06 fevereiro 2008

Segundo ano de dor

Faz dois anos que desapareceu, sem deixar rasto, o meu amigo inseparável. Desde esse momento, nunca mais consegui ter a mesma intimidade com outro...
Desculpa, eu não devia ter-te abandonado na mala do carro, ainda por cima numa noite tão escura e sinistra, mas ao mesmo tempo cheia de cor e folia do Carnaval... Mas a estupidez é própria da idade, e se me apelidaram de "miúdo", é porque existem razões para tal. Muitas vezes penso em ti, sabias? Como tu correspondias tão prontamente às minhas investidas... como rapidamente aquecias sem eu dar por isso... E o prazer que me dava, quando, por fim, te limpava e mostravas todo o teu brilho... Sei que não conseguirei ter outro igual, eras único. Priceless...


RIP#2 Prestige





17 comentários:

São Rosas disse...

Não faço a mínima ideia do que é isto.
Um OVNI?!
Um tubo de escape de uma Harley Davidson?!
Uma bomba de vácuo para pilinhas de milionários?!
Um brzidróglio?!
Uma armadilha para apanhar gambosinos?!
Dá-me pistas, Miúdo...

Anónimo disse...

São rosas.

è um clarinete. Tb demorei a chegar lá. Parecis uma garrafa de qualquer coisa, mas depois lemrei-me da história do clarinete no táxi.... Comovente.

Miúdo. Ser nostálgico e ter apego às nossas coisas é coisa de gente grande. Podes mudar de alcunha rapaz!

São Rosas disse...

Ah! Nunca adivinharia (nunca foi a minha especialidade, tocar clarinete...).
Ele deve andar a tratar de mudar de alcunha, mas a barba tem que ser mais adubadita...

Stef disse...

Por momentos pensei estavas a falar de um pilha...Mas rapidamente me lembrei do assalto ao teu carro e do desaparecimento do clarinete. Se te servir de consolo, pensa que nunca mais ninguém lhe soprou como tu. Partilho sentimento parecido com o teu, por causa do desaparecimento de 50 cds originais de uma barraca na Queima das Fitas em 2002. Mas lá está, quem é o nabo que leva cds originais para a Queima, e fecha a porta da barraca com pregos (a fechadura já tinha ido ao ar!)?Como se não bastasse atirava o martelo para cima da barraca, para no dia a seguir ter maneira de lá entrar...Há gajos que merecem

Stef disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joca disse...

Nós, nas Vozes sentimos muito a falta do clarinete em temas míticos como o Rudolph, no Quando Voces se Juntam ou no tema de culto Corta as Unhas dos Pés, meu amor. Bem falava o Santamaria do Casino Estoril: "o som deste clarinete é único!". Nós sabemos que não era o instrumento que fazia a diferença, mas sim o clarinetista.
Precisas, miúdo, de novo sítio para bufar. Investe, pede à Cofidis, ao Totta, gasta menos em cremes e depilações, mas arranja maneira de voltares a ter uma palheta pra soprar.

bjs e abs

jp

São Rosas disse...

Miúdo, se estou a ver bem a marca e o modelo, seria um clarinete Buffet Crampon Prestige em Sib, com corpo de granadilha, chaves revestidas a prata, com 18 chaves e 6 anéis. Que, nos sítios onde procurei, custava acima de € 2.500.
Eu também choraria, Miúdo...
E, pelo que vejo em http://www.bandasfilarmonicas.com/, o teu não é caso único.

Miúdo disse...

São, eu (ainda) não chorei, por vergonha. Sim, acertaste em cheio no modelo, mas as saudades que sinto dele vão muito para além do seu preço. Aquele clarinete tinha um valor sentimental enorme. Mas este tipo de deslizes paga-se bem caro. E claro, agora aprendi! Agora na mala do meu carro tenho tudo o que não gosto. Assim, se me estroncarem de novo (salvo seja!) podem limpar a dita que eu até agradeço!

São Rosas disse...

A propósito de valor sentimental, vou a outra casa de instrumentos porque na primeira onde fui, com uma viola acústica com o braço partido que tenho desde os 16 anos, disseram-me que não tem arranjo. Uma ova é que não tem. Nem que tenha de ir com ela à China!...
Entendo-te bem, Miúdo.

Joca disse...

Querem que vos fale do meu boneco Ernesto, que ainda hoje o tenho, e do quanto ele representa sentimentalmente para mim?

São Rosas disse...

E o Toyota Corolla de 1970 que era do meu Pai...

Anónimo disse...

Joca e São Rosas, nessa discussão o Miúdo já não deve entrar. Outra geração...

Miúdo disse...

NM, ainda outro dia me chamaram cota e não foi por causa da minha farta barba (já ida), mas por ter nascido na década de 70, mais especificamente em 79! Ok, é o último ano da década, mas é do senso comum que a melhor colheita é sempre a derradeira!

Anónimo disse...

Olá Tiago,
Deafiaste-me, há algum tempo atrás, a deixar um comentário no teu blog. Por ver o clarinete... é uma pena! De facto, é um luxo de clarinete! Tenho que te devolver o que me emprestaste! senâo, enferrujas os dedos!
Fica bem!
Carlos Moreira (Cajo)

Stef disse...

O pêras tem razão. Viva a geração de 79!

Anónimo disse...

Miúdo, retiro então o que disse. A década de 70 é demasiado longínqua vista desta perspectiva. Boto-te já no saco dos antigos, com a etiqueta "antigo, mas nem tanto".

Anónimo disse...

é so para deixar um pequeno comentario:clarinetes a parte sem duvida que a colheita 79 é a melhor!!!hehe