De um dia para o outro, a palavra entrou no dia-a-dia dos portugueses, como se de uma novidade se tratasse. Toda a gente acordou na quinta-feira a olhar para o baixo ventre e a apeceber-se que eles afinal existem! Catroga, mesmo antes de ser (se é que chegará a ser) ministro das finanças pôs o país a olhar à sua volta e a discutir o valor da palavra. Não foi uma discussão em torno da palavra de honra: pagamos ou não pagamos, mas... Pintelho ou pentelho? Deve ou não dizer-se? Puritanos e falsos moralistas coraram e reprimiram. Afinal neles nunca nada nasceu e nos outros nunca nada viram, porque só o fazem de luz apagada. E a verdade é que continuaram a discutir minudências (e reparem que não escrevi pintelhos porque posso ferir essas almas imaculadas).
Para mim importou mesmo saber como é a forma mais correcta de o dizer: pintelho ou pentelho? A nossa querida São Rosas fez a pesquisa que me propus fazer e tirou-me trabalho. Aqui está o resultado científico da nossa querida São.
Quanto ao nosso Catroga, adorei ver um avôzinho irritado a cuspir pintelhos. Afinal o pintelho pode ser também uma questão linguística e ele provou-o. Nessa mesma noite eu disse a um amigo jornalista que homem que assume assim os pêlos púbicos, assume com certeza toda a dívida pública, que é, como sabemos, bem mais peluda.
Para terminar este escrito de opinião púbica deixo-vos com uma conjungação que é muito difícil de acontecer: um mau canal, um apresentador péssimo de um programa rasca, um grupo mediocre e uma canção horrorosa. Tudo, tudo, tudo feito em Portugal. E quando eu pensei que o pêlo púbico era apenas uma questão do baixo ventre e da língua, afinal descobri que também pode aparecer na manteiga. Depois não se queixem da obesidade... enfim, pintelhos...
1 comentário:
Bem... com esta... """"música""" até se me entraram pintelhos para os ouvidos :O)
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