As questões de segurança são importantíssimas neste país. Tudo discute, tudo se exalta pela falta de segurança com que vivemos. Já ouvi falar em fenómenos de sul-americanização, de favelação e até de arrastão. Eu próprio já senti o frio gostoso do fio da navalha no pescoço, não para me fazerem a barba, mas para dar algum dinheiro para tabaco. Eram quatro e meia da tarde e estava no Marquês, bem perto do centro.
O problema é quando o polícia acerta! Aí já não é a insegurança que preocupa, é a pontaria e a formação do senhor agente. Há umas semanas um senhor guarda, aqui do Norte, durante uma perseguição de carro, atirou quatro vezes. Conseguiu acertar duas! Tudo lhe caiu em cima e descobriu-se que afinal o homem não tinha tido formação adequada. Digo eu, pois não, nem precisa. Este tipo devia ser o formador! Um indivíduo que de carro, a alta velocidade dá quatro tiros e acerta dois devia ter direito a reconhecimento público, participação nas próximas olimpíadas na classe de fosso olímpico, medalha no 10 de Junho e nome de rua na terra natal.
O problema é o outro lado. O alvejado. É pena, de facto, até porque o alvejado antes de o ser era assaltante, criminoso, prevaricador. Depois de o ser passa a ser jovem (tem de ser pronunciado devagar)! Pelo menos em todos os noticiários da TVI e alguns da SIC assim o chamam. Depois, e com honras sempre de abertura, ficámos a conhecer toda a vida do jovem, a sua família, a namorada e até que o carro que levava era roubado, mas que nem era normal faze-lo. Ficamos todos com pena do jovem e a família fica com mais tempo de antena que os 15 minutos do Warhol. Ao fim e ao cabo a culpa é da polícia que nem devia andar armada!
Por isso, conduzia eu sossegado por uma rua de Matosinhos, quando vi este revolucionário método de segurança: “Senhores ladrões. Aqui não há máquinas. Levamos para casa” e um enorme ponto de interrogação. Até voltei para trás para tirar a foto e partilhar isto com a blogosfera.
Banqueiros, industriais, ourives, vede este exemplo e segui-o. Levai sempre tudo para casa!
O problema é quando o polícia acerta! Aí já não é a insegurança que preocupa, é a pontaria e a formação do senhor agente. Há umas semanas um senhor guarda, aqui do Norte, durante uma perseguição de carro, atirou quatro vezes. Conseguiu acertar duas! Tudo lhe caiu em cima e descobriu-se que afinal o homem não tinha tido formação adequada. Digo eu, pois não, nem precisa. Este tipo devia ser o formador! Um indivíduo que de carro, a alta velocidade dá quatro tiros e acerta dois devia ter direito a reconhecimento público, participação nas próximas olimpíadas na classe de fosso olímpico, medalha no 10 de Junho e nome de rua na terra natal.
O problema é o outro lado. O alvejado. É pena, de facto, até porque o alvejado antes de o ser era assaltante, criminoso, prevaricador. Depois de o ser passa a ser jovem (tem de ser pronunciado devagar)! Pelo menos em todos os noticiários da TVI e alguns da SIC assim o chamam. Depois, e com honras sempre de abertura, ficámos a conhecer toda a vida do jovem, a sua família, a namorada e até que o carro que levava era roubado, mas que nem era normal faze-lo. Ficamos todos com pena do jovem e a família fica com mais tempo de antena que os 15 minutos do Warhol. Ao fim e ao cabo a culpa é da polícia que nem devia andar armada!
Por isso, conduzia eu sossegado por uma rua de Matosinhos, quando vi este revolucionário método de segurança: “Senhores ladrões. Aqui não há máquinas. Levamos para casa” e um enorme ponto de interrogação. Até voltei para trás para tirar a foto e partilhar isto com a blogosfera.
Banqueiros, industriais, ourives, vede este exemplo e segui-o. Levai sempre tudo para casa!
4 comentários:
Se eu tivesse tindo conhecimento deste método inovador há uns meses atrás, tinha poupado umas quantas idas à esquadra da polícia por não saber do meu Fiat Uno. Escrevia no capot:
"Não percebo porque insistem em levá-lo. O carro nem sempre pega, o depósito de gasolina está sempre na reserva, só abre a porta do condutor, nenhum dos vidros desce e anda aos solavancos. Não dá mais de 120 Km/h, sob pena de se desmontar em andamento."
Obrigada pela visita! E sai um link para as Vozes da Rádio no Fuck Them All! Humor giro!
Eu prefiro morrer a matar e não é por nenhuma crença religiosa, seguramente, nem por falta de amor próprio... tem aver com a minha liberdade mais profunda!
Até sempre!
É o país que temos. E nem sei se alguma vez teremos melhor.
poderá parecer politicamente pouco correcto (ou até mesmo sê-lo) mas tb a mim me irrita profundadmente que os fdp dos assaltantes passem a JOOOOO-VEEEENS se forem alvejados.
O que esperavam? Ramos de flores a agradecer o assalto? Vales da Fnac por terem uma vida miserável a mais a sua família toda e os vizinhos?
Haja decoro!
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