Ainda não é hoje que começo a pôr por cá imagens e sons das Famílias Reais. Não é por falta de material, mas por falta de tempo para o organizar.
Volto atrás, até 30 de Dezembro, e recupero a nossa participação no Concerto Promenade. Já aqui mostrámos imagens da nossa parceria com a Orquestra Clássica de Espinho, cantando e tocando o Super-Óme. Os mais afortunados de memória lembrar-se-ão do meu esgalhanço da altura, em que lamentava a triste gravação que a Antena 2 fez no local: tudo desequilibrado e uma orquestra que não se ouvia.
Felizmente há telemóveis e há gente que grava, nem que seja pequenos excertos, para recordar... ou então para ceder ao professor. Foi isso que o Álvaro fez e eu com muito gosto espeto na parede do tasco com este excerto made by Nokia, onde se consegue ouvir melhor a orquestra e os dois solos: um de saxofone e outro de euphonium.
O porquê dos solos tem história. A Orquestra Clássica de Espinho é composta em boa parte por alunos da Escola Profissional de Música de Espinho. Os alunos regularmente participam nos estágios da orquestra. Uns mais do que outros, é claro. Muitas vezes não se trata de uma questão de talento: é mesmo uma questão de instrumento. Os dois solistas, meus alunos, estando no último ano nunca tinham feito um estágio de orquestra. Convenhamos que sax e euphonium não fazem parte do repertório básico e normal de uma orquestra. O sax é mais útil na animação de circos e o euphonium (vulgo bombardino) é estrela nas bandas. Só esgravatando um pouco é que aparece um Bizet com sax ou um Holst com euphonium. Ora nada disto se atravessou no caminho dos jovens estudantes, e eles, tristes, estavam na iminência de acabar o curso sem uma experiência de orquestra. Por isso, e acima de tudo porque são dois fantásticos companheiros de sala, eu não poupei em notas e escrevi-lhes linhas de solo, obrigando-os assim a sentarem-se lá no meio das estantes.
Assim podem, desta vez, ouvir (ver pior, bem certo) os solos da Rita e do Luís, colocados lá pró meio do Super-Óme.
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