Lisboa, meninas e moças...

Não se julgue que estamos de férias, ou que fechamos o tasco. Não, muito pelo contrário. Estamos em Lisboa para a série de ouro de Agosto. Todos os domingos, segundas e terças no Casino Lisboa.

A nossa estada por cá tem sido recheada de experiências limite. Começou logo no domingo. O palco onde cantamos é uma "bolacha" elevada que fica no meio do Casino. Ora para um tipo como eu que sofre a bom sofrer com vertigens, tem sido uma emoção extra. A verdade é que ontem tremi muito menos e para hoje prometo mesmo um mortal para afastar todos os receios.

Depois, algo que começa a figurar nos roteiros da cidade, temos feito as festas late-night no bloco Atlântico. Para quem não sabe, estamos instalados, muito bem instalados diga-se de passagem, nas traseiras do Casino, em dois apartamentos que ganham tradição. Antes de nós foram habitados pelas meninas do Crazy Horse. Neste momento são os cavalos tripeiros que animam o espaço. O apartamento vermelho (o meu) tem acolhido todas as emoções. A de ontem envolveu camarão, caril, patê de atum e até dança do ventre. O apartamento verde tem sido ponto de repouso dos menos resistentes. Para breve as fotos, os filmes e a narração mais pormenorizada destes ajuntamentos nocturnos.

Neste momento estou eu e o Jony na casa do irmão Monge a olhar o Tejo e Lisboa. Grande vista, não duvidem. Grande foi também a refeição no Solar das Beiras. Sardinhas, camarões, ameijoas e excelente companhia. Que se pode pedir mais da vida? Ao chegarmos aqui o Monge deu-nos mais uma lição de fado. E vamos sair daqui com a voz da D. Beatriz da Conceição e com o seu sotaque do Porto a cantar "por saudade ou por memória, só sei contar a história, da falta que me fazes". Há verdades universais, mas que cantadas soam bem melhor!