10 julho 2008

Débora

Dando seguimento ao ciclo silly, hoje chegou o dia de vos recordar o genérico de uma série da RTP, que há uns nove, dez anos atrás abrilhantava uma das noites do canal público.
A história até ao genérico é simples: a Ana Bola, há algum tempo que nos seguia, desde as nossas participações no Parabéns do Herman. Por outro lado é companheira de um grande músico e amigo, o baixista Zé Nabo, nosso compagnon de route na viagem de 96 a Macau. O Zé é músico do Rui Veloso, Ala dos Namorados, entre outros projectos, e fizemos com ele boa amizade no outro lado do mundo, até porque o jet-leg ajudava às noitadas. Com ele passeámos algumas noites pelos casinos de Macau, não à procura de fortuna, mas como interessados observadores internacionais.
Resultado de tudo isto, a Ana convidou-nos (em 98? 99?) para fazermos e cantarmos o genérico de um programa que andava à volta do universo pimba. Quem melhor do que nós para sermos voz desta abertura? Ninguém! Foi assim que ela pensou... e bem.
Com empenho, dedicação, profissionalismo e amor à arte (sim, porque como de costume a produtora não tinha quase verba para a criação, interpretação do genérico e separadores musicais) lá gravámos o que se ouve neste vídeo. O final, completamente silly, Nova Iorque, saiu em estúdio e lá ficou... a Ana, brilhantemente aproveitou essa evocação que fazemos ao New York, New York, e acabou o programa com a personagem a emigrar para Newark.
Alguns anos depois tive uma aluna de sua graça Débora (aliás já tive várias, o que daria para um esgalhanço sobre o gosto dos pais no momento de nomearem os filhos), que cantarolou esta linda melodia. Admirado por ela saber tão bem a parte do princípio "Débora, Débora-a" perguntei-lhe se sabia quem tinha feito aquilo. Ficou admirada quando lhe disse: eu! Nesse instante subi na sua consideração, pois ela não sabia que tinha eu contribuído para a imortalização de seu tão distinto nome. Mesmo que associando-o a uma cantora de gosto duvidoso...

9 comentários:

Anónimo disse...

Um conselho. De uma pessoa com espírito visionário. Se queres utilizar palavras em estrangeiro, vira-te para o mandarim. Acredita. São muitos e estão a tomar conta desta merda.

sqp

Tany disse...

Lembro-me tão bem disto!!!
Parabéns pelo genérico, estava muito giro (ainda me lembro da surpresa que foi saber que eram vocês a cantar o genérico da "nova série da Ana Bola")

Bjinhos

P.S.- Acho que se acabou a liberdade de expressão no vosso blog, ontem escrevi um "testamento" sobre o final dos Delfins, mas depois o sr. blogger teve um ataque e deu erro, não gravou nada!!! Coincidência ou talvez não? :p

São Rosas disse...

- De adonde és?
- D'Ébora!

Anónimo disse...

Caro São Rosas

Eu sou mesmo D'Ébora e não poderia deixar de pareabenizar o grande trocadalho.

Bem haja

Mais uma surpresa esta do genério. Este joca é um poço de, entre outras coisas, surpresas.

Anónimo disse...

Caro São Rosas

Eu sou mesmo D'Ébora e não poderia deixar de pareabenizar o grande trocadalho.

Bem haja

Mais uma surpresa esta do genério. Este joca é um poço de, entre outras coisas, surpresas.

São Rosas disse...

Marafuzileiro, eu sou a Maria da Conceição Rosas ;O)

Joca disse...

São e Marafuz,

Desculpem meter-me no vosso arrufo, mas acho que existe aqui uma confusão, vulgo gralha. O Marafuz quando escrever "Caro São...", pretendia escrever "Cora São", que é como se sabe o reloginho do amor, aquele que depois faz com que outros componentes da máquina comecem em tic-tacs desenfreados.

Sqp,

Não é por acaso que menciono no texto a ida a Macau. É o sinal subliminar do mandarim. As nossas estadias no Oriente não nos fizeram criar um grande vocabulário. Aquele que aprendemos em lupanares e salões de massagens não são obviamente chamados aqui. Sobra apenas Tsingtao e Nihou.

Tany,

Provavelmente estavas a escrever mal das pessoas e isso é feio. Deus não quis que deixasses palavras desagradáveis para com quem não merece... como aliás nunca mereceram tanto reconhecimento...ups...

bjs e abs

jp

São Rosas disse...

Tens razão, Joca. E eu sou mesmo muito coradeira...

Tany disse...

Xiii... Tens razão, Joca, a partir de agora não falo nada de mal acerca dos Delfins (ou seja, vou ficar calada...)

Bjinhos