30 junho 2007

Hoje é dia do Miúdo!

Agora que os Santos se vão, começam as comemorações no seio das Vozes. Em abono da verdade as festividades já começaram. Logo no início de Junho, o tio Manel fez anos. O Manuel é o senhor que nos passa os cheques e só por isso é muito querido por nós. Há uns anos atrás, estava já o Senhor com a porta aberta a convidá-lo para uma santa vida, ele prometeu-nos uma festa de arromba para comemorar um aniversário que parecia difícil de acontecer. Depois lá se reuniu o concílio e decidiram que Sr. Leitão era bem mais útil a agenciar as Vozes do que a tentar vender concertos dos Anjos (que não os irmãos Rosado. Falo de anjos verdadeiros). Fizeram eles muito bem e o Manel continua cá e de excelente saúde. Nós é que ficámos ougados à espera da sardinhada que nunca aconteceu, porque depois que se viu curado, o Manel nunca mais falou na festa. Pergunto: será preciso mais uma brincadeira do Senhor para finalmente tacharmos condignamente? Espero bem que não.
Depois do Manel, foi o Nuno, o nosso técnico de som, que um dia tentou matar-me colocando um vidro enorme no prato de onde eu comia. Esta história fica para outro dia, por ser caso de polícia…
Hoje, é dia de uma estrela! É dia do Miúdo! Pois é, o nosso menino faz hoje anos, o mesmo dia que viu a sodona Amália nascer, escusando-me eu agora a comparações e trocadilhos porque seriam sempre de mau gosto.
O nosso lindo Tiago caminha para os trinta anos, mas não deixa de ser o nosso Miúdo. Mesmo quando chegar aos 80 continuará a ser olhado por nós como o Miúdo a quem falta a experiência de vida dos maduros. Desse papel nunca se livrará…
As histórias com o Miúdo começam desde 2000, altura em que passou por uma difícil prova de selecção para preencher as faltas do Mário Alves. Depois vieram as viagens, a primeira, se a memória está a funcionar bem, a Lisboa para um concerto no Beato. Depois Silves… depois, já não sei. Saberá melhor ele. Uma coisa vos garanto, destes tempos iniciais há memórias que nunca foram aqui contadas. Um dia, com alguns eufemismos à volta e suavizando um ou outro pormenor, poderão ser reveladas. Também a já aqui mencionada e pedida história da esfregona tem o Miúdo como personagem principal. Um dia destes conto-a.
Em 2002, o Miúdo ficou a tempo inteiro connosco. Ganhámos nós um amigo sempre disponível (pudemos assumir compromissos como por exemplo o programa na Rádio Nova), ganhámos um clarinetista, um micro-ondas e ganhou ele desde aí milhares e milhares de euros e ensinamentos que estão para lá dos livros.
Por isso mano (por várias vezes nos perguntam se somos irmãos. Dizem que somos parecidos, mas para os meus pais eu sou mais bonito…), um grande dia, um grande ano, uma grande vida! E se puderes incluir-nos sempre, tanto melhor!

21 junho 2007

Amanhã, Plano B

Já não é bem amanhã, é daqui a umas horas, que estaremos no Plano B. Vamos cantar canções do novo "Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal", bem como outras mais antigas. Isto soa a déjà vu porque já o escrevi aí num esgalhanço qualquer. O que não escrevi de certeza, até porque foi novidade e surpresa de hoje ao fim da tarde, é que dois dos amigos que gravaram connosco vão aparecer e cantar: o Newmax e o Sérgio Castro que vem de propósito de Vigo para a nossa festinha.
Por isto estamos felizes e também por isto vai valer a pena. Por isso apareçam. Entretanto para aqueles que perguntam como vai a promoção e onde anda o disco, posso dizer que hoje houve entrevista no Rádio Clube Português e amanhã há passatempo no programa da manhã da Rádio Nova para ganhar disquinhos. No sábado estaremos na Rádio Trofa. O disco pode ser encontrado nas Fnacs do Porto e Coimbra (a partir de segunda) e no El Corte Inglés. Em breve chegará a hipers, Fnacs abaixo do Mondego e quem sabe ao estrangeiro.
Por aqui deixo-vos o ensaio do Carrapito. Visualmente esta é a nossa versão "somos todos irmãos do Vilhas"!

19 junho 2007

VdR @ Fnac

No dia 22 e no dia 23 vamos passar pelas Fnacs. A 22 estaremos na Fnac de Santa Catarina. Começamos às 18h e é claro, vamos apresentar os temas do novo álbum. Dia 23 a apresentação é na Fnac do Gaiashopping e começa às 17h. De lá seguimos para uma entrevista na Rádio Trofa e depois... sardinhas e Mafras (os autênticos) na baixa do Porto.
Entretanto dia 21 há Plano B e eu estarei de tarde num debate sobre a música. Este debate é na Fnac de.... (xi! esqueci-me... amanhã vejo isto) e começa às 17h.
Quanto às outras Fnacs, é só aguardar por Julho.

18 junho 2007

Aconchegos da alma II

Já aqui falei de como foi gratificante ler a San das Crónicas da Lavandaria no esgalhanço que nos dedicou. Deixo agora aqui mais um afago que nos fazem na net. Este com pronuncia bem cerrada. É a pronuncia dos Trabalhadores do Comércio.
Outro afago carinhoso que recebemos foi do Rui Reininho no final do concerto em Lavra, na sexta à noite. Ele lá esteve, viu-nos lá no meio do público e no fim veio dar-nos um abraço. Prometido ficou o Mustaphá para fazer com ele. Haja oportunidade, porque vontade não falta.
Por falar em aconchegos, por lapso, esquecimento e estupidez não mencionei a presença do Rui Santos, grande amigo da rádio, no Maxime. Amigo das Vozes da Rádio e da Antena 1. Pois lá estava ele e pareceu-me bem divertido. Grande abraço para ti Rui e para a tua rádio, que sempre nos tratou muito bem!

Noites do Porto

Um dia escrevi aqui que os domingos (ok, já é segunda...) seriam dias consagrados às memórias mais escondidas das Vozes. A intenção era boa, mas como delas está o inferno cheio, rapidamente foi abandonada, ou pelo menos adiada.
Hoje volto aos nossos tesourinhos, que não são tão deprimentes assim. Este é mais um do Porto Cantado, o concerto integrado no Porto 2001, que nos juntou à Manuela Azevedo, ao Rui Veloso, ao Sérgio Godinho e ao Rui Reininho. Coincidência ou não, estes nossos 4 amigos cantam connosco no nosso último disco, “Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal”.
Estas “Noites do Porto” que partilhámos com o Reininho e o Sérgio, tem para mim um encanto adicional. Esta declaração de amor foi composta pela Tuna da Universidade Portucalense com quem, há uns anos atrás, colaborei. Foram 3 anos de trabalho árduo que culminaram com um ano de sonho onde a Tuna limpou todos os festivais por onde passou. (para quem aí em baixo num comentário falou em falsa modéstia, queria dizer que isto só foi possível porque era eu o treinador dos rapazes… na verdade eles eram jeitosos, mas só com uma orientação brilhante como a minha alcançaram o Parnaso!) Dessa passagem ficaram algumas noites de festa e amigos como o Mokas, o Mari Carmen, o Mário, o Chaves, o Tomadas, o Bijou, o Joe, o Joker… e muitos, muitos mais.(eu sei que ainda não apareci aos jantares de quinta-feira… mas uma dia…)
Aqui nos têm então, entre uhhs e ahhs, a cantar com todo o fervor “Dou-te esta canção, só para ti e mais ninguém/ Porque és tu esta linda cidade, que eu tanto ááááááááááámo!”
Servem também estas “Noites do Porto”, para lembrar todos os nativos e habitantes desta zona que quinta-feira a noite é nossa no Plano B. Já estive a ver na agenda e só tenho compromissos na sexta às 9h. Por isso está prometida Grande Noite (que não a do La Féria)
Foi lindo em 2001. A única recordação deste concerto foi a transmissão na RTP na passagem de ano para 2002. Por acaso na altura até foi gravado para um dia sair um disco e tudo, mas... esperem até um dos participantes morrer. No reino animal chamam-se necrófagos aos que assim fazem, na industria discográfica são os que têm visão...

17 junho 2007

Estarreja, com amigos

Devido ao ritmo imoderado (de trabalho) que este singelo grupo vocal tem vindo a atravessar, as oportunidades de uma saída nocturna de puro lazer são raras (há quem diga até que São Rosas). Ontem, felizmente, essa tendência foi quebrada da melhor maneira possível: uma deslocação a Estarreja para ver o concerto da Ala dos Namorados. Vamos por partes...




De tudo o que aconteceu ontem, vários foram os momentos que são dignos de registo. O primeiro deles é, sem dúvida, a primeira viagem oficial dos membros caucasianos das Vozes da Rádio no verdadeiro naco de tecnologia adquirido muito recentemente pelo Joca. Qualidade... Com esta aquisição, Joca está bem perto de acumular as funções de músico, compositor, professor e galã com motorista/roadie! Por mim, um voto a favor! Espero que esta tenha sido a primeira viagem de muitas.
Chegados a Estarreja, tivemos o privilégio de jantar com o Manuel Paulo e usufruir da sua companhia. De facto, é uma alegria enorme chegar à conclusão que, para lá das fronteiras que delimitam a área do Grande Porto, também existe um bom punhado de gente muito simpática, com quem gostamos de privar. E, pasmem-se, alguns até são da mouraria!

Depois de jantar, nada melhor do que ouvir os nossos amigos! Outro momento digno de registo: esteve de chuva o dia inteiro. Temeu-se o pior, visto que o concerto era ao ar livre. E não é que a chuva parou APENAS enquanto decorria o concerto?! Mal o encore acabou, toca a chover de novo... Não sei como é que eles conseguiram fazer isto, mas algo me leva a pensar que se telefonarem para o número de telemóvel anunciado no último esgalhanço, para além de não obterem nenhuma resposta a tal pergunta, podem eventualmente apanhar uma doença.
Do concerto propriamente dito, posso escrever-vos da qualidade musical, do tempo que passou sem ninguém dar por isso, das canções mais recentes que já sabia de cor, da qualidade das letras que por lá se ouviu... Uma noite muito bem passada! Claro que, como fã da Ala, pedi a todos que me autografassem o último trabalho deles! Só faltas tu, Monge!


Não, não! O Vilhas não fez a tão desejada plástica à Michael Jackson! Quem está ao centro dos meninos é mesmo o grande Manuel Paulo!
De registar também a conversa salutar e cultural que tivemos com todos os músicos, junto aos camarins... Dessa agradável tertúlia, apenas retive alguns sites que recomendaram, um deles idêntico ao tablóide inglês de referência The Sun, e outro idêntico a um bem conhecido nosso, o YouTube. Apesar de ainda não ter visitado esses sites, penso que serão úteis para futuro (algo me leva a crer que, se telefonarem para o número de telemóvel apresentado no último post, alguém vos cederá informações sobre sites culturais do género e eventualmente outros que tratem exclusivamente de doenças contagiosas).

Fica aqui também um registo do fim do concerto ao som do novo "Caçador de Sóis" e de outra música que dispensa apresentações (peço desculpa pela fraca qualidade da imagem e do som, mas vale a pena ver apenas pela imbecilidade de algumas pessoas humanas que tentavam ver o concerto).







Não tentem fazer isto em casa... nem no jardim, nem a ver concertos, nem noutro lado qualquer, principalmente se estiverem a recuperar de uma entorse... Escusam de procurar o Vilhas, no meio da multidão, porque ele não foi, e mesmo que fosse, seria muito difícil encontrá-lo. Só se ele sorrisse...

Ps: Já agora, não se esqueçam de comprar o novo cd da Ala, Mentiroso Normal (vale mesmo a pena), bem como o Iblussom dos Trabalhadores do Comércio (vale mesmo a pena) e, recomendação mais actual, o Sete e Pico (...) das Vozes da Rádio (então esse é que vale!). 5a feira - Plano B!

16 junho 2007

Crónica do Maxime

Ontem foi dia de mais um concerto, desta vez em Lavra. No entanto as crónicas e críticas aos concertos andam de tal maneira desreguladas, assemelhando-se ao trânsito intestinal daqueles que dão a cara na tv pelos iogurtes com fibras, que já desisti de manter alguma coerência cronológica. Desde Abril que se acumulam histórias por contar, com destaque para a nossa primeira experiência vocal em alto-mar.
Por isso vou aqui falar um pouco sobre a nossa passagem pelo Maxime. Para começar, só pela casa vale a pena. Pela luz, pelos espelhos, pelos veludos, pelos neons, pelo ambiente.
A nossa apresentação no Maxime incidiu sobretudo no disco novo, até porque já está fabricado e é preciso começar a escoar os armazéns. Desta forma cantámos uns 10 temas do “Sete e Pico…”, a que juntámos velhos clássicos nossos, se bem que no nosso caso não possamos falar nem de velhos, nem de clássicos. Como grupo de culto, temos 14 pessoas bem contadas que conhecem o nosso repertório. Só para essas há velhos clássicos.
Há já bastante tempo que não havia assim uma ansiedade, um nervoso miudinho, como houve naquela noite. Coisa compreensível com tanta estreia. Também há muito tempo que não entrávamos em palco acompanhados de estantes com as musiquetas. A memória já não é a mesma e as noitadas que fomos acumulando durante as gravações queimaram muitos neurónios.
No fim foi óptimo estar com os amigos de Lisboa: a Tany, a Maria, a Leonor, a Inês, o Monge, aqueles que são tão amigos que dizem sempre que correu bem. Saber da presença da San das extraordinárias Crónicas de Lavandaria. Excelente foi também ver por lá os amigos e colegas João Gil, José Salgueiro, Manuel Paulo e a Ala dos Namorados em peso, a Anamar ou ainda receber o telefonema do Sérgio Godinho e o mail do Rui Veloso lamentando não estarem presentes.Acabou-se a noite com umas tostas mistas e umas quantas cervejas e a rápida soneca dos justos no hotel. Almoçámos no Saldanha e… eis que deparámos com este escrito:

Então? Que é isto? Serviços publicitados desta forma? Isto para provincianos como nós é motivo de admiração e tem direito a fotografia. Já agora vejam o pormenor que o Miúdo sublinha pousando ali a sua mão: 666, o número da besta! Que é tentação do Demo já todos sabíamos, agora que até no número de telefone ela se revela é que é novidade para nós. De qualquer maneira queridos leitores, a viagem prosseguiu logo após o retrato até porque ainda praí muita doença...

15 junho 2007

Plano B

Temos um plano b pela frente. Não se trata de invertermos as nossas opções musicais, estéticas, sexuais ou alimentares... Não. O nosso Plano B é o sítio onde no próximo dia 21 de Junho (quinta-feira da próxima semana) vamos estar a apresentar o nosso disco aqui no Porto. Para quem ainda não passou por lá, fica na Rua Cândido dos Reis, nº 30, ali mesmo perto da Torre dos Clérigos. A cantoria começa a partir das 23h e dura até a voz nos doer.
Por isso pessoal do Porto e arredores, na próxima quinta encontramo-nos no Plano B. Amanhã (ou logo para ser mais preciso) o destino é Lavra.
Até daqui a pouco, então...

Esta foto é francamente má e sem interesse nenhum, mas a hora tardia e o facto de me ter de levantar cedo justificam a sua presença aqui. É que não me apetece procurar mais nada. Julgo que isto foi tirado há umas semanas atrás na Trofa. Os óculos, que são um adereço fundamental no nosso espectáculo, são igualmente descabidos neste cenário. Tudo muito mau...

13 junho 2007

Sexta há concerto!

Esta sexta-feira o concerto é pertinho de casa. Vamos estar em Lavra, Matosinhos, para um animado serão que inclui transformismo, cães amestrados, palhaços voadores e até uma atracção vinda de Huambo. É espectáculo digno de se ver!
Assim sendo, todos os interessados devem aparecer no Auditório Padre Ramos por volta das 21h 30m para o grandioso acontecimento musical.


Julgo que este mapa não oferece dúvidas a ninguém que queira alcançar o Auditório Padre Ramos. É só seguir por aqui e vão lá dar, de certeza.

12 junho 2007

Vozes na Baixa do Porto

“Sou um gaijo do Porto, olha a grande nubidade, represento bibó morto, o mau jeito da cidade”, assim começa uma das canções que cantámos com os Trabalhadores do Comércio na passada sexta. E a verdade é que ou por mau jeito ou mau feitio sempre que vou à noite ao centro do Porto, fico de tal maneira irado que me sinto capaz de “dar no osso” (como também diz a canção) naqueles que nos últimos 20 anos tem deixado morrer a cidade. É que aquelas ruas fantasma por onde andei na quinta-feira com o Jony, são as mesmas que há 20 anos eu fazia todos os dias aos encontrões: Passos Manuel, Santa Catarina, 31 de Janeiro, a Praça da Batalha… Alguns dos responsáveis pela desertificação da cidade, pela fuga de investimento do centro, pela especulação imobiliária continuam em circulação… e não há quem lhes acerte o passo!
Mas falemos do passeio. O ensaio com os Trabalhadores estava atrasadíssimo. Como a noite estava agradável, lá saí eu e o Jony e deambulámos pela baixa. Santa Catarina, Passos Manuel e o regresso ao teatro. Foi nesse regresso que vi a luz! Afinal o comércio do centro é mesmo especial. Afinal ainda se vendem sonhos a preços da chuva no centro do meu Porto. Afinal ainda há vida no peito do meu Porto!
Talvez por isso mesmo para a semana vamos cantar mesmo no meio da cidade e apresentar o nosso “Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal”. É só estar atento aqui ao nosso diário!
Só no Centro do Porto ainda se encontram sonhos por 12€, mesmo que o post-it tenha escrito: "Promoção só esta semana 12€". Quem não perde a cabeça e 12€ por uma semana que seja?Esta visão de vida trouxe-me igualmente à memória o refrão de uma cantiga muito antiga, talvez até pré-vozes, escrita pelo Mário Alves (nosso companheiro aqui nas Vozes até 2002) para um grupo que eu tive com ele e que deve ter durado 2 meses, se tanto. "Esses doces mundos, que brotam de ti/ São a prova viva de que Deus existe/ Podia dormir aconchegado aí/ Não havia noite que dormisse triste". Admito... um pouco rude, mas sincera! E estávamos no início dos 90's, éramos pequeninos... Bom, o mais importante: por aqui se prova que há vida no centro, ali em Santa Catarina quase na esquina com Passos Manuel.

Ainda a ibluir

Confesso que, quando era (ainda mais) miúdo, as músicas dos Trabalhadores do Comércio (aquelas com enorme airplay) conseguiam arrancar-me um sorriso na cara. Achava-lhes piada. Principalmente quando as ouvia depois de ter passado 15 horas seguidas a ouvir a Antena 2, programa especial do trabalho contrapontistico do Palestrina (também ele, um trabalhador... do contraponto). A oportunidade de participar num espectáculo como o do passado dia 8 chega a ser quase irreal para um pós-adolescente como eu. A isso, junte-se os momentos que privei com todos os músicos fantásticos que fizeram daquela noite um marco na história da música do norte de Portugal. A seu tempo, Joca esgalhará por aqui os seus registos fotográficos de toda a massa humana com quem passámos bons momentos. Eu apenas tenho alguns... mas de grande nível. Comecemos pelo princípio:


No dia anterior ao concerto, tivemos ensaio. Enquanto o tempo ia passando, fomos conhecendo os cantos ao renovado Cinema Batalha. Coisa bonita, rebocado à moda antiga, com decoração sóbria e um grande investimento em painéis interactivos.








Ao acabar de fazer estas fracas figuras, a simpática menina do bar fez-nos saber que quase toda a gente interage desta forma com os painéis... Das duas, uma: ou o Cinema Batalha é frequentado maioritariamente por pessoas que experimentaram, nalgum momento das suas vidas, um défice de oxigenação cerebral, ou então a nossa criatividade é escassa. (vou pela primeira...)

Depois do ensaio, os sentidos aguçaram-se para o concerto... Penso que todos sabem que um concerto desta estirpe requer sempre um bom aquecimento. Mas se pensam que aqui os jovens são adeptos do gargarejo com vinho do porto, dos vocalizos desenfreados em quatro oitavas, de flexões do palato... O que a malta gosta é mesmo de aquecer com umas castanhadas à séria!





Nada melhor para aquecer do que umas valentes vergastadas, aplicadas pela Diana Basto. Depois de o Jony lhe ensinar a técnica perfeita do manejo do chicote (grau 4), foi espancado brutalmente, na companhia de seu familiar e amigo, Joca. Procederam-se momentos muito bons, mas não os posso esgalhar aqui... preciso da autorização dos intervenientes, por conter nudez explícita. Mas se pedirem muito... pode ser que se arranje!

10 junho 2007

Já à venda!

Amanhã começa a ficar disponível o nosso disco em algumas lojas. A coisa vai sendo distribuída devagar. Houve gente que na quarta-feira, no Maxime, já levou a pérola para casa. Quem quiser, pode pedir informações para bezidroglio@gmail.com ou dirigir-se à nossa página e desta forma receber o disco pelo correio.
Já aqui escrevi que é preciso ajudar o artista, porque ele assim o merece. Vou agora elencar um número razoável de argumentos que com certeza vos motivarão a adquirir este maravilhoso trabalho das Vozes da Rádio.

a)As músicas não são nossas, são do António Mafra…ok, a faixa 12 é nossa, mas a letra é do Carlos Tê;
b)Os convidados cantam na maior parte das faixas, o que beneficia a audição;
c)Não há melhor para ouvir nas festas populares de Junho. Esqueçam a quinta de Mahler ou as Valquírias do Wagner;
d)Os nossos pais gostam muito do disco;
e)O disco só tem 13 faixas, ao contrário das 17 e 19 dos anteriores;
f)O disco foi todo feito em Portugal, ao abrigo da campanha, dê valor ao que é nosso;
g)Mesmo que não comprem, nós não desistimos e ameaçamos já com mais um trabalho;
h)A miséria começa a grassar nas casas destes cantores. Seguem-se abaixo algumas demonstrações públicas do miserabilismo galopante do quinteto;
i)O Miúdo pede aos amigos para fazerem download de coisas que lhe interessam porque tem um plafond de bytes miserável. Isto porque não pode pagar mais de Net. Também pede para lhe imprimirmos as pautas, porque não tem dinheiro para comprar tinteiros;
j)O Jony arranjou um trabalhinho extra no Ikea para assegurar o leite para a criança. Foi igualmente visto recentemente num infantário a tocar gaita-de-foles para bebés, ao que consta numa tentativa de lhes provocar lesões cerebrais e desta forma adormecerem mais depressa. Este trabalho foi razoavelmente pago;
k)O Tomi espera o QUARTO filho! Além disso tem o computador a arranjar no senhor das fotocópias há muito tempo… e depois do arranjo do seu super carro, precisa agora de arranjar o outro carro: o super, super twingo;
l)O Vilhas esteve muito pouco tempo em estúdio, como com certeza se aperceberam pelas fotos, não por fraco profissionalismo (porque esse já é muito antigo e reconhecido por nós), mas porque ficava no Casino onde toca, à espera do fim dos buffets para comer as sobras! Desta forma conseguiu ao fim de 44 ou 45 anos perceber que lagosta não sabe ao mesmo que o tremoço. Também a operação Michael Jackson que ele anseia há muitos anos vai ser outra vez adiada;
m)Eu… em menos de 1 ano dei cabo do mesmo motor, do mesmo carro, duas vezes! Uma das vezes sim, foi por exagero, mas desta vez, não (já agora não comprem carros coreanos… uma merda! E a assistência é terceiro-mundista). Isto tem-me levado a viver da misericórdia e do carro alheio. Em 5 semanas já me sentei numa boa dezena de carros diferentes. Felizmente o suplício acaba amanhã com a chegada de carro novo, coisa humilde para remediar. Fico agora com dois: um com motor (vá-se lá saber até quando) e um sem motor;

09 junho 2007

Dia calmo

Este é o primeiro sábado calmo das últimas semanas, ou melhor, dos últimos meses. Aproveito-o para entre dormitar pelos cantos, pôr alguma ordem no meu disco duro.
As fotos e as histórias dos concertos e das gravações que começaram no início de Abril acotovelam-se nos sectores do disco duro e só espero que não lhe aconteça nada, como aconteceu a um outro infeliz que por razões ainda desconhecidas apareceu morto junto à board.
Como não sabia exactamente por onde começar, peguei na última foto da noite de ontem, tirada no fim do memorável concerto dos Trabalhadores do Comércio. Enquanto o pessoal da casa encerrava a loja e fazia a caixa, o Tomi reparou nas belas pernas de um manequim que instantes antes tinham estado penduradas em cima do palco. Desafiado por nós e pelos nossos amigos do lobby da rádio, Sérgio (Rádio Nova) e Filipe (Rádio Clube Português), lá fez ele o número que aqui vos deixo.
Ficam ainda muitas, muitas coisinhas para esgalhar aqui, mas a partir de agora vai haver mais tempo para pôr a escrita em dia... ou não.

Cinema Batalha, duas e tal da manhã e a ninfa das Vozes com calor e desejos. Esta coisa de telemóveis com máquinas fotográficas pode não ser a melhor invenção dos últimos tempos. A imagem idónea e de integridade do meu amiguinho pode até ser beliscada por este retrato. Mas não se deixem iludir... foi só um (entre muitos) momento de insanidade!

08 junho 2007

Aconchegos da alma

Acabou agora o ensaio com os Trabalhadores do Comércio. Antes de fechar a porta, vim ainda aqui ao passeio pelo bairro. Qual não é minha surpresa (e felicidade) quando tropeço nas Crónicas da Lavandaria. É que se qualquer um gosta de ter a alma bem esfregada, a minha depois desta leitura ficou a brilhar. Obrigado San, vou dormir como um anjo!

07 junho 2007

Iblussom

Acabados de chegar do Maxime, já estamos de saída para o ensaio com os Trabalhadores do Comércio. Amanhã no Batalha, estes nossos amigos e conterrâneos apresentam o Iblussom, disco que marca o regresso dos Trabalhadores.
Além do Iblussom, a caixa contém igualmente o Compilatóriu que reúne canções como o "Chamem a pulíssia".
Neste disco participámos na faixa "Ardemmus olhus", onde também canta o Berg.
Se o nosso "Sete e pico..." tem sotaque, os Trabalhadores do Comércio sempre falaram o mais puro Nortuguês, com escrita oficial e tudo.
Até amanhã no Batalha!

A capa do novo disco dos Trabalhadores do Comércio. Tem abiso parentale e tudo. Toca a ouvir e a comprar. No cesto toca também a meter o nosso "Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal". É ajudar o artista que ele precisa.

05 junho 2007

Amanhã, Maxime

Aqui se reconfirma a nossa presença amanhã, dia 6 no Maxime a partir das 23h. Quanto ao que se vai ouvir, já sabem que a esta hora nem nós sabemos. O alinhamento é sempre feito antes de subirmos ao palco. Prometemos, é claro, canções do novo disco. Aliás não só prometemos, como desde já ameaçamos pedir a vossa ajuda no refrão orelhudo e nas palminhas!
Já agora e para aumentar o interesse e o suspense, posso dizer-vos que estando Lisboa em estado pré-eleitoral é muito natural que um candidato suba connosco ao palco. Qual deles? O candidato! Ele mesmo, o verdadeiro!
Até já!

Mais uma genial fotografia da nossa fotógrafa e amiga Diana Silva. Quem vê esta imagem até fica com a ideia de que somos mesmo um grupo musical.

04 junho 2007

Spray maravilha


Para todos aqueles que pensavam que eu ia fazer fraca figura a Lisboa... que ia dar a parte fraca à multidão... que o Maxime ia fazer obras de urgência para facilitar o acesso a cadeiras de rodas... Tirem o cavalinho da chuva! Pedi emprestado ao Simão Sabrosa o seu spray milagroso. Portanto perspectivo que 4a feira (isto se os meus colegas de grupo não se lembrarem de me fazer uma entrada a pés juntos pela retaguarda) entre no Maxime sem a ajuda de quaisquer acessórios. Simão, funk you very nice.

Maior é aquele que cai e se levanta do que aquele que fica de pé! (por esta lógica, o Simão deveria ter mais de dois metros e meio!)

Ps: Já se comia um tofuzito no forno com batata a murro, não?

Misturas

Desde a minha adolescência que o meu pai me diz para ter cuidado com as misturas. É nas misturas que muitas vezes nos perdemos.
Em estúdio, as misturas são do pior. A concentração tem de ser muita. O problema é o cansaço que também é muito e isso leva a maus resultados. Como este disco teve muitas sessões noite dentro, as misturas foram um suplício! E para combater o cansaço nada como abusar das misturas… de outras, bem entendido. Ora aqui em abaixo podem encontrar os diversos tipos de misturas:

Uma mistura habitual: as bolachinhas da D. Margarida com uma boa cerveja. Na foto do canto, a mistura incluía umas sementes que ainda não sei se eram alpista, com milho e pistacchio. Não era mau de todo. Mas na realidade não sei o que comi...

Mistura explosiva: a bebida servida no fim das refeições que fizemos no Restaurante Novo Rumo. Esta bebida (em si mesma, uma mistura) à base de aguardente, mel e mais umas coisinhas (que o Sr. Fernando nunca precisou muito bem) foi companheira de misturas. De tal maneira que o Sr. Fernando ofereceu uma garrafa para ajudar no trabalho.

Mistura altamente desaconselhável: o vinho da Taberna do Quinzena em Santarém. Ora cá está Jony com boa cara. O dia seguinte foi pior e um dia colocarei aqui as fotos da refeição de enguias que fizemos no dia a seguir ao som de coca-cola... tudo culpa de quê? Das misturas!
A verdadeira mistura: a noite já ia a meio. Seriam umas 3 da manhã e o Vítor parou o computador e as misturas, levantou-se e tirou esta mais do que lamentável foto. Tudo a dormir, uns em cima dos outros (reparem a fobia que tenho a apertos... deito-me no chão para não levar com a baba dos vizinhos)... e pior! fora do estúdio estava um moço de cor que canta connosco, ao telefone. Pelo que sei esteve mais de uma hora e a falar em inglês... Uma coisa é certa, não estava a tratar da nossa vida!

03 junho 2007

E para terminar: Manuela Azevedo!

Tal como escrevi algures aí para baixo faltava apenas um para sermos 11 e podermos começar o jogo. Para terminar (e porque os últimos são os primeiros) ficou a Manuela Azevedo, nossa amiga de longa data.
Também não sei bem o que dizer da Manela. Talvez mesmo só invocar a memória e dizer que me lembro, íamos no início dos 90, de nos termos cruzado várias vezes com os Clã na escola de Jazz do Porto. Eram os primeiros ensaios e o princípio de ambos os grupos. Depois, já em 96 subimos ao palco para cantar com os Clã o “Ser Português”. Foi uma participação combinada à boca do palco, mas que deu muito gozo. Em 2001 cantámos com a Manela uma versão do “Capitão Romance” dos Ornatos Violeta no Porto Cantado e meses depois a Manela veio à nossa festa de 10 anos e cantou connosco o “Corvo”.
Desta vez o encontro foi no estúdio. A Manela tem essa rara capacidade de não saber cantar mal. Canta sempre bem e com uma intenção única. “O Pato da Pena Preta” foi a canção partilhada connosco e foi tão divertida a sessão que de propósito deixámos os risos da Manela no final da faixa.
E de amigos está tudo apresentado. Estão aqui os 11. E (como dizem os treinadores de futebol) são os 11 melhores do mundo! (e agora começava aquele discurso do grupo de trabalho, do balneário e da mística… mas não tenho tempo…)
Todos muito alegres! E nós temos um enorme motivo. Digam lá se não é um privilégio ter amiguinhos destes a cantar connosco? Claro que é. Somos o grupo a cappella mais felizardo do mundo. E de sete e pico, oito e coisa, nove e tal acabamos por ter onze neste disco.

02 junho 2007

Cu-cu, surpresa...

Hoje de tarde encontrámo-nos para mais um ensaio. Ultimamente temo-nos visto tantas vezes, temos estado tanto tempo juntos, que começa a haver um certo cansaço, diria mesmo um certo asco em nos suportarmos. Os ensaios são encarados de forma sombria. Parecemos fiscais das finanças às 17h32m. Uma coisa horrivel!
Talvez por isso, o mais estouvadinho, teve a brilhante ideia de animar os colegas de grupo com… um pé partido.
Desta forma o ensaio foi muito mais divertido. Pudemo-nos rir da desgraça alheia e houve até quem sugerisse o aluguer de uma cadeira para performances dinâmicas no Maxime. Ter um companheiro de muletas em palco vai com certeza proporcionar momentos únicos.
Não revelo o nome do burgesso, que é para não estragar a surpresa de o verem assim na quarta-feira. Dou no entanto algumas pistas: é conhecido em alguns meios como micro-ondas, noutros é conhecido por não comer carne, noutros ainda é conhecido pelo lugar 1327 que alcançou na corrida de São João de há 3 anos atrás e que (bom senso... ainda há algum) nunca mais concorreu. É igualmente muito conhecido nas urgências dos hospitais onde acorre com frequência, ora com fracturas, ora com intoxicações alimentares, dores de estômago, reumatismo, cefaleias… Para concluir é cadastrado por nunca beber bebidas com álcool. O máximo que aguenta é meia lata de guaraná.

O branquinho Barnabé, tiroliroliro. A dançar partiu um pé, tiroliroló. Será que adivinham pela pata dianteira de quem se trata?

Blind

Em finais de Março estava ao telefone com o Miguel. Falávamos de outros assuntos, quando de repente disparei: “Miguel, gostavas de participar num disco que estamos a pensar fazer que é…”. Nem acabei. O Miguel interrompeu-me e disse: “Com as Vozes sabes que digo sempre que sim. Conta comigo, depois diz só o que queres que eu faça”. Além da confiança artística que o Miguel demonstrou, para mim o mais importante, foi sentir que a disponibilidade e a vontade em colaborar vem de uma amizade que existe há muito entre as Vozes e os Blind Zero e sobretudo individualmente entre os membros dos dois grupos.
Já em 2001, por alturas dos nossos dez anos, o Miguel surpreendeu quem estava no Rivoli ao cantar connosco em português. Na altura fizemos o Tainted Love e a seguir um original nosso do álbum Mais Perto.
Desta vez, o Miguel cantou os Amores das Beiras. Prometi ao Miguel que não falaria no velho tema “porque é que não cantas em português?”, mas depois de o ouvir não tenho dúvidas que o Miguel é um dos maiores cantores na nossa língua… mesmo que não o faça!
A sessão de estúdio foi das mais atribuladas. Por motivos vários, foi sucessivamente adiada e o Miguel acabaria por gravar mesmo no último dia, já as capas do disco estavam prontas, com o nome dele e com a foto. No fim perguntei se era a primeira vez que ele gravava em português. Não era, pois cantou num dos álbuns dos Mão Morta… mas “é a primeira vez que gravo música popular portuguesa, isso garanto!”. Ao que eu acrescento, ainda bem que o fizeste neste disco.

Mais uma vez a fotografia de grupo. Aqui estão os 3 porquinhos com o Miguel. Se contarem desde a apresentação dos amigos, vamos em 10: Newmax, Sérgio Castro, Mafras, Reininho, Veloso, Godinho, Tê, Sérgio, Vítor e Miguel. Para podermos entrar em campo falta 1!

01 junho 2007

Manos

Os manos que aqui são esgalhados (salvo seja), são o Vítor e o Sérgio, músicos desde há muito, e que vi pela primeira vez faz muitos anos, tocavam eles numa banda de nome Funk you.
Daí para cá já tocaram com muita gente e em vários grupos. Recordo-me de os ver com os Amigos da Salsa, como também os vi com as Vozes da Rádio no disco “Mulheres”. Neste momento o Sérgio toca com os Expensive Soul e o Vítor está mais ligado ao Vibe Zone, o estúdio dos manos onde estivemos a gravar no último mês.
Neste trabalho os manos participaram de forma activa. O Sérgio puxou das baquetas e tocou caixa, bombo e pratos em alguns temas, enquanto o Vítor além das gravações e da mistura, também tocou guitarra no “Vi-te picar no Ouriço”, o tema em que o Newmax canta… isto para não falar nos excelentes conselhos e dicas que o Vítor foi dando durante todo o processo do disco.
Estes são mais dois enormes amigos que a nós se juntaram. Dois manos com quem neste último mês partilhámos estúdio, refeições, opiniões e umas valentes noitadas. Para a história fica a discussão sobre anacruza, tempo forte e tempo fraco. Mas isso é assunto entre irmãos…

O Vítor a trabalhar. Foi sempre assim. Enquanto muitas vezes nós íamos passando pelas brazas, o Vitor, imperturbável, lá ia misturando. Não me lembrava de fazer 3 directas em 4 dias, mas este trabalho deu-me essa magnífica hipótese de recordar tempos de tempos passados. As diferenças, no entanto, são muitas. Entre outras, há uns anos atrás não era em trabalho e nunca tive o Vítor como companhia de noitada! Mas acreditem, é uma excelente companhia, isso é!

"Não tens coragem de pôr essa foto no blog, pois não?" "Claro que não, Sérgio! Achas que era capaz de pôr?"... Para não ficarem muito assustados até tive a preocupação de colocar lá em cima um Sérgio bem decente, sem os sintomas visíveis dos ataques compulsivos que tem e que o deixam com este ar transtornado.

Porto Sentido!

Há uns anos atrás li uma entrevista com o Carlos Tê em que ele dizia que escrevia como o António Mafra: baseava-se nas personagens reais da cidade e nas suas vidas. O Chico Fininho é apenas e só um exemplo.
Enquanto o disco estava a ser pensado surgiu a ideia de às músicas do António Mafra, acrescentar um original nosso em que os Mafras tivessem o protagonismo vocal e instrumental. Um tema que fizesse a ponte entre os dois grupos. Por todos os motivos do mundo, o Tê apareceu logo como a pessoa capaz de escrever as quadras para a “Marchinha para os Mafras” que integra este trabalho.
Para marcar de forma audível a participação deste nosso amigo, pedimos-lhe igualmente que cantasse uma das partes do “Sete e Pico”. Desta forma há dose dupla do Carlos Tê: nas quadras da Marchinha, que são uma extraordinária crónica dos tempos que o Porto vai vivendo por agora e na voz, cantando a parte do Osório a quem caem as calças…
Carlos Tê em estúdio. Foi naturalmente com enorme satisfação que tivemos o Tê ao quadrado. Se por um lado, da caneta dele sairam quadras bem afiadas, cheias de humor e crítica, da garganta sairam notas para o Sete e Pico, tema que reúne todos os convidados deste disco.