O trânsito matinal ajuda-me a mexer nas memórias enquanto tartarugamente me arrasto pela VCI. Hoje dei comigo a pensar que exactamente há 10 anos estava longe das filas intermináveis, longe desta chuva e deste vento e longe dos tipos que à minha frente iam dando uns toques para atrasar ainda mais o tráfego e poderem usar aqueles ridículos coletes verdes com o fatinho e a gravata a espreitarem por baixo.
Foi nos últimos 15 dias de Outubro de 1996 que estivemos pela primeira vez em Macau. Foi aliás a nossa primeira grande viagem. Já fiz aqui uma referência a esta nossa cruzada. Muita expectativa, muita animação, muito jet lag, noites que eram dias e dias que continuavam a ser dias. Disse o Jony na altura, que não precisava dormir muito, porque os colchões eram muito bons. Fiquei com essa na cabeça e até hoje não percebo bem o que quis dizer. A verdade é que andávamos sempre juntos (valendo-nos na altura um epíteto muito bonito por parte do Rui Veloso, mas que não vou aqui escrever) passeando de noite e dia, vendo tudo que havia para ver, visitando tudo que havia para visitar. Não perdemos a chance de entrar na China, nem de fazer compras em Hong-Kong.
Temos dezenas de histórias. Se calhar até centenas. A que vou contar agora, passou-se comigo, com mais gente das Vozes (não consigo lembrar-me quem, provavelmente todos) e com o Carlos Guerreiro dos Gaiteiros de Lisboa.
Os chineses têm a mania de vender comida nas esquinas das ruas. Fazem lá umas viandas que nenhum ocidental sabe o que é, e vendem a quem as quiser comer. Estávamos parados à espera do verde para os peões e lá está nessa esquina um chinês a preparar um cozinhado com uma cor esverdeada e aos nossos olhos pouco saudável. O odor era o típico cheiro a molho de soja. Bem mais saudável foi o verde do semáforo quando abriu e pudemos abandonar aquela improvisada cozinha de rua. Íamos a atravessar quando o Carlos grita para nós: “estes gajos comem cada merda!”. Mais à frente um chinês, dos poucos que articula umas palavras em português, entre duas dentadas no preparado alimentar que tinha acabado de comprar elucida-nos: “Non é melda! É galinha!”
Nunca tentar perceber o que se vai comer! Técnica usada por nós: apontar para os caracteres que pareciam mais afáveis. Depois é sempre uma agradável surpresa. Foi nos últimos 15 dias de Outubro de 1996 que estivemos pela primeira vez em Macau. Foi aliás a nossa primeira grande viagem. Já fiz aqui uma referência a esta nossa cruzada. Muita expectativa, muita animação, muito jet lag, noites que eram dias e dias que continuavam a ser dias. Disse o Jony na altura, que não precisava dormir muito, porque os colchões eram muito bons. Fiquei com essa na cabeça e até hoje não percebo bem o que quis dizer. A verdade é que andávamos sempre juntos (valendo-nos na altura um epíteto muito bonito por parte do Rui Veloso, mas que não vou aqui escrever) passeando de noite e dia, vendo tudo que havia para ver, visitando tudo que havia para visitar. Não perdemos a chance de entrar na China, nem de fazer compras em Hong-Kong.
Temos dezenas de histórias. Se calhar até centenas. A que vou contar agora, passou-se comigo, com mais gente das Vozes (não consigo lembrar-me quem, provavelmente todos) e com o Carlos Guerreiro dos Gaiteiros de Lisboa.
Os chineses têm a mania de vender comida nas esquinas das ruas. Fazem lá umas viandas que nenhum ocidental sabe o que é, e vendem a quem as quiser comer. Estávamos parados à espera do verde para os peões e lá está nessa esquina um chinês a preparar um cozinhado com uma cor esverdeada e aos nossos olhos pouco saudável. O odor era o típico cheiro a molho de soja. Bem mais saudável foi o verde do semáforo quando abriu e pudemos abandonar aquela improvisada cozinha de rua. Íamos a atravessar quando o Carlos grita para nós: “estes gajos comem cada merda!”. Mais à frente um chinês, dos poucos que articula umas palavras em português, entre duas dentadas no preparado alimentar que tinha acabado de comprar elucida-nos: “Non é melda! É galinha!”
Para que não se julgue que não houve trabalho. Cá estão os senhores em pleno ensaio de som antes do concerto (que gostava de dizer o nome da sala mas o Alzheimer hoje está muito meu amigo).
3 comentários:
Atrasada, sim... mas não podia deixar de vir agradecer a simpática visita que fizeram ao A Vida Imaginada. :)
Parabéns pelo blog, já por aqui estive a divertir-me com os vossos vídeos!
Macau também faz parte das minhas memórias (neste caso, da infância mais recuada). Foi uma experiência mágica para uma menina de cinco anos a quem tudo parece fantástico e exótico.. mesmo as 16 horas num Jumbo da Lufthanza. E sim.. até mesmo o jet lag. :)
Boa sorte e até breve,
A.
Aposto que o Rui Veloso vos chamava manos c*lhõ**!
(olha, no blog porcalhoto não aparecem estes asteriscos)
Bingo São! Era isso mesmo o nosso amigo Gaudêncio disse: "andam sempre juntos com'ós c****!" E ficamos a ser conhecidos como os c***** da rádio. É de homem há que dize-lo!
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