Na quinta-feira passada cumpriram-se trinta anos da morte do Jacques Brel. O que me choca não é a morte do músico, até porque trinta anos passados já está morto e bem morto, mas o facto de me recordar perfeitamente do dia em que morreu. Isso é, para mim, o sinal mais evidente de que já ando por cá há bastante tempo.
Fui ver ao Tubo os vídeos disponíveis e não resisti em ficar algum tempo à volta das canções do Brel, de onde saltei para tantos outros cantores da chanson française, que infelizmente desapareceu por completo. Por falar nisso a Juliete Grecco vem à Casa da Música, no alto dos seus 80 anos, provavelmente com uma equipa completa de serviços de urgência, desfibrilhador incluído.
Talvez por esta semana ter falado com o nosso video-man Carlos, acabado de chegar de Paris, senti a nostalgia natural de quem já passou por Paris. Como já alguém disse, se Deus criou o Rio de Janeiro e as mulheres, o homem criou Paris e as parisienses.
Assim se justifica o vídeo que aqui deixo hoje. Porque já ouvia isto há mais de trinta anos e porque hoje seria um excelente dia para tomar o pequeno-almoço em Montmartre, não fosse a crise.
Bom domingo.
1 comentário:
Fantástico, Joca!
Este ano, sem saber bem porquê, empenhei-me em ouvir músicas de Brel, recordando também o que o meu Pai ouvia. Adorei recordar (Dans le port de Amsterdam, Ne me quittes pas,...). Agora vejo que não estou só e que faz anos que o senhor morreu...
Obrigado pelo post.
Jorge Costa
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