21 janeiro 2007

Ai, Margarida!

Este esgalhanço vai direitinho para o Bernardo, discípulo brilhante, com quem tenho partilhado além de aulas de música, muitos cafés e conversas sobre tudo.
Um dia (talvez já há uns dois anos) diz-me o Bernardo: “tenho uma enorme recordação de infância, tinha eu uns 4 anos, e vi um grupo na televisão que cantava sem instrumentos. Acima de tudo lembro-me perfeitamente que numa certa altura simulavam tocar nas cordas do mais escurinho.” Expliquei ao Bernardo que não somos tão racistas assim, que não possamos tocar no nosso querido Vilhas. O Bernardo além da cena dispensável que o marcou tanto (e que poderão ver aqui em baixo) lembrava-se até da roupa assinada pelo Nuno Gama. Os fatos que um dia baptizei de fatos EDP, por motivo que terá direito a esgalhanço um destes dias.
Quem é a Margarida? Esta pergunta já foi nos feita centenas de vezes. A verdade é que só o Mário poderá responder com precisão, visto ser ele o pai da letra e música. Será a nossa amiga Margarida dos tempos de Conservatório? Ela carrega todas as qualidades para nos deixar… assim, como se fala na música. Será a Margarida Pinto Correia, que um dia nos confessou adorar esta música por tomá-la para si? Será a Margarida do Pato Donald? Para mim, cada um tem a(s) sua(s) Margarida(s). E ainda bem porque se o seu “olhar está impregnado de sal”, é esse o sal que precisamos nas nossas vidas. Continuemos pois a humedecermo-nos “só de olhar para ti!”
Esta versão foi cantada numa manhã de Junho de 94, nas vésperas do concerto “Filhos da Madrugada” em Alvalade e não é exactamente igual àquela que gravámos no nosso primeiro disco. Nesta altura éramos sexteto, tínhamos nos pés uns sapatos-socas também do Nuno Gama e estávamos mais magros. Já passaram quase 13 anos! Meu Deus, estamos a ficar velhos…

6 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado, Mestre! Sinto por fim excretarem-se do meu ser muitos fantasmas que não me deixavam dormir quietinho.

Mais um magnífico trabalho, resta-me acrescentar! (outra coisa era difícil de esperar. Mas intriga-me: quem estava...«a mais» nessa altura?)

Um avraço grandalhão.


Vernardo.

Joca disse...

Querido amigo,

Nessa altura ninguém estava "a mais". Nessa altura éramos sexteto e como tal teríamos que ser seis. Fomos assim durante 3 anos aproximadamente. Hoje, quinteto estaria como é óbvio, alguém a mais. Filosofando um pouco, caro amigo, e porque hoje é domingo, dir-te-ia que nem à mesa de Cristo, Judas estava "a mais". Tinha que ser assim para tudo se cumprir.

Feliz por com este acto te proporcionar noites mais descansadas e dias mais tranquilos. Qual ghostbuster, estarei sempre ao teu dispor para te libertar de fantasmas.

Abraço,

The Gifts

Paulo Moura disse...

Na Tuna Meliches, temos o privilégio de ter entre as nossas bailarinas a TriMargarida, que é uma Margarida com um grande e belo par de Margaridas...

Anónimo disse...

Independentemente de quem é a/o Margarida/o, o trabalho sistemático e intenso que as Vozes da Rádio têm feito neste blog tem permitido muitos dos leitores lerem e compreenderem as inúmeras vertentes desta trupe de palhacos. Alias, até vários leitores que não compreendem mais do que a básica piada bregeira, ou que nem sequer se conseguem expressar em Português correcto, têm repetidamente elogiado o trabalho persistente e constante que as Vozes têm feito em prol da cultura em Portugal de uma forma geral, e no Porto em particular.

Joca disse...

Caros amigos,

PAZ! este é só um lugar de insanidade. Cultura, palhaçada, divertimento. Chamem como mais vos aprouver, mas não me façam deste blog um parlamento de Taiwan com pugilato verbal e agressão escrita! Brejeiro ou bregeiro, verdadeiro ou berdadeiro, que importância tem? Viva a liberdade de expressão (ou será espressão... ou espressom?)

Anónimo disse...

Paz sim, reescrever a história é que nao!
Afinal, o referido comentário foi infeliz porque???

- Que as vozes sao uma trupe de palhacos, já se sabe, basta ir aos concertos ao vivo. Ou ver aquele programa que diz que é uma especie de magazine (!?). Além disso eles próprios se autodenominam assim mesmo.

- Que fazem um trabalho intenso e sistemático neste blog também me parece evidente.

- Que os leitores do blog nao se cansam de elogiar o trabalho das Vozes aqui e nos palcos tambem esta claramente demonstado nos vários comentários aqui colocados.

Desculpe lá Antonino/a mas, apesar de me estar a borrifar para a Paula/o (seja lá quem for) nao consigo perceber a raíz de tanto ódio e tanta fúria da sua parte.