18 abril 2008

O Samba

Como seria mais que previsível, chega a hora de pendurar na parede o Samba do Acordo Ortográfico, estreado mundialmente na segunda-feira à noite na casa de fados da Sodona Fátima Campos Ferreira. Este novo original não foi feito para defender, nem para se opor ao dito acordo. É, por assim dizer, amoral. Deixa no ar algumas questões pertinentes como por exemplo onde havemos de meter o h, depois do seu futuro desaparecimento. Aceitam-se sugestões.
Da minha parte, não me vou preocupar muito com este assunto. Em princípio vou continuar a escrever como a Dona Mercedes me ensinou na Escola 73 do Covelo e como mais tarde a Sotôra Maria Helena Fernandes me incentivou a fazê-lo, na Filipa de Vilhena. Por modo de escrita, e não por arte, ascenderei assim à categoria de erudito, cheio de pês e hagás, de hifens, acentos obsoletos e exagero de maiúsculas. Olhar-me-ão como um arcaico, um símbolo da arte do passado, quando esgalhar palavras como baptizado, acção, harpa, ruptura ou Verão.
Do filmeco, gostaria de esclarecer que as incompatibilidades de formatos é que são responsáveis pelo alargamento das figuras. Não, estes não são fatos Elena Miró, nem o Vilhas subiu para o XXXL, nem muito menos há por aqui efeitos secundários de Depuralina. É só uma gravação 16:9. Acontece neste vídeo aquilo que acontece nas tv's dos cafés: os jogadores de futebol viram lutadores de wrestling, o José Rodrigues dos Santos parece-se com o Demis Roussos e a Sónia Araújo confunde-se com a Margarida Martins. Haja então um acordo de formatos, se faz favor!

1 comentário:

São Rosas disse...

E chega a hora de vos dar os parabéns. Está um miminho!