31 outubro 2007

Budha

No passado dia 12 de Outubro fomos cantar ao Budha Bar, em Lisboa. Foi no já aqui comentado lançamento da louça sanitária da Laufen. Tal como a Laufen, nós somos produto único, de alta qualidade e acessível só a eleitos. Foi este o critério que presidiu à escolha das Vozes para fazerem este espectáculo… e nós concordamos. Aliás, concordamos sempre, desde que sejamos os escolhidos.
Nunca tínhamos entrado naquele bar. Há muitos anos aquele espaço chamava-se Salsa Latina (a que nós ternamente chamávamos Salsa Latrina) e cheguei a ir lá. Não me lembro quando foi, mas foi certamente a única vez que pisei aquele solo.
O conceito é interessante e o espaço é bonito. Pelo que nos disseram é a Maya do Tarot que gere aquilo. Não estranhei mesmo nada, pois o palco, ou aquilo que ali se chamou de palco, eram uns polígonos em forma de favo de mel… e toda a gente sabe onde há favos, há abelhas. No entanto, não vimos a Maya. Durante a noite toda reflecti sobre o que leva uma descendente de uma das mais importantes civilizações da América Central a professar agora uma religião Tibetana. Talvez a globalização. Talvez as cartas do Tarot.
A cantoria correu muito bem. Divertimo-nos e divertimos quem nos quis ouvir. Sentimos a falta dos monges, que esperávamos ver espalhados por aquele espaço sagrado. Facilmente descobrimos que deveriam estar em Myanmar. As motivações políticas e religiosas levaram-nos para longe, para defender a sua terra mãe, ou dito de outra forma, foram todos para a Budha que os pariu. Talvez por isso o terreiro ficou povoado apenas por utentes de outros credos. Lá no meio um arquitecto, nosso amigo, cá do Porto e que agora vive nos Açores. Sai o clássico: “o mundo é mesmo pequeno”.
Acabámos essa noite com o Final Countdown que, e perdoem-me a imodéstia, teve direito a uma clarividente apresentação da minha parte: “Tal como a Laufen faz com o que de mais indigno o corpo humano produz, transformando esse momento de solidão num momento de arte, também nós Vozes fazemos com algumas músicas que nunca deveriam ter sido escritas e cantadas”. Pimba! Digam lá que não saiu bem? Eu acho que estive razoavelmente bem (como diria o Jony). Do jantar, que trouxe este momento de inspiração, falarei noutro dia.

30 outubro 2007

The Love Boat - behind the scene

Fazer o alinhamento é, neste grupo, um ritual que precede a entrada em palco. Há quem tenha alinhamentos para tournées que duram anos, há quem abra sempre com o mesmo tema, há quem acabe sempre da mesma maneira. Nós vamos variando conforme o público, o dia, a disposição. Por isso, muitas vezes o alinhamento é feito nos guardanapos do restaurante onde jantamos, ou em papel que o nosso Zé António, sempre atento, já leva a contar com o pedido quase à boca do palco.
No sábado passado estivemos na Fnac e à última hora lá pedi à Carla (responsável pela loja de Santa Catarina) um papel e uma caneta. Ela prontamente entregou-nos o material, e enquanto eu me vestia, o Jony escrevia o alinhamento que íamos decidindo.
Eu não sei onde é que o Jony fez o ensino básico. Tenho até dúvidas que o tenha feito… ou então tem graves problemas auditivos. É que nenhum dos temas apareceu com o nome real. Pior! Foi usada, no alinhamento, uma linguagem baixa, soez, demonstração de descultura e burgessismo militante. Tudo pejado de rimas brejeiras ou aproximações hardcore aos títulos originais (e imaginem que rimas podem decorrer de músicas como “O Carrapito” ou que aproximações podem ser feitas a, por exemplo, “peixinho amarelo”). Tudo escarrapachado numa folha que ficou o show-case todo no chão, ali mesmo à minha frente.
No final, já depois de termos saído do palco, o Manuel Guedes, que além de notável médico, é um bom amigo, veio mostrar-me o alinhamento, que o filho tinha apanhado do chão! Eu corei, recorei, tricorei… Chamei o Jony, que só se ria. O Tomi estava também envergonhadíssimo e o Manel dizia que estava ali uma recordação que iria virar relíquia e que tinha muito gosto que a autografássemos.Assim fizemos.
Que posso agora dizer? Apenas que a profecia do Manel se cumpra e que aquilo vire mesmo relíquia. Quem sabe um dia o Manel ainda vai por aquilo na Sotheby’s…
Por aqui deixo as imagens que o Nuno Oliveira fez no barco Princess Danae antes de entrarmos em palco logo no primeiro dia, 25 de Abril. As cogitações, as sugestões, as alterações de última hora e o GPS do Jony a dizer que estávamos em plena A1! Assim se faz um alinhamento.

Palhaçadas

Estou a acabar de chegar de um jantar, com os meus colegas das Vozes. Foi um momento muito lindo, que brevemente será aqui escalpelizado.
Antes de dormir não pude deixar de ver o e-mail. E com muita alegria leio o e-mail que a seguir vos deixo. Veio da Beatriz Quintella, presidente da Operação Nariz Vermelho. Se o copio para aqui é porque ler coisas destas, nos deixa muito felizes. Saber, que na nossa pequenez, podemos ser úteis. Partilhar esta carta electrónica é como partilhar uma boa notícia, uma enorme alegria. É assim que nos sentimos: úteis e muito felizes! Até amanhã.

“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.”
Caros A
migos dos Vozes da Rádio ( caros rádios dos amigos das vozes , caras vozes dos amigos da rádio)
Em nome de todos nesta casa de palhaços o nosso sincero obrigada… por tudo! A festa em Serralves foi um sucesso, e não teríamos conseguido sem a Vossa ajuda. É muito bom ter amigos como vocês.
Abraço de palhaço
Mónica Helena Bia Rute Rita Mark Susana (palhaços administrativos)
Zé Barbara Carlos Pacas Ramones Rodrigo Julieta Alejandra Mark Bia Harry Andreas Anabela Ana Banana Ana Piu ( Palhaços palhaços mesmo)

28 outubro 2007

Sobe, sobe, balão sobe

Antes de relatar aqui a gloriosa jornada de ontem, que começou ao almoço e terminou numa ceia junto ao rio, tendo de permeio uma actuação na Fnac, recuo a terça-feira e à nossa passagem pelo Portugal no Coração.
Há 20, 30 anos atrás, o país sentava-se em uníssono em frente à tv, uma vez por ano, para assistir em directo ao festival da canção. Eu e a minha família não fugíamos à regra e lembro-me bem desses serões a preto e branco, em que acreditávamos sempre que tínhamos a melhor canção e acabávamos sempre por lutar pelo último lugar. A noite do festival era a noite mais importante do ano, quando se fala de televisão.
Nunca, mas nunca nessa altura me passaria pela cabeça que passados 28 anos eu estaria num estúdio da rtp, com a voz do “Sobe, sobe, balão sobe”, canção que em 79 representou Portugal.
Ora, na terça-feira estivemos com a Manuela Bravo, a voz desse clássico que ainda hoje os miúdos cantam, sem saberem sequer o que é festival da canção ou tv a preto e branco. Ninguém da nova geração acreditaria que na altura havia 2 canais, que começavam a emitir a partir das seis da tarde…
Aqui fica a canção de 79 (o ano em que o nosso Miúdo nasceu), para matar saudades e a nossa foto com a Manuela. Fica também a imagem do saudoso Thilo Krassman, com quem nos cruzámos há já uns anos nos estúdios da Edipim. É, começámos a ficar velhos…


27 outubro 2007

Meter o nariz!

Se houvesse um mundo, já nem diria perfeito, mas apenas justo, não havia necessidade de existirem Doutores Palhaços, nem a Operação Nariz Vermelho, porque simplesmente não haveria hospitais pediátricos. Infelizmente não é assim, e estamos mesmo plantados num mundo injusto. Talvez por isso o Criador, para disfarçar o erro da criação, abençoou uns tantos que transformam este erro, num divertido dano colateral. São os verdadeiros santos dos nossos dias, pois operam milagres reais nos hospitais deste país. E são santos em vida, sem precisarem do rigoroso controlo dos avaliadores de milagres, e sem terem de ganhar o título “canalizado pelo Vaticano em mil novecentos e qualquer coisa”. Estes são santos por obra e graça e à falta de bênção papal, atribuo eu o título.
Na quinta-feira à noite estivemos no lançamento da campanha Operação Nariz Vermelho no Porto e ficámos esmagados com a grandeza desta gente.
Tudo começou em Agosto com um mail da Nicole Azevedo, madrinha da Operação Nariz Vermelho. Perguntava ela se podíamos colaborar. A nossa resposta imediata foi: diz-nos só o dia, a hora e o local. Assim, passámos pelo estúdio do Pedro Lobo no início de Setembro, para tirarmos umas fotos com nariz de palhaço. O lançamento iria incluir uma exposição com fotografias de uma série de figuras públicas a meterem o nariz onde são chamados! Em Serralves estiveram expostos dezenas de rostos conhecidos. Palhaços ricos, muitos, e pobres, nós. Querem nomes: Belmiro de Azevedo, Paulo Azevedo, Nuno Azevedo, Artur Santos Silva, António Borges, Lobo Xavier, Rui Moreira, os nossos colegas Reininho e Manuela Azevedo, o Vítor Baía, Ricardo Pais, João Fernandes, Miguel Vieira, Katty Xiomara, Aurora Cunha, a nossa madrinha Nicole Azevedo, Batata Cerqueira Gomes, Luísa Beirão, Diana Pereira… e que me desculpem os outros retratos, mas a memória já não dá para mais. Fotografias extraordinariamente bem tiradas pelo Pedro Lobo preencheram as paredes da Casa de Serralves. Houve cocktail e houve discursos. Para terminar houve palhaços a dobrar: os doutores e os cantores. Uns faziam playback e os outros cantavam escondidos, o hino da Operação Nariz Vermelho. No fim juntámo-nos e montou-se o circo!

Já depois de Serralves fechar, tivemos o prazer de jantar com os doutores palhaços e conhecer um pouco mais, não só todo o trabalho que esta associação desenvolve, mas também as pessoas. Foi um serão inesquecível a todos os níveis. Obrigado Dra. Graça, Dra. Zuzu, Enfermeira Jeropiga, Dr. Pipoca, Dr. Chocapic, Dr. Batota, Dr. Bambu, à Mónica, à Rute, a toda a equipa da O.N.V. e à nossa madrinha Nicole.


25 outubro 2007

PARABÉNS...


No próximo dia 27 de Outubro, pelas 16h, as Vozes da Rádio vão apresentar-se na FNAC da Rua Santa Catarina, no Porto na comemoração de mais um aniversário da loja.
Será uma excelente oportunidade para ver e ouvir a apresentação do disco SETE E PICO, OITO E COISA, NOVE E TAL, lançado este ano, e que é um trabalho de homenagem ao conjunto António Mafra.
À saída do evento, terá a possibilidade de vivenciar as obras na baixa do Porto, dar um passeio de eléctrico e apreciar as iluminações de Natal…
E as castanhas? Não esquecer de comprar e comer… é um sector em crise pelo Outono que tarda em chegar. Juntem-se a nós nesta causa…
Até sábado…

Louça sanitária

Na sexta-feira dia 12, fomos num salto a Lisboa para ilustrar sonoramente o lançamento da Laufen em Portugal. Pelo que o meu pequeno cérebro percebeu, a Laufen é uma espécie de Ferrari das sanitas, ou Vuitton dos bidés ou ainda a Cartier do material sanitário. Neste momento pertence ao grupo Roca que começa a promover estas obras de arte utilitárias no nosso país.
Não vou voltar ao tema do bidé, nem tão pouco dar argumentos de defesa para a boa qualidade estética de uma casa de banho. Relato antes uma história.
Alguns anos atrás estávamos na casa do Rui Reininho. Ao pedido da minha bexiga, solicitei ao Rui o uso de sua casa de banho. O Rui lá indicou e escuso agora de contar pormenorizadamente esse ritual que começa no desapertar dos botões das calças e acaba no enxugar as mãos… depois de as lavar, bem certo!
Mal chego à sala e pronto para comentar com os demais a minha visão, o Rui antecipa-se e explica: “Espalhei os discos de platina e ouro pelas casas de banho e pela cozinha porque são os sítios da casa onde acabamos por passar mais tempo”. Bem visto, Reininho! De facto, se pensarmos bem, é na cozinha e na casa de banho que estamos não só mais tempo, mas sobretudo mais dispostos à contemplação dos metais preciosos. Tivesse eu discos de platina, ouro, ou mesmo arcadas, colares ou Cristos, era nas instalações sanitárias que havia de por tudo à mostra!
Com a Laufen temos o chamado dois em um: temos a obra de arte à vista, e esta tem igualmente um papel útil (diria mesmo em certas circunstâncias salvador e redentor).
Agora, sonho um dia usufruir de material sanitário com design e assinatura. Até porque (cereja no topo…) uma sanita que tem uma tampa com queda amortecida, não é para todos. Pelo menos eu ainda não tenho…
Enquanto não é realidade vou revendo estas lindas fotos com o meu colega Tomi em simulações jocosas. Também ele ficou de beicinho pelo bidé em forma de gota…

23 outubro 2007

Contagem final

Chegamos há muito pouco tempo de Lisboa, numa viagem que fica marcada pelo escasso tempo que tínhamos para chegar cá e pelo número incontável de zonas em obras na A1. Há uns anos ouvi um tal Cravinho a dizer que era injusto o pagamento integral das portagens em situações destas… entretanto acho que ele já passou pelo governo e agora passeia-se por outros lados. Mudou alguma coisa? Nada! Pagamento integral, obras (muitas) e filas!
Mas falemos de coisas bem melhores, como canta o Veloso no Rio Grande. Esta tarde estivemos no Portugal no Coração, em muito boa companhia. Disso iremos falando nos próximos tempos, com o uso de tecnologia digital.
Hoje, digo-vos que durante o fim-de-semana fiz uma arrumação mais profunda ao meu escritório e descobri uma fita com imagens do cruzeiro que fizemos em Abril. No meio de imagens e comentários impublicáveis, temos ali material para longos meses.
Para começar em grande ponho aqui a nossa versão do Final Countdown, esse hino ao mau gosto dos anos 80. Quem já viu e ouviu, sabe que costumamos fechar os concertos com esta versão, que é apresentada como a “pior canção de sempre da história da música”. Há por ventura algum exagero nisto, pois ao sermos tão redutores, esquecemo-nos de muitos compositores e intérpretes, nacionais e estrangeiros, que labutam diariamente para terem esse glorioso título de “os piores do mundo”.
Desta nossa versão apenas posso dizer que o balanço do barco ajuda a um certo caos musical, sublinhado (o que poderíamos chamar de cereja no topo do bolo), pelo transformismo visual que fazemos. Coisa de gente pobre, pois só arregaçamos mangas, puxamos golas e pomos uns óculos que in illo tempore nos foram ofertados por uma óptica.

22 outubro 2007

Quem passar por aqui...leva PORTUGAL no CORAÇÃO!

Pois é, amanhã à tarde lá estaremos no nosso "Portugal no coração"!

É nosso.... e dá-nos muitas alegrias! É o nosso país, Portugal.

O Malato é um alentejano que imigrou para Lisboa mas passa a semana inteira no Porto.
A Merche é catalã de Andorra, portanto espanhola, mas já vive cá há cerca de 17 anos.
A Marta é do Porto e a Cristina de Matosinhos.
Finalmente alguém do norte, carago! :D
Este é o ponto de encontro dos estrangeiros que cá moram, dos portugueses que cá estão e dos que andam lá fora a lutar pela vida! Quem passar por aqui... leva PORTUGAL no CORAÇÃO.
Nós também queremos, não podemos ver nada! Venham connosco!

21 outubro 2007

Porreiro, pá!


Foi nestes termos que o Sr. Sócrates nos surpreendeu a todos, naquela noite do consenso europeu. Tudo se passou enquanto abraçava euforicamente o Zé Manel. A verdade é que desde os brilhantes tempos do PREC que não ouvíamos tal vocabulário na boca de um destacado político. Verdade também é que com este uso linguístico o nosso primeiro não conseguirá nunca a tal inscrição na Ordem. É que, convenhamos, isto é discurso de electricista ou de mestre-de-obras e nunca de Engenheiro Electrotécnico ou Civil. Ainda assim fica muito bem num primeiro-ministro jovem e activo como ele gosta de mostrar que é, faltando-lhe apenas inserir no seu discurso palavras como tipo, bué ou o redentor daa-se!
Nós na sexta também nos abraçámos e também dissemos variadas vezes “porreiro, pá!”, no final do jantar que me juntou ao meu colega Jony, à nossa sócia Manela e ao Cadú de Andrade, músico e representante nesta noite da editora Asa Discos de Minas Gerais. Ontem houve comida, bebida e papéis para assinar!
Para todos os efeitos este é o primeiro contrato das Vozes da Rádio com uma editora estrangeira, o que além de nos alegrar, cria expectativas de uma aventura fora de portas. Desta ligação em breve daremos notícias.
Tudo se passou num sítio lindo aqui do Porto, junto ao Passeio das Virtudes. Como os políticos e os gestores, fizemos um jantar de negócios no Restaurante Cometa. A vista sobre o rio foi a testemunha necessária para estas coisas de contratos. Lá pelas duas da manhã regressámos, mas a testemunha ficou ali para certificar os abraços dos amantes, os lances de cartas dos jogadores e as passas dos gunas! Tudo ali nas traseiras do tribunal.

A foto de telemóvel tirada pelo nosso Marafuz que também lá esteve. Ficam até à mostra os documentos assinados e o Restaurante Cometa. Não comecem agora no brejeirismo saloio, à conta do nome da sala de pasto, de cogitar onde vamos meter os papéis.

20 outubro 2007

O que é que se passa?

Estou por casa com febre e cansado, e há meia hora que tento colocar aqui uma coisa linda, que inclui fotos e tudo, mas o idiota do blogger dá sempre este erro bX-9pjt6o. Depois sugerem que escreva para não sei quem e que diga não sei o quê... para mim é perseguição, é uma cabala e é coisa dos sindicatos... se isto continua assim ainda lá mando dois GNR's para eles perceberem quem é que manda aqui.
Resta-me desejar-vos um bom fim-de-semana, que eu vou deixar de insistir. Amanhã tento esgalhar aqui os lindos. Agora vou-me recolher e tentar melhorar.

17 outubro 2007

Serviço Público I

Jovem:
  • se és assassino profissional, daqueles que não tem pavor a sangue;
  • se jogaste na tua infância o Doom e gostaste da experiência;
  • se és gozado por assassinares com a mesma faca que a tua mãe usa para cortar presunto



NÃO DESESPERES!



A tua vida está prestes a mudar!



Para tal, basta passar pelo Lidl, a partir de amanhã, e adquirir esta beleza, por apenas 59 euros!


Sistema de tensor rápido para um fácil manuseamento;
Lubrificação automática com ajuste de precisão;
Corrente cromada com vibração reduzida;
Travão com sistema de segurança;
Velocidade: 12,1 m/s;
Inclui 180 ml de óleo;
Punho para corte horizontal;
2000 Watts;
Lâmina de 40 cm;
3 anos de garantia.


UMA MARAVILHA!

16 outubro 2007

Pedro e os Lobos

Pedro Lobo, um dos mais conceituados fotógrafos da nossa cidade, tirou-nos fotos para o booklet do “Mappa do Coração”, em Maio de 1997. A capa do disco, concebida pelo Pedro Almeida, foi baseada em 2 postais que a minha mãe guardou religiosamente durante décadas. Na parte de dentro figuravam estas imagens que se encontram por aqui espalhadas. Também nessa mesma altura andámos, com o Pedro, pela Praça da Batalha, a fazer bonecos, que foram a nossa imagem durante anos. Uma dessas fotos (que um dia, quando a encontrar, hei-de pô-la aqui) tem atrás algo que se assemelha a uma nave espacial… É apenas o Cinema Batalha, que pelo facto de ter umas formas arredondadas permite o equívoco visual.
Passados 10 anos, há coisa de um mês, voltámos ao atelier dele para tirar retratos… diria… especiais. Não, ainda não se trata da edição especial da Playgirl que a São Rosas encomendou. As fotos que tirámos (ou melhor, que nos tiraram) são para algo que vai acontecer brevemente, mas porque não há nada melhor do que uma surpresa, ainda não revelo tudo.
Desse dia ficam aqui as fotos dos Senhores com o Pedro Lobo e ainda dos afilhados com a madrinha… mas porque é que as Vozes têm tamanho privilégio de ter a Nicole Azevedo como madrinha? Basta esperar uns dias e com certeza descobre-se porquê!Cá está! Lá em cima uma foto que já faz parte dos arquivos. É a página 2 do livrinho do "Mappa do Coração". Por acaso, olho agora melhor para a foto, e todos parecemos estar com um ar efeminado demais... Há coisas lamentáveis que só o tempo nos mostra! Depois as fotos individuais dos resistentes desses tempos. Na parte debaixo, nós e a nossa madrinha Nicole. Vejam o ar de sofrimento da madrinha perante os gritos dos afilhados... É que na Alemanha não há disto! A última junta as Vozes ao Pedro Lobo. Parece uma boys band!

14 outubro 2007

Alguns domingos atrás...

Gosto de escrever deitado sobre a memória. Muito mais do que o fazer como se de um diário, este pasquim, se tratasse. O meu pai, que como todos os pais é mais velho que eu, seu filho, é o oposto de mim e quando me ouve falar de recordações saca uma das máximas que herdou do seu Brasil natal e diz: “quem vive de história é museu!”. Natural seria ele desbobinar histórias antigas… mas não. Essa tarefa fica sempre mais para mim.
Ainda assim, a história de hoje não é assim tão antiga. Tem mesmo poucos meses, mas a verdade é que na altura não a puxei muito para aqui. Falámos (penso que o Miúdo também), mas muito ficou por escrever. E agora é a altura para começar a falar dela.
No domingo 15 de Julho, os deuses sabedores da heresia que se preparava, desabaram uma tempestade bem mais típica de Dezembro, que daquela altura. Foi claramente uma tentativa de desencorajar um encontro há muito prometido e adiado entre as Vozes e a Tuna Meliches.
Contra ventos e muita chuva lá fomos até Coimbra para serrar um bácoro miúdo preparado à boa moda da Bairrada. À nossa espera os, até à altura, desconhecidos tunos melichenses, liderados pelo Paulo Moura, que foi o grande responsável por este encontro. Nem o pormenor da proto-vegetarianice do nosso Miúdo foi descurado: para ele havia tofu e seitan. Houve até para todos uns pastéis de tofu de bom aspecto e de sabor a esferovite: foi a entrada que nos deixou mais preparados (e diria mesmo irados) para o leitão.
A refeição foi magnífica, não só pelos víveres deglutidos, mas acima de tudo pela excelente companhia. E para quem não acredita, esta coisa da Internet e da Blogosfera pode mesmo ser uma coisa humana. Neste caso foi ela que nos aproximou e fez conhecer gente anormalmente bem-disposta e de uma animação infindável. O fim da refeição teve de ser precipitado, pois nessa tarde tínhamos a Fnac de Coimbra para fazer… e quando o dever chama, o resto tem de ficar para trás, por muito que custe.
Do pequeno convívio possível de fim de almoço destaco o momento Rafaelitolindo, com um repertório único de piadas que incluíam sempre uma palavra, que agora não me ocorre, e que ecoou pelos corredores do restaurante, pois era sempre largada com um valor alto de decibéis. O momento de qualidade esteve a cargo das filhas do Paulo que cantaram a duas vozes, com uma afinação irrepreensível, uma canção do João Afonso. Houve também a entrada fulgurante em cena da São Rosas que apareceu por lá e que nos deixou doidos, pois é provocante em todos os sentidos, bem como o número final onde a nossa Margarida, foi recreada e encenada pela Tuna. É esse momento belo que aqui fica:



Depois saímos a correr em direcção ao Fórum. Lá chegados fizemos som e quando chegou a hora de cantar, lá estavam os nossos novos amigos, como claque de indefectíveis das Vozes. É deles este apontamento da actuação:


A seguir foi o regresso ao Porto. A Tuna tinha também um compromisso e como tal este primeiro encontro teve de ser em versão mini. Fica a vontade para mais encontros e convívios culturais como este. A bem da nação, estamos preparados! Abraço para Meliches (é ver no google earth onde fica).

13 outubro 2007

Marafuz!

Acabo de chegar de uma exposição/aniversário, conceito novo que o nosso amigo Miguel Marafuz lançou para comemorar a sua trigésima segunda primavera.
O Miguel colabora connosco desde 2003, altura em que desenvolveu a capa do disco Natal. Em 2005 gravámos o Mulheres e, claro, mais uma capa do Miguel. Depois foram cartazes, o nosso logótipo e ainda há pouco tempo também saiu da sua cabeça a capa do Sete e Pico.
Já aqui escrevi várias vezes que as Vozes da Rádio são muito mais pessoas do que os cinco que aparecem a cantar. O Miguel é sem dúvida um de nós, não apenas pela sua extraordinária qualidade artística, mas pela sua amizade e militância nesta causa a cappella. É presença habitual nos concertos, aqui no blog com comentários e na nossa vida Extra-Vozes, quando há tempo para estar com os amigos mais próximos.
Quanto à festa/exposição/aniversário, apenas posso dizer que foi a hipótese de nós vermos expostos os seus melhores trabalhos dos últimos 8 anos, todos na área do design. Logomarcas, capas para cadernos, desenhos para t-shirts, símbolos, convites… vários tipos de trabalho com a assinatura do Miguel estão em exposição no almaemformol na Rua do Almada. Irão estar apenas este fim-de-semana, mas prometida está uma exposição mais completa. Vamos esperar…
Da componente festa, os bolos estavam excelentes, o vinho também. De lamentar foi a ausência de palhaços e do cântico dos parabéns a uma só voz por todos os presentes… pelo menos foi esta a apreciação da minha Maria. E de festas de anos percebe ela. Não sei se a parte nocturna da festa, a que eu não irei estar presente, inclui esta animação. A ler depois no relatório final que alguém terá de produzir.

Espalhadas aqui na parede do nosso tasco estão algumas das obras do Miguel. Todas estas feitas para nós. Lá no topo a foto da tarde de hoje. Aqui em baixo, um retrato que o Miguel não se deve recordar. Último dia do ano de 2006, vinha eu tranquilo do café quando me cruzo com esta Dona Elvira. O condutor pareceu-me familiar... Era o Miguel que tem esta relíquia para os dias singulares. Ah! quanto aos parabéns, eles foram dados no dia 6, o dia em que o Miguel nasceu. Pelo facto de ter estado fora, é que só hoje se fez o happening! Para o ano há mais, Miguel!

11 outubro 2007

Estrada, aí vamos nós

Dentro de poucas horas lá estaremos no mítico Café Cenáculo prontos para arrancar para mais uma viagem. Será pela A1 abaixo até à capital onde actuaremos num evento particular, lá pelas 20h. Assim que terminarmos, viremos para cima, sob a protecção dos anjos e os cuidados do Zé António. Desta vez não há festas no apartamento vermelho, nem incursões pelo Bairro Alto. Há uma viagem relâmpago com actuação pelo meio e tudo.
Garantida está a reportagem da viagem e da actuação.

Cá fica uma imagem do teatro chino que habitualmente montamos. Esta é mais uma excelente foto da Diana Silva, nossa fotógrafa oficial (soa bem, não soa?).

09 outubro 2007

O nosso querido ESTAMINÉ!

Se calhar a palavra não é a mais apropriada...estaminé no dicionário refere-se a botequim e não é bem isso que queremos dizer...se bem que também não era mal pensado...
Não é demais repetir...Somos um grupo ultra moderno que canta ora de Fato Zara ora de camisa verde ora de sapato Rodhe... (Por falar nisso a fábrica já fechou???)
Mas este Verão um acontecimento mudou as nossas vidas...
Criamos a T-SHIRT VOZES DA RÁDIO!
Com ela um sem número de pedidos a nós mesmos, os Artistas, e esses fãs (aproveitando o final dos concertos) lá iam dizendo que queriam comprar...
POIS NÃO QUEREMOS QUE VOS FALTE NADA!
Foi com o concerto do Luso que o inauguramos.
Que o sentimos a chegar, que o abraçamos e beijamos!
O Nosso QUERIDO ESTAMINÉ!
É dentro dele que nos finais dos nossos concertos podem encontrar os nossos Cds, as nossas T-shirts, todo o nosso merchandising que estará por aí a brotar! (Não , a parte das cuecas ainda não é para já...) Embora também saibam que o podem fazer aqui no blog!
Seria impensável não dedicarmos aqui no nosso espaço um cantinho ao nosso cantinho, ao nosso estaminé.
Está LINDO, BELO, ESPECTACULAR!
E estará sempre aberto aos vossos desejos...

O primeiro contacto ainda a medo...

A constatação do fenómeno espectacular!


A perspectiva Globalizante da coisa!

O bom do Porto...

Lisboa possibilita-nos com uma frequência normal o encontro com celebridades, pessoas conhecidas, artistas, enfim, gente que, segundo Cinha Jardim num dos seus comentários a uma festa, conta. Basta recordar-me desta nossa última estadia para relembrar o encontro com a actriz Ana Rocha no Bairro Alto, o partilhar de ginásio do Miúdo e do Tomi com o Capinha, a presença do Gato e do Tiago Bettencourt no Arena do Casino, ou o aqui já falado encontro com o Avô Cantigas no Metro, linha verde.
O Porto tem muito menos “gente que conta”. No entanto, hoje à noite, ao sairmos do ensaio, eis que um amigo de longa data veio ter connosco. É ele mesmo! E este conta. Conta muito aliás, é daqueles que dá bónus e tudo… e cá para nós, a reconstituição da cremalheira fica-lhe bem melhor que muitas plásticas que a “gente que conta” faz!


Estas três fotos foram acabadinhas de tirar e davam para um tríptico. Na primeira o nosso amigo Pintas (nome bem mais simpático do que Emplastro…) posa com naturalidade. Na segunda, posa com a mesma naturalidade. Na terceira, evidencia a naturalidade que lhe é reconhecida. Nesta está também a Eva, amiga do Jony e das Vozes, que ia a passar na Avenida da Boavista e juntou-se à foto. No final, e para que fique registado, o Vilhas lá deu 20 cêntimos ao Pintas. Ele bem tentou cravar toda a gente, mas só há uma boa alma aqui no meio. Eu justifiquei a falta de moedinhas por ter gasto tudo na máquina... não se pode ter tudo!

07 outubro 2007

...e para que os milagres continuem

Acabadinho de chegar de uma parte do território português que, ou por visões pós-modernas ou por imperativos de marketing, deixou de ser Beira Alta e passou a ser Douro Sul, leio a prosa do Miúdo e não posso deixar de pôr aqui uma das últimas fotos de ensaio, tirada num destes dias à noite. Tal como os mais pequenos têm o regresso às aulas com campanhas em tudo que é hipermercado, também nós temos o regresso aos ensaios, este ano após a dura campanha de Agosto. Para abençoar o ano lectivo que agora começa, aqui fica o brinde. Além do brinde a adivinha. Quem falta? Quem bebe o quê? As soluções podem ser encontradas aqui, brevemente.

06 outubro 2007

Onde os milagres nascem

Muitas vezes, no fim dos concertos, somos abordados pelo público, geralmente para conversar. Nessas abordagens até se desenvolvem conversas simpáticas, onde ouvimos elogios - aquilo que o artista denomina de "sustento", que vai muito para além do cachet... (se bem que esse sustento não paga as fraldas do novo rebento do Tomi, mas aquece-nos o espírito). Uma das perguntas mais frequentes ("faqs" para os internautas mais conhecedores) prende-se com as horas de ensaios... "Ah, vocês devem ensaiar muito... Quantos dias por semana vocês ensaiam? Devem ser muitas horas, não?" - bem, as horas nem conseguem ser contabilizadas. De facto, para se atingir o patamar de qualidade pelo qual todos nós nos regemos é necessário investir muito do nosso tempo. Parte dessas horas (as de ensaio colectivo) são passadas nas instalações da Escola de Música Valentim de Carvalho, escola essa que faz parte da história das VdR. Nunca é demais agradecer à Janeca e ao Zé Manel Pinheiro pela simpatia e apoio.


Os meninos em dia de ensaio... parecem os 3 porquinhos, o lobo mau e a avozinha!


Tomi, parvo a ouvir com a linha de baixo que o Vilhas estava a cantar... só lhe falta o Donaltinho para ser o perfeito ventríloquo.


As caras reflectem o esforço após várias horas de ensaio... Felizmente passa no dia a seguir, não fazendo (muitos) danos ao nível cognitivo.

05 outubro 2007

Mira nosotros en Madrid!

No dia em que se comemora a implantação da Republica no nosso país, conto-vos a nossa primeira experiência na capital de um país monárquico.
Aconteceu este ano, em Abril. Dia 27, o Princess Danae, o tal barco onde decorreu o cruzeiro fitness do Holmes Place, atracou em Málaga. Nós, tristes e já saudosos, despedimo-nos da tripulação e companheiros embarcadiços, e apanhámos um táxi até ao aeroporto. O cruzeiro ia continuar, mas nós não… De lá voámos para Barajas. Madrid à vista para assistir às Vozes da Rádio.
Depois de resgatarmos as malas, seguimos para o rent-a-car, onde tínhamos 2 viaturas à espera para nos levar para a sala onde essa noite iríamos cantar. O GPS do Jony mostrou estar à altura dos acontecimentos e fez-nos andar às voltas uma série de tempo. Melhor ainda, o nosso contacto madrileno também se juntou a nós na carripana dele e também se perdeu… Era uma encruzilhada de M-30, M-40, M-50 e entrávamos e saíamos nestas circulares à cidade com uma frequência invulgar. Por fim lá demos com a sala, com nome de velha lenda da canção espanhola (que por preguiça minha neste momento, não vou tentar saber o nome) e que se situava num complexo chamado The Artist Factory (que com pronúncia castelhana soa de maneira muito engraçada). Este complexo integra uma escola de música, dezenas de sala de ensaio, estúdios de gravação áudio e vídeo e salas de espectáculo. Tudo com um tratamento sonoro impecável e que foi explicado de forma minuciosa pelo Sr. Coiso (porque a preguiça também aqui se aplica). Fizemos som e fomos jantar ao El Toro.
Do restaurante e da refeição fica o mais brejeiro dos comentários: ali de comestível só mesmo a romena Andrea que nos serviu! Ai que saudades da sopa de nabiças e das tripas à moda do Porto!
Seriam 11 da noite quando atacámos o palco. O cansaço era enorme… mas a coisa saiu bem. A sala não estava a transbordar, somos grupo de culto como é sabido, mas a presença de gente da Rádio Nacional de España, da imprensa musical espanhola e de alguns músicos portugueses radicados em Madrid, deu-nos pica para fazermos um concerto XL.
No final uma confraternização com os locais no bar da sala e fuga para o hotel. Da movida, nem cheiro… só o nosso mesmo, que a essa hora não era já o melhor.
Entrámos com o Leãozinho para intimidar. Nesta gravação ouve-se o assobio do nosso Nuno, do som. Consequência ou não desta investida, nesta altura do ano temos já 7 datas marcadas para salas da Galiza. Tudo para 2008. É o contra-ataque luso às investidas da Zara!

03 outubro 2007

Continente e Ilhas

Nada melhor para comemorar o Dia Mundial da Música do que abrir as portas para o excelente trabalho “Sete e Pico, Oito e Coisa, Nove e Tal”. Assim pensou o Sr. Worten e o Sr. Continente. Desta maneira o nosso disco (que a humildade não me permite dizer que de facto é um excelente disco) passou a estar disponível em todo o país e nas ilhas nas lojas Worten e nos hipermercados Continente.
Depois das Fnacs e do El Corte Ingles, eis que o álbum de homenagem aos Mafras faz o pleno do território nacional. São mais de 90 lojas que passam a ter o nosso trabalho. E se São João da Madeira vai passar a ser a capital do peixe fresco e da melhor carne (acumulando à já brilhante distinção de capital do calçado, das rotundas e vice-capital do tunning em fiats uno), passa acima de tudo a ter hipótese de comprar um dos melhores álbuns de sempre da história do a cappella português, gravados em 2007.

Para não sermos acusados de parcialidade e de publicidade descarada às lojas do grupo Sonae, que tão bem nos estão a tratar, fica aqui uma recordação de 29 de Julho. Fnac do Chiado. Jony observa como uma solha (que como sabem tem os olhos à banda, assim diz sabiamente o povo) o cartaz do nosso show-case por aquelas paragens. Era Verão e estava muito calor.

02 outubro 2007

Sobre os enquetes

Já várias vezes fui questionado sobre a utilidade dos nossos enquetes. “Afinal para que servem?”, é a pergunta frequente. A verdade é que este país que está doido, como bem disse o menino guerreiro, está doido há muito. Não somos de maneira nenhuma os primeiros! Quem não se lembra do inolvidável António Sala e o Você Decide? E das tardes do canal 1, com a também inesquecível Vera Roquete a implorar-nos a escolha entre o Barco do Amor e a Ilha da Fantasia? Já nessa altura, impulso à prática democrática que tanto tempo esteve amordaçada, éramos impelidos a decidir o melhor para o bem comum. Daí para cá são às dezenas, às centenas por dia, as perguntas que nos colocam, seja na imprensa escrita, na imprensa on-line, na rádio ou na televisão. A maior parte dos inquéritos, ou enquetes que é muito mais bonito, têm um custo de 0,60€ +IVA o que torna a loucura ainda maior. Por isso quando me perguntam qual a utilidade eu digo que é absolutamente nenhuma, como também não é útil gastar dinheiro para, por exemplo, dizer que se acredita que a pequena Maddie está algures nas ilhas Faroé. Por dia, repito, há centenas de inutilidades destas que não acrescentam nada, mas que, por terem gente interessada, proliferam em tudo que é lado.
No entanto posso fazer uma revelação: os nossos enquetes que não têm interesse (assim digo eu a quem me questiona), um dia ainda servirão para algo importante, isto vos garanto. Se até agora ainda não foi mostrada a sua real valia, é porque os melhores segredos devem ser mantidos por muito tempo.
De qualquer maneira, e porque eu não estou desatento aos resultados, relembro aqui que a esmagadora maioria dos nossos seguidores inclinou-se para a opção “vida íntima dos artistas” quando sondado sobre qual deveria ser o caminho do blog para este próximo ano. O número de votantes, largamente superior aos que participaram nas últimas autárquicas de Lisboa, assim o pediu, assim o vai ter! Comprometo-me a, durante o próximo ano, ir revelando pausadamente pormenores íntimos da minha vida, devidamente comentados.Cá está um dos meus pormenores mais íntimos: a gaveta das cuecas. Assim também se mede a transparência do artista, que não ilude, nem mente sobre o seu ser. Revela-se tal como é! Este bocado de mim, trapos que me acariciam a pele, é apenas o primeiro capítulo da série anual que prometi no texto em cima. Não percam as próximas imagens!

Ruptura de Stock

A época de Natal está a aproximar-se... Sei de fonte segura que todos os que passam por este tasco cultural estão a pensar comprar às 3 e 4 t-shirts para oferecer daqui a uns meses... Sempre é melhor comprar com antecedência, mesmo correndo o risco de a oferecer com um agradável cheirinho a naftalina, do que não as conseguir comprar. Portanto, é favor fazer as encomendas mesmo aqui ao lado.