Quanto mais estranhas e absurdas são as canções, mais nós devemo-nos esforçar por explicar o seu sentido, a fonte inspiradora, a história que está por trás. Isto ando eu a fazer há uns 6 anos quando cantamos este original nosso… ainda assim poucos parecem convencidos.
Certa noite, de regresso ao hotel depois de um concerto, faço o habitual zapping pré- repouso nos braços de Morfeu. Lembro que já era tarde. Dei comigo parado num canal alemão onde um talk show tinha como assunto “wer macht mir ein baby?” que o meu péssimo alemão ainda conseguiu traduzir: “quem me faz um filho?”. Todo o sono se dissipou e maldisse a minha ignorância de não saber mais alemão. A meia dúzia de meses de aprendizagem da língua de Goethe no Conservatório não deu para perceber quase nada. No ecrã estava uma moderadora, uma Fátima Lopes de porte germânico e cinco donzelas, mais balzaquianas que donzelas, que apelavam à caridade masculina no intuito de conseguir de um macho o esforço e empenho necessário para as fertilizar! Lindo. Lembrei-me logo que faço parte de um quinteto que podia, não fosse a distância e a barreira linguística, corresponder aos anseios e assim cumprir o que São Paulo tão bem escreveu aos Coríntios: “Mesmo que eu falasse a língua dos homens, … sem caridade eu nada seria”. E bastava ver 1 minuto do programa para perceber que só mesmo por caridade…
Adormeci com aquela ideia. De regresso ao Porto partilho-a com um parceiro de canções, o meu primo, que além de cultura vasta e vocabulário farto possui igualmente a loucura que certifica a nossa consanguinidade. Falei-lhe num refrão forte e numa coisa polilinguística. Ele surpreendeu-me com a letra perfeita: em cinco línguas (alemão, francês, inglês, italiano e castelhano), tantas quantas as bocas que cantam, uma história idílica (chamo sobretudo atenção à poesia que emana do verso “something’s itching down there”) e estava feita a canção. Gravámo-la ao vivo em 2000 e desde aí tem-nos seguido. O que aqui se apresenta é a versão apresentada no Coliseu do Porto aquando do Porto Cantado em 2001, integrado no Porto Capital da Cultura.
Certa noite, de regresso ao hotel depois de um concerto, faço o habitual zapping pré- repouso nos braços de Morfeu. Lembro que já era tarde. Dei comigo parado num canal alemão onde um talk show tinha como assunto “wer macht mir ein baby?” que o meu péssimo alemão ainda conseguiu traduzir: “quem me faz um filho?”. Todo o sono se dissipou e maldisse a minha ignorância de não saber mais alemão. A meia dúzia de meses de aprendizagem da língua de Goethe no Conservatório não deu para perceber quase nada. No ecrã estava uma moderadora, uma Fátima Lopes de porte germânico e cinco donzelas, mais balzaquianas que donzelas, que apelavam à caridade masculina no intuito de conseguir de um macho o esforço e empenho necessário para as fertilizar! Lindo. Lembrei-me logo que faço parte de um quinteto que podia, não fosse a distância e a barreira linguística, corresponder aos anseios e assim cumprir o que São Paulo tão bem escreveu aos Coríntios: “Mesmo que eu falasse a língua dos homens, … sem caridade eu nada seria”. E bastava ver 1 minuto do programa para perceber que só mesmo por caridade…
Adormeci com aquela ideia. De regresso ao Porto partilho-a com um parceiro de canções, o meu primo, que além de cultura vasta e vocabulário farto possui igualmente a loucura que certifica a nossa consanguinidade. Falei-lhe num refrão forte e numa coisa polilinguística. Ele surpreendeu-me com a letra perfeita: em cinco línguas (alemão, francês, inglês, italiano e castelhano), tantas quantas as bocas que cantam, uma história idílica (chamo sobretudo atenção à poesia que emana do verso “something’s itching down there”) e estava feita a canção. Gravámo-la ao vivo em 2000 e desde aí tem-nos seguido. O que aqui se apresenta é a versão apresentada no Coliseu do Porto aquando do Porto Cantado em 2001, integrado no Porto Capital da Cultura.
8 comentários:
Ò prendas, ensina-me a sacar estas coisas do youtube que eu quero fazer um DVD das Vozes. Tanques!
A propósito de lições de informática, eu gostava de saber como é que se põe no Youtube filmes pessoais?!
Obrigada pelo belo filme e acima de tudo pelo vosso talento. Enorme.
beijinhos e até sempre
... põem (gralha!)
Ò prendas, abre mazé uma firma de informática que ainda ganhas graveto para fazer um DVD a sério!
São uns dignos sucessores dos Platers. Pelo menos parece um remake do Smoke gets in your eyes (and somewhere else)
Amiguinhos,
as duvidas de informática respondo-vos para os respectivos mails, está bem?
Quanto ao dvd, amigo cusco, um dia destes falamos.
Platers? Quem nos dera! Mas só temos um moço de cor... não são faceis de arranjar assim tão talentosos... Aliás já os platers cantavam o Great Pretender com o mesmo dinamismo que nós cantamos o Wer macht mir... e vai-se a ver dá tudo no mesmo... e smoke gets in your eyes é de gente que consome o mesmo que nós consumimos... somos os platers da lusitania!
Muito obrigada, Prendas!
Já aprendi o que precisava, não percas tempo, nem dinheiro comigo (como diz o cusco!).
Beijos e até sempre!
... "não percas tempo comigo, nem dinheiro (como diz o cusco)"... gosto de corrigir as gralhas, só não precebi ainda porque não o faço antes de publicar o comentário?...Talvez porque se o fizesse perderia o contacto com as ditas cujas... a pré-revisão do comentário é a interrupção voluntária da gralha? :-)))
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