Não temos relatado aqui os nossos pós-ensaios, que são, como sabem, o que mais se aproveita das noites em que as Vozes se encontram. O frio e a chuva são responsáveis pelo facto desses momentos de tertúlia e gastronomia terem diminuído de frequência. Ainda assim, o núcleo duro constituído pelos três porquinhos tem feito algumas incursões no submundo da francesinha, do pica-pau e do bom prego. Ontem lá estivemos no Portobeer na companhia do nosso Vilhas. A conversa foi um pouco sentimentalona com cada um de nós (mais eu, por ser o mais velho a seguir ao Vilhas) a desfiar recordações dos bares onde, ainda adolescentes, assistíamos às performances de um africano com fita à Mark Knopfler no cabelo. Sim, era o Vilhas e estávamos muito longe de pensar que passados 20 anos estaríamos ali todos à mesma mesa.
Assim que mencionei o Forrobodó, ali da Rua da Boavista, o Vilhas soltou uma gargalhada e lembrou-se desse corredor feito bar. Daí passámos para os clássicos da ribeira: o ribeirinha, o academia, o zebras, o 100 %, o meia cave, o postigo de carvão (que sempre nos referimos como o castigo do parvão), o whiscritório, mais tarde o real feytoria e outros que a memória já não alcança. Daí saltámos para o defunto Dallas com o splash, o flying dutchman, o la-la-la e o inenarrável coqueiro! Ainda se falou das galerias Pedro Cem e de um bar que teve vários nomes um dos quais atrebe-te (o tipo que baptizou o bar com este nome merecia uma execução pública durante o 1º Maio), o Jambar (outro nome verdadeiramente imbecil) e claro o mais conceituado bar de música ao vivo do burgo, o Pixote (lembro-me de ouvir um vocalista de uma banda rock dizer: “o meu sonho é cantar no Pixote. Mais do que cantar em Wembley…”. Hoje, felizmente já não canta e não sei se cumpriu o sonho…). Mas o bar mais estranho de todos, onde estive, foi o Dig’s, ali ao fundo da Avenida da Boavista, na Fonte da Moura, onde um estabelecimento comercial foi reciclado para ser bar. Ora, os músicos tocavam na antiga montra de costas viradas para a rua! De fora, podíamos apreciar o traseiro do Vilhas colado ao vidro. Dentro tínhamos a vista frontal de um músico entalado numa montra como se de um manequim se tratasse. Aí, talvez tenha visto o Vilhas pela última vez a tocar e cantar em bares.
Hoje o karaoke e o pindérico rodízio terceiro-mundista destruíram os bares com música ao vivo. Poucos restam, como também poucos tripeiros restam…
A conversa prosseguiu. Passou pelas noites de poesia do Pinguim, pelas discotecas dos centros comerciais (o Stop continua a estar nos tops das preferências) e acabou com um delicioso prego de porco preto, que aconselho vivamente. Ensaios destes valem a pena!
Assim que mencionei o Forrobodó, ali da Rua da Boavista, o Vilhas soltou uma gargalhada e lembrou-se desse corredor feito bar. Daí passámos para os clássicos da ribeira: o ribeirinha, o academia, o zebras, o 100 %, o meia cave, o postigo de carvão (que sempre nos referimos como o castigo do parvão), o whiscritório, mais tarde o real feytoria e outros que a memória já não alcança. Daí saltámos para o defunto Dallas com o splash, o flying dutchman, o la-la-la e o inenarrável coqueiro! Ainda se falou das galerias Pedro Cem e de um bar que teve vários nomes um dos quais atrebe-te (o tipo que baptizou o bar com este nome merecia uma execução pública durante o 1º Maio), o Jambar (outro nome verdadeiramente imbecil) e claro o mais conceituado bar de música ao vivo do burgo, o Pixote (lembro-me de ouvir um vocalista de uma banda rock dizer: “o meu sonho é cantar no Pixote. Mais do que cantar em Wembley…”. Hoje, felizmente já não canta e não sei se cumpriu o sonho…). Mas o bar mais estranho de todos, onde estive, foi o Dig’s, ali ao fundo da Avenida da Boavista, na Fonte da Moura, onde um estabelecimento comercial foi reciclado para ser bar. Ora, os músicos tocavam na antiga montra de costas viradas para a rua! De fora, podíamos apreciar o traseiro do Vilhas colado ao vidro. Dentro tínhamos a vista frontal de um músico entalado numa montra como se de um manequim se tratasse. Aí, talvez tenha visto o Vilhas pela última vez a tocar e cantar em bares.
Hoje o karaoke e o pindérico rodízio terceiro-mundista destruíram os bares com música ao vivo. Poucos restam, como também poucos tripeiros restam…
A conversa prosseguiu. Passou pelas noites de poesia do Pinguim, pelas discotecas dos centros comerciais (o Stop continua a estar nos tops das preferências) e acabou com um delicioso prego de porco preto, que aconselho vivamente. Ensaios destes valem a pena!
Vilhas, olhos postos no horizonte, memória nos idos 80's. Jony, numa rara fotografia em que não está com o ar de quem teve um ataque de apoplexia uns segundos antes. Mais uma segunda à noite...
5 comentários:
O Miúdo não vai connosco, pois não? Não estou a ver os bares a servirem um prego de tofu!
ihihihihihihih
É rata: onde se lê «connosco» deve ler-se «convosco». Connosco será - já sabem - quando quiserem e puderem, leitão assado e tofu.
Infelizmente o PortoBeer ainda não pensou no problema global latente: o massacre ambiental provocado pela poluição. Daí ainda não ter estacionamento para bicicletas. Não arranjo sítio para estacionar a minha, e tenho de ir directo para casa (custa-me acreditar que ainda não fui alvo de chacota por parte dos meus ricos colegas, em relação ao meio de transporte que utilizo para me deslocar para os ensaios... mas é uma questão de tempo).
Em relação ao tofu, é marcar a data para o carnaval, ou (pior das hipóteses) para a Páscoa.
Querida São,
O miúdo tem problemas que os pré-quarentoes não têm. Ele não come carne, anda de bicicleta à noite por causa do planeta, não entra em cafés com fumo... e outras coisas que o meu sentido pudico não me deixa aqui relatar. curiosamente é o único a contar várias idas ao hospital com intoxicações alimentares.
o leitão por mim pode ser servido na primeira semana das férias da páscoa. vou falar aos meus colegas comensais e vamos começar a propor datas, ok?
Claro que é OK. Vocês é que trabalham (só quem trabalha tem férias... e eu não tenho) ihihihihih
Quando souberes algo diz coisas: funda@afundasao.com
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