Há neste grupo quem defenda o uso obrigatório deste equipamento sanitário. Há quem o considere de importância menor, e como tal, podem imaginar o tipo de argumentação que é usado para defesa da sua dama… quer dizer, da sua opinião, não vá a imagem causar confusão nas vossas mentes.
Como disse, repito a história: as nossas duas passagens por Macau (1996, 2001) ficam marcadas de forma indelével pela ausência de bidés nos quartos. Falo-vos de uma opção clara dos asiáticos, pois tratavam-se de hotéis com mais estrelas que o plantel do meu Benfica. Em vez de seguirem os bons hábitos que os lusos para lá levaram, foram pelo caminho dos americanos com a ausência do bidé. Ao invés, têm umas sanitas que parecem réplicas caseiras dos lagos suíços: água até ao rebordo, sem termos percebido a verdadeira utilidade de tal. Ainda sugeri que podia eventualmente ser útil para lavar a cara aos pequenos, mas ninguém me acompanhou neste raciocínio.
Eu, que ocupo a barricada dos que vivem sem água, sem luz, sem comer até, mas nunca sem bidé, sobrevivi a estas duas viagens, que somando os dias todos, dão mais de 3 semanas.
Na nossa também aqui já falada passagem pela rádio, não deixámos de cantar a nossa revolta, e assim fizemos este “Falta-me um bidé”, sobre um êxito disco de Patrick Hernandez (Born to be alive). É este momento maior da rádio portuguesa, talvez só ombreando com os comunicados do MFA transmitidos do posto de comando do Rádio Clube Português, que aqui vos deixo, como que antecipando o Dia Mundial da Música. Chamo a particular atenção para a incrustação final inspirada no grupo de cantares de Manhouce. É a cereja no topo do bolo. É isto que faz de nós, modéstia à parte, os maiores!
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