Volto hoje às histórias da memória, talvez por ter passado o dia a ouvir o novo disco do Caetano Veloso. O trânsito possibilita-nos experiências destas. Antes de tudo o novo disco: o homem surpreende sempre. Goste-se ou não. Cada disco que sai mostra uma face diferente. Desta vez juntou-se ao filho e seus amigos e fez um disco bem mais pesado que os anteriores. Depois continua a ser um provocador e gozador (basta ouvir o porquê?). E no meio de algum surrealismo há sempre lugar às boas letras, às ideias verdadeiramente originais.
Mas, recuando no tempo, em 2000 quando ele veio ao Porto pela enésima vez, estivemos no Coliseu e no fim encontrámo-nos com ele. A coisa estava previamente programada pela direcção do Coliseu e justificava-se porque três anos antes tínhamos gravado o Leãozinho. Lá subimos aos camarins no fim do concerto, com o Mappa do Coração debaixo do braço para lhe oferecer, e entrámos num ambiente… tropical. Mal chegámos, o Caetano saiu do camarim e para mim foi a surpresa. Aquele que estava à minha frente era bem mais frágil e bem mais pequeno do que o monstro enérgico que tinha acabado de ver em palco. Estava exausto o homem. Dava para perceber isso. A conversa não foi longa, nem podia. Dissemos quem éramos, o que fazíamos, o que tínhamos gravado e ele ia variando entre o “que bom”, “legal” e “ai sim?”. Dele pouco se falou, apenas do concerto. Diria que ele estava zen. Chegámos ao ponto em que se diz “vamos embora” e mais uma vez (tal como com o Robert Plant) nem foto, nem filme. No entanto não quis sair sem um recuerdo, só que também não tinha levado sequer um disco do homem para ele autografar. O recurso foi mesmo rasgar umas folhas já vencidas de uma agenda do Tomi. E assim guardo o autógrafo do baiano. É aliás o único que tenho.
Mas, recuando no tempo, em 2000 quando ele veio ao Porto pela enésima vez, estivemos no Coliseu e no fim encontrámo-nos com ele. A coisa estava previamente programada pela direcção do Coliseu e justificava-se porque três anos antes tínhamos gravado o Leãozinho. Lá subimos aos camarins no fim do concerto, com o Mappa do Coração debaixo do braço para lhe oferecer, e entrámos num ambiente… tropical. Mal chegámos, o Caetano saiu do camarim e para mim foi a surpresa. Aquele que estava à minha frente era bem mais frágil e bem mais pequeno do que o monstro enérgico que tinha acabado de ver em palco. Estava exausto o homem. Dava para perceber isso. A conversa não foi longa, nem podia. Dissemos quem éramos, o que fazíamos, o que tínhamos gravado e ele ia variando entre o “que bom”, “legal” e “ai sim?”. Dele pouco se falou, apenas do concerto. Diria que ele estava zen. Chegámos ao ponto em que se diz “vamos embora” e mais uma vez (tal como com o Robert Plant) nem foto, nem filme. No entanto não quis sair sem um recuerdo, só que também não tinha levado sequer um disco do homem para ele autografar. O recurso foi mesmo rasgar umas folhas já vencidas de uma agenda do Tomi. E assim guardo o autógrafo do baiano. É aliás o único que tenho.
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