15 março 2008

Nuno e as pizzas

Ontem, pela primeira vez em não-sei-quantas semanas, talvez meses, deitei-me uns minutinhos antes da uma. Mal regressei de uma audição escolar, quis descansar um pouco mais que as 5 horas habituais, e assim recuperar para a de hoje de manhã.
Estava eu no primeiro sono e senti aquela interferência electrónica irritante de chamada para o telemóvel. Como de costume o telefone estava sem som, mas a televisão fez a vez de toque e conseguiu acordar-me. O telefone pessoal estava à cabeceira e não era dele, pelo que, mesmo com muito sono, facilmente concluí que apenas podia ser o telemóvel das Vozes. Nem me levantei para ver, até porque também deduzi “… a esta hora deve ser o Carlitos”. Prossegui o sono dos justos e hoje de manhã lá estava: 4 chamadas não atendidas de Carlitos (quem não tem seguido com regularidade o folhetim informo que se trata do Carlos Figueiredo, o nosso vídeo-man, que realizou os últimos vídeo clips e que também tem feito concertos ao vivo connosco). Tinha igualmente uma mensagem escrita que não vou transcrever na íntegra, por respeito, mas que incluía o mote para este esgalhanço: “O Nuno está em minha casa a fazer pizzas”.
O nosso técnico de som, Nuno Oliveira, é um poço de talentos. Alguns já foram aqui revelados. Outros, e outras histórias que metem chili e vidros, ficam para próximos escritos.
Neste último Agosto, no famoso apartamente vermelho, revelou-se um cozinheiro de pizzas de alto nível. Com ou sem ingredientes, com rúcula ou sem ela, com carne, peixe ou vegetais, mozzarela ou queijo Continente, o Nuno destrona qualquer italiano na arte de preparar a massa e o recheio das pizzas. Ontem, pelos vistos, para os lados do Estádio do Benfica o serão repetiu-se, e apesar do cansaço todo, não recusaria uma noitada com estes amigos… não fossem estes 300 kms. É que além da massa, do molho de tomate e dos adereços que se espalham por cima, a companhia destes amigos é sempre um prazer (aqui mais um parêntesis… quando não bebem muito… ainda guardo na memória as palavras repetidas ad nauseum numa das últimas tertúlias “eu com o meu chapéu aqui em Lisboa e duas de letra, é quantas eu quiser…”). Um exemplar dos muitos que foram produzidos no apartamento vermelho em Agosto. Esta, se a memória não me atraiçoa, foi a primeira pizza, preparada quase sem ingredientes: há cogumelos, ketchup, mostarda e maionese. A massa também foi preparada com óleo dada a inexistência de manteiga ou margarina. A verdade é que estava muito boa... ou então já era muito tarde.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Nuno manteve o seu nível e elaborou 4 tipologias de pizza pra 7 pessoas.. Um must acompanhado com vinho tinto, antecedido por jolas ingeridas durante a confecção, enquanto os restantes convidados olhavam atónitos para os movimentos da garrafa de Borba vazia transformada em rolo da massa. No final sobremesa de morango da nossa amiga Patrícia acompanhada de Jameson.
A próxima pizzada é com voçês cá em casa :)

Joca disse...

Boa Carlitos! Conta connosco um destes dias. Além da Borba vazia para ser usada como rolo, convém ter umas cheias, de Douro, de preferência... mas deixa estar, o vinho levo eu.

Reparo na hora do teu comentário... Felizmente preferiste deixar a tua mensagem escrita e não ligaste.

Grande abraço desde o Porto para ti e para o Nuno, dois emigrantes (eu sei que são migrantes, mas é só mais uma provocação)cheios de talento, que para singrar na vida, tiveram que deixar a segunda cidade de um país pequeno e pobre e rumaram para a Capital do Império.