Nas bordas duma Cigana

Ando a passar por uma fase engraçada... Quando era mais novo, ouvia os mais velhos a dissertar sobre o que era mais importante na vida. De tudo o que ouvia, algumas migalhas ficavam, a muito custo. Pensava que, pelo gap geracional, mudavam-se os tempos e também as vontades. Chego à conclusão que isto não passa de uma simples repetição. O que outrora não tinha importância nenhuma, por estar a ficar menos miúdo a cada dia que passa, agora começa a ter um peso significativo. Podia dar resmas de exemplos, mas fico-me por um bem interessante - o fado. Ora, eu nunca fui habituado a ouvir fado. Em casa, não ouvia fado. Sempre que dava fado, eu reagia como a maior parte dos miúdos que não está habituado a ouvir: língua de fora, olhos semi-cerrados e um enorme "bleah" visceral. Com o tempo, com as marcas da vida, com as rugas e brancas... o fado começa a fazer sentido. Agora, ao ouvir grandes vozes do fado, a reacção é bem diferente. Ouvir uma Amália, um Camané, uma Mariza, uma Aldina Duarte, uma Mafalda Arnauth... é sempre um prazer. Mas ouvir a Cátia Alexandra é uma coisa de outro mundo!

Hoje, tentando encontrar algo específico no youtube, dei de caras com esta pérola. Cátia Alexandra, uma fadista gótica, que canta no 2º Festival Alternativo da Canção. Vou partilhar convosco a canção "Nas bordas duma Cigana", canção nº 4. Ressalvo a importância de observarem o seguinte:

• qualidade de vídeo;
• apresentadora de luxo, que atinge o seu auge ao proferir termos como "alternatividade", "fanzice" e "vausto auditório";
• o compasso de espera que a artista faz, acicatando o público e fazendo desesperar a apresentadora;
• o primeiro acorde da guitarra (afinação enquadrada no festival - completamente alternativa!);
• a riqueza da poesia;
• interpretação de alto nível.

Felizmente ainda há coisas que me surpreendem. Seria extremamente egoísta se não partilhasse. Desejos de uma boa audição e de uma excelente noite.

Dia Mundial da Criança

Aproxima-se um lindo dia. Dia em que os meninos não terão aulas nas suas salas, brincarão no recreio e terão atividades divertidas promovidas pelos professores, auxiliares ou pais. Estes, os pais, terão uma pequena surpresa para os seus filhotes, e nesse dia serão os pequenos a mandar lá em casa. O Dia Mundial da Criança aqui num país à beira da banca rota. Para o ano descreverei este dia mas passado na República do Biafra. Entretanto deixo-vos, a vós adultos, com um vídeo do Ruca e , a vós criancinhas, com uma foto do mesmo, mas mais feio.

E está quase a fazer dois anos...

...que nasceram as Histórias do Sul"... foi no dia 1 de Junho de 2009!
Aqui ficam as imagens e sons que fizeram muitas crianças cantarolar com (todas) as vozes, para até ao dia 1...recordar e viver!

A loja do Mestre André

Aproveito o esgalho anterior, onde a capacidade criativa do Filipe Glasse é posta em evidência, para pôr em evidência a capacidade criativa da amiga aqui em cima, também ela influenciada certamente pela obra do Filipe. Não só a música como também a indumentária, muito cuidada, com que se apresentam. Para eles aconselho uma passagem na Zara, ou na zona industrial da Varziela, local típico onde se comem boas bifanas. Um abraço para eles e para o Filipe.

... e agora o do acordo

Mais uma vez sou condicionado pelo escrito anterior. O que tinha em mente escrever era algo mais elaborado. Algo sobre minimalismo, sobre como arranjar uma forma fácil de viver e ainda sobre a forma de enganar almas puras e ingénuas. A verdade é que acabo de sair de um concerto do Philip Glass e depois de ouvir 6 peças diferentes tocadas ao piano pelo próprio (seis porque ele disse... na realidade a peça foi sempre a mesma aos meus ouvidos) descobri que afinal podia ser um pianista de sucesso! O truque é saber como apresentar-me e não ter de tocar tudo direito... bom, mas isto afinal passou para segundo plano depois do samba que o miúdo aqui colocou que de resto é bem mais interessante.

No rescaldo deste samba do acento, fizemos nós o do acordo ortográfico cuja história já está escrita algures aqui nas paredes do tasco. Procurem que encontram. O único dado novo é que este mesmo video esteve na capa do jornal Estado de São Paulo versão on-line e eu, pai e mãe da coisa, tive direito a entrevista, regurgitando cá para fora o que me ia na alma sobre o dito acordo. De passagem senti-me um Nuno Rogeiro a opinar sobre as coisas da vida.

E pronto amigos, dançai e escrevei todos como vos aprouver, que eu vou dormir.

Samba do Acento

Hoje, em conversa, soube de mais algumas alterações que desconhecia, no que diz respeito à forma como devemos escrever, à luz do novo acordo ortográfico. Se algumas alterações são compreensíveis, outras são duvidosas. Então a supressão dos acentos gráficos é que me pára o cérebro (ou melhor, para o cérebro...). E por falar em acentos, há uns bons anos, participámos num trabalho do nosso amigo Manel Paulo e cantámos no Samba do Acento. A letra é do grande João Monge. O trabalho chama-se Assobio da Cobra e, apesar de ter sido lançado em 2004, continua a fazer parte da banda sonora da minha vida. Foi um privilégio participar num trabalho com esta qualidade. Desafio-vos a ouvir esta e todas as outras músicas que fazem parte do Assobio da Cobra.

Viva o campeão!!

Sei que é previsível, chover no molhado, bater no ceguinho, mais do mesmo, mas desde há uns tempos para cá uma equipa Portuguesa tem-se destacado. Podemos "parabenizar"... apesar das muitas outras vozes que aspergem dúvidas acerca da honestidade vitoriosa. Aliás, este valor é dos mais desvalorizados de hoje e não há manobra económica que lhe altere o fado. Qualquer que seja a notícia ou acontecimento, mais ou menos identificados, pairam imediatamente os dedos, mais ou menos esticados, da "libertinagem" noutras notícias ou comentários ou comentários documentários, nas redes, mais ou menos, sociais e intelectuais.  Estes são os tempos da meia cara, tempos que outrora já foram profetizados, escritos e descritos e que não sei quantas vezes mais o jogo voltará a ser baralhado e jogado novamente. Já lhe chamaram Sodoma e Gomorra e também no caso andavam à procura dos honestos...

Vamos cantar! Cantar alegremente, até que os raios cheguem, se ouçam os trovões da destruição, se ergam os vulcões do adestramento.

Entretanto, hoje acordei e já me sinto melhor...

1991

1991 foi o segundo ano da década de noventa e iniciou-se numa terça-feira. Este facto por si só revelou-se maravilhoso, uma vez que proporcionou a muitos trabalhadores fazerem ponte no dia de ano novo e comemorarem em festa total! E porque tudo começou bem, porquê continuar a insistir nas coisas chatas da vida? Assim sendo, a 28 de Fevereiro terminou a Primeira Guerra do Golfo com a "Operação Tempestade no Deserto" e o Kuwait foi libertado do domínio do exército iraquiano e de Saddam Hussein. Entretanto, a Guerra Fria, iniciada em 1945 e que tantas vezes ameaçou eclodir em confrontos muito pouco amigáveis, também conheceu o seu fim em 1991. 15 novos Estados libertaram-se do domínio da URSS com Gorbachev a anunciar o fim da União das Repúblicas Sociais Soviéticas em Dezembro.

Na música, os Queen lançaram o seu último álbum com a presença de Freddy Mercury que acabou por morrer a 24 de Novembro. Por seu lado, os Metallica lançaram o Black Album e os Pearl Jam mostraram-se ao mundo com o Ten. Quem se mostrou também ao mundo sem pedir licença e com toda a tempestuosidade grunge, foram os Nirvana com o seu eterno álbum Nevermind. Já Madonna achou que boa ideia era lançar um filme com o título Na Cama com Madonna que fez a delícia de muitos fãs...

A par de todas estas coisas que se passavam na terra e no céu, 5 jovens vocalmente dotados, musicalmente ousados e com visuais, agora "tótós", mas bem sensuais para a altura, juntaram-se para brindar a recém nova década com muita música acapella. E, volvidos 20 anos, as Vozes da Rádio continuam a espalhar o esgalhanço sem fronteiras por este mundo fora, comemorando com toda a alegria o ano de 1991 e todos os outros que se seguiram e se vão seguir no futuro!

Febre

Ontem tive a oportunidade de assistir um pouco, ao debate dos sete pequenos partidos. Foi bem mais interessante e divertido do que os debates entre os grandes partidos. Principalmente um candidato vindo da Madeira, muito divertido, mas a sofrer de uma febre hemorrágica verbal. O homem continua a corresponder às expectativas criadas nas presidenciais. Um abraço para ele com votos de felicidades e para os seus colegas de debate, que se estivessem representados no parlamento, a politica era bem mais colorida.

Para eles deixo aqui um tema de rock psicadélico com misturas da melhor pop feita no Cambodja. Alucinante.

Sobrevivência

A história de hoje é a demonstração de que não há profissões fáceis. Também um grupo a cappella tem de desenvolver técnicas de sobrevivência, como se de Macgyvers nos tratássemos.

O concerto foi em Amorim em 2005 e nós tivemos a ajuda vocal do coro dos pequenos cantores desta localidade. Para quem não sabe Amorim é mesmo ao lado (à beirinha, como dizemos aqui) da Póvoa do Varzim. Na hora do teste de som, ficamos a perceber que o fio de voz com que o Tomi tinha acordado, podia não chegar ao fim da noite. Ele tentou tudo, tomou tudo, ficou calado o tempo todo... mas a humidade da noite veio ainda aumentar o seu silêncio. Afónico era como estava quando subiu ao palco e de lá assim saiu...

A primeira música com o coro foi o Só gosto de ti e neste vídeo percebe-se uma breve troca de sinais entre mim e o Tomi. Serviram para confirmar que não saía nada. Nos acordes iniciais fiz a voz do Tomi e arranco eu com a primeira parte da cançoneta, quando habitualmente costuma ser o Tomi. Aliás até fiz um falso arranque como se pode ouvir...

Este concerto, e agora fica o mundo a sabê-lo, foi quase todo feito em quarteto. O Tomi bem tentou, mas nesse dia as cordas vocais estavam em greve. Para nosso bem e de todo o concerto ninguém reparou e no fim o Tomi deu autógrafos e beijos... sempre com sorriso mas em silêncio.

Poucas foram as vezes em que a doença nos impediu de subir ao palco. Creio aliás que só uma vez, mas rouquidões, afonismos e variações sobre o tema, já nos têm pregado partidas. O truque é... sobreviver!

É preciso divulgar o esgalhanço!

O que escrevo hoje é muito sério... Sei que sabem que normalmente escrevo coisas maioritariamente parvas, mas hoje tenho urgentemente mudar de registo. Então é o seguinte:
Há 400 anos atrás, um famoso monge budista iniciou esta corrente esgalhada. Consistia em comprar merchandising oficial das Vozes da Rádio (cd's, t-shirts, dvd's, mais cd's, entre outros) no prazo máximo de 3 DIAS (úteis) depois de ler este esgalhanço. O monge garantiu felicidade plena após 2 dias da compra do produto. E quantos mais produtos, mais felicidade para a pessoa que adquiriu e para todos os que lhe rodeiam.
Vejam por exemplo o caso desta idosa que, um dia após ter comprado um blazer VdR (producto actualmente descontinuado) foi convidada a ser chanceler de um potente país europeu.

No entanto, como habitualmente acontece nas correntes mais comuns, há um lado negro que assola aqueles que teimam em não acreditar e, pior, não adiram à corrente. Mandei há poucos dias a corrente ao Strauss-Kahn, mas ele disse que já estava farto de meter dinheiro em Portugal. Estava interessado em meter outras coisas noutros sítios... e a corrente quebrou-se! Segundo últimas informações, soube-se que ele e o Renato Seabra (outro que ignorou a corrente) estão em Riker's Island a tentar quebrar outro tipo de correntes...

Portanto, têm 2 dias úteis a contar a partir de.... AGORA! - para salvarem a vossa vida.
Não vos desejo boa sorte. Sabem perfeitamente onde ela se encontra! Considerem-se avisados.

Mês de Maio, mês da fé

Está calor! Praia, caminhadas (pela fé e pelo peso que não da consciência), sardinhadas, uma chuvinha de vez em quando e alguma trovoada. Por falar em trovoada: a petro-energia continua a subir. Por acaso não há um raio que os parta?

Acordo linguístico ou ortográfico?

De um dia para o outro, a palavra entrou no dia-a-dia dos portugueses, como se de uma novidade se tratasse. Toda a gente acordou na quinta-feira a olhar para o baixo ventre e a apeceber-se que eles afinal existem! Catroga, mesmo antes de ser (se é que chegará a ser) ministro das finanças pôs o país a olhar à sua volta e a discutir o valor da palavra. Não foi uma discussão em torno da palavra de honra: pagamos ou não pagamos, mas... Pintelho ou pentelho? Deve ou não dizer-se? Puritanos e falsos moralistas coraram e reprimiram. Afinal neles nunca nada nasceu e nos outros nunca nada viram, porque só o fazem de luz apagada. E a verdade é que continuaram a discutir minudências (e reparem que não escrevi pintelhos porque posso ferir essas almas imaculadas).

Para mim importou mesmo saber como é a forma mais correcta de o dizer: pintelho ou pentelho? A nossa querida São Rosas fez a pesquisa que me propus fazer e tirou-me trabalho. Aqui está o resultado científico da nossa querida São.

Quanto ao nosso Catroga, adorei ver um avôzinho irritado a cuspir pintelhos. Afinal o pintelho pode ser também uma questão linguística e ele provou-o. Nessa mesma noite eu disse a um amigo jornalista que homem que assume assim os pêlos púbicos, assume com certeza toda a dívida pública, que é, como sabemos, bem mais peluda.

Para terminar este escrito de opinião púbica deixo-vos com uma conjungação que é muito difícil de acontecer: um mau canal, um apresentador péssimo de um programa rasca, um grupo mediocre e uma canção horrorosa. Tudo, tudo, tudo feito em Portugal. E quando eu pensei que o pêlo púbico era apenas uma questão do baixo ventre e da língua, afinal descobri que também pode aparecer na manteiga. Depois não se queixem da obesidade... enfim, pintelhos...

20 Anos, 20 desafios

As Vozes da Rádio entram em Maio com a energia e a pujança em alta! É isso mesmo, todos os dias são de festa e de preparativos para os esperados concertos comemorativos! Afinal 20 anos à cappela é um marco que merece ser celebrado a toda a hora!
Na transição do ano lançámos o desafio de enviarem sugestões de arranjos para serem interpretados na digressão dos 20 anos. Seleccionados 7 temas até agora, ainda faltam 13 para completar as 20 pérolas musicais a serem apresentadas dentro de alguns mesinhos. Por isso, continuem a enviar as vossas sugestões, aquelas músicas que anseiam por ver as 5 vozes vintage re-interpretar com selo de qualidade garantida!
O espectáculo dos 20 anos das Vozes da Rádio será inteiramente construído por quem melhor conhece o grupo, ou seja, os nossos amigos que nos acompanham desde os tempos em que as Vozes ainda aprendiam a dar os primeiros passos. Assim sendo,

Se há uma música que gostavam de ouvir na versão VdR;

Se querem um original para o qual têm uma ideia;
Se têm um texto à procura de música ou uma música sem texto;
Se por acaso até têm um original que acham que devia ser cantado a cappella;
Ou se o que querem mesmo é ouvir as Vozes a cantarem um ária de ópera ou uma canção tradicional da República Checa...

Façam-nos saber!

Enviem as propostas e sugestões para vintage@vozesdaradio.pt

Ora ponha aqui o seu pezinho!

Não era sobre isto que tinha pensado escrever, no entanto o Tomi com o seu escrito de segunda-feira, desempoeirou as memórias do programa "Dia dos Senhores" que durante dez meses esteve no ar, na Rádio Nova. Hoje, quase dez anos depois olho e ouço para trás e fico com a imodesta sensação que o raio do programa era mesmo bom! Os poucos que ainda hoje nos falam sobre o "Dia dos Senhores" referem-se a um marco no humor radiofónico. Eu, que também vi o Marco, a Heidi e a Abelha Maia, sinto o mesmo. E sinto saudades das noites passadas nos estúdios da Nova, à volta da máquina do café e do chocolate quente, dos textos martelados ali em cima do joelho, do verde da quinta do Senhor Engenheiro, dos mixs à volta dos soundbytes que os cromos do país vomitavam na altura, das audições ainda na cama ao domingo de manhã, dos teasers que o Álvaro Costa passava nas manhãs da Nova, dos anúncios que saíam no Público, dos streamings que levavam gentes de outras paragens a ouvirem-nos (e que orgulho senti quando um dia, um senhor telefonou-me e a meio da conversa confessou ter sido ouvinte regular do programa em streaming. Esse senhor, começou a ligação assim: Olá Jorge Prendas, daqui fala Ricardo Araújo Pereira, não sei se me conheces... sou de um grupo chamado Gato Fedorento... sou o mais parvo. A isto respondi: eu também sou o mais parvo do meu grupo), da crítica moral e ética que a mãe fazia quando não gostava de certas coisas que ouvia, dos teatrinhos radiofónicos, dos arranjos feitos on the spot, das emissões gravadas ao vivo no Bflat... enfim, de tantas aventuras que dez meses de um programa semanal de 2 horas proporcionam.

Muito desse material repousa em discos duros, cd's e outro material de arquivo. reparei que além do vídeo que o Tomi pôs, há um outro desses tempos: o meu pé, um tema pungente, aqui numa versão diferente daquela que se encontra no cd "Pérolas e Porcos".

Aqui fica o pé, numa altura em que ninguém pode pôr o pé em ramo verde, ou em que todos nos preparamos para sobreviver ao pé-coxinho. E antes que comece tudo ao pontapé, deixa-me ir embora, desligar as luzes e tirar a carne picada do descongelador para amanhã fazer rissóis aqui para o tasco.

Resposta ao azar

Estamos a atravessar tempos difíceis. Diria até de grande azar, inspirando-me no último esgalhanço do Tomi. Mas não é preciso sofrer mais! A resposta à prece de tanta gente veio directamente da minha caixa de correio. Comprovem:

Este digníssimo professor consegue mudar a nossa vida. E, numa prova de grande humildade, admite que Deus também pode mudar. Mas como Deus não é um astrólogo cientista espiritualista vudu, fica difícil fazer as coisas sozinho! Dá para perceber pelas breves palavras do professor que consegue dar resposta a muitos problemas que existem na nossa sociedade, no país, no mundo... E, se lerem com muita atenção, poderão constatar, como eu o fiz, que o nosso PM já contactou o professor. Ora acompanhem-me:

1. juntar dois amores separados em menos de 24 horas - só me vem à cabeça o debate entre o próprio e o Portas, principalmente aquele último aperto de mão...
   
2. negócios - apesar do PEC 4 ter sido chumbado, não correu assim tão mal, para o seu lado.
   
3. invejas - há umas semanas, o Passos Coelho aparecia em primeiro nas sondagens, com alguma distância. Agora, nem por isso.
4. maus-olhados - a quantidade de gente que lhe tem rogado pragas era o suficiente para ele estar entrevadinho no seu leito! Mas ainda tem forças para correr numas mini-maratonas.
5. saúde - ver ponto 4.
6. doenças espirituais - duvido que o espírito ainda habite a carcaça. Esta não conta.
7. Impotências - ver ponto 1.
8. Sexuais - tive dificuldade em entender o que o professor queria dizer com isto...
9. justiça - Desde freeports a diplomas de domingo, é só escolher...
10. vício de droga - não aplicável. O dinheiro não dá para isso... Só para fatos humildes que compra.
    
11. tabaco e álcool - dois produtos onde fica bem subir os impostos. Sempre a escalar!
    

Já está convencido? Vá, se precisar, ligue! O trabalho é feito à distância e o pagamento só é feito depois do resultado! Um exemplo para todos nós. Acredito que o futuro será assim.

Azaradamente...

Que bom que este fim-de-semana correu nas redes sociais e delas para as televisões um video-corrente para purgar maus olhados e pensamentos pecaminosos acerca do nosso país, acerca de nós próprios. É tempo de purgar de vez as muletas que nos amparam mas que não nos deixam correr livremente, a muleta da saudade: dos tempos de glória, do Sebastião, até da antiga senhora...(vejam só); e a muleta do azar: dos espanhóis, do afastamento da Europa, do fascismo, comunismo, cavaquismo, socratismo, sismo, nismo(nós mesmos).

Por falar em azar, ouçam esta pérola da crítica social, produzida num dos programas que gravamos para a rádio Nova em 2002, O Dia dos Senhores, acompanhados pela estrela radiofónica, Sérgio Sousa.

Onde fica a Finlândia???????

Também deviam saber que o maior grupo de sempre da Pop-aCappella é português.

Jura???

Quem vê este banner só vem à cabeça uma palavra: jura???

===============pausa para reflexão=============

Desfocalizando da crise, da austeridade, da troika, do FMI e de tudo o que nos tem inundado de "más ondas", voltemos ao nosso vintage!...e pegando só naquele humilde pensamento..."Jura" também faz parte da nossa história musical!
Este tema, assinado por Carlos Tê e Rui Veloso, foi por nós trabalhado e incluído em versão a cappella na colectânea "Espanta-Espíritos" (1996).
É incrível, mas esta nossa versão já fez 15 anos! Curiosamente alguém gostou dela e publicou-a no Youtube. Não mais curioso é a imagem de fundo...um dos fundos do nosso blog. Na altura era azul. Estava na moda...

Aqui fica o nosso Jura...

We No Speak Americano

"We no speak Americano!!" - terá sido esta a última frase dita por Bin Laden depois das tropas americanas terem entrado na sua casinha aos gritos, enquanto jantava com amigos. Não terá tido grande efeito, mas revelou um lado profético. Neste momento o Bin e os seus amigos não falam americano nem língua nenhuma. Contingências da vida.

Noite de Tunas

Ontem não consegui passar aqui pelo tasco para deixar um escrito. À semelhança do que acontece de há.... não-sei-quantos-anos a esta parte, fui júri do FITA, provavelmente o melhor festival de tunas do país. Apesar da repetição ad nauseum do mesmo repertório que algumas tunas insistem em fazer, e que reduz a zero o meu índice de tolerância a desafinações e desacertos, foi no mínimo surpreendente ouvir versões de músicas nossas como a Moçoila, Rouca vai a Campaínha ou o Corvo.

Depois da maratona auditiva, lá se elegeu a Católica como melhor tuna do ano. Eu elegi também esta noite como aquela em que menos dormi nos últimos 6 meses.

Para assinalar a minha estóica resistência, deixo-vos aqui o nosso momento tunante, rodeado por lindas meninas! A tuna é da Fernando Pessoa e a música é nossa do álbum Mulheres.

O terrorismo vocal além fronteiras

Morreu recentemente um ícone... O Big Laden (como ouvi, hoje, alguém dizer) foi um terrorista que deixou marcas por todo o mundo. Tal como ele, as Vozes da Rádio conseguem deixar marcas, até no estrangeiro. Se não acreditam, vejam o vídeo seguinte, bem como os seus comentários... E, se acharem que os espanhóis não têm razão, ripostem com o vosso melhor português! O Bin atacou na Atocha. Nós começámos por Santiago de Compostela... Mas não ficaremos por aí... muahahahah!!!

20 anos 20 margaridas

A Margarida foi marcante num determinado período das Vozes. Duas músicas tiveram esta graça. A primeira mais cantada e ouvida. Eu não conheci a fonte de inspiração, mas perguntei. Ai o que eu perguntei!

Não sei se os nossos amigos da Tuna Meliches, uma referência incontornável na cultura da zona de Coimbra como incontornável a nossa admiração e amizade, soube da musa que inspirou a música. O que é certo é que o Rafaelito Lindo, segundo a descrição que eu obtive do autor da obra, foi bastante fiel na paródia.