30 setembro 2008

Filantropo II


Também eu me orgulho muito destes 17 anos de convívio com colegas e amigos talentosos (obviamente, ignore-se o miúdo no que diz respeito aos 17 anos). A preocupação com o outro, a solidariedade e a amizade, são sentimentos constantes neste grupo de artistas.
Para ilustrar tamanha lamechice, a bordejar o sentimentalão masculino, lânguido e piroso, venho trazer a público uma prática mais ou menos corrente, que foi avivada com a introdução no mercado das telecomunicações, de tarifários que incentivam o uso desbragado do telemóvel. Assim, e porque só aderi há umas semanas a este tarifário aonde adquiri um estatuto de jovem (ao ser tratado na segunda pessoa) e revolucionário (não de cravos mas de laranjas), tenho diariamente recebido uma ou mais mensagens, de um grande amigo deste grupo (cujo o nome vou também manter na discrição), aonde me reporta momentos de agradecimento divino e reflexão acerca do seu estatuto de “pessoa humana” ao qual está subjugado.
Algumas das mensagens:
“Mais cedo ou mais tarde, ele sempre aparece! Acabou de cantar no fundo das águas…”; “Brown hour is back again today”; “Et consumatum est… já saiu”.
A partilha é sem dúvida uma das maiores conquistas da humanidade. Lutemos por ela!

3 comentários:

Miúdo disse...

Deve ser um vírus, tenho recebido as mesmas mensagens!

Anónimo disse...

E eu também...
Já não aguento. Há gente que não tem que fazer...
E posso dizer que ao meu telemovel chega TODOS OS DIAS desde 1 de Setembro de 2008. Mais de um mês de partilha!!! Desta, dispenso!

Anónimo disse...

Depois de tantos anos ao telemóvel a economizar palavras e a pagar couro e cabelo (já só me sobra o couro), aderi imediatamente à nova possibilidade de uso "desbragado" do telemóvel. Especialmente se for no modo de vídeo chamada. Não imaginam as possibilidades da "coisa" em concertos, camarins, etc...

Abraço a todos e parabéns pelos 17 anos.