Hoje a minha contribuição bloguista não é propriamente de cariz histórico das VdR, é antes um protesto quase musical, pós vivência de rua.
“Parece que é mas não é. Que gosto e satisfação. Brasa é a bebida que aquece o coração.” Este foi, sem dúvida, um refrão “orelhudo”. No entanto, se para uns o que parece que é mas não é, é uma virtude, para outros, é aquilo que se pode chamar a maior farsa da História.
Assim, ontem durante cerca de 15 minutos ouvi um homem que na rua me abordou junto ao carro, e enquanto eu encarrava a família o sujeito meteu conversa dizendo que também tem quatro filhos. Daí descreveu a situação em que se encontrava, coisa desnecessária, pois bastava olhar para ele para notar a situação miserável em que se encontrava. A roupa encharcada, e na eminência de passar a noite sem agasalho, pois alguém durante o dia o tinha deitado ao lixo. Ofereci-lhe uns euros para tentar amenizar o seu sofrimento, sabendo eu que não era a forma de o fazer, e ele contou mais um pouco da sua triste história e família.
Em conclusão, provavelmente pouco do que me disse foi a verdade, e apenas teve a virtude de conseguir despertar em mim alguns dos poucos sentimentos que esta vida nos vai deixando sentir. Mas, por mais que pense não o consigo distinguir da maioria das pessoas que conheço. Ainda há pouco tempo um individuo dito licenciado me roubou uns milhares de euros em tribunal apenas com uma meia dúzia de mentiras dele e do advogado, e com todos os dentes e mesmo sem alguns com certeza; todos os dias ouvimos horas de televisão e rádio e lemos diários e semanários e anuários, e parece que é mas… A única diferença de facto, é que o pobre de ontem mentindo ou não, é um miserável como todos os outros mas sem conforto. Sem a oportunidade de levar alguns dos outros mentirosos a tribunal e provar, ainda que perca (o que não deixa de ser curioso), que não passam de aldrabões.
Vivemos de facto uma época histórica, a meu ver não porque os presidentes são pretos ou brancos, mas porque nunca foi tão possível tirar do desconforto e meter toda a gente no saco dos mentirosos confortáveis como hoje é. Se a verdade é um conceito tão pouco exacto; a fome, a higiene básica, a dor, o sofrimento, são ciências um pouco mais exactas.
“Parece que é mas não é. Que gosto e satisfação. Brasa é a bebida que aquece o coração.” Este foi, sem dúvida, um refrão “orelhudo”. No entanto, se para uns o que parece que é mas não é, é uma virtude, para outros, é aquilo que se pode chamar a maior farsa da História.
Assim, ontem durante cerca de 15 minutos ouvi um homem que na rua me abordou junto ao carro, e enquanto eu encarrava a família o sujeito meteu conversa dizendo que também tem quatro filhos. Daí descreveu a situação em que se encontrava, coisa desnecessária, pois bastava olhar para ele para notar a situação miserável em que se encontrava. A roupa encharcada, e na eminência de passar a noite sem agasalho, pois alguém durante o dia o tinha deitado ao lixo. Ofereci-lhe uns euros para tentar amenizar o seu sofrimento, sabendo eu que não era a forma de o fazer, e ele contou mais um pouco da sua triste história e família.
Em conclusão, provavelmente pouco do que me disse foi a verdade, e apenas teve a virtude de conseguir despertar em mim alguns dos poucos sentimentos que esta vida nos vai deixando sentir. Mas, por mais que pense não o consigo distinguir da maioria das pessoas que conheço. Ainda há pouco tempo um individuo dito licenciado me roubou uns milhares de euros em tribunal apenas com uma meia dúzia de mentiras dele e do advogado, e com todos os dentes e mesmo sem alguns com certeza; todos os dias ouvimos horas de televisão e rádio e lemos diários e semanários e anuários, e parece que é mas… A única diferença de facto, é que o pobre de ontem mentindo ou não, é um miserável como todos os outros mas sem conforto. Sem a oportunidade de levar alguns dos outros mentirosos a tribunal e provar, ainda que perca (o que não deixa de ser curioso), que não passam de aldrabões.
Vivemos de facto uma época histórica, a meu ver não porque os presidentes são pretos ou brancos, mas porque nunca foi tão possível tirar do desconforto e meter toda a gente no saco dos mentirosos confortáveis como hoje é. Se a verdade é um conceito tão pouco exacto; a fome, a higiene básica, a dor, o sofrimento, são ciências um pouco mais exactas.
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