A Organização Mundial de Saúde há muito que vem alertando para o problema da obesidade. Confesso a minha distracção, pois nunca tinha visto, apesar de volumoso, a dimensão do problema. Tenho alunos tipo-bola, convivo com gente bem anafada e até quando o Vilhas se distrai mais, todos reparamos, fazemos comentários e acabamos por despoletar uma dieta no baixo africano.
Mas nada disto se compara com as dezenas, talvez centenas ,de obesos que vi estas férias. Gente gorda mesmo. Falo-vos de massas enormes que se moviam com dificuldade pela areia, ou que mergulhavam no oceano provocando ondulação suplementar, bem distinta daquela que é regida pelas forças magnéticas do planeta. Falo-vos de badochas: crianças e adolescentes em corpos de baleias, orcas ou até de bovinos, que muito me deixaram assustado!
Problemas hormonais de lado e tento arranjar explicação para tanta gordura. Estética? De todo! Os corpos bem fornecidos de substância gorda há muito deixaram de estar na moda. Ficam bem nos quadros do Velazquez, ou até, séculos depois, nos filmes a preto e branco dos anos 10 e 20 do século passado. Mesmo nestes casos, a gordura é aceitável e pode até ser formosura (o Jony aqui poderia dar ajuda, com argumentação muito própria). No que eu vi, não era de certeza. Não há formusura possível numa área tão alargada de ser humano. Encitamento à robustez? Não. Criança bem nutrida, também há muito que deixou de ser sinónimo de saúde. E aquilo que eu vi não eram seres bem nutridos. Eram postas volumosas de carne.
Segui, num passeio pela praia, um grupo de três adolescentes, badocha-style, e aos poucos fui encontrando a justificação para a existência de tanta gordura. Levavam pela mão uns sacos onde alojavam toneladas de comida. Pãozinho caseiro? Fruta? Nada disso! Primeiro, quais debulhadoras, limparam pacotes de batatas fritas e snacks. Vários. A seguir comeram alarvemente uns nacos de pão recheados com carne de porco (consegui sentir o cheiro atrás...). A acompanhar refrigerantes. Cada um, mais de uma lata. Para terminar um bolicao e um chocolate!
Estou a descrever-vos aquela refeiçãozinha frugal do meio da manhã, aquela que no meu tempo (obrigado mãezinha) era um pãozinho, uma peça de fruta e água ou leite.
Não me estranharia nada que depois daquilo tudo, os três porcões se tivessem dirigido ao McDonalds mais próximo para continuarem a encher o bandulho. Mais filosofo e conjecturo, provavelmente os pais até lhes teriam dado o dinheiro para eles continuarem a enxofrar o corpo de comida enlatada.
Pois é, hoje em dia acabou o saquinho de pano, a visita à padaria logo pela manhã, a lancheira escolar. O Kinder delice, o bolicao, o panrico com nutella, as bolachas do Ruca e tantos outros produtos vão-nos poupando tempo precioso, agradam muito aos meninos e ao mesmo tempo vão criando panzers humanos. Pessoas (e pensar isto choca-me muito) que deixam de ver os seus genitais! Isto não abona em nada! E pior, prejudica até a higiene!
Por isso amigos, cuidado com o que comem e com o que dão a comer. Não queiram ter as visões gigantescas que eu tive estas férias... e só por causa disso os meus potenciais badochas cá de casa passaram a um regime de água e pouco mais...
Mas nada disto se compara com as dezenas, talvez centenas ,de obesos que vi estas férias. Gente gorda mesmo. Falo-vos de massas enormes que se moviam com dificuldade pela areia, ou que mergulhavam no oceano provocando ondulação suplementar, bem distinta daquela que é regida pelas forças magnéticas do planeta. Falo-vos de badochas: crianças e adolescentes em corpos de baleias, orcas ou até de bovinos, que muito me deixaram assustado!
Problemas hormonais de lado e tento arranjar explicação para tanta gordura. Estética? De todo! Os corpos bem fornecidos de substância gorda há muito deixaram de estar na moda. Ficam bem nos quadros do Velazquez, ou até, séculos depois, nos filmes a preto e branco dos anos 10 e 20 do século passado. Mesmo nestes casos, a gordura é aceitável e pode até ser formosura (o Jony aqui poderia dar ajuda, com argumentação muito própria). No que eu vi, não era de certeza. Não há formusura possível numa área tão alargada de ser humano. Encitamento à robustez? Não. Criança bem nutrida, também há muito que deixou de ser sinónimo de saúde. E aquilo que eu vi não eram seres bem nutridos. Eram postas volumosas de carne.
Segui, num passeio pela praia, um grupo de três adolescentes, badocha-style, e aos poucos fui encontrando a justificação para a existência de tanta gordura. Levavam pela mão uns sacos onde alojavam toneladas de comida. Pãozinho caseiro? Fruta? Nada disso! Primeiro, quais debulhadoras, limparam pacotes de batatas fritas e snacks. Vários. A seguir comeram alarvemente uns nacos de pão recheados com carne de porco (consegui sentir o cheiro atrás...). A acompanhar refrigerantes. Cada um, mais de uma lata. Para terminar um bolicao e um chocolate!
Estou a descrever-vos aquela refeiçãozinha frugal do meio da manhã, aquela que no meu tempo (obrigado mãezinha) era um pãozinho, uma peça de fruta e água ou leite.
Não me estranharia nada que depois daquilo tudo, os três porcões se tivessem dirigido ao McDonalds mais próximo para continuarem a encher o bandulho. Mais filosofo e conjecturo, provavelmente os pais até lhes teriam dado o dinheiro para eles continuarem a enxofrar o corpo de comida enlatada.
Pois é, hoje em dia acabou o saquinho de pano, a visita à padaria logo pela manhã, a lancheira escolar. O Kinder delice, o bolicao, o panrico com nutella, as bolachas do Ruca e tantos outros produtos vão-nos poupando tempo precioso, agradam muito aos meninos e ao mesmo tempo vão criando panzers humanos. Pessoas (e pensar isto choca-me muito) que deixam de ver os seus genitais! Isto não abona em nada! E pior, prejudica até a higiene!
Por isso amigos, cuidado com o que comem e com o que dão a comer. Não queiram ter as visões gigantescas que eu tive estas férias... e só por causa disso os meus potenciais badochas cá de casa passaram a um regime de água e pouco mais...
6 comentários:
saudades do velho saco de pano onde levava o meu pão com manteiga ou marmelada para a escola...
Tenho na minha mente uma imagem que me persegue.
Quando eu era mais novo tinha uma pessoa amiga que tinha 1,70 m de altura e pesava 101 quilos. Um dia quando estavamos num grupo a falar de coisas que falam os putos de 19 anos, ou seja GAJAS, ele suspira no meio de uma conversa "ai se eu fosse magro. Mas não consigo.". De seguida perguntei-lhe "E então porque estás as comer dois cornetos ao mesmo tempo?" ele respondeu " Porque me apetece!".
Nunca mais voltei a fazer este tipo de perguntas a um gordo, porque percebi o que eles querem dizer com "mas não consigo!"
O Mundo está superpopulado... mas em breve o problema vai desaparecer tendo em consideração a estatística relativamente aos ataques cardiacos.
O problema é como é que os vamos enterrar. Não me parece que os coveiros queiram fazer horas extraordinárias.
Pervejo que no futuro o planeta vai ser havitado por Indianos, Etíopes e a Amy Whinehouse.
Exmos., existe alguma maneira de poder re-ouvir as vossas rubricas na Radio Clube português?
Abraço,
João Bucho
Caro Stef,
Isso de que falas, é hoje em dia tão raro como um lince da Malcata... e o resultado está nos Badochas
Caro Eduardo,
Gosto da tua visão apocaliptica. O planeta a ser havitado por seres que sabemos são potencialmente magros: os etíopes pela fominha que rapam, os indianos pelas descargas biliares que o caril provoca e a Amy pela droga que consome...
Caro João,
As nossas crónicas estão em Podcast no site do RCP. Aqui em baixo explico o processo que me levou até lá. No entanto nós temos a intenção de disponibilizar na net todos os que já fizemos. Ainda não tivemos tempo... assim que possível fica tudo on-line.
abs
jp
os etíopes não passam fominha...têm é um metabolismo muito rápido...
E fazem 5 refeições por dia, querem ver?
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