13 janeiro 2007

Sexo

Têm com certeza seguido a forma como o meu colega Jony justifica os seus comportamentos sacudindo a sua responsabilidade e justificando-os com aquilo que ele considera de “nefasta influência dos meus amigos de grupo”. Pois nada mais falso. O Jony, apesar do seu comportamento discreto e às vezes até sorumbático, é das mentes mais perversas e distorcidas que conheço. Por isso o seu comportamento perante a D. Merche no programa “Portugal no Coração”.
No seio do grupo e sempre que eu estou presente o tema sexo é raramente aflorado e quando é, é sempre feito de forma séria, respeitosa e tendo em vista em vista a edificação e elevação do ser humano. Não há lugar ao brejeiro, ao facilitismo rasca, à ordinarice nem à vulgarização. Tudo é falado numa perspectiva de vida, de encontro amoroso, de estado humano de plenitude. Foi com este espírito que em certa noite de Julho marcámos presença num jantar no Degusto em Matosinhos para falar sobre sexo, juntamente com a Joana Amaral Dias, o Edgar Pêra e o Carlos Magno. Palavras com nível, pensadores brilhantes…
A presença da Dra. Marta Crawford, conhecida sexóloga, no “Portugal no Coração” deu mote a uma conversa entre nós, mais centrada em mim e no Tomi. A grande questão que ali se levantou foi como será ter uma relação com uma sexóloga.
O tema foi esmiuçado, deu lugar à especulação, à simulação pélvica por parte de alguns colegas cantores. Tudo, é claro, com máximo respeito e tendo em conta os mais altos valores humanos.
Como em todas as grandes discussões não se chegou a conclusão alguma. Para mim deve ser algo extremamente difícil. Bem pior do que convidar o Chefe Silva para experimentar um bacalhau cozinhado por nós, bem mais humilhante que cantar um fado para o Camané ouvir, bem mais vergonhoso que pintar um quadro para oferecer à Paula Rego.
Uma boa sexóloga sabe tudo sobre… aquilo. Imagino logo um intróito, um longo prefácio pré-acto onde ela explica de forma científica e minuciosa tudo que se irá passar. Só aqui, há logo um desanimar das tropas, um convite a sair de campo. Mas imaginemos que se ultrapassa esta fase. Avança-se determinado e tudo é consumado. O acto em si irá parecer uma prova de patinagem artística com direito a nota técnica e artística. O que se deve privilegiar? A técnica (marcação certa, compassada, postura firme, respiração controlada)? Ou a arte (o improviso, a criação, o efeito surpresa)?
No fim, a avaliação. Os aspectos positivos, os negativos, aqueles onde podemos melhorar e aqueles que são estruturais e que revelam uma terrível falta de bases. Planos de recuperação, estratégias de trabalho, trabalho individual, tudo pode ficar ali naquele momento definido com vista a melhorar a performance. Cada acto de amor é um verdadeiro exame. Cada momento de intimidade pode traumatizar para todo o sempre o examinando. Pode como consequência drástica levá-lo a recorrer aos serviços de uma sexóloga! O que convenhamos, não é bom sinal…

Faço aqui ligação com o primeiro parágrafo. Estava eu, pai extremoso, a tirar um fotografia a um globo de pinchonas para mostrar aos meus filhos e aparece o Jony que tapa a letra H. Porquê? Nem eu percebi...

2 comentários:

São Rosas disse...

Porque será que a malta da Tuna Meliches é toda vossa fã?

;-)

Carlos Carvalho disse...

Porque há lá quem goste das pinchonas que:
- rimam com...ri-alejos,sanfonas e/ou sanfalhos!