Hoje dei por mim a fazer algo que já não fazia há algum tempo: uma arrumação à séria da tralha que tenho no computador. Qualquer um de nós sabe que quem se dedica a este tipo de arrumação, reencontra muita coisa que pensava não existir. Foi o caso. E por ser Domingo, partilho convosco um pouco do lixo que tenho por cá.
Qualquer grupo musical de qualidade não deve negar que, em paralelo ao talento, esforço e dedicação, caminha a influência de outros sons. Por várias vezes, o Joca confessou o seu enorme apreço pelos Beatles, o Tomi por grupos portugueses dos anos 80, o Jony pelas sinfonias misteriosas de Chopin, o Vilhas pelo Baskin Robbins, etc... Ao remexer no poeirento disco duro do meu pc, encontrei alguns vídeos de um concerto mítico, realizado na Aula Magna em Lisboa, no dia 13 de Novembro de 2004. Refiro-me a Rufus Wainwright. Quem me conhece, sabe o quanto a música deste senhor me diz. E, dentro do grupo, há quem também aprecie (ou não teria o joca, como toque de telemóvel, o tema "my phone's on vibrate for you"). Quem conhece bem Rufus Wainwright, sabe que este talentoso songwriter possui uma voz única, que toca piano que se farta, que é sofrível na guitarra mas que compõe genialmente. Ah, e também tem uma particularidade interessante... Digamos que é muito sensível e feminino (assumidíssimo, quer na maneira como se apresenta diante do público, quer em temas como Gay Messiah, ou melhor ainda, quer fazendo parte da banda sonora do polémico filme Brokeback Mountain, com o tema The maker makes).
Aqui o menino não perdeu a oportunidade de o ver. Lá fui eu até à mouraria (trocar a invicta não é coisa que particularmente me agrade, mas há que fazer sacrifícios), rumo à Aula Magna. O seu auditório é conhecido pelas VdR, pois várias galas televisivas em que participámos foram realizadas lá. Habituado à entrada normal dos artistas, esqueci-me que dessa vez era apenas um espectador. Ou então foi o destino... Cruzei-me sem querer com o Rufus, e não perdi a oportunidade de falar com ele. Chamei pelo seu nome, retorquindo-me um "yeeees??" muito anasalado e agudo, característico do seu timbre vocal. Contei-lhe que era grande fã dele e que tinhas uns cds seus, que gostava que autografasse. "Shure, do you have a pen?"- disse ele, de uma forma que nem a melhor tentativa para descrever chegaria perto da realidade... (lembrei-me, nesse momento, de uma deixa recorrente que os meus companheiros costumam dizer quando se pergunta o mesmo, mas vou poupar-vos desta piada fácil). O que é certo é que tinha os cds no carro, e tive de dar o meu bloco de notas para ele autografar. Agradeci-lhe cordialmente, despedi-me dele e do Lála (o seu técnico de palco e, provavelmente, conselheiro sentimental), e contei os minutos para o ver. Dessa noite inesquecível, deixo-vos com partes de uns registos que fiz: versão do Hallelujah do Leonard Cohen, e uma prenda ao fantástico público dessa noite-Go or Go Ahead, solo. Boa semana a todos.
Qualquer grupo musical de qualidade não deve negar que, em paralelo ao talento, esforço e dedicação, caminha a influência de outros sons. Por várias vezes, o Joca confessou o seu enorme apreço pelos Beatles, o Tomi por grupos portugueses dos anos 80, o Jony pelas sinfonias misteriosas de Chopin, o Vilhas pelo Baskin Robbins, etc... Ao remexer no poeirento disco duro do meu pc, encontrei alguns vídeos de um concerto mítico, realizado na Aula Magna em Lisboa, no dia 13 de Novembro de 2004. Refiro-me a Rufus Wainwright. Quem me conhece, sabe o quanto a música deste senhor me diz. E, dentro do grupo, há quem também aprecie (ou não teria o joca, como toque de telemóvel, o tema "my phone's on vibrate for you"). Quem conhece bem Rufus Wainwright, sabe que este talentoso songwriter possui uma voz única, que toca piano que se farta, que é sofrível na guitarra mas que compõe genialmente. Ah, e também tem uma particularidade interessante... Digamos que é muito sensível e feminino (assumidíssimo, quer na maneira como se apresenta diante do público, quer em temas como Gay Messiah, ou melhor ainda, quer fazendo parte da banda sonora do polémico filme Brokeback Mountain, com o tema The maker makes).
Aqui o menino não perdeu a oportunidade de o ver. Lá fui eu até à mouraria (trocar a invicta não é coisa que particularmente me agrade, mas há que fazer sacrifícios), rumo à Aula Magna. O seu auditório é conhecido pelas VdR, pois várias galas televisivas em que participámos foram realizadas lá. Habituado à entrada normal dos artistas, esqueci-me que dessa vez era apenas um espectador. Ou então foi o destino... Cruzei-me sem querer com o Rufus, e não perdi a oportunidade de falar com ele. Chamei pelo seu nome, retorquindo-me um "yeeees??" muito anasalado e agudo, característico do seu timbre vocal. Contei-lhe que era grande fã dele e que tinhas uns cds seus, que gostava que autografasse. "Shure, do you have a pen?"- disse ele, de uma forma que nem a melhor tentativa para descrever chegaria perto da realidade... (lembrei-me, nesse momento, de uma deixa recorrente que os meus companheiros costumam dizer quando se pergunta o mesmo, mas vou poupar-vos desta piada fácil). O que é certo é que tinha os cds no carro, e tive de dar o meu bloco de notas para ele autografar. Agradeci-lhe cordialmente, despedi-me dele e do Lála (o seu técnico de palco e, provavelmente, conselheiro sentimental), e contei os minutos para o ver. Dessa noite inesquecível, deixo-vos com partes de uns registos que fiz: versão do Hallelujah do Leonard Cohen, e uma prenda ao fantástico público dessa noite-Go or Go Ahead, solo. Boa semana a todos.
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