26 novembro 2007

Açores, 2005

No outro dia o Miúdo arrumou o disco duro dele e encontrou preciosidades dos tempos da rádio. Hoje é o meu dia de mostrar aqui arquivos de uma das nossas viagens aos Açores.
Em Janeiro de 2005 estivemos em Ponta Delgada para reinauguração do Coliseu Micaelense. Foi mesmo no final do mês, a 30 e aproveitamos para algum lazer, como é hábito nestes compromissos profissionais.
Assim fomos ao cozido nas furnas e aproveitamos para o banho nas águas quentes lá do sítio. O bonito da história é que o Tomi não entrou por não sentir que a água estivesse nas melhores condições. Estava até visivelmente incomodado, tendo por isso ficado com a tarefa de fotógrafo oficial. Efectivamente, e recordando-me das qualidades da água que aprendi na primária, esta não era incolor. O tom era castanho a fugir para o vermelho, numa descrição perfeita que o Vilhas fez, mas que não posso aqui referir. Por outro lado, a água nada tinha de inodora. Um cheiro forte a enxofre e ferro desmentia aquela qualidade que me ensinaram e que diz que a água não tem cheiro. A verdade é que o paladar não experimentei, pelo que não pude tirar a limpo a ausência das 3 verdades supremas da água.
O banho valeu bem a pena, em águas bem quentes que contrastaram com os pingos de chuva que nos caíram na cabeça. Lindo foi também o ritual de acasalamento que assistimos entre dois autóctones e que, levados pelo calor da água e da paixão, não se coibiram de dar azo à imaginação e ao físico… talvez isto também tenha afastado o Tomi…
À noite cantamos numa sala linda conforme podem ver no topo. Está na altura de voltar, não?

















Aqui está a reportagem. Lá em cima a bela sala açoriana. Depois uma das fantasticas vistas de São Miguel com o grupo excursionista. Às Vozes juntam-se o Manuel Leitão e a Inês, nossa técnica de som (quem tem sorte?). Realço desta foto a mais bela expressão de felicidade do Vilhas, uma constante no seu semblante. Mais abaixo as límpidas águas e a dura tarefa não de enxugar, mas de tirar do corpo as substâncias que ficaram agarradas na pele.

25 novembro 2007

Santa Catarina

Hoje de manhã fui para a baixa, andar e consumir por Santa Catarina. O Natal aproxima-se de forma apressada e é preciso começar a fazer compras. Sim, eu sei que o Natal não é nada disto e o que interessa é o espírito e a paz entre os homens, mas todo esse encanto é bem mais bonito quando se consome compulsivamente. E, como é público, eu sou um jovem sem necessidades, pelo que, gasto fortunas incontáveis nestas semanas que antecedem a festa da família.
Estava eu à espera do verde para os peões no lento semáforo da esquina com a capela das Almas, quando fui interpelado por uma senhora que igualmente aguardava por ordem para avançar: “Ainda há minutos disse à minha filha que foi aqui em Santa Catarina que vos ouvi pela primeira vez a cantar. Foi pelo Natal, há muitos anos atrás. Desde aí que vos ouço com muito gosto”. É verdade! Há 16 natais atrás, no já distante ano de 1991, começámos a nossa carreira de artistas de rua, ao cantar em seis espaços comercias da cidade do Porto. Nessa altura tínhamos como técnico de som o Vilhas. Foram dias inesquecíveis, pois marcaram a primeira grande exposição das Vozes. Depois do Porto, e ainda nesse ano, seguiu-se Évora e Guarda. Uma verdadeira tournée!
Do repertório desses concertos está este Swing Low que aqui vos deixo. É uma versão completamente nossa aqui apresentada no programa da manhã Bom Dia que tinha essa mítica dupla: Juca Magalhães e Manuel Luís Goucha.
Das imagens muito há para dizer: o bigode do Goucha, o cabelo do Juca, as lindas vestes que ostentamos saídas da cabeça da D. Laura Artur, conhecida representante dos comerciantes do Porto, o cenário do programa. Caso não percebam sou o único sobrevivente desses tempos. Para quem não me reconhecer, apenas digo que foi com a silhueta que aqui apresento que uns anos mais tarde o exército português ficou privado do meu brilho. Motivo de tal perda: falta de peso. Para mim não passaram 16 anos. Passaram 20 quilos.

22 novembro 2007

Dia de ensaio

Hoje temos ensaio… como todas as quintas feiras. Mas o de hoje começa um pouco mais tarde, o que me trouxe à memória tempos iniciais das Vozes.
Houve um período em que os nossos ensaios, na altura na Escola de Jazz, começavam à meia-noite e acabavam às três da manhã, muitas vezes com incursão ao mercado abastecedor de fruta, entre paletes de laranjas e motoristas de tirs. É que, para quem não sabe, no mercado abastecedor, à noite, há uma cidade viva, com cafés e restaurantes a laborar a todo o vapor.
Foram tempos que, sei agora, puseram os pais do Jony a pensar sobre o futuro do seu filho querido. O rapaz na altura tinha 19 anos e a avaliar pelas companhias e pelas horas a que chegava, parecia irremediavelmente perdido.
Isto dá o mote para o conselho que deixo aqui: amanhã lá pelas onze e tal (a boa hora do ensaio) há Fiambrino Svenska no Disco Volante, ali no antigo Cinema Batalha. Os DJ’s são do melhor: Sérgio Sousa (Rádio Nova) e Filipe Gomes (Rádio Clube Português). A estes juntam-se dois VJ’s que espero tenham filmes saídos da cena alternativa sueca. Coisas de qualidade que me fazem recordar viagens para Lisboa onde víamos filmes com títulos como Svensk Pörr, e que nunca descobri o que significa…

Máquina do Tempo

Quando era miúdo (desculpem lá o pleonasmo) sonhava em ser cientista... Daqueles bem malucos. Fazia desenhos de invenções (invenção é um termo que ainda hoje uso, com alguma frequência, e que serve de mote para a chacota e o gozo colectivo dentro do seio deste grupo vocal a cappella), projectos de máquinas que salvavam as pessoas dos problemas que na altura existiam, como por exemplo o engarrafamento massivo e generalizado nas bombas de gasolina quando era anunciado o aumento de 1 escudo no preço dos combustíveis ) e outros igualmente relevantes... Também inspirado no filme "Regresso ao Futuro", tentei construir uma máquina do tempo, e pensei que seria o meu maior desafio científico. Após esse feito, poderia reformar-me tranquilamente, pois estaria realizado. Depois ganhei juizo e os meus pais inscreveram-me num jardim-de-infância. Hoje relembrei a famigerada máquina do tempo através de um fabuloso site - http://www.archive.org/ - onde, para além de outras coisas lindas, encontrei isto:





Página inicial do primeiro site oficial das Vozes da Rádio! Ainda com Mário Alves no activo.






A pinta dos fatinhos brancos com a t-shirt com a cor da moda... Uma maravilha.






Agora, para os mais sensíveis, aconselho a mudar de página... Vão ser mostradas as fotos censuradas dos tempos da Rádio Nova... Autenticas pérolas, resgatadas com entusiasmo, graças a esta máquina do tempo!





O famoso sexteto em pose natural.




Efeitos secundários das horas a fio de trabalho árduo.





Joca em performance d'anca.





Pensavam que a inspiração para fazer o Dia dos Senhores vinha de onde?? As amigas do Sérgio Sousa aqueciam o ambiente dos estúdios da Rádio Nova... E depois o microondas sou eu...

20 novembro 2007

Estou maravilhado!

É realmente isso! Estou maravilhado, siderado, espantado... sei lá, podia continuar por aqui fora, com o layout novo do nosso tasco. Isto já parece o Querida mudei a casa, da Sic Mulher, que é aliás o único programa que esse canal passa. Experimentem passar 15 vezes num dia por lá e vão ver sempre as mesmas cozinhas, os mesmos trolhas engraçados e as mesmas afectadas decoradoras.
A surpresa foi grande. Cheguei aqui para ver se escrevia algo e eis senão que... tudo novo. As Vozes da Rádio, figura que paira sobre nós, tratou de tudo: pintou paredes, mudou móveis, comprou cortinas. Temos casa nova!
Para festejar nada como um momento musical. Neste caso (até porque a preparação não foi grande para o evento) vou repetir imagens. Aqui fica o We three kings, uma canção tradicional inglesa que está no nosso disco de Natal. Esta gravação é de Dezembro do ano passado. Foi feita em Viseu, na aula magna e além de Reis Magos, tem uma adufeira de Monsanto nascida em Luanda e um excerto do Seal, essa estampa africana que, e segundo Vilhas um seu conterrâneo, anda a aprender a comer de garfo.

À Espera do Natal...

Este é o título de uma música nossa e é também o estado da nossa querida Avenida dos Aliados, com a sua árvore majestosa (inaugurada no Sábado passado) que espera o 25 de Dezembro e vai deslumbrando os olhares nocturnos mais atentos!
Pois, tal como a CMP, nós também já decidimos inaugurar o novo look Natal do nosso tasco e esperar por "Ele"! Enquanto isso toca a preparar a lista e escolher a prenda certa: O Nosso Cd temático!
Aqui vai uma homenagem à nossa querida baixa Portuense, agora mais iluminada que nunca e com pormenores muito harmoniosos! Sobre a harmonia, também havia muito a dizer...mas isso só lá para dia 15 de Dezembro na "nossa" mui nobre casa da música!

Um pormenor da famosa árvore ao qual não pudemos ficar indiferentes!

19 novembro 2007

Farturas?

Se me puser a pensar nas pessoas que há muito anos nos acompanham, mesmo acometido pelo mais agudo ataque Alzheimeriano, não tenho dúvidas que quem vem à lembrança é a Tânia.
A primeira carta que as Vozes receberam, ainda no defunto apartado que tínhamos no palácio dos correios da Avenida dos Aliados, foi exactamente da Tânia. Eu sou o fiel depositário dessa correspondência, ainda que não faça a mínima ideia onde anda... mas ainda existe, isso tenho a certeza.
De 95 (data da carta) para cá a Tânia tem estado em vários concertos, acompanhando trabalhos tão diferentes como o Mais Perto, o Mulheres ou o mais recente Sete e Pico. Deve ser a única que tem a discografia completa das Vozes (eu próprio já não tenho o primeiro disco) e como ainda há pouco aqui escreveu tem gravações vídeo que nós não possuímos. Sendo ela uma alfacinha, já por várias vezes foi avistada na Invicta para ouvir as Vozes e só por motivos de força maior ela não aparece.
Neste Agosto passado no Casino, lá apareceu e levou amigos para os juntar nesta grande causa nacional que é "ajudem o artista, ele precisa".
Pois bem, a má notícia vem agora. Não são só as Vozes que envelhecem... a Tânia também e se o Plaxo é como o algodão e não engana, ontem completou mais uma primavera.
Ficam aqui os mais merecidos parabéns das Vozes para a incontestável #1. Que nos ouças ainda por muitos e bons anos... e para veres que os teus amigos não se esquecem de ti, aqui fica uma foto tirada a 31 de Agosto no Luso. Sabemos que nos assistes muitas vezes, agora que uses disfarces de menina das farturas é que desconhecíamos!

18 novembro 2007

Freddy

Depois de um dia que teve uma das manhãs mais insanas da minha vida e um domingo à tarde na Fnac de Braga onde ao calor tropical da loja se juntava um burburinho ensurdecedor, nada mais me resta que desencantar umas memórias de nível para colorir as paredes aqui do tasco.
Da nossa manhã de hoje, nada por agora, vos posso contar. Não tenho dúvidas do que escrevi em cima: foi uma das mais insanas da minha vida, e julgo não cometer nenhum exagero se disser que dos meus amigos também.
À tarde a Fnac, foi de enchente. Estava mesmo a abarrotar o fórum da nova Fnac que, tal como alguns por onde já passámos, prima pela falta de espaço. Um pouco mais de espaço e as pessoas agradeciam, porque poderiam assistir mais comodamente e as meninas do café também, porque com certeza venderiam mais. Quanto à performance, que posso dizer? Que correu bem e que ninguém arredou pé. Fica inaugurada mais uma loja e fica o disco mais uma vez apresentado.
Mas volto à memória de hoje. Mais uma do Dia dos Senhores e mais uma feita para o Dia Mundial da Criança. Da mesma maneira mais uma que prima pela estupidez e falta de senso. Freddy the man in skirts tem explicação no final dada pelo idiota que fez tamanha anormalidade, numa entrevista conduzida por Sérgio Sousa, uma referência no jornalismo de investigação, como pode ser constatado diariamente na Rádio Nova e semanalmente no programa Liga dos Últimos da RTP-N.

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Bracara Augusta

Só para relembrar: amanhã estaremos na Fnac do Braga Parque às 16h, para cantar canções do Sete e Pico e não só. A Fnac de Braga foi inaugurada ontem, sexta-feira, pelo que estamos integrados neste ciclo de festa inaugurativa. Desde já felicidades a esta nova loja que tem um velho conhecido cá do Porto, o Daniel, como responsável.
Para ilustrar a performance de amanhã aqui fica o nosso original Noutra Geração conforme foi apresentado há mais de um ano noutra Fnac, a do Gaia Shopping.
Este tema, que tem mais de 10 anos, foi (e puxando bem pela cabeça) cantado apenas 2 ou 3 vezes. Saiu no álbum Mappa do Coração de 97 com um fantástico arranjo para quarteto de cordas escrito pelo compositor e grande mestre Fernando Lapa. Depois disso cantámo-lo neste arranjo para vozes, guitarra e piano na Fnac e presumo que num concerto. Para amanhã é garantido que (mais uma vez) NÃO o vamos cantar. Porque não o fazemos habitualmente? Pois, nem eu sei… sinceramente até gosto da musiqueta. E é uma das raras oportunidades para ouvir o Vilhas a cantar melodias e não linhas de baixo. Se calhar noutra geração fá-lo-emos (que linda conjugação verbal) com mais regularidade.
Então até amanhã em Braga… ah! De manhã também temos uma tarefa para fazer, mas essa por ora é segredo.

17 novembro 2007

Fim do dia...

Na hora em que se faz o balanço do dia e pensamos no que mais nos marcou, recordo as notícias e as imagens que vi e ouvi. Teria sido a ameaça de fim do pacto da Justiça? A assinatura do último troço da CRIL que liga a Pontinha à Buraca? A ida do Almerindo para as estradas? Ou o sabermos todos com surpresa que há árbitros corruptos na primeira divisão da Associação de Futebol de Viseu? Não… nada disto ficará a marcar o meu dia noticioso e televisivo. O que me marcou foi passar por uma loja e ter visto, do lado de lá da montra, os nossos amigos dos Trabalhadores do Comércio na Praça da Alegria. Estavam acompanhados pela Marta Ren, pelo que presumo que estariam a cantar o “De manhã eu bou ao pom”. Do lado de fora só chegava a imagem.
Curiosamente no sábado cruzei-me com o João (que já foi pequenino, mas que agora já não é...), em Santa Catarina, e ele disse-me que o “Ardemmus Olhus”, tema do último álbum dos Trabalhadores em que nós participamos, saiu como single no início deste mês. Num mês em que tudo ardeu apesar de ser Novembro. O tema fala exactamente de incêndios…
Por isso resolvi trazer para aqui a versão do Porto Cantado 2001 para um clássico dos Trabalhadores do Comércio. Em Outubro desse ano os dois (ou três, já nem me lembro) concertos do Porto Cantado tiveram como encore este fantástico tema da banda do Serjão. Em 2007 eles regressaram cheios de força com o Iblussom. Ainda bem!

15 novembro 2007

À solta na TV

Apesar de há já 16 anos frequentarmos com regularidade estúdios de televisão quer cá, quer no estrangeiro (e note-se que o estrangeiro pode ser mais próximo que Lisboa, se considerarmos que Santiago de Compostela é estrangeiro), a televisão continua a exercer um fascínio enorme nos cinco, ou não fossemos nós Vozes da Rádio.
Assim, e da última vez que passámos pela televisão em Lisboa, coleccionámos algumas fotos que fizemos nos estaleiros da RTP, onde se acumulam cenários de vários programas, luzes, mesas de matraquilhos e até pessoas…
As crianças deixadas à solta deram azo à criatividade e fizeram as mais elementares e básicas parvoíces. Aqui vos deixo alguns momentos dessa tarde de terça-feira, enquanto esperávamos para entrar no Portugal no Coração. Este senhor é que parece que é o dono das quinquilharias acima expostas. É nosso velho conhecido destas coisas de programas de tv e companhia única à mesa. Na foto faltam as assistentes do programa do Fernando, mas ainda há pouco as vimos numa revista que não me lembro o título... são muito boas profissionais e a televisão precisa de gente assim.

VOZES NA FNAC BRAGA!


A partir do dia 15 de Novembro o Braga Parque abre as portas da nova área comercial do shopping, que beneficiou nos últimos dez meses de profundas obras de remodelação e expansão.
A cadeia francesa FNAC é um dos principais reforços das 105 lojas do Braga Parque. Ocupando uma área aproximada de 1800 metros quadrados, este novo espaço cultural e de lazer disponibilizará livros, CD’s, DVD’s, artigos tecnológicos e informáticos, laboratório de fotografia, bem como um café e um espaço de fórum.

Para dar o pontapé de saída a FNAC do Braga Parque eleveu os seus gostos ao mais alto nível e convidou-nos para a estreia: É isso mesmo: Domingo, 16h na Fnac do Braga Parque. Vai de certeza valer a pena. Nota: Querem melhor altura do que esta para comprar prendas de Natal? Sem stresses, Sem atropelões e com a escolha acertada: Um cd das Vozes. Ah! E se estrearem o cartão ainda têm 6% de desconto. Querem melhor? Então bute à Fnac do Braga Parque. Esperamos por todos vocês!

14 novembro 2007

Com muita antecedência

Não me lembro de um concerto nosso ter sido aqui publicitado com tanta antecedência, mas como acabo de chegar de um ensaio onde estivemos já a preparar esta apresentação, lembrei-me de falar já nele.
No próximo dia 15 de Dezembro estaremos na Casa da Música para participar no Breve Dicionário de Ouvir. Iremos falar sobre a letra H. O H de Harmonia.
E o que vamos fazer? Pois não posso dizer. Mas acho que vai valer a pena, acima de tudo porque vamos cantar coisas que nunca cantámos, vamos fazer coisas tão espectaculares que nem nós ainda sabemos como são. Só por isso vale a pena.
Por isso também anuncio já... ah! e por outro motivo: haverá apenas 150 bilhetes disponíveis, que já estão à venda. Quem quiser que avance para a Casa da Música... mesmo aqueles tipos que raramente nos falam e que nas vésperas dos concertos pelas redondezas tentam cravar um bilhete... só eu conheço vários (e cá para nós, mando-os sempre apanhar cavacos, que como se sabe só existem para os lados de Belém, lá para o oriente).
Uma boa noite, está bem?

13 novembro 2007

Todos a bordo!

Ainda e sempre o Cruzeiro Holmes Place de Abril deste ano.
No passado dia 27 de Outubro lá fomos nós cantar os parabéns à Fnac de Santa Catarina. Além de muitos amigos que por lá apareceram, apareceu o Tiago Martins da phragma, amigo que fizemos neste cruzeiro e que com a arte dos fotógrafos fez um número considerável de retratos dos Senhores. O Tiago levou-nos nesse sábado um cd cheio de memórias de que agora deixo aqui uma pequena amostra.

Podem ver-nos em palco e fora dele. Numa entrevista com o Carlos Dias da Silva e até de microfone em punho com a vista de Gibraltar por trás.

Um enorme bem-haja ao Tiago e a todos aqueles que têm contribuído para a decoração das paredes da casa. Quem tiver coisas para nos mandar, já sabe… é olhar para o lado direito do tasco e esgalhar-nos à vontade.
Olhai, que lindo atrás o mar e o rochedo. Só mesmo um calhau assim é digno de ter macacos, ingleses, espanhóis, marroquinos e as Vozes da Rádio à frente deles!

12 novembro 2007

Zé Marinho

No dia 27 de Maio de 2006, estávamos no Cais de Gaia a colaborar com a Antena 1 num programa que, se não me engano, se chamou Dia Positivo. Nós estávamos, de facto, muito positivos em palco, até porque tínhamos almoçado muito bem, à espera do fim do noticiário das 15h para começarmos a cantar. A última notícia foi como um soco no nosso estômago: o maestro José Marinho tinha morrido essa madrugada. Ficámos atónitos e no preciso momento em que a emissão vira para nós, estávamos a comentar o facto. A entrevista que deveria anteceder a cantoria ficou obviamente para segundo plano. Reformulámos o que íamos cantar e dedicámos o tema ao Zé Marinho.
Conhecemo-lo profissionalmente em 2000, num programa da RTP de nome Parque Maior. Fizemos esse programa a meias com os Entre Aspas. Com eles cantámos um tema e outro com a orquestra dirigida pelo Zé, o Efectivamente. A memória já não ajuda muito e não consigo sequer descrever o programa. Sei apenas que foi essa a primeira vez que cantámos com um acompanhamento orquestral e que o Zé fez os arranjos dois dias antes de gravarmos. O ritmo era alucinante e ele não tinha mãos a medir.
Depois disso cruzámo-nos com ele dezenas de vezes: galas de televisão da TVI, programas da RTP, da SIC. Em Julho de 2005 voltámos a trabalhar com ele num evento privado onde cantámos o Leãozinho com a Rita Guerra e um ensemble instrumental. Essa tarde conversámos muito e naturalmente rimos muito. O Zé era bem-disposto, pelo que a empatia era imediata.
Hoje, dia 12, o Zé faria 44 anos. Se a morte é sempre injusta, há casos em que é terrivelmente cruel. Hoje há uma evocação em Lisboa, às 19h, a que infelizmente não podemos ir. Estamos em espírito. Aqui, no nosso cantinho, recordamos o nosso trabalho conjunto da única forma possível: uma gravação feita a partir do som da tv e que há uns anos atrás foi descoberta pelo Miúdo na net. Alguém pôs lá este tema para “circular”. Nenhum de nós tem gravação vídeo do programa e este é mesmo o único registo.
Zé, um abraço!

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07 novembro 2007

Mais palhaçadas

No dia de todas as palhaçadas, o dia de apresentação da Operação Nariz Vermelho aqui no norte, além de termos cantado o hino da Operação Nariz Vermelho, cantámos também, a pedido da palhaça presidente (é tão bom podermos dizer isto sem ofender, não é?), o Carrapito da Dona Aurora.
Pois é isso que fica aqui hoje, para verem como nós combinamos tão bem no meio dos doutores palhaços. Um especial obrigado à Alejandra, a doutora Zuzu, uma argentina, que viveu em Porto Alegre e que caiu na Serra da Lousã! Nada como o paraíso, não é Alejandra? Ela foi a Dona Aurora de serviço Ah! Durante o jantar, a Dra. Zuzu, ainda cantou o Cuesta Abajo, um dos meus tangos favoritos do Carlos Gardel. Mais cedo, ou mais tarde, teremos esse tango a cappella, não fosse este o país da tanga, ou do tango, pouco interessa.
Para terminar deixem-me contar que mal acabámos a nossa amiga Aurora Cunha veio, com toda a propriedade, pedir satisfações... afinal ela sempre usou o cabelo curto! Nem carrapito postiço se lhe conhece!

06 novembro 2007

Encontro de culturas

Num recente passeio pelas Lagoas, ali para os lados de Ponte de Lima, não me passou indiferente esta placa, de tal maneira que não resisti em tirar-lhe uma fotografia.
Não percebo o que são zonas húmidas de importância internacional, mas se têm direito a placa, é porque devem ser muito boas.
A verdade é que o que me veio logo à cabeça foi a nossa amiga São Rosas e o seu 8º Encontra-a-Funda. As inscriSões já estão abertas e basta carregar aqui para saberem mais.
Infelizmente não poderemos estar presentes. Estaremos em espírito, até porque somos jovens que seguem os princípios do amor espiritual... apesar de com a São ser impossível ser fiel a qualquer princípio...
Divirtam-se!

05 novembro 2007

Contador de visitas

Associado aqui ao nosso tasco, temos um contador de visitas que nos dá também indicações estatísticas. Não é que se trate de uma coisa fundamental à vida de um homem, mas acaba por ser uma ferramenta interessante pois leva-nos a saber quem nos visita, de onde é, quantas vezes retorna, etc, etc.
Com alguma surpresa nossa temos vindo a descobrir que nem só de portugas se faz este tasco: o Brasil é presença constante, bem assim como Espanha, Itália e os Estados Unidos.
Como podem ver na imagem aqui posta (clicando ela aumenta) os americanos tem sido mesmo assíduos e no outro dia a terceira cidade que mais nos visitou depois de Lisboa e Porto foi mesmo Mountain View na Califórnia.
Isto faz-me a levantar algumas questões: Será que quem lê lá longe é português? Será que lê numa versão daquelas traduzidas? Como se traduz Vilhas e esgalhar? Não haverá para aqueles lados coisas mais estúpidas? O Schwarzenegger não é da Califórnia? Será que é ele que lê? Ele sabe ler? E os barulhos que ouço no meu telemóvel… será que me andam a escutar?
As perguntas são como as cerejas. Ficava aqui o dia todo a lançar perguntas ao vento. Para já vou voltar a consultar o nosso stats counter para ver se do ministério das finanças nos continuam a visitar. É que visitas daqueles lados são sempre de desconfiar!

04 novembro 2007

Ultraje!

… é o mínimo que se pode dizer do que vou pôr aqui. E agora perguntam-me os senhores leitores “se é, então porque pões?”
Tudo começou na sexta-feira quando ouvi uma notícia sobre um desgraçado de um funcionário público do Algarve, que para curar as desventuras da sua profissão se dedica à fotografia como hobby. Eu percebo-o muito bem, porque só não tenho esse hobby, porque não tenho tempo, e, reparem, não sou funcionário público.
Voltando à história, estava o desafortunado muito bem a tirar fotos numa festividade lá para baixo, quando foi levado para a esquadra, confiscaram-lhe o material fotográfico e saiu 4 horas depois com termo de identidade e residência. Tudo porquê? Porque na festa, como em todas as festas, havia menores que foram fotografados. Vai daí o homem, a que já não chegava a desgraça de ser da função pública, passou logo a suspeito de ser pedófilo!
Sinceramente isto mete-me nojo. Hoje em dia se alguém cai na tentação de fazer uma festa numa criança, arrisca-se a ser arrastado por um grunho de bigode, a passar o dia na esquadra e a ser capa do 24 Horas.
Por isso lembrei-me dos tempos da Rádio Nova, e do Dia dos Senhores, o programa que tínhamos com o Sérgio Sousa, quando os mais mediáticos casos ainda estavam no segredo. Pelo dia da criança fizemos esta aberração que (como já aqui contei) valia sempre um almoço de domingo com os pais, cheio de censura por parte dos anciãos e pleno de arrependimento do filho pródigo. A minha mãe não perdoava (e ainda não perdoa) estas brincadeiras idiotas e lança sempre a pergunta “porquê, meu filho?”. Pois não sei… a verdade é que hoje achei que isto ficava muito bem aqui. Boa semana.
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03 novembro 2007

Bágner, Tannhäuser e Siegfried

Raramente trago para aqui histórias da minha vida profissional extra-vozes. No entanto há algumas que são irresistíveis. É o caso desta.
É sabido que todos nós, de uma forma ou de outra, estamos ligados ao ensino. A minha área é a Composição, que se estende também para a História da Música.
Numa aula de História da Música em que eu falava sobre as qualidades e os progressos que Wagner trouxe ao mundo da música fui várias vezes interrompido com questões diversas. Mal acabei a exaltação do artista, dizendo como foi importante para a ópera, como foi fundamental no diluir da tonalidade, como foi inovador na utilização da orquestra, já tinha uma pergunta: “ele era nazi, não era?”. Esta pergunta é um clássico. Todos os anos chegados aqui, lá tenho eu que explicar que quando muito Hitler é que era um Wagneriano. E entre vários argumentos, o que cola sempre melhor é o cronológico. Ainda assim há sempre quem fique com essa ideia para sempre.
A aula prosseguiu e avancei para uma audição do Tannhäuser. Cá para nós, e apesar de reconhecer todas as qualidades de Wagner, não sou um consumidor compulsivo da sua música. Aqueles clisteres auditivos de horas de alemão, fazem-me urticária nas partes mais escondidas do corpo e não me aguento muito a ver e a ouvir as tragédias, histórias encantadas e lendas dos arianos.
O Tannhäuser, ainda assim, é uma ópera levezinha. Para quem não sabe bem do que trata cá vai um resumo: O Tannhäuser está em Venusberg rodeado de ninfas, sereias e de Vénus. Um tipo no meio de um pelotão de gajas boas, basicamente. A ópera começa assim mesmo, com o afortunado a dizer: “Basta! Basta! Tirem-me daqui e levem-me para a minha terrinha. Tenho lá a Elisabete à minha espera e é dela que eu gosto”. Pelo meio ainda reza à Virgem Maria a pedir desculpa pelos pecados. O Wagner mistura o catolicismo, com a mitologia e está o circo montado. Depois de umas voltinhas que não interessam para o caso, a história acaba da maneira mais previsível para a época: os dois num motel! Não!! Os dois acabam mortos e enterradinhos, que é para se deixarem de porcarias.
Durante a abertura da dita ópera lá ia eu explicando esta história, fazendo citações do texto com sotaque brasileiro (resulta melhor, acreditem) e é claro, a ser constantemente interpelado por alunos na força da puberdade: “O quê? Quer deixar essas mulheres todas, para voltar à aldeia?” “Reza à Virgem porque está arrependido?” As perguntas rodavam à volta do mesmo, eu lá ia argumentando da melhor maneira possível … até que solta-se uma grande gargalhada. Um dos presentes olha para o caderno do outro e vê escrito: Bágner. Eu, que até tinha escrito no quadro, lá vou falar com o autor da proeza, dissertando sobre as vantagens de escrevermos correctamente. No caminho ainda ouço “F%#%@-se, deixar as gajas todas! Por jeitos era paneleiro”.
Ignorei. Não podia fazer nada melhor. Chamar à atenção seria o mais indicado... só que por jeitos o miúdo até tinha razão…
Depois desta experiência resolvi deixar de lado o Tannhäuser. Hei-de escolher outra coisa qualquer, que não o “Idílio de Siegfried”. É que este Siegfried é o filho de Wagner e se tiver que falar da vida dele, sujeito-me a mais uma vez ouvir o comentário! E é melhor não.

02 novembro 2007

Branca

O título deste esgalhanço não é o contraponto aos dois anteriores que falam sobre o Vilhas. Não! Eu seria incapaz de fazer piadas fáceis à custa da tez e da melanina do meu amigo e colega de grupo.
Este título ilustra um momento da nossa última actuação na Fnac de Santa Catarina no sábado passado. O ambiente era de festa, quer na Fnac, quer no palco. Depois de apresentar o tema “Tu lês em mim” ataquei-o com a convicção dos heróis e fui colhido por uma terrível branca logo na primeira quadra. Morto o artista, a canção segue perante os risos dos meus colegas e a simulação do Tomi, qual João Pedro Pais, a pedir o uníssono do público, como se a cantilena fosse conhecida por mais de cinco pessoas… Nova volta da guitarra e lá atinei desde o início até ao fim sem descarrilar.
Não é a primeira, nem certamente será a última branca, que tivemos em palco. Uma das vezes fui tropeçando tantas vezes que no fim rematei o fado do estudante com “e toda a gente já viu que não sei a letra”. Não vou falar dos meus colegas, seria pouco simpático, mas o Tomi tem histórias que preencheriam este blog até 2017. Já o Jony, colecciona algumas pérolas nos seus solos. O Miúdo, apenas costuma falhar naquelas em que é voz principal e o Vilhas começa a saber de cor as musiquetas que começámos a ensaiar em 93. Mas isto, obviamente, não vou contar, nem seria digno da minha parte. Eles se quiserem que contem.
Duas notas finais a la Marcelo: Se este vídeo está aqui a fazer história é porque a Jacky teve a amabilidade de nos enviar aquilo que registou com o seu telemóvel. Mais uma vez, obrigado Jacky (e vejam aqui o que ela escreveu sobre nós)!
A última nota é para aqueles que costumam ver o Bom dia Portugal ao fim de semana. Pois amanhã este vosso amigo irá estar em directo às 10h45m para falar sobre a lei da rádio. Como não sei o que dizer, vou ver se puxo o assunto do IVA das fraldas, a proposta do uso de autocolantes nas viaturas de acordo com a perícia do proprietário e o desaparecimento de um caniche, para os lados da casa dos meus pais. Já há cartazes e tudo!

01 novembro 2007

Em África também se canta os parabéns!

Conheço o Vilhena desde os tempos do Conservatório do Porto. Talvez há uns vinte anos. Via-o a entrar no portão, de guitarra na mão e com uma fita no cabelo ao jeito do Mark Knopfler. Infelizmente não tenho fotos da altura…
Vi-o várias vezes em bares (facto que já teve direito a esgalhanço aqui por baixo) e lembro-me especialmente do dia em que rebentou a Guerra do Golfo. Estávamos no Pixote, eu a consumir e ele a tocar. O que por ali se passou será alvo um dia de narração aqui no tasco.
No Natal de 91, naquilo que foi a primeira tournée das Vozes (Porto-Guarda-Évora), o Vilhas foi o nosso técnico de som. Em Junho de 92 passou a ser um de nós. Ele estava a tocar num bar, que não me lembro o nome, e fomos lá convidá-lo.
Daí para cá foram centenas de concertos (sim, é verdade!), milhares e milhares de horas de convívio, muitas viagens e muitos, muitos pontos de telemóvel. Já devemos ter trocado várias vezes de aparelho só à conta das nossas conversas.
Hoje o Vilhas fica mais maduro um ano. Fica mais experiente, mais sabedor, mais respeitável, mais lúcido. Fica também mais perto do uso de fraldas para incontinentes, ou então de ser algaliado. O Jony já prometeu algalia-lo no próximo concerto, para não se repetir o que se passou sábado na Fnac. Em plena apresentação de uma música, o nosso Vilhas sai do palco, porque já não aguentava! É a idade, Vilhas... e a próstata!
Celebremos este dia com o Vilhas a cantar. Mais uma versão do Primeiro dia do Mundo, esta com banda, gravada no Teatro Helena Sá e Costa na apresentação do “Mulheres” em Abril de 05. (as outras versões estão aqui, aqui e aqui)


O SANTOVILHAS FAZ ANOS!

Podíamos dizer que passam hoje 252 anos sobre o grande terramoto de Lisboa, em 1 de Novembro de 1755, pelas 9h40m da manhã, com uma intensidade estimada de 9 graus na Escala de Richter, praticamente destruindo na íntegra a cidade de Lisboa (cerca de 85 % dos edifícios), assim como grande parte do litoral do Algarve. Pois é...mas há coisas mais importantes a lembrar e sobretudo festejar...
Queremos acreditar que não é por acaso que o Vilhas faz anos no dia de todos os Santos... Ele às vezes é um verdadeiro Santo ao aturar as nossas maluqueiras e por trás daquele ar calmo, sereno e tímido há um rapaz talentoso que também tem o seu sentido de humor, tem o seu feitio(zinho) admirável e sobretudo... uma grande qualidade vocal e Guitarristal!
E assim sendo não podíamos deixar de prestar esta rica homenagem no dia do seu Aniversário e desejar que continue este seu percurso fantástico de dotar as nossas músicas de um contrabaixo ao vivo e ao natural (de Pau santo!) e encantar as miúdas com a sua voz doce, contemplada em algumas das canções que lhe dedicamos como por exemplo o "Action man" do cd de Natal (que está quase esgotado à custa do mesmo!)
Obrigado Vilhas por estes anos de luta, pela Guitarra que tens dentro de ti (Azul... e branca!) e pela tua voz doce que encanta as miúdas...e a nós! ÉS UM SANTO!

O seu ar sedutor!


O seu ar profissional





Deliciem-se com a sua voz aveludada...