No passado dia 20 de Agosto fomos entrevistados no Rádio Clube Português. Por esses dias, um grupo folclórico intitulado Verde Eufémia, invadiu uma plantação de milho transgénico, destruindo a plantação, alimentando os jornais e os noticiários da rádio e da televisão. Na verdade, ao ver as imagens, fiquei com a sensação que um encontro tão razoável de freaks e inúteis já há muito não se realizava em Portugal. Só por isso merecia todo o destaque dado pelos media. E digo isto porque gosto mesmo destes ajuntamentos de raridades. Divirto-me a sério. Dias depois vi um dos responsáveis (?) do Verde Eufémia em conversa com o Mário Crespo na SIC Noticias e percebi que com um pouco de sorte podemos ter artista para mais uns tempos: basta dar-lhe um pouco mais de espaço e rapidamente esqueceremos o Tino de Rans ou mesmo o famoso Emplastro do Porto.
Isto tudo para vos contar o que ficou por dizer nessa entrevista no RCP: eu também já fui um Cereal Killer! Foi prometido durante a emissão ao Aurélio Gomes, que iria revelar esta história, mas o relógio traiu a narrativa.
Há mais de 20 anos, teria eu 17, 18 anos, fui acampar com um grupo de amigos para os lados da Torreira. Campismo selvagem e ilegal como manda a lei. Metidos no meio do mato, saíamos à noite para nos misturamos na movida estonteante da Torreira. O programa era tão aliciante que havia sempre necessidade de inventar algo, não se fosse morrer de tédio! E um certo dia alguém teve a ideia brilhante de assar umas espigas de milho. Verificamos que dos ingredientes necessários para a iguaria só faltavam mesmo as espigas. Nada mais fácil: atravessava-se a estrada e em frente um lindo campo de milho nos esperava. Como conhecedores, andámos à procura das espigas ainda de leite, mais moles, para ainda nessa noite as comermos. A agitação no milheiral devia ser tanta, que o jeep da GNR parou e foi averiguar. Dois guardas, daqueles genuínos de bigode, logo deram connosco e mandaram-nos subir à confortável viatura para nos identificarem na sede social deles. Foi um caminho bonito, uma viagem diferente e sobretudo uma noite agitada, algo que procurávamos incessantemente. Fomos identificados, ficaram com os nomes e as moradas dos prevaricadores e ficou a ameaça: “se o proprietário apresentar queixa pelas espigas destruídas terão que pagar o prejuízo!”. Ainda hoje vivo no medo. Ao fim e ao cabo as quatro espigas que surripiei acabaram por ficar no campo e nem pude usufruir do meu furto qualificado.
Por falar em RCP, ouvi hoje que a Ana Sousa Dias vai ter um programa de rádio! Eu, que sou muito interessado nestes fenómenos empresariais, nunca pensei que o grupo MediaCapital invertesse o sentido do seu investimento e se virasse agora para a indústria farmacêutica. É que a avaliar pelo dinamismo sempre demonstrado na televisão, não deve haver no mercado melhor indutor do sono. Jogada de mestre dos senhores da Prisa!
Isto tudo para vos contar o que ficou por dizer nessa entrevista no RCP: eu também já fui um Cereal Killer! Foi prometido durante a emissão ao Aurélio Gomes, que iria revelar esta história, mas o relógio traiu a narrativa.
Há mais de 20 anos, teria eu 17, 18 anos, fui acampar com um grupo de amigos para os lados da Torreira. Campismo selvagem e ilegal como manda a lei. Metidos no meio do mato, saíamos à noite para nos misturamos na movida estonteante da Torreira. O programa era tão aliciante que havia sempre necessidade de inventar algo, não se fosse morrer de tédio! E um certo dia alguém teve a ideia brilhante de assar umas espigas de milho. Verificamos que dos ingredientes necessários para a iguaria só faltavam mesmo as espigas. Nada mais fácil: atravessava-se a estrada e em frente um lindo campo de milho nos esperava. Como conhecedores, andámos à procura das espigas ainda de leite, mais moles, para ainda nessa noite as comermos. A agitação no milheiral devia ser tanta, que o jeep da GNR parou e foi averiguar. Dois guardas, daqueles genuínos de bigode, logo deram connosco e mandaram-nos subir à confortável viatura para nos identificarem na sede social deles. Foi um caminho bonito, uma viagem diferente e sobretudo uma noite agitada, algo que procurávamos incessantemente. Fomos identificados, ficaram com os nomes e as moradas dos prevaricadores e ficou a ameaça: “se o proprietário apresentar queixa pelas espigas destruídas terão que pagar o prejuízo!”. Ainda hoje vivo no medo. Ao fim e ao cabo as quatro espigas que surripiei acabaram por ficar no campo e nem pude usufruir do meu furto qualificado.
Por falar em RCP, ouvi hoje que a Ana Sousa Dias vai ter um programa de rádio! Eu, que sou muito interessado nestes fenómenos empresariais, nunca pensei que o grupo MediaCapital invertesse o sentido do seu investimento e se virasse agora para a indústria farmacêutica. É que a avaliar pelo dinamismo sempre demonstrado na televisão, não deve haver no mercado melhor indutor do sono. Jogada de mestre dos senhores da Prisa!
3 comentários:
Havias de experimentar os pêssegos do ti'Abílio. Valiam o risco das pedradas!...
Eu posso-me dar por sortuda. Já vi o emplastro do Porto com um cachecol do Belenenses a dormir em Coimbra!
Milho Killer...?
;D
Pois é.
è triste quando o pessoal anda desesperado por causas.
Só mesmo quem não acredita em nada se pode comportar assim.
Estes senhores deste movimento verde, não passam de vândalos e espero que o caso não passe em claro.
Soa mesmo a bandalheira mais do que a convicção.
Quanto ao mister joca compreendo a tua sensação.
Mlho em leite grelhado com manteiga por cima é um pitéu.
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