Quando morrer quero ser "cromado".
Na passada quarta-feira, lembrei-me desta frase, em tempos dita por um senhor desconhecido, que ia à minha frente na rua, enquanto falava com outro senhor. Cremado quereria ele dizer, mas o "cromado" ficou-me na cabeça, e de tempos a tempos lembro-me disso.
Dia 1 também conhecido por dia dos mortos, levou-me a pensar na morte, e lá veio o cromado. Vendo bem, podemos ser enterrados, cremados, empalhados, mumificados, congelados, queimados, e por que não cromados?
Em tempos discuti a questão com um amigo que tinha ideia de entrar no negócio das funerárias. O homem já tinha contactos, ia mandar vir os caixões do Brasil, dizia que ia ganhar muito dinheiro. Penso que entretanto desistiu, mas na altura sugeri-lhe que que uma das valências da funerária fosse a cromação. Ele achou que eu estava a gozar, mas a ideia não é descabida. Iria revitalizar uma indústria em decadência, a dos cromados. Hoje em dia é díficil ver-se um cromado, os automóveis já não têm pára-choques cromados, as bicicletas já não têm o guiador cromado. O cadáver cromado pode ser arrumado em casa, na sala, no quarto para pôr a roupa em cima, na varanda ou jardim com uma bela erva trepadeira a enfeitar. Conserva-se melhor que um cadáver empalhado pois é muito mais fácil de limpar o pó. Estando bem limpinho serve de espelho. Não havendo mais espaço em casa para pôr corpos cromados, uma pessoa pode ir até um ponto verde, e depositar o corpo na secção de "monstros metálicos", e assim reciclar a avó ou o padrinho. Fica mais em conta que um funeral tradicinal com caixões e campas.
Estou certo que se pensarmos bem, iremos encontrar ainda mais vantagens, e por enquanto ainda não vi nenhuma desvantagem.
Quando morrer quero ser cromado.
2 comentários:
Isso quer dizer que se era um cromo??? Será que eu também vou ser cromada??? Agora fiquei preocupada :P
Bjinhos ;)
Só queria dizer que o dia 1/11 não é o dia dos mortos, mas sim o dia dos vivos, balha-me Deuzzzz... O dia 2/11 é q'é o dia dos mortos...
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