No passado dia 4 de Dezembro estivemos na escadaria do Palácio da Bolsa a cantar para um Porto encolhido de frio, a Canção da Viela Património Mundial. O motivo foi o décimo primeiro aniversário de tal distinção para a nossa cidade. Além de nós esteve o Rui Veloso com o seu Porto Sentido, os Mafras com o Coração com Coração, a Ana Deus, os Gambuzinos e o Abrunhosa. Depois ainda esteve o Burmester a interpretar o 4’33’’ do John Cage.
Um dos lemas dessa noite foi exactamente eu imPORTO-me e esta preocupação é a daqueles que nados e criados por aqui, sentem a cidade aos poucos a transformar-se numa cidade fantasma, sem vida, sem habitantes… e sem música.
Por isso mesmo aproveitei estes dois dias para me infiltrar no centro da cidade e esbanjar a fortuna amealhada nestas duas últimas semanas. Foi gastar à grande no comércio tradicional, não evitando o pulo ao Via Catarina, à Fnac, ao novo centro… O dinheiro felizmente é muito e chega para tudo (e ainda o que sobrou, amigos…).
Para marcar este esgalhanço fica a Canção da Viela conforme saiu, não no dia 4, mas no dia 5 no jantar da Desigual.
Sobre esta canção, para quem não sabe, ela foi escrita para um disco de nome “Voz e Guitarra”, que saiu em 1997 com produção do nosso amigo Manuel Paulo. O título, irónico, foi posto exactamente porque por essa altura a cidade tinha sido distinguida. Os fa-la-la-las do meio apenas foram estreados no Coliseu de Lisboa em 98, num concerto que reuniu os participantes do disco. A inspiração de tal incrustação renascentista veio de um filme do Mel Brooks, que penso que se chama Robin Hood herói em collants (??). Nesse filme apareciam uns trovadores rappers que no meio usavam incrustações de música antiga… A ideia agradou e nós também resolvemos adornar a nossa Viela com uns fa-la-la-las dignos de um qualquer madrigal do século XVI.
Duas chamadas de atenção: o Vilhas antecipa a guitarra numa das paragens, provavelmente por ter pressa em regressar a casa. A segunda, o meu grito quase final, foi mal calculado… na véspera tínhamos cantado com um frio aterrador, a coisa pelo lado da garganta já não estava muito famosa e naquele meu ipiranguismo desnecessário senti mesmo uma coisinha má… que se foi estendendo praticamente até agora, não só com a garganta inflamada, mas também com uma terrível rouquidão. É o que se chama de ossos do ofício.
Um dos lemas dessa noite foi exactamente eu imPORTO-me e esta preocupação é a daqueles que nados e criados por aqui, sentem a cidade aos poucos a transformar-se numa cidade fantasma, sem vida, sem habitantes… e sem música.
Por isso mesmo aproveitei estes dois dias para me infiltrar no centro da cidade e esbanjar a fortuna amealhada nestas duas últimas semanas. Foi gastar à grande no comércio tradicional, não evitando o pulo ao Via Catarina, à Fnac, ao novo centro… O dinheiro felizmente é muito e chega para tudo (e ainda o que sobrou, amigos…).
Para marcar este esgalhanço fica a Canção da Viela conforme saiu, não no dia 4, mas no dia 5 no jantar da Desigual.
Sobre esta canção, para quem não sabe, ela foi escrita para um disco de nome “Voz e Guitarra”, que saiu em 1997 com produção do nosso amigo Manuel Paulo. O título, irónico, foi posto exactamente porque por essa altura a cidade tinha sido distinguida. Os fa-la-la-las do meio apenas foram estreados no Coliseu de Lisboa em 98, num concerto que reuniu os participantes do disco. A inspiração de tal incrustação renascentista veio de um filme do Mel Brooks, que penso que se chama Robin Hood herói em collants (??). Nesse filme apareciam uns trovadores rappers que no meio usavam incrustações de música antiga… A ideia agradou e nós também resolvemos adornar a nossa Viela com uns fa-la-la-las dignos de um qualquer madrigal do século XVI.
Duas chamadas de atenção: o Vilhas antecipa a guitarra numa das paragens, provavelmente por ter pressa em regressar a casa. A segunda, o meu grito quase final, foi mal calculado… na véspera tínhamos cantado com um frio aterrador, a coisa pelo lado da garganta já não estava muito famosa e naquele meu ipiranguismo desnecessário senti mesmo uma coisinha má… que se foi estendendo praticamente até agora, não só com a garganta inflamada, mas também com uma terrível rouquidão. É o que se chama de ossos do ofício.
Nós em performance no dia 4, no Palácio da Bolsa. A nossa incendiária performance não deu para aquecer ninguém... nem a nós. Valeu-nos o jantar no Farol.
5 comentários:
Bem me lembro desse filme. Que risada! Quem diria hoje em dia que os homens de collants são respeitáveis?
Talvez o José Castelo Branco... Chiça!
Apreciei das "interferências" na canção, lol.
Viva a minha invicta!
Anahory
Não sei como traduziram o título para português, mas tenho o filme "Robin Hood: Men in tights" e é espectacular!!!
Quanto à música, acho que já disse tudo em comentários anteriores!
Feliz Natal!
Só para vos dizer que Vocês da Rádio estiveram presentes no nosso jantar na tal de Tuna Meliches, com a projecção do vosso video do Lucas e o Pai Natal.
Em Junho, dá para encaixar na vossa agenda o próximo Encontra-a-Funda?
Tany,
Exactamente! O título original é esse. Disso eu lembrava-me! O filme tem momentos com muita piada como todos os filmes do Mel Brooks. Tem outros que nem tanto... mas acho que é mesmo característica do Mel Brooks.
Anahory,
Eu não sei se sou respeitável, mas não uso collants. Só a ideia de ter algo preso às pernas arrepia-me! E sinceramente, homem que é homem, de cabelo na perna, não se deve dar muito bem com meias de gola alta.
São,
Bom jantar deve ter sido esse dos teus amigos da Tuna Meliches. Manda a todos eles um enorme abraço. Quanto a Junho e à Encontra-a-funda, desde já digo-te nim... Por um lado sabes que temos todo o gosto em estar, por outro é preciso conciliar a agenda do grupo e a de mais cinco idiotas... Nunca há-de ser por falta de vontade que não iremos.
Um Bom Natal,
bjs e abs
jp
Eu bem sei que é difícil conseguir conciliar as vossas agendas, mas se tiverem um dia do mês de Junho em que possam passar por Coimbra (eu não disse porco Imbra), é nesse dia que marcarei o Sãorau do Encontra-a-Funda. Vale? ;-)
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