Em Janeiro de 2005 estivemos em Ponta Delgada para reinauguração do Coliseu Micaelense. Foi mesmo no final do mês, a 30 e aproveitamos para algum lazer, como é hábito nestes compromissos profissionais.
Assim fomos ao cozido nas furnas e aproveitamos para o banho nas águas quentes lá do sítio. O bonito da história é que o Tomi não entrou por não sentir que a água estivesse nas melhores condições. Estava até visivelmente incomodado, tendo por isso ficado com a tarefa de fotógrafo oficial. Efectivamente, e recordando-me das qualidades da água que aprendi na primária, esta não era incolor. O tom era castanho a fugir para o vermelho, numa descrição perfeita que o Vilhas fez, mas que não posso aqui referir. Por outro lado, a água nada tinha de inodora. Um cheiro forte a enxofre e ferro desmentia aquela qualidade que me ensinaram e que diz que a água não tem cheiro. A verdade é que o paladar não experimentei, pelo que não pude tirar a limpo a ausência das 3 verdades supremas da água.
O banho valeu bem a pena, em águas bem quentes que contrastaram com os pingos de chuva que nos caíram na cabeça. Lindo foi também o ritual de acasalamento que assistimos entre dois autóctones e que, levados pelo calor da água e da paixão, não se coibiram de dar azo à imaginação e ao físico… talvez isto também tenha afastado o Tomi…
À noite cantamos numa sala linda conforme podem ver no topo. Está na altura de voltar, não?
Aqui está a reportagem. Lá em cima a bela sala açoriana. Depois uma das fantasticas vistas de São Miguel com o grupo excursionista. Às Vozes juntam-se o Manuel Leitão e a Inês, nossa técnica de som (quem tem sorte?). Realço desta foto a mais bela expressão de felicidade do Vilhas, uma constante no seu semblante. Mais abaixo as límpidas águas e a dura tarefa não de enxugar, mas de tirar do corpo as substâncias que ficaram agarradas na pele.