Por isto a melhor forma de marcar o facto é por aqui esta nossa versão do My sweet Lord. Se ela existe devemo-lo ao Júlio Isidro que como responsável por um programa televisivo transmitido em directo da Culturgest há uns dois anos (por aqui percebe-se que já não me lembro do nome do programa…) nos desafiou para cantar esta música. Infelizmente tivemos menos de uma semana para fazer arranjo e cantá-lo em directo. Ou seja… podia estar melhor. Mas ainda assim vale a pena estar aqui… pela intenção.
30 novembro 2006
The Art of Dying
Por isto a melhor forma de marcar o facto é por aqui esta nossa versão do My sweet Lord. Se ela existe devemo-lo ao Júlio Isidro que como responsável por um programa televisivo transmitido em directo da Culturgest há uns dois anos (por aqui percebe-se que já não me lembro do nome do programa…) nos desafiou para cantar esta música. Infelizmente tivemos menos de uma semana para fazer arranjo e cantá-lo em directo. Ou seja… podia estar melhor. Mas ainda assim vale a pena estar aqui… pela intenção.
Esgalhado por Joca à(s) 00:31 2 comentários
29 novembro 2006
Reconhecimento
Leituras que já ouvi
Cantadas por quem te leu
Luxúria que em mim desceu
Amor que por ti senti.
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:34 5 comentários
28 novembro 2006
Canção de embalar o Action Man
Esgalhado por Miúdo à(s) 17:55 5 comentários
26 novembro 2006
www.vdr.com.pt
A partir de hoje está em funcionamento um preview do que será esta página em www.vdr.com.pt. Algumas opções estão já disponíveis. Convidamos a uma visita e a explorarem a nossa (futura) página!
Esgalhado por Miúdo à(s) 20:49 2 comentários
Wer macht mir
Certa noite, de regresso ao hotel depois de um concerto, faço o habitual zapping pré- repouso nos braços de Morfeu. Lembro que já era tarde. Dei comigo parado num canal alemão onde um talk show tinha como assunto “wer macht mir ein baby?” que o meu péssimo alemão ainda conseguiu traduzir: “quem me faz um filho?”. Todo o sono se dissipou e maldisse a minha ignorância de não saber mais alemão. A meia dúzia de meses de aprendizagem da língua de Goethe no Conservatório não deu para perceber quase nada. No ecrã estava uma moderadora, uma Fátima Lopes de porte germânico e cinco donzelas, mais balzaquianas que donzelas, que apelavam à caridade masculina no intuito de conseguir de um macho o esforço e empenho necessário para as fertilizar! Lindo. Lembrei-me logo que faço parte de um quinteto que podia, não fosse a distância e a barreira linguística, corresponder aos anseios e assim cumprir o que São Paulo tão bem escreveu aos Coríntios: “Mesmo que eu falasse a língua dos homens, … sem caridade eu nada seria”. E bastava ver 1 minuto do programa para perceber que só mesmo por caridade…
Adormeci com aquela ideia. De regresso ao Porto partilho-a com um parceiro de canções, o meu primo, que além de cultura vasta e vocabulário farto possui igualmente a loucura que certifica a nossa consanguinidade. Falei-lhe num refrão forte e numa coisa polilinguística. Ele surpreendeu-me com a letra perfeita: em cinco línguas (alemão, francês, inglês, italiano e castelhano), tantas quantas as bocas que cantam, uma história idílica (chamo sobretudo atenção à poesia que emana do verso “something’s itching down there”) e estava feita a canção. Gravámo-la ao vivo em 2000 e desde aí tem-nos seguido. O que aqui se apresenta é a versão apresentada no Coliseu do Porto aquando do Porto Cantado em 2001, integrado no Porto Capital da Cultura.
Esgalhado por Joca à(s) 11:25 8 comentários
Etiquetas: Memórias - vídeo
25 novembro 2006
À espera do Natal
No entanto a partir de segunda-feira deixa de ser segredo para todo o mundo que as Vozes da Rádio gravaram 2 temas novos que serão incluídos na reedição do disco de Natal. Bom, o Miúdo já o tinha mencionado de forma tímida num esgalho anterior. Um deles é o incontornável Jingle Bells que sendo cantado ao vivo por nós desde 1991, só agora passa a estar gravado. O outro, um original de título “À espera do Natal”.
Pois é exactamente este original que começa a ser tocado a partir de segunda-feira na Antena 1. Desde já um Feliz Natal, mesmo a um mês do dia, porque já o Pessoa dizia, a vida pode ser sempre Natal. Queiramos nós!
Esgalhado por Joca à(s) 23:10 1 comentários
Etiquetas: Informações
24 novembro 2006
O porquê dos Senhores...
Tudo começou em 2001. Fomos a Macau (está na altura de voltarmos, não?) pela segunda vez para participar nas comemorações do Dia da Raça. Como bem raçados que somos, granjeamos logo uma plêiade de fãs asiáticas que no dia a seguir à nossa actuação no Clube de Jazz de Macau invadiram o átrio do hotel e tiraram centenas de fotos em actos tão marcantes como a entrega das chaves do quarto na recepção, a saída da sala de pequeno-almoço ainda com um croissant entalado entre os dentes, as fotos lado a lado que quiseram tirar connosco e no fim ainda dispararam durante a tão salutar troca de e-mails.
Foi aí que começaram a chover mails. O primeiro rezava assim:
ÄúºÃ£¬caro amigo
ÄúµÄÅóÓÑ julieta ¸øÄú¼ÄÀ´ÁËÒ»•â¾«ÃÀµÄºØ¿¨£¡
ÏÖÔÚ±£´æÔÚ"¿¨Ðã Cardshow " (½«±£´æ30Ì죩¡£
Çëµã»÷ÒÔϵØÖ•¹Û¿´ÄúµÄºØ¿¨£º
Ô¸Äú½ñÌìÓЕÝÓä¿ìµÄºÃÐÄÇ飡
Fiquei deveras emocionado com as lindas palavras… depois foram chegando outros como este, onde mais uma vez o nível de compreensão é posto à prova:
Óla,Jorge!
Está tudo bem?
Hoje é 11 de June,chove muito em Macau!
Ontem à noite, quando voltaram à Hotel Sintra? Muito tarde, pois
não? Tinha ligado 3 vezes mas sempre não estavam. Eu deixei
um recado para recepcionista, não disse à vocës? Porém,
são as palavras para dar bënção a vocës.E
uma senhora do Hotel disse-me que vocës já partiram às 7:45,mais ou
menos, hoje à manha.Então sinto- me desesperada outra vez.Que
infeliz para mim----esta rapariga quem gosta do vosso grupo muito.Quese
chorarei!
O Rigardo disse que ele está a estudar na universidade, não é?
então, vocës estão ocupados para estudar, e para fazer
representação? Acho que este tipo da vida é muito
intressante.
O meu amigo disse que nunca viu a Julieta tão louca por um grupo
de música(ou gosta) como agora.`Mas porquë? De facto, não sei
claramente também. Só sei que na Sexta-feira, no centro de cultural de
Macau, depois de ouvir as canções, sentia-me muito
livre.Porque antes naquele dia, tinha algumas coisas
dificeis,principalmente é sobre o meu estudo.Dentro das vossos
canções, vi uma qualidades de optimista e uma força
que pode, pelo menos, fazer-me ligeira e alegre.
Sempre acho que o meu portuguës'não é fluente mas queria ser
uma estudante excelente,pois alguns tempos sinto -me perder a
esperança.Tenho 21 anos e esta idade é uma idade em que todas as
juventudes pensam muito sobre o futuro deles próprias e a vida humana.E
quanto estava um pouco vaga, as canções ofereciam--me vigor
juvenil.Não estou a Obrigada! É sério! Obrigada!
Lamento que não tenho o E--MAIL do Mário. Então se eu
queria contactar com ele apenas posso mandar cartas e ele vai responder à
carta ou não, eu não sei! Mas para dizer uma verdade :eu
gosto muito muito de si. Não preciso da razão especial gosto s
ó por causa do gosto! Talvez é uma carisma dele!DON'T LAUGH AT ME!
Então podia ajudar-me a perguentar porque é que ele não tem
E--MAIL?
Espero que podemos manter contactos perpetuamente. Se tenho oportunidade
vou ir ao Porto a visitä--los! Os mais sinceros cumprimentos para
vocë, para Rui, António, Gigardo, e para Mário!
Bom dia! Até já!
No entanto o que mais nos tocou foi este:
Olá,Miguel:
Já voltou Porto?
E como está a viagem?Todo está favorável?
Este dia,nós tomamos a liberdade de ir o hotel para tirar fotografia com
vocês.
E Julieta já mandou esteas fotografias para vocês.
Eu senti-me tão feliz que posso ouvir som maravilha dos senhores e
conhece-los.
Muito obrigada!
Outros dias, eu vou escrever e-mail outra vez.Porque eu vou assitir um
jogo de fazer a maquilhagem como modelo.Então estes dias estou muito
ocupato sempre.
E outra coisa,pode ajudar-me cumprimentar outros senhores?
Muito obrigada! Boa noite!
Margarida
E lá está a bold… A Margarida (que na verdade se chama Jin Yi) baptizou-nos para todo o sempre. Para ela, as singelas palavras do tema que abre o nosso primeiro disco: “Desfazíamo-nos, Rebaixávamo-nos, Humilhávamo-nos, Humedecíamo-nos, só de olhar para ti, Margarida!!”
Esgalhado por Joca à(s) 23:29 0 comentários
Boas Festas
Esgalhado por Joca à(s) 01:46 4 comentários
23 novembro 2006
Ensaios
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:03 0 comentários
22 novembro 2006
R.I.P.
Esgalhado por Joca à(s) 23:11 3 comentários
Etiquetas: Memórias - vídeo
A cappella meets Fado
Encontrámo-nos ao fim da tarde para um café no Península: a Aldina, o Monge, o guitarra portuguesa José Manuel Neto, o viola Carlos Manuel Proença e eu iniciámos um intercâmbio de experiências musicais. Fim de tarde bem disposto e jantar no Chaimite, cujo nome só por si assusta, mas que se mostrou à altura do apetite.
Depois vieram os fados. E aí foi de fechar o comércio (esta também é sacada ao Monge). A Aldina esmagou-nos a todos. Incrível a música que dela brota! O acompanhamento ajuda e muito. Fabulosos músicos. E a Aldina lá vai planando sobre as cordas. O meu barómetro, que tenho instalado na pele, várias vezes deu sinal de alarme.
Acabei o meu curso sobre fado nos camarins a confraternizar com os artistas. Ainda não sei com que média vou ficar, mas não tenho dúvidas que ontem tive a melhor aula. E já sei distinguir uma fadista de uma artista. A Aldina é fadista. Enorme.
Final do jantar depois de umas tripas à moda do Porto (Monge, não é dobrada. Voltas a dizer isso aqui e não te servem, garanto-te...)
(este esgalhanço estava já esgalhado desde segunda. Infelizmente esgalharam-me a net até hoje, por isso o esgalho tardio)
Esgalhado por Joca à(s) 22:31 3 comentários
O arraso
Esgalhado por Miúdo à(s) 13:43 1 comentários
20 novembro 2006
Em estúdio...
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:53 2 comentários
19 novembro 2006
Milú
Este esgalhanço permite-me contar coisas que os discos normalmente não dizem. A Milú existe na realidade e foi uma activista das causas femininas nos anos 60, aqueles em que os dias, como o de hoje, amanheciam cinzentos em Portugal. Daí esta cançoneta ter um ar tão sixtie. O vídeo é da responsabilidade do Carlos Figueiredo que compilou uma série de imagens antigas das Vozes, juntando algumas de estúdio e da apresentação ao vivo de "Mulheres".
Bom domingo.
Esgalhado por Joca à(s) 16:25 3 comentários
O fado vem ao Porto
É já amanhã, na Casa da Música, que a fadista Aldina Duarte apresenta o seu último álbum Crua. E eu vou estar lá, porque se há fado que nos toca, o da Aldina é um deles. Diria que é fado sem corantes, nem conservantes. 100% natural, exactamente como ele deve ser.
Esgalhado por Joca à(s) 00:10 2 comentários
Etiquetas: Informações
18 novembro 2006
Adenda
Esgalhado por Miúdo à(s) 23:36 0 comentários
Noite em Lisboa
Esgalhado por Joca à(s) 02:30 3 comentários
17 novembro 2006
16 novembro 2006
Smelly Cat - last recall
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:30 8 comentários
Newsletter
Esgalhado por Miúdo à(s) 00:42 0 comentários
15 novembro 2006
Mudanças de visual
Assim hoje, cortei e cortei-me para retirar todas as pilosidades que se acumularam durante dois meses, certinhos, na minha face. O acto durou uma hora entre esgares de dor e alguns impropérios. Fiz a vontade a uma enorme legião de fãs, encabeçada pela minha mãe e seguida de perto pelo pai do Vilhas que se mostrou indignado perante a imagem de militar de Abril saído do verão quente de 75. Tristes ficaram os (poucos) que invejavam estes hirsutos pêlos. O Ricardo Araújo Pereira, por exemplo, confessou que gostava de ter uma barba assim. Mostrei-lhe o lado menos prático, falando-lhe de quando estamos constipados e nos assoamos. Ele ainda assim referiu a vantagem da barba poder ocultar uma mucosidade durante uns três dias e passado esse tempo a reencontrarmos sã e salva. Sem dúvida um aspecto positivo, que não me deu a força suficiente para continuar… até porque com a chegada da chuva aumenta a probabilidade de me constipar e sinceramente prefiro perder todas as mucosidades.
Mas para este esgalhanço não ir a seco para o blog, recordo aqui fotograficamente, o estilo Os acólitos de Al Capone, de 1995. Por esses anos o Nuno Gama além de nos vestir, esculpia-nos personagens que assumíamos em palco. O visual resultava muito bem e, no fundo, todos os personagens se encaixavam bem connosco.
Com bigodes, sem bigodes, de cabelos ao vento, ou rapados, nós somos todos uns camaleónicos. Uns David Bowies do a cappella lusitano, a bem dizer…
Tomi, no papel de mafioso, explorador de casinos. Hoje, seria dirigente desportivo.
Vilhas, no papel de contrabandista por altura da lei seca. Hoje, forneceria linhas à linha.
Eu, no papel de bandido conquistador. Hoje, seria massagista de hotéis de 5 estrelas.
Esgalhado por Joca à(s) 23:29 5 comentários
14 novembro 2006
Ah e tal...
Respondendo a alguns comentários entretanto aqui deixados:
Improviso – Já expliquei em cima o que aquela apresentação teve de improviso. Com certeza foi tudo bem mais improvisado que alguns discursos de improviso que ouvimos;
Zé Diogo – Perguntarem se está mais magro… Que raio de pergunta. Nunca o tinha visto (pessoalmente) mais gordo! (expressão popular a que não acho particular piada, mas que aqui se enquadra literalmente);
Troca de equipamentos – Sim. A ideia foi essa! E assumo, com algum orgulho, que foi nossa. Achamos que também deveria ser assim na Assembleia da Republica e nos jogos femininos de voleibol. Troquei casaco, gravata, cinto e os sapatos com o Zé Diogo. Infelizmente o sapato dele não me coube, apesar de ser do mesmo número. Problema de forma. Ainda propus a troca de calças e cuecas, mas não tive parceiros. Atitude simpática teve o Tiago Dores que nos camarins, ofereceu-me a t-shirt dos gato fedorento que ele trazia vestida. Eu vesti-a e assim mergulhei na noite de Lisboa. O suor dele deu sorte! Eram só gajas de Ermesinde atrás de mim! (esta parte é exagero… lembro-me só do Miúdo e do Tomi);
Podem ver aqui a t-shirt usada e suada do Tiago Dores já no meu corpinho, bem como a descomunal estatura do Ricardo. Um enorme talento, essa é que é essa...
Esgalhado por Joca à(s) 23:33 3 comentários
Agradecimentos
Esgalhado por Miúdo à(s) 23:20 4 comentários
13 novembro 2006
É amanhã
Esgalhado por Joca à(s) 20:35 6 comentários
12 novembro 2006
Le chat
1º) Não sabíamos bem o que fazer. Aliás, nem bem nem mal, como tal deixaríamos para a altura decidir o que iríamos fazer;
2º) Nós gostamos deles e eles de nós, o que não iria significar necessariamente que este seria um encontro colorido;
3º) Concluímos com toda a humildade, que este encontro reuniria o melhor do que se faz em Portugal, no humor e na música, não sabendo nem nós, nem eles, qual das áreas cabe a cada grupo;
4º) Dia onze, dia da gravação, é dia de São Martinho e como tal o tempo deveria estar bom;
Assim ontem lá fomos A1 abaixo, cantando e rindo! Eram 17h30m, conforme estava combinado, e estávamos na Cinemate prontos para os ensaios. Depois foi todo um árduo trabalho só ao alcance dos melhores profissionais. À noite, e depois de um jantar num requintado tasco da capital, gravámos aquilo que hoje será transmitido. E para já mais não digo, até porque nem eu estou certo do que fizemos ontem à noite. Espero esta noite para ver…
Há muitos anos que não se via em Portugal um conjunto tão grande de estrelas reunidas no mesmo palco. Nem na festa dos 20 anos da Rádio Regional de Arouca se conseguiu tal feito.
Esgalhado por Joca à(s) 19:31 11 comentários
11 novembro 2006
Press-release
Joca - estou a vestir-me. Amanhã terão a minha avaliação rigorosa sobre este momento. Que Deus nos abençoe.
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:10 1 comentários
10 novembro 2006
O (in)esperado acontece
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:10 1 comentários
09 novembro 2006
Um dia cinzento
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:43 3 comentários
08 novembro 2006
Balada da Aleijadinha - futuro Hit
Fiquem com a Balada da Aleijadinha. (parte dela, claro... não da aleijadinha, mas sim da música)
Veio de muito longe
De uma aldeia lá de cima
Foi prós têxteis trabalhar
Era Deolinda, uma menina.
Num dia muito triste
Malhas que o Diabo teceu
Sobre a infeliz mocinha
Uma desgraça se abateu
O peso de um fardo de roupa
Nas frágeis costas trazia
Quando caiu nas escadas
E fracturou a coluna e a bacia.
(Isto continua... e não melhora! O resto ficará para um dos próximos concertos)
Esgalhado por Miúdo à(s) 23:05 3 comentários
07 novembro 2006
Questões de estética
Esgalhado por Joca à(s) 23:26 2 comentários
06 novembro 2006
Errata
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:53 1 comentários
05 novembro 2006
Partidas inocentes
É esta nefasta influência que quantas vezes molda a minha conduta. Fora deste antro de víboras, sou exemplo notável para qualquer filho da burguesia. Bem dizia a minha mãe para me afastar das más companhias.
Tudo isto para, se possível, justificar o meu comportamento numa noite de fim de Abril, faz já nove anos.
Estávamos nas gravações finais do Mappa do Coração. Lá dentro estava o Tomi a cantar e nós observando-o do lado de fora do aquário. Nessa altura a moda era o beep que substituía o telemóvel com vantagem, para quem não queria gastar muito dinheiro. Nas Vozes beepava-se sem pudor e o telemóvel ficava só para o Vilhas e para mim. Que raio de ideia me havia de passsar pela cabeça naquela altura? Mandar um beep para o Tomi, é claro. Só que não podia ser uma mensagem qualquer. Teria que ser algo que o desassossegasse verdadeiramente. E nada melhor do que uma mensagem alarmista para um individuo que estava para ser pai pela primeira vez por esses dias. Olho para ele do outro lado do vidro, pego no telemóvel e mando a seguinte mensagem: “A Sofia já está cá fora. Vem para casa. Beijinhos” e assinei com o nome da mulher do meu colega. Depois ficámos todos a observar do lado de fora. O acto do nosso amigo sacar do bolso o aparelho, ler a mensagem e a saída em presto cá para fora. Depois aproximou-se e muito titubeante pediu-me o telemóvel. Enquanto isso nós, com a cara mais inocente, íamos acompanhando cada gesto seu. A verdade é que ele estava tão desnorteado que não conseguiu marcar o número de casa. Nessa altura eu, cão, perguntei-lhe o que se passava e ele não foi capaz de dizer muito: apontava para o beep e pediu-me para lhe ligar para casa que não estava a conseguir. E tremia muito. Aí não me contive. Desatei a rir, seguido pelos outros, e o Tomi readquiriu a cor normal. Percebeu logo que tinham sido os seus queridos colegas, em mais uma brincadeirazinha inocente.
Tomi, não que adiante muito nesta altura, mas mais uma vez desculpa. Por esta e por todas as outras… ainda assim não prometo que tenham acabado.
Instalação para pessoa e tripés. "O menino que não se tinha de pé". António Miguel, Abril de 97. Estúdios Rangel.
Esgalhado por Joca à(s) 20:51 1 comentários
XX FITU
Nos dias 20 e 21 de Outubro, decorreu no Coliseu do Porto o XX FITU (Festival Internacional de Tunas Universitárias). Eu lá estive, e com muito gosto, a convite do Orfeão Universitário do Porto a assistir e no fim a avaliar a participação das tunas a concurso. Não vou aqui fazer uma descrição aturada das noites. Sublinho apenas o saudável espírito académico do público e das tunas participantes. Apesar de este ano, no que diz respeito às tunas a concurso, o nível musical ter sido mais pobre do que em anos anteriores, conseguiram fazer um bom espectáculo académico. De salientar, a prenda oferecida aos espectadores de uma pequena orquestra a acompanhar a tuna universitária, a participação da tuna dos antigos orfeonistas e claro, os grandes Jograis.
Bem hajam todos os presentes e em particular o Orfeão Universitário do Porto (saliento claro o meu amigo Gustavo Nascimento e o digníssimo maestro António Sérgio, bem como todos os outros colegas de Júri). Parabéns!
Esgalhado por Tomi à(s) 13:03 0 comentários
País de Navegar
Em finais de 2000 fomos convidados a realizar um concerto todo pensado à volta do título do Museu. Fizemos textos, músicas, pensámos em cenários, criámos um guião. Depois achámos que seria interessante faze-lo com uma instrumentação pouco usual: flauta, clarinete, violoncelo, acordeão e percussões além é claro das cinco vozes.
Este tema, que originalmente se chamava “país de navegar” mas que acabou por ser registado com o nome “voo no dorso do meu rato”, é dedicado à Internet. Por isso mesmo é a mais pop das músicas deste espectáculo, que no início de 2002 teve edição discográfica.
Foi para mim um misto incrível de sensações reencontrar esta gravação. Por um lado achava que a única cópia que havia deste concerto de inauguração tinha desaparecido aquando do roubo do carro do miúdo. E foi uma enorme surpresa quando vi na caixa escrito “alfândega”. Por outro foi recordar toda a montagem deste espectáculo com os músicos: o Quim, o Moreira Jorge, o João Costa, o Nuno Silva e o Manoel Santiestebán. Mas acima de tudo, lembrar-me do nosso amigo e técnico de som que fez esta gravação e que uns meses mais tarde, depois do nosso concerto de Ovar (impossível esquecê-lo), trocou-nos por um coro celestial de anjos bem mais afinados e disciplinados do que nós. Não tenho dúvidas que um dia também lá vamos cantar. Enquanto isso não acontece, vamo-nos relembrando desses tempos. Mas às vezes, dá um raio de um nó…
Esgalhado por Joca à(s) 00:35 4 comentários
04 novembro 2006
Mulheres
Assim, tal como a perfeição divina, temos 3 mulheres que habitualmente trabalham connosco. A nossa Santíssima Trindade é composta pela competentíssima Cristina (é vê-la aqui no jantar de Natal da empresa, onde a obrigámos a comer num restaurante nepalês e a fumar um cubano), que é a nossa sócia, que trata da nossa vidinha de papéis, de contactos, de contratos e que nos atura as manias de artista, a profissionalissima Inês (que aqui aparece ao lado do Lobo Mau, em plena marginal de Ponta Delgada) que é nossa técnica de som, que se preocupa muito connosco (apesar de às vezes se referir a mim como o porco do Prendas, sei que é por carinho) e que igualmente atura as nossas manias de artista e a habilitadíssima Diana (em plena tertúlia de fim de jantar) que é uma excelente fotógrafa, que tem as melhores fotos do quinteto e que tem-nos aturado... manias de artista. Com elas, tudo parece mais fácil. Com elas, até somos mais civilizados. Por isso e por tudo mais, obrigado por estarem connosco. Fiquem por cá, que vale a pena! Já agora, não são todas lindas?
Esgalhado por Joca à(s) 19:48 2 comentários
03 novembro 2006
Questões de linguagem
Era pequeno, talvez 8, 9 anos, e estava com a minha mãe numa loja, quando ouvi uma senhora a dizer que tinha apanhado um bilros. Um bilros muito forte. Troco olhares com a minha mãe e mordi-me todo para não me rir. Ainda hoje no seio familiar, quando estou meio gripado, refiro-me ao bilros. Sim, porque não há Inverno em que o bilros não se aloje em mim. Outra recordação de infância passa por uma conversa didáctica com um jardineiro camarário. Eu, na melhor tradição clássica, gostava de coleccionar saberes e dessa vez tentava perceber quantas vezes se devia regar uma planta. Ele então explicou-me que há plantas mais sedentárias que outras. E as sedentárias precisam de muita água. Já os cactos não (serão nómadas? pergunto-vos eu).
Anos mais tarde, já adulto, confrontei-me com expressões dramáticas como “fazer um taco à queluna”, “ter um filho suficiente”, ou um irmão “toxodepente”. Há ainda o caso do outro irmão que morreu de “rebordosa”. Depois há quem sofra das engivas ou quem tenha problemas no diódeno. Quem gumite o almoço por má dingestão (mistura simpática de digestão com congestão). E há ainda quem sofra das hemorródias (sofrimento diário, como se infere da palavra). A medicina fornece um manancial de novas expressões que não se encerram por aqui. Noutra vertente, uma das mais deliciosas que ouvi foi no autocarro onde uma senhora pergunta à vizinha se “o baso que pus à entrada do prédio estroba?” “Não estroba nada” respondeu a outra. Qual estrobar, qual quê!
Uma amiga psicóloga sabendo deste meu fascínio linguístico passou-me duas expressões geniais. Uma delas foi uma mãe que lhe pediu para abrir as cédulas da filha (gesticulando à volta da cabeça) porque a menina tinha dificuldades de aprendizagem. Já uma outra estava com problemas porque tinha tido um esgoto cerebral.
Nisto também há clássicos nacionais. O há-des ver, por exemplo. E a conjugação da segunda pessoa singular. O fostes, o tivestes, o entrastes e o saístes entre tantos outros.
Para terminar repito a última, arquivada há uma semana. Andava eu de carrinho na rua com um dos herdeiros, quando ele desata a chorar. O motivo é o de sempre. Viu alguém a comer. Não fosse meu filho e parecido comigo, diria que é um aspirador. Perante o choro da fome, aproxima-se uma anciã que pergunta “o que é meu menino?”. Eu lá esclareço a senhora e ela diz-me: “tenho um netinho tal e qual! Sabe o que são meu senhor? Uns alarmes, uns alarmes!!”. E alarmado fiquei, para o resto da vida…
Esgalhado por Joca à(s) 23:38 3 comentários
Quando morrer quero ser...
Esgalhado por Jony à(s) 10:23 2 comentários
02 novembro 2006
Concerto Fnac Gaiashopping
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:39 1 comentários
Questões de segurança
O problema é quando o polícia acerta! Aí já não é a insegurança que preocupa, é a pontaria e a formação do senhor agente. Há umas semanas um senhor guarda, aqui do Norte, durante uma perseguição de carro, atirou quatro vezes. Conseguiu acertar duas! Tudo lhe caiu em cima e descobriu-se que afinal o homem não tinha tido formação adequada. Digo eu, pois não, nem precisa. Este tipo devia ser o formador! Um indivíduo que de carro, a alta velocidade dá quatro tiros e acerta dois devia ter direito a reconhecimento público, participação nas próximas olimpíadas na classe de fosso olímpico, medalha no 10 de Junho e nome de rua na terra natal.
O problema é o outro lado. O alvejado. É pena, de facto, até porque o alvejado antes de o ser era assaltante, criminoso, prevaricador. Depois de o ser passa a ser jovem (tem de ser pronunciado devagar)! Pelo menos em todos os noticiários da TVI e alguns da SIC assim o chamam. Depois, e com honras sempre de abertura, ficámos a conhecer toda a vida do jovem, a sua família, a namorada e até que o carro que levava era roubado, mas que nem era normal faze-lo. Ficamos todos com pena do jovem e a família fica com mais tempo de antena que os 15 minutos do Warhol. Ao fim e ao cabo a culpa é da polícia que nem devia andar armada!
Por isso, conduzia eu sossegado por uma rua de Matosinhos, quando vi este revolucionário método de segurança: “Senhores ladrões. Aqui não há máquinas. Levamos para casa” e um enorme ponto de interrogação. Até voltei para trás para tirar a foto e partilhar isto com a blogosfera.
Banqueiros, industriais, ourives, vede este exemplo e segui-o. Levai sempre tudo para casa!
Esgalhado por Joca à(s) 00:21 4 comentários
01 novembro 2006
Rimbaud da savana
Obscur et froncé comme un oeillet violet
Des filaments pareils à des larmes de lait
Esgalhado por Joca à(s) 15:41 0 comentários
Etiquetas: Aniversários