve nos 12 concertos!), às meninas que servem às mesas e às meninas do bar (essas também estiveram nos 12 concertos, mas foram obrigadas...) ao pessoal da Uau, ao Sr. Casino, aos funcionários em geral, às slot-machines, enfim... a todos os que por lá passaram e ficaram, mesmo aos que passaram e seguiram... a todos... o nosso abraço fraterno.


28 agosto 2007

Last call for Lisbon

Amigos, passo rapidamente por aqui para relembrar que hoje é a última noite dos monstros na bolacha. Amanhã é o regresso à Invicta. Depois, sexta-feira, seremos tão naturais como a sua sede e estaremos no Luso, tentando não meter muita água. Por cá, a noite foi de festa e a manhã é de cenário de guerra. Já fotografei a mesa para colocar aqui brevemente. Eram nove e meia e ainda havia cantoria... felizmente não há vizinhos, ou se há, são cooperantes. Agora... espero que algum dos meus colegas apareça para o almoço, isto se almoçarmos, porque da minha parte o apetite é estender-me ali no sofá e acordar à hora de subir pela última vez à bolacha. Até logo, então.

26 agosto 2007

Surpreenda-se no Verão: ÚLTIMA RONDA!

Pois é, estamos a caminho do último e derradeiro Hat-trick de concertos semanais no Casino de Lisboa! Hoje (daqui a umas horinhas), amanhã e na terça às 23h voltaremos a pisar a tão falada e cobiçada "bolacha Maria"!
Já temos vindo a colocar aqui algumas fotos que nos foram enviando...desta vez temos uma reportagem amadora de uma fã de Évora e com a qual nos aproveitamos para dizer: "Good bye my love good bye" ou "Hasta la vista babe"!


Apreciem as nossas qualidades equilibristas e para as quais nos temos vindo a aperfeiçoar no ginásio!




Entretanto algumas perspectivas interessantes:


A dimensão do espaço em altura!

Os Artistas a tratarem a bolacha por tu!

A tratarem por tu mais de perto e em movimento...

O Jony a fazer queixa do Joca


E Eis que finalmente aquela que retrata o que se vai passar na terça feira às 23.59...vamos esfumar-nos e desaparecer misteriosamente da nossa querida bolacha Maria...

Ora vejam lá!

THIS IS THE END OF THE STORY...
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24 agosto 2007

EM FORMA NO LUSO

Isso mesmo! Vamos estar no Luso, na próxima sexta feira, dia 31 de Agosto pelas 23.30h! O concerto será no LAGO DO LUSO e integrado no movimento AQUAJOVEM.


Ah! OLago do Luso(composto de água não potável); um anfiteatro natural em que os olhares convergem num belo espelho de água, onde poderemos admirar o nosso reflexo e ver se as nossas formas luso andam tão bem como dizem os nossos amigos, ou tão mal como diz toda a gente. Supostamente estas águas tiram o apetite mas ainda vamos ver se conseguimos meter o dente num bácoro na mealhada. Para não perder a forma! Até lá!

Já conheces o blog da AquaJovem? Clicka aqui!
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Lately

Leram ali em baixo o momento único que vivi com o Monge? Pois isso passou-se na noite de 14, a noite de anos do Jony. Houve parabéns, amigos a rodos, Monge à viola, espumante, açorda de camarão e houve até quem tecnicamente não tenha acabado essa noite. Assim, e após essas horas de nobre convívio e enriquecimento cultural, nada como um bom banho, o pequeno-almoço no Vasco da Gama e passeio pelo Parque das Nações.
De volta ao lar, seria meio-dia talvez, abro a porta e dou os bons dias à Marta que me diz que o Pedro ainda dormia. No entanto, ele lá aparece estremunhado e pergunta o que é que eu vinha a assobiar. Enquanto eu dizia que era um tema do Stevie Wonder de nome “Lately” e acrescentava que havia uma versão brasileira da Gal Costa com o nome “Nada Mais”, o Pedro salta para o portátil e pega na guitarra. Foi buscar a letra e a cifra aqui e começámos a cantar o tema. Aproveitou-se a máquina que tinha ficado por ali esquecida, e registámos outro momento único: o nosso primeiro dueto. Já agora para quem não sabe, o Pedro além de extraordinário técnico de luzes, é também grande músico e já me tem substituído no sound-check! Um dia ainda vamos cantar músicas dele, não se admirem!
Ah! Já que se ouve e fala de Stevie Wonder, uma das primeiras canções que as Vozes cantaram em 91, foi exactamente uma versão do” Isn’t she lovely?”. É que há muito mais e muito melhor do Stevie Wonder para além do “I just called to say I love you”.



Mais um momento único. Nessa noite houve vários. A máquina só captou alguns. Ainda bem, digo eu. Neste é de assinalar o ar de sono do Pedro e um certo embargar de voz, quase no fim, da minha parte. Não era emoção… era cansaço mesmo! Pormenorzinho lindo para bons ouvintes: ao fundo, muito baixinho um violino toca! Era a Marta que segue à risca um velho dito do pianista Horowitz “se deixo de tocar 1 dia, sinto-o. Se deixo de tocar 2, os meus vizinhos sentem. Se deixo de tocar 3, o meu público sente”.

23 agosto 2007

Encontros II

Volto aos encontros para vos falar de concorrência desleal. Pois é amigos, na segunda-feira, eu e o meu colega Jony vivemos uma experiência limite. Mais uma…. esta passagem por Lisboa tem-nos feito viver no limbo! Mal saímos dos estúdios do Rádio Clube, entrámos num táxi. Os outros três seguiram vias diferentes. O taxista, rapaz novo de brinco na orelha, perguntou o destino, ligou o rádio na Antena 3 com o volume no máximo e começámos uma louca viagem de menos de 10 minutos entre a Sampaio Pina e o Parque das Nações. Eu encolhido no banco da frente, fui várias vezes afagado pelo meu colega, que no banco de trás, não sofria tanto. Semáforos, que me lembre, não passámos nenhum com a cor verde. A entrada na segunda circular foi gloriosa: da faixa de entrada à da esquerda foram milésimos de segundos, com buzinas e luzes dos colegas motoristas. Foi lindo, parecia fogo de artifício. Valeu-nos Deus e a fé que Nele depositamos. Talvez por isso chegados ao Vasco da Gama deparámo-nos com um tumulto organizado de centenas que se dirigiam para o Pavilhão Atlântico. Quem seria? Tony Carreira? João Pedro Pais e Mafalda Veiga? O André Sardet? Os McCann?

Não! Era mesmo Ele! E isto, amigos, é concorrência muito desleal! Como podem 5 palhaços concorrer com Ele? De um lado o paraíso, do outro o inferno! Que poder pode ter um Casino e cinco cantores sem instrumentos, perante presença do Criador ali mesmo em frente? Fui investigar e vi que se tratava de um encontro da Igreja Maná. Confesso-vos a minha ignorância sobre esta Igreja, nem sei se o já aqui falado pastor da Rádio Lezíria pertence a esta corrente alternativa. O irmão Manel Paulo disse-me que este é um produto nacional já com ramificações além-mar. Está no mercado internacional como a Compal, a Renova ou a Salsa! É disto que a nossa balança de transacções precisa! Pena é que tenham roubado público aos diabinhos que cantavam no Bolo da Noiva. Mas convenhamos, Encontros com Deus não acontecem todos os dias. Com o diabo… estão sempre a acontecer!
Agora falando de coisas mais sérias, encontrem-se com dois amigos nossos: com o Alegrão, que passou pelo Casino e pela sala vermelha, e que deixou um excelente relato no seu blogue (olha… é só carregar aqui). Depois visitem o myspace de um grande músico, o Fernando Júdice (baixista dos Trovante, Resistência, Madredeus… basicamente onde ouvirem um baixo bem tocado… é ele) que tem agora um novo projecto musical. Amigos Alegrão e Fernando, um abraço e é sempre bom encontrar-vos!

22 agosto 2007

Encontros I

Esta nossa terceira série no Casino Lisboa foi marcada por uma série de encontros. Na segunda-feira, estava eu a almoçar no Jardim Zoológico, reparo que à minha frente estava o bom amigo António Mão de Ferro, homem cá do Porto e guitarrista dos GNR. Andava ele e eu, na tarefa de mostrar que há animais que fazem mais macacadas do que o pai. Disse-me que dia 24 (sexta-feira) os GNR estarão em São João da Pesqueira. Coincidência engraçada, pois tenciono andar pelo Douro Sul nesses dias. Será oportunidade para os ouvir e dar um abraço à rapaziada. Depois às 19 horas fomos para o Rádio Clube Português. Eu e o Jony chegámos primeiro e encontrámos o verdadeiro Senhor Voz da Rádio. Já nos tínhamos cruzado noutras ocasiões, mas desta vez conversámos um bocado e é claro, foi imperioso registar o momento:Jony e Fernando Correia: duas Vozes da Rádio. Sabendo do seu sportinguismo dedicámos-lhe o Leãozinho, que cantámos durante a entrevista.

Às portas do estúdio onde íamos entrar em directo no programa Janela Aberta (e não Indiscreta como aqui referi… o Hitchcock é uma constante na minha cabeça) vejo que é o Aurélio Gomes que nos vai entrevistar. Mais do que um encontro, foi um reencontro com um tripeiro que muitas vezes ouvi na Rádio Nova com o Prof. Júlio Machado Vaz. Julgo que o conheci em 91 no início das Vozes (começo a parecer-me com o Júlio Isidro… já conheço meio mundo). Em 95 seguramente estivemos juntos na Nova na promoção do nosso primeiro disco, e numa noite em que nós, VdR, fomos tomar um café a Alcântara (saímos do Porto depois do jantar e voltámos de madrugada… a idade já não permite estes exageros) lembro-me de ter falado com ele sobre a mudança para Lisboa e para a Comercial. Disse-nos ele que já foi há uns 10 anos…Nós e a Voz das tardes do Rádio Clube Português. Entre outras enormes qualidades, o Aurélio Gomes é tripeiro e benfiquista.

À noite cantámos para uma série de amigos: O Manel Paulo, o Monge, a Maria, a Joana, o Pablo, a Inês, a Filipa, a Rita, a Ana e os dois amigos da Inês que não fixei o nome. Estiveram todos no Arena Lounge e no fim fomos comer umas mistas e beber umas imperiais a um sítio com um grande ambiente (porque se tratava de uma sala grande e vazia… só por isso). No bar ao lado karaokeava-se. À saída fomos saudados por um karaokeador que no meio de uma canção dos Simply Red nos dedicou o seu esforço. Força homem e que nunca te doa a voz!
Terça-feira trouxe-nos mais encontros. Fomos jantar todos a casa do André, meu afilhado, que se mudou para Lisboa há 9 anos! É engenheiro (dos verdadeiros, mesmo, da Feup!) na NAV e conseguiu reunir as Vozes todas à mesa, coisa que já não acontecia há dias! Foi um fim de tarde fantástico seguido de marcha apressada pela Alameda dos Oceanos para nova cantoria no Casino. Lá esperava-nos o Carlitos (o nosso vídeo-man) e o Marco (mais um amigo do Porto).
Hoje e para terminar o capítulo dos encontros, encontrei a Ana Lamy, da Antena 3, na área de serviço de Leiria. Foi mais um reencontro agradável com uma das Vozes da Rádio que já nos entrevistou várias vezes. Afinal, e ao contrário do que diziam os Buggles no Vídeo Killed the Rádio Star, ainda há muitas Vozes da Rádio bem vivas.

Aquecimento...

Em cada concerto nosso há rituais obrigatórios… um deles, naturalmente, é fazer o som! Nas Caldas da Rainha, onde estivemos na passada sexta feira o caso não foi diferente…passava pouco das 18h e lá estávamos sobre um vento cortante, a tratar do sonzito e a fazer parar alguns curiosos que iam ouvindo os nossos acertos ou perguntando pelas horas do concerto!
Claro que nem sempre é fácil a concentração…umas escadas a aparecer aqui, umas fumaradas acolá…mas nós seres adaptáveis a condições adversas sabemos sempre como lidar com a situação…
Nestes momentos quase se faz de tudo um pouco...e como é óbvio, connosco tempo é dinheiro e nada de os desperdiçar…Prova disto é ver o grande Zé António a providenciar as escolhas das ementas para o jantar… e o Tomi sabia bem a facada que ía dar na sua dieta… ;)





E depois de tudo bonito e arranjado...o Concerto!



20 agosto 2007

Vozes na Rádio

Mais uma noite gloriosa no bolo da noiva, desta vez com repertório alternativo, e com seguimento não na sala vermelha, mas no bar rotativo Casino. Entre o público é sempre bom ver colegas. Se na semana passada esteve por lá o Sr. Toranja, hoje ouvimos o miar do Sr. Gato dos Milénio (que julgo já não existirem). Amanhã (ou logo para os rigorosos) há mais. Entretanto e porque quem nos segue e lê, gosta de saber destas coisas, amanhã (ou logo para os mais precisos) estaremos nos estúdios do Rádio Clube Português no espaço Janela Indiscreta entre as 19h e 20h. Iremos falar de nós, dos nossos 16 anos, dos nossos discos e, já que o programa se chama Janela Indiscreta iremos revelar pormenores nunca antes tornados públicos. O quê? Não sei, logo se vê… Para já vou carregar um pouco as baterias, que isto tem sido uma vida dura. Até amanhã… ou até logo, para os mais correctos.

19 agosto 2007

Adeus São Martinho do Porto

Aproveitando o calendário das Vozes, fiquei estes dias por São Martinho do Porto. Desempoeirei a memória dos verões de 81 e 82 onde por cá passei férias. Continua a ser um sítio simpático, onde há vida muito para além da praia e do verão. Desta passagem levo no paladar as refeições de marisco e peixe no Carlos, onde fui tratado de forma exemplar pelo Octávio, um fã dos Ornatos Violeta, o que só por si é garantia de bom gosto. Levo saber depois da conversa com o Tiago, pescador de amêijoas e de cultura surpreendente. Levo calor na barriga das pernas pois, por motivos não apurados, não passei protector. Olhando para trás vejo o vermelho do camarão cozido.
Do concerto de ontem, a minha vaidade sobrepõe-se à humildade, e colo aqui um excerto de um dos e-mails que recebemos hoje: “Estive ontem a assistir ao vosso mais que extraordinário concerto (se é que lhe posso chamar assim) nas Caldas da Rainha. Foram simply the best! Parabéns. Até comprei o CD "Sete e pico..." e uma t-shirt para mim…”. Também senti que correu bem. Foi óptimo ver o recinto cheio, algo que começa a ser hábito nas Caldas. Esta foi a nossa terceira apresentação nas Caldas desde 2001, e todas ficam marcadas pela maneira fantástica como nos tratam e a forma como o público acorre. Caldas da Rainha e Vozes da Rádio combinam muito bem.
Amanhã à noite voltamos à bolacha. Mais três dias de música a cappella, que significa sem acompanhamento de instrumentos. Sim, não temos instrumentos! E se digo isto é porque o meu bom amigo João Silva, que esteve na última terça no Casino a ver-nos, ouviu mesmo ao lado dele um entendido a dizer que soava bem porque o instrumental é playback! Há gente muito ignorante, não há?

Digam lá se os Senhores não ficam bem na bolacha? Tremideiras e vertigens à parte estes bonecos de bolo de noiva são dignos do topo. E se esta fotografia está aqui é porque a nossa amiga Jacky a disponibilizou para nós. Obrigado Jacky... e quem tiver... mande-nos!

18 agosto 2007

Momento único

Apesar de conhecer o João Monge desde 2002 (história já aqui relatada) e de com ele já ter composto mais de 20 cançonetas, nunca tinha tido o gosto de ser acompanhado por ele. Aliás nunca compusemos lado-a-lado. O nosso método tem sido e-mail para cima com a letra, mp3 para baixo com a música. Isto além das milhares de horas ao telemóvel, no msn, os muitos mails trocados e as refeições em conjunto (inesquecível o almoço em Arraiolos, ainda as Mulheres eram um projecto).
As noites do apartamento vermelho, já aqui referenciadas, entre outras experiências limite, deram-me a hipótese de partilhar com o irmão Monge, uma das nossas canções.
O que aqui vos deixo é um momento único para mim: cantar com o poeta o nosso Mudo Tudo. Foi na madrugada de 14 de Agosto, o Jony fazia anos e cozinhava-se uma bela de uma açorda de camarão. As horas.. não faço ideia, mas para eu estar de cigarro na mão já devia ser tarde.
Para aqueles que já passaram pela sala do apartamento anuncio para domingo à noite a reabertura do espaço. Em especial para o Alegrão, que num comentário aqui no tasco disse ter fotos de uma dessas noites (e que se referiu a estes noites como “feira da bohemia", quando se trata efectivamente de um espaço de cultura)… amigo, manda para vozes-da-radio@hotmail.com. E já agora todos os que tiverem retratos e filmes… façam o mesmo!

16 agosto 2007

Caldas

Andava eu hoje de manhã pelo areal da praia de São Martinho do Porto, com um apêndice de cada lado, quando ouvi nas minhas costas este diálogo: "é ele, não é?" "É...é das Vozes da Rádio" "TEM BARRIGA!". ??? Queriam que tivesse o quê? Um buraco negro? Um plasma? Um ramo de rosas? Não fossem os dois herdeiros de tenra idade e ainda sem conhecimentos profundos do português vernáculo que o pai tão bem domina e eu teria respondido no meu melhor portoguês, da freguesia da Sé, que além de barriga tenho muito mais... Resta-me a consolação de outras duas abordagens bem mais simpáticas e que mostraram conhecer bem a nossa obra (quem é que gosta da Lagartixa do Mal do nosso primeiro disco? Nem nós... mas a Sara que hoje veio falar comigo, disse ser o seu tema predilecto! Ainda bem!!)
Tudo isto para dizer que amanhã podem constatar se tenho ou não barriga, se vamos cantar a Lagartixa do Mal ou não e se para se apreciar o nosso talento é preciso puxar o cordel... ou não. Além disso há t-shirts VdR... e como é feira de artesanato deve haver também africanos e seus instrumentos, peruanos e seus incensos, chineses e suas capas para telemóveis.
Só mais uma coisa... ontem tanto xinguei o Kanguru que hoje ele já salta melhor... o Sr. Engenheiro não brinca! Sempre atento...

FINALMENTE À VENDA!


Depois de tantas solicitações aqui estão elas: Frescas e Boas!
As novas t-shirts das Vozes da Rádio já estão à venda!
Quem for amanhã ao concerto das Caldas da Rainha poderá vê-las e comprá-las "in loco"!
Quem não puder estar presente poderá fazê-lo via blog!
Apressem-se... esta moda vai pegar e nós não nos responsabilizamos por falhas no stock!

Conduz com cuidado, emigrante!

Após mais uma tríade de apresentações no Casino Lisboa cá voltamos aos dias de descanso. A minha intenção era hoje colocar aqui alguns momentos das noites que temos vivido na sala vermelha do apartamento que habito, junto ao Casino. Há muito material pronto a ser revelado ao mundo. Há talentos que até hoje estiveram escondidos e que serão mostrados neste nosso tasco ora sob a forma de fotografia, ora de vídeo, ora sob outra forma qualquer. Tudo isto seria possível se eu não tivesse um conflito latente com a informática, algo que vem desde os tempos da faculdade, e que tem sempre sequelas novas cada vez que tento dar um passo em frente. Senão vejam: como os nossos apartamentos tem wireless resolvi levar o meu portátil para baixo equipado com uma pen para trabalhar com net. No Porto funcionou às mil maravilhas, mas mal cheguei a Lisboa… puff… o portátil nem passa do irritante A iniciar. É claro que num apartamento tão frequentado há logo experts que dizem que resolvem. Tudo andou a tentar com técnicas clássicas, alternativas, avant-garde. O bicho continua morto! Nada pude escrever em Lisboa!
Subo um pouco no mapa e tiro 2 dias de férias até sexta, dia de concerto nas Caldas da Rainha, e tenho nas mãos outro portátil, este equipado com um apêndice a fazer lembrar o comando da cama dos hospitais para subir e descer o cadáver na caminha (devidamente retalhado, diga-se: ora sobem as pernas, ora a cabecinha…). Chama-se isto de Kanguru, mas rapidamente concluí que se trata de um erro crasso. Dever-se-ia chamar de preguiça ou lesma tal é a eficiência desta ostia (o uso do estrangeirismo justifica-se por haver menores que lêem estes esgalhanços).
Desta maneira não há vídeos, nem fotos desta semana… para já! Há, no entanto, uma preciosidade que encontrei a semana passada e que providencialmente foi colocada no cano. Durante as arrumações anuais do curral, achei uma caixa com umas dez fitas mini dv, com imagens do concerto “Mais perto”. Este foi dos trabalhos mais criativos que fizemos até hoje: fomos convidados para pensar num espectáculo para a inauguração do Museu dos Transportes e Comunicações do Porto. Após aceitarmos a encomenda, decidimos logo duas coisas: que queríamos faze-lo com outros músicos e que o cenário seria uma estação imaginária de um metro que na altura ainda não havia na cidade. Trabalhámos com o Moreira Jorge no clarinete, com o Joaquim Pereira na flauta, com o Nuno Silva no acordeão, o João Costa no violoncelo e com o cubano Manoel Santiestaban nas percussões (e la concha negra de su madre… expressão linda que ele nos ensinou). Da equipa também fizeram parte o grande Pedro Cabral nas luzes (e foi a partir daí que passamos a trabalhar sempre com ele), o Pedro André no som (depois na reposição do espectáculo em 2002 com o Nuno Oliveira), com a Sílvia no vídeo e com todo o pessoal do Museu em particular com a Regina Castro. A inauguração foi em Dezembro de 2000, só para convidados (o povo da política, como o Sr. Presidente, o Sr. Primeiro, o segundo e todos por aí abaixo…). Em Janeiro de 2001, 3 espectáculos já para o povo em geral e em 2002 mais 3 espectáculos com o lançamento do disco. Foi excelente ver sempre a sala cheia e ter lá no meio a ver-nos colegas e amigos como os Clã, o Manel Paulo, o João Gil, gente que veio A1 acima para assistir ao nosso invento… Foi mesmo bom.
Aqui deixo-vos “O meu popó” o tema mais idiota de entre todos, e que fala sobre o automóvel (ia falar sobre o quê?). Bem pode ser dedicado à minha carroça e à viagem relâmpago que fizemos no passado domingo até Albufeira para cantarmos na Fnac do AlgarveShopping. Viagem que também roçou a experiencia limite!

14 agosto 2007

NÃO HÁ DOIS SEM TRÊS...

Ele também é um homem de Agosto. Nasceu numa Quarta-feira, há 33 anos atrás.

Ele não é tímido, é reservado.



Ele não é introvertido, é discreto.




Ele não é envergonhado, é sóbrio.






Ele é o SUPER JONY!!!




Gajo bonito, LINDÍSSIMO, cabelo espectacular de caracóis, ás vezes uma pêra sedutora, um D. Juan perfeito, e um pianista de elevada categoria!





É o mais perfeito no transformismo das mangas!


Um leão pacífico que adora ser do contra




Curiosidades do artista:






- adora comida indiana, em especial caril





- é um montanheiro convicto (anda nos ultimos anos um pouco ausente)





- legumes nem vê-los






- sopinha passada de preferência






- durante anos dormia com duas almofadas, mas já se deixou disso








-tem um fetiche: correr nu ao longo de qualquer sítio





- prato preferido? Pão com manteiga







- pópós são a sua paixão




O Cabelo é dos seus maiores orgulhos.

Somos testemunhas do que se passou no Oriente…




Deliciem-se com a sua linda voz grave e sedutora…

13 agosto 2007

MEU QUERIDO, MÊS DE AGOSTO....

Os homens de Agosto continuam. E nas Vozes da Rádio, 60% dos seus elementos nasceram no mês dos emigrantes!

Desde tenra idade que António Miguel despertou para a música fazendo as delícias dos papás, manejando com grande perícia o seu orgão, e tocando belas melodias dos livros de Eurico Cebolo.
Anos mais tarde e após duras provas de avaliação de conhecimentos, técnica vocal e dança no varão foi acarinhado e integrado no seio das Vozes da Rádio. Diga-se em abono da verdade que naquele tempo exibia farta cabeleira o que lhe valeu o lugar. Se fosse nos dias de hoje seria por certo aconselhado a usar restaurador Olex e extensões…

Ele não é o Pato Donald, mas também nasceu a 13 de Agosto...
Ele é o sol das Vozes da Rádio, tão brilhante que não se pode olhar.
Há pouco tempo e nas palavras de seu filho ( o nº2... já que eles são tantos...) ele é o BARRIGA DE GELATINA!!!!
Ele é charmoso, ele é dono de uma voz meiga e sedutora, ele faz casamentos e baptizados, ele é um caramelo docinho que escreve aos peixinhos, ele é a modéstia em pessoa, ele é o nosso António Miguel, mais conhecido por Tomi!!!

PARABÉNS ao nosso entertainer de serviço... que contes muitos...
Quanto à barriga de gelatina acreditamos que a personal trainer e as visitas frequentes ao Holmes, resolvam...
Em breve prometemos revelações bombáticas comprovativas da BARRIGA DE GELATINA!!! De que sabor será?????

Miúdo, pergunta-lhe aí:


Se ainda falta alguma prova sobre os seus dotes VOCAIS, ei-la...

12 agosto 2007

Vozes da Rádio na Rádio Boa Nova!

Antes do concerto em Seia, fomos aos Estúdios da Boa Nova falar do "Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e tal". Durante esta semana não só vão passar na rádio vários temas nossos como transmitir a nossa entrevista!
Já sabes... dia 16 de Agosto, às 19h00, liga-te na Radio Boa Nova

Al-Gharb

É já dentro de poucas horas que iremos estar no AlgarveShopping para mais um show-case de apresentação do "Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal". Agora Fnacs... só no estrangeiro, porque as de cá estão todas feitas!
Entretanto, e repetindo o que já foi repetido, às 23h estaremos no Casino Lisboa. É aparecer e levar uma amiga ou até amigo.

Fotografia tirada no dia 23 de Junho, antes da noitada de São João. Nessa tarde estivemos no GaiaShopping e o Carlos Figueiredo, realizador dos nossos dois últimos vídeos tirou-nos algumas fotos. Esta semana vamos estar com o Carlos em Lisboa, ele que está num processo de mudança de cá para lá.

11 agosto 2007

A prenda

Tantas foram as mensagens, os telefonemas, os e-mails e os comentários que aqui esgalharam a desejar-me um feliz dia de anos que me sinto impelido a retribuir tamanha amizade da pior maneira que está ao meu alcance: com música.
É verdade, pior seria impossível. E esta prenda que aqui vos deixo é também surpresa para os meus coleguinhas pois eles nunca viram, nem ouviram isto… e decerto a memória deles não guardou nada dos momentos que aqui vos deixo.
Passo a contar tudo: no passado dia 23 de Julho reunimo-nos os 5, não para ensaio como seria de esperar de uma segunda-feira à noite mas, para jantar com os nossos amigos Sérgio e Vítor, os irmãos-maravilha, que já aqui foram apresentados. O motivo (porque é sempre necessário um argumento forte para nos juntarmos à mesa) foi o fim das gravações do “Sete e Pico…”. Claro que acabámos as gravações na primeira semana de Maio, mas a coisa foi-se arrastando, o apetite aumentando e só no fim de Julho foi possível reunirmo-nos todos.
O local foi o também já aqui falado Novo Rumo, a dois passos do estúdio. A boa comida tradicional (o movimento slow-food tem em nós fortes adeptos) aliada à simpatia do Sr. Fernando e do Sr. Jorge tornaram óbvia a escolha do sítio. Tudo apontado para as 20h30m o repasto começou com as entradas já conhecidas: as pataniscas, a alheira, o pão com chouriço, o presunto e outras iguarias. Seguiram-se os pratos que acredito tenham sido dois, pois assim foi hábito, mas que por motivos que não consigo explicar, não me lembro quais foram. Sobremesas, cafés e digestivos e passava já da 1h quando desancorámos.
Depois foi um fartote de conversas lamechas, de conselhos sábios (sobretudo ao Miúdo), de confissões inesperadas (esta é só para preencher este espacinho… acham que entre nós ainda há coisas para confessar?). Acabámos no estúdio numa jam-session deplorável. O Vítor ligou as máquinas e os microfones e nós fomos tocando o que estava mais à mão. O Vilhas, qual grilo falante, ficou do lado da régie a roncar: “tá tudo doido”, “são parvos de todo”, “tão é bêbados” e outros dichotes que lhe conhecemos e que são a concretização verbal do amor que ele tem por nós.
A verdade é que depois de tudo passado sobraram 2 documentos: um filme com 1 minuto inspirado no melhor da obra de César Monteiro e um ficheiro mp3 de 56 minutos! Sim, leram bem há 56 minutos de demência musical que nos tem como principais intérpretes.
Aqui ficam estes preciosos tesouros que são a maior justificação para este ser um grupo a cappella.


Primeira demonstração de insanidade: Miúdo arranha na guitarra, Tomi berra e opera máquina, Jony toca num teclado que estava desligado, Vítor abana um shaker e eu ganho bolhas nas mãos na bateria. Ainda hoje tenho uma na mão esquerda. É o domínio das baquetas!



O fim do calvário. Neste momento já está o Jony na guitarra eléctrica, o Tomi no baixo, o Miúdo na bateria e eu no grito. Aproveitei fotos de estúdio e do convívio no restaurante para ilustrar o momento musical. Uma chamada de atenção para o teclado que o Jony me ofereceu nesse dia e que aparece na foto de família. É um super sampler da Casio, dos anos 80, e prometo usá-lo num próximo trabalho. Para quem não perceber (eu próprio tive dificuldades), o que se canta é a letra de um velho blues "I'm gonna Kansas City, gonna get my babe back home,...". Na prática nenhum de nós conseguiria naquela altura alcançar o outro lado da rua, quanto mais Kansas City... Eram umas 5 horas e desligou-se tudo. Ainda bem!

10 agosto 2007

JÁ NASCEU! O Jorge, Joca, Jó, Jorgito, Jójó, Prendas, Jp e Homem Manjerico!

10 de AGOSTO! Não podíamos deixar de lembrar a data que nos transtornou a vida! Nasceu um fino e celestial rapaz de nome Jorge António Carreira Prendas Gomes. Desde então a sua vida tem sido, passamos o pleonasmo, um hino à Boa vida! Boa vida no sentido de fazer aquilo que gosta e sobretudo de o fazer com gosto, amor à arte, ao riso, à Boa disposição, enfim… por e pela Música!

Em certa altura da sua vida, já rapazote e de barba feita (ou não) a tratar já o piano por “tu” e inspirado num grupo americano resolveu criar em Portugal um grupo musical único.
E com mais uns pormenores pelo meio, que não chegariam as páginas ilimitadas deste blog, nasceram as Vozes da Rádio!
Apesar de todos já cá estarmos há uns anitos… o Joca é sem dúvida o “intacto”, a “semente”, o “eterno”! É o único elemento que está cá desde todo o sempre!

Já cá canta há 16 anos e já usou o seu cabelo de toda e qualquer forma. Mentimos: Faltam as nuances e o desfrisar. Mas quem esteve atento ao enquete sabe que ganhou o carrapito em conjunto com as nuances. Vamos ter de tratar disto, Joca!
Para marcar este dia servimo-nos de algum material já feito…quando a qualidade é boa nunca é demais usar… como os nossos fãs que reconhecendo qualidade também estão sempre cá e lá…

Grande compositor, Grande cantor, Grande pianista, o nosso cérebro, a nossa estrutura, o nosso idiota! Joca, Parabéns por mais um ano e por muitos mais com transtornos destes…



Muito compenetrado...


Muito concentrado...


Bastante colorido...

Com ar de parvo!


Deliciem-se com a sua voz prendada...


Ah! A partir de hoje mais uma alcunha se junta ao rol das anteriores… o “Homem Manjerico”.


Tás um MUST!