18 maio 2011

Sobrevivência

A história de hoje é a demonstração de que não há profissões fáceis. Também um grupo a cappella tem de desenvolver técnicas de sobrevivência, como se de Macgyvers nos tratássemos.

O concerto foi em Amorim em 2005 e nós tivemos a ajuda vocal do coro dos pequenos cantores desta localidade. Para quem não sabe Amorim é mesmo ao lado (à beirinha, como dizemos aqui) da Póvoa do Varzim. Na hora do teste de som, ficamos a perceber que o fio de voz com que o Tomi tinha acordado, podia não chegar ao fim da noite. Ele tentou tudo, tomou tudo, ficou calado o tempo todo... mas a humidade da noite veio ainda aumentar o seu silêncio. Afónico era como estava quando subiu ao palco e de lá assim saiu...

A primeira música com o coro foi o Só gosto de ti e neste vídeo percebe-se uma breve troca de sinais entre mim e o Tomi. Serviram para confirmar que não saía nada. Nos acordes iniciais fiz a voz do Tomi e arranco eu com a primeira parte da cançoneta, quando habitualmente costuma ser o Tomi. Aliás até fiz um falso arranque como se pode ouvir...

Este concerto, e agora fica o mundo a sabê-lo, foi quase todo feito em quarteto. O Tomi bem tentou, mas nesse dia as cordas vocais estavam em greve. Para nosso bem e de todo o concerto ninguém reparou e no fim o Tomi deu autógrafos e beijos... sempre com sorriso mas em silêncio.

Poucas foram as vezes em que a doença nos impediu de subir ao palco. Creio aliás que só uma vez, mas rouquidões, afonismos e variações sobre o tema, já nos têm pregado partidas. O truque é... sobreviver!

2 comentários:

São Rosas disse...

Sem rede!

Anónimo disse...

de Varzim...:)