Chamo a atenção para o discurso inicial onde refiro o problema das ilegais. Também já aqui escrevi sobre isso, porque me inquieta, mexe comigo. E em três anos não mudei a retórica. A isto chama-se coerência!
31 dezembro 2006
Previsões para 2004 - Joca
Chamo a atenção para o discurso inicial onde refiro o problema das ilegais. Também já aqui escrevi sobre isso, porque me inquieta, mexe comigo. E em três anos não mudei a retórica. A isto chama-se coerência!
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Previsões para 2004 - Miúdo
Um dia o Miúdo guardou a bola e nunca mais nos deixou jogar com ela. Foi uma pena, até porque para a história fica um fim de noite, depois de um concerto, em que alguém que nós conhecemos, com alguma credulidade, perguntou à bola se a filha iria ser feliz no casamento. A bola disse NO. A verdade é que se concretizou a profecia.
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Previsões para 2004 - Vilhas
As primeiras previsões ficaram a cargo do Rui Vilhena, o nosso Vilhas. E se fizermos agora o balanço, podemos atribuir ao nosso Prof. Caramba das Vozes, uma taxa de sucesso bem superior àquela que a Maya ou mesmo o saudoso Zandinga costumam ter (presumo que o Zandinga já não tenha). Senão vejamos: o Porto campeão europeu em 2004… e não é que foi? Portugal na final do Euro com a subtileza por parte do Rui de não dizer quem iria ser o vencedor… e não é que bate certo?
Pois é amigos, que se cuidem os tarólogos, as ciberbruxas, os videntes das estrelas e os professores feiticeiros, que num grupo a cappella há gente com poderes bem mais fortes que eles todos juntos.
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30 dezembro 2006
Todos os nomes
Uma das técnicas que mais me fascina na invenção de marcas é aquilo que em música chamamos de retrógrado. Ainda pequeno, vi uma publicidade aos cofres Zamot. Nome sem significado e até muito pouco musical. Mas lendo ao contrário, descobri que o senhor da iluminada ideia se chama Tomáz! A partir daqui abriu-se um mundo novo para deslindar os enigmas que se escondem em nomes de lojas, marcas e até mesmo em nomes artísticos de ilusionistas (felizmente o nosso amigo Luís de Matos não foi por aqui. Seria horrível conhecê-lo por Siul ed Sotam). Assim, em Castanheiro do Ouro, para os lados de Lamego, passei por uma fábrica de camisas Rotiv que é do senhor Vítor, aqui no Porto são conhecidas as cozinhas Osnofa que pertencem ao senhor Afonso e nas estradas rolam autocarros com letras gordas “Viagens Solrac” que obviamente são pertença do senhor Carlos. Devo dizer que mais depressa viajava numa AVIC sem embraiagem e travões do que numa Solrac zero quilómetros. Solrac não inspira confiança a ninguém…
Numa estrada secundária para os lados de Paredes dei de caras com uma placa Assievom. Outro enigma, outro exercício mental. Na curva à frente tinha matado a charada: Móveis Sá. Um Sá destes merecia ser Gomes para ter um bacalhau em sua honra. Mas a mais fantástica utilização da técnica de retrógrado estava à vista de todos na Rua da Constituição, quem chega ao Marquês, em frente ao Gato Verde e Arpoador (quem é do burgo sabe onde é). Café ALEUZENEV. Podia ser um nome eslavo, podia, mas há 20 anos atrás não havia emigração de leste. Podia até ser um nome ditado por um proprietário com necessidades de terapia da fala e escrito sem correcção pelo notário, podia… mas não: técnica de retrógrado e lá temos Venezuela!
Venezuela é um daqueles sítios para onde não se vai. É um sítio onde se cai. É quando já não há Europa civilizada para ir, nem Estados Unidos menos civilizados que nos alberguem. É quando da Austrália já não nos dão visto e nem sequer há vagas nos voos da Varig para o Brasil. É quando se entra já na zona abaixo da linha de água e ficam as sobras. É tão mau que Deus depois de o fazer, de o ter destinado a falar castelhano e de ter programado para ter o Sr. Chavez como presidente, resolveu compensá-los com umas jazidas de petróleo para não ser acusado de parcial.
Por isso compreendo o nome e a necessidade de o ocultar tão bem. Mas convenhamos que marcar um encontro no aleuzenev e dizer o nome do café a um amigo é uma tarefa hercúlea. Quase impossível.Ou como diria o nosso querido Vilhas perante tal situação: !es-adof
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28 dezembro 2006
A banana
Olá.
Depois de ausência prolongada, volto a este ninho.
Saúdo os meus colegas Joca e Miúdo por sagazmente e contra tudo e todos, paulatinamente, terem feito deste blog, uma referência nacional. Agradeço as centenas de comments, a expressarem a falta da faceta poética deste blog, anteriormente liderada por mim.
No entanto, hoje não irei postar um poema. Lembrei-me do P.U.N.-Projecto de Unidade Nacional. Intervenientes: Vozes da Rádio e Gaiteiros de Lisboa. Concerto histórico ocorrido no badalado Rivoli, em que para além da excelente música, foram denunciados vários assuntos polémicos da actualidade de então. Um dos quais o fiambrino. A qualidade deste. O sabor deste. A côr deste. O cheiro deste. O...
Actualmente a sociedade defronta-se com problema semelhante, com um sujeito diferente: A BANANA.
Fui alertado para este facto por um especialista que pediu o anonimato com medo de represálias. O comum dos mortais não faz ideia do que é o universo da banana. Parece que as bananas são todas iguais, que só varia o tamanho, se está verde ou madura, mas não. Temos que estar muito atentos ao comprar bananas, por isso, tentarei levantar apenas a ponta do véu, do mundo misterioso da banana.
Marcas de banana encontradas no mercado:
-Dolar
-Bonita
-Del Monte
-Chiquita
-Exelban
-Goldfinger
-Adria
-Bouba
-Pinalinda, mais conhecida por banana grande
-Martinique, conhecida por francesa ou banana dos pobres
-Flanbo
-Gipan
-Cipan
-Guadalupe
-Favorita
Nunca consumir a dos pobres que chega em mau estado.
Dentro destas marcas existem duas qualidades: 1ª extra, 2ªpremium (como nos automóveis).
Melhor banana:
Marca Canárias com 3 qualidades, acrescenta a 3ªsuper extra.
E ainda a banana da Madeira que é a melhor de todas, sendo apenas ultrapassada pela super extra das Canárias.
Há que ter cuidado com a banana francesa, há que consumir banana da Madeira.
Já diz o ditado, "mais vale pequena e trabalhadeira, do que grande e preguiçosa".
Esgalhado por Jony à(s) 23:29 2 comentários
26 dezembro 2006
Distinção
Apesar de mais republicanos que monárquicos, mais democratas que oligarcas, aceitamos de coração aberto o título de Duques do Porto com que fomos presenteados. Toda e qualquer comenda é sempre recebida com satisfação por estes cantores a vozes, sobretudo se der para derreter e trocar por psicotrópicos.
Com menos de 4 meses este espaço de opinião, promoção gratuita e imbecilidade colectiva começa a mostrar-se e a ser reconhecido pelos seus frequentadores.
A todos o nosso muito obrigado e um feliz 2007!
Esgalhado por Joca à(s) 12:54 1 comentários
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24 dezembro 2006
À espera do Natal II
O original “À espera do Natal” tem pouco mais de um mês, o que significa que ainda está verde nas nossas leves cabecinhas. Daí que, enquanto se montam luzes, microfones, colunas, se faz o som e se acertam níveis, aproveitemos para ir exercitando a canção.
O que aqui se vê passou-se em Viseu, na última quarta-feira, durante os ensaios da tarde. São 3 momentos diferentes para a mesma música. Chamo a atenção para 2 particularidades: a técnica hand in hand, que usamos com a handicam, fazendo-a circular enquanto cantávamos. Outra, está mesmo no finalzinho, e que é uma constante de há uns anos a esta parte. O Miúdo gosta de cantar um êxito do momento (que curiosamente já tem alguns anos) sempre bem perto de mim, porque sabe que não acho grande piada à música. Uma estranha forma de mostrar a sua amizade por mim, talvez.
Quanto ao Natal… ele aí vem a caminho. Chega hoje. A espera acabou. Vamos pois recebê-lo de braços abertos. Um Feliz Natal para todos!
Esgalhado por Joca à(s) 00:57 2 comentários
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23 dezembro 2006
Compras de Natal
Loja Russos! Lindo, não há que enganar. Podem até comprar o jornal desportivo lá da terra. Há lá melhor prenda neste Natal. Bom haver há... o nosso disco, mas esse já todos têm.
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Elf yourself a merry little christmas
O natal consegue pôr o incauto cidadão assim!
Elfem-se também, e partilhem connosco a vossa figurinha. Feliz Natal para todos vós.
Esgalhado por Miúdo à(s) 19:01 1 comentários
22 dezembro 2006
No regresso de Viseu
Como com certeza foram seguindo aqui no blog, estivemos na passada quarta-feira em Viseu a cantar o Natal, e não só. O concerto foi na aula magna do Instituto Politécnico e foi uma excelente noite, pelo menos para nós. Divertimo-nos, que é sempre o mais importante.
O Instituto tem uma televisão online que fez uma reportagem com os Senhores e filmou duas cançonetas. Podem ver-nos em www.ipv.pt/vtv ou ainda podem ler a crónica no blog www.politecnicodeviseu.blogspot.com.
Entretanto vou sair. Vou fazer umas comprinhas de Natal. Façam o mesmo e não se esqueçam do disco surpresa deste Natal!
O frio foi completamente dominado com o Dão servido durante o jantar. À saída do restaurante deparámo-nos com estes dois indigentes que nos cantaram as Janeiras. A troco de 1 moeda de 50 cents e uns cigarritos deixaram-nos em paz!
Esgalhado por Joca à(s) 09:28 3 comentários
20 dezembro 2006
Memórias do Natal V
Mas não. São portugueses mesmo no fim dos 90 com extrema necessidade de mudar de guarda-roupa.
Quanto à música, é mais um clássico de Natal que anos mais tarde seria gravado no disco Natal, já sem o Mário Alves, mas com o Miúdo em grande forma.
Resta ainda acrescentar que este foi um programa de Natal gravado em Miramar, ou na Granja aqui perto do Porto. Lembro-me que teve como apresentador o sr. Goucha e como convidado entre outros, o Quim Barreiros. Foi transmitido a 24 de Dezembro à noite, o dia em que não se liga a televisão à hora de jantar. Ainda bem!
Esgalhado por Joca à(s) 01:11 5 comentários
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19 dezembro 2006
Encontro histórico
Depois, em 2001, nós, a Manuela, o Veloso, o Reininho e o Godinho fizemos o grand finale do Porto Cantado com o “Sim, soue um gaijo do Porto”, hino de todo o bem-nascido aqui no burgo: “sim, sou um gaijo do Porto / olha a grande nobidade / represento, bibo ou morto / o mau jeito da cidade”.
No domingo, dia 10, deu-se o nosso encontro histórico no estúdio The vault em Matosinhos. Fomos gravar no novo disco dos Trabalhadores do Comércio, o primeiro do século XXI, e com título Ebuloçom.
Mais do que poder cantar em Nortuguês e trocar os vês pelos bês, foi para mim um voltar aos 80s e à minha adolescência, e recordar os amigos, os colegas, os freaks, os passados, os punks, os flipados e os ganzados do Marquês, da Constituição, da Filipa, do Ofir e do Cenáculo.
Gravámos umas vozes de classe, melhores que as dos outros gaijos do Norte de Inglaterra. Aquilo tá melhor que o Dear Prudence! E mais ainda, tivemos que repetir um take, não por estar desafinado, mas porque algum traidor pronunciou salvar em vez de salbar! Biba os Trabalhadores do Comércio!
Final da sessão. Da esquerda para a direita como no futebol: Jony, Serjão, eu, Miúdo, Tomi e Jorge Filipe. Por motivos óbvios o Vilhas não está presente. Este é um trabalho só para gaijos do Porto. Ah! o miúdo deles, o João, esteve no estúdio mas à hora da foto já tinha bazado!
Esgalhado por Joca à(s) 21:32 3 comentários
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18 dezembro 2006
Próximos concertos de Natal
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17 dezembro 2006
Memórias do Natal IV
Esgalhado por Joca à(s) 18:43 5 comentários
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Última hora
Esgalhado por Miúdo à(s) 08:47 3 comentários
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16 dezembro 2006
Disco de Natal
Respondendo a perguntas feitas quer aqui no blog, quer para o mail da página das Vozes da Rádio geral@vdr.com.pt, informa-se que o disco Natal, reedição 2006, encontra-se disponivel nas lojas Fnac do Grande Porto (Gaiashopping, Santa Catarina e Norteshopping), ou ainda através de envio à cobrança. Mais informações através do mail bezidroglio@gmail.com.
Esgalhado por Miúdo à(s) 15:34 3 comentários
15 dezembro 2006
Só para relembrar
in jornal destak, essa maravilha da informação, que tanta e tão boa companhia faz a quem gosta de ler no w.c.
Esgalhado por Miúdo à(s) 17:45 3 comentários
14 dezembro 2006
Concertos
Prometemos, como de costume, animação, luz, cor (pelo menos 2 cores a julgar pela tez dos cantores do quinteto) e fantasia.
Esgalhado por Joca à(s) 00:56 5 comentários
Etiquetas: Informações
Postal de Natal
“Heresia, não te diz nada?” perguntou-me o Vilhas quando lhe mostrei esta obra de arte. Não, sinceramente não. A grande graça de ser um europeu ocidental civilizado é a de poder livremente divertir-me com a minha religião. Não é popular o ditado que diz que um “santo triste é um triste santo”? Pois eu até acredito que Ele lá em cima, também se diverte com este lindo presépio.
Entretanto e se quiserem enviar esta preciosidade a um qualquer inimigo podem ir a http://www.vdr.com.pt/ que o postal está lá para download.
Bom Natal!
Esgalhado por Joca à(s) 00:14 8 comentários
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10 dezembro 2006
Memórias do Natal III
Deste tempo resto eu. Os outros, quais Trotskis, foram sendo selectivamente apagados da fotografia. Para eles, um Feliz Natal! Ah, e para ver e rever está o Goucha e seu bigode estilo 91 e o nosso amigo Juca Magalhães quando ainda praticava basquete e apresentava programas de entretenimento. Foi mesmo há muito tempo.
Esgalhado por Joca à(s) 16:12 9 comentários
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Indignação
Este trabalho de escrever no blog transformou-me num rapaz mais atento ao mundo. Fazer um blogjob todos os dias, ou quase todos, espicaçou a minha consciência crítica e a intervenção social.
Por isso, foi com indignação que li no Público do dia 6, e ouvi na rádio, que mais dezanove cidadãs brasileiras que trabalham em casas de alterne de Trás-os-Montes, tinham sido identificadas pelo SEF como sendo ilegais, e poderão sofrer processos de expulsão do nosso país.
Estas cidadãs, que honestamente trabalham, são responsáveis pela estabilidade emocional no lar de muito construtor civil e autarca português. São o conforto de dirigentes desportivos. São o aconchego de muito capachinho e de muita unha feita na barbearia. Diria mesmo que são o esteio de muita família lusitana.
O SEF, que não sei quem é, anda constantemente a importunar quem apenas produz o amor e o bem. Em contrapartida deixa soltos, ilegalmente soltos, magotes de romenos nos semáforos. Estes ilegais que nada produzem, além do lixo que espalham junto ao seu posto de ataque, tentam-nos impingir fotocópias de orações ao Sagrado Coração de Jesus, purificadores do ar para carro ou pensos. Outras vezes riscam-nos os vidros dos carros, simulando estarem a lavá-los, sem o solicitarmos. Pior ainda, fazem o dantesco espectáculo de andarem com crianças com deficit de limpeza ao colo, e com cartazes escritos em português macarrónico.
Porque não são estes os deportados? Porque não são estes os identificados? Será que o tal de SEF não anda de carro? Será que só sai à noite e com destino a bares de alterne? Porque a minha consciência não me deixa calar, lavro aqui a minha indignação. Pronto, já está.
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09 dezembro 2006
Memórias do Natal II
Em primeiro lugar o apresentador. Sim, é ele, o Fernando Rocha. Se me contassem, mais depressa me acreditaria na participação do Pe. Vítor Melícias no júri da miss Playboy portuguesa, que na angélica apresentação do Fernando Rocha num programa de Natal. Mas eu estava lá e vi. O nosso conterrâneo deixou a rica e literária verve por cá e articulou um discurso próprio da época. Foi lindo.
Depois, se atentarem bem, há o fato que eu envergo, que não é igual aos demais. Na hora de nos vestirmos, abro o meu porta-fatos e reparo que as calças tinham ficado 300 kms a norte. Ainda propus irmos de cuecas, mas não foi acolhida com muito agrado a minha intenção. Nessa altura a Cristina Pereira, promotora da editora a quem estávamos ligados na altura, desata a bater em todos camarins a ver se alguma alma caridosa me podia valer. A solução foi rápida. O José Figueiras, outros dos apresentadores do programa, cedeu-me temporariamente o fatuncho dele e assim descobrimos que vestimos exactamente o mesmo número. A única diferença foi só a cor. Bem visto, o fato do Figueiras é castanho. Mas que me assentou bem, lá isso assentou…
Esgalhado por Joca à(s) 00:34 3 comentários
06 dezembro 2006
Momento de união
Beija-me
na mão
e ficarei
como nadar
sem pé
ps: dedico este post ao Vilhas, jovem na flor da idade e que tem sido consumido pela paixão (a julgar pela aparente perda de peso e volume)
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:58 3 comentários
05 dezembro 2006
Comezainas
Dedicado à Tuna Meliches e à atenção do nosso Miúdo
“O bem que me sabe, pelo mal que me faz”. Ouvi esta frase já várias vezes, sobretudo a pessoas mais velhas. Nunca lhe atribui grande importância até à altura das primeiras fraquezas do fígado e do estômago.
Fui educado no princípio de bem comer e bem beber. Aprendizagem lenta e consolidada em lautos almoços e jantares que continua por essa vida fora. Estou constantemente a ser alvo de avaliação continua. O prazer de uma boa refeição e de uma boa companhia é único. E em grupo, como muitas vezes fazemos, sai a inspiração para os melhores momentos musicais.
Por isso não consigo perceber uma turma que vem a crescer de modo exponencial que se nega aos gostos da carne e do peixe. Ora, o nosso Miúdo é desta seita, o que mais do que me entristecer, preocupa-me imenso. Que homem teremos amanhã? Pois ninguém sabe…
Não entendo que prazer se pode ter num jantar de tofu ou de seitan mesmo que regado com um Douro de excepção. Que raio de gozo alimentar se consegue com a soja, seja estufada, seja sob a forma de sumo ou de leite. A justificação é sempre, não o sabor (se alguém o fizesse seria nesse mesmo instante rotulado por mim de disfuncional), mas o cuidarmos do nosso corpo, da nossa saúde.
Certa vez, um primo meu, rendido às maravilhas da medicina chinesa e da cozinha alternativa tentava, em vão, convencer o meu pai à conversão. O homem, do alto dos seus 70 anos, disse: “Alex, eu não quero morrer com saúde”. Sempre a aprender contigo, velho Prendas! Mas é obvio… que interesse existe em nos entregarmos ao coveiro com uma saúde de ferro? Faz-me lembrar os vendedores de automóveis em segunda mão que dizem sempre “tem 80 mil quilómetros mas está como novo”. Quem acredita? Para quê?
Tal como o faço em relação aos carros que fui tendo, também vou usando e abusando do meu cadáver… com moderação, é claro. O mal que me vem fazendo tem compensado o bem que me sabe.
Se um dia, esticado na mesa das autopsias, estiverem a ver o que se aproveita para outro mortal, quero que concluam que o meu fígado nem para iscas, que qualquer esponja do Continente funcionaria melhor que os meus rins, que os pulmões estão negros como “os teus olhos negros, negros, são gentios da Guiné” e que, se por acaso o médico tiver que aproveitar o que vou escondendo na bolsa escrotal, diga ao infeliz que os herda que “isto está aí, mas só dá mesmo para coçar. E com cuidado, senão desfazem-se”.
A vida é mesmo para ser vivida a cores. Bem aproveitada, no limite, algumas vezes, para se tirar proveito dela, sem escorregar para o outro lado. É para comer, beber… e dar azo à imaginação! Com moderação, é claro.
Cá estão os Senhores quando foram presenteados com umas sopas do Espírito Santo, acto gentil de boa gente do Faial.
Esgalhado por Joca à(s) 23:01 6 comentários
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04 dezembro 2006
Questões
A minutos de mais um ensaio, questiono-me:
- escrevo um post mais elaborado e chego tarde ao ensaio?
- escrevo um mísero de um post e chego a horas?
- edito alguns vídeos de ensaios anteriores e nem sequer apareço lá?
Às vezes a vida consegue ser mesmo complicada...
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:42 7 comentários
03 dezembro 2006
Memórias do Natal I
O ano passado participámos no programa “Que Nadal!!” da Televisão da Galiza. O programa foi emitido na noite de Natal e a gravação ocorreu uns 3 dias antes. Passámos 2 dias de turismo cultural e religioso em Santiago de Compostela, com um salto até à Corunha. Nos intervalos gravámos o “Rudolph, the red nose reeinder” (que se pode ver aqui) e mais três excertos de canções de Natal.
Particularidades: esta é uma das últimas apresentações públicas do clarinete Prestige do Miúdo. Como aqui já foi relatado, este instrumento desapareceu misteriosamente uma noite, tendo abandonado o seu habitual local de repouso, a mala do carro do Tiago. Talvez já prenunciando o final dramático, o nosso clarinetista tem um final sem dó. Ou melhor, com dós a mais! Outra particularidade: estamos todos de cabelo curto, o que não devia acontecer desde 1995.
Bom Natal!
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02 dezembro 2006
Um lindo conto de Natal
Há 3 anos estávamos num daqueles habituais programas de Natal. Este era da tvi e julgo que se chamava “Há festa no hospital”. O local do crime foi o hospital da Estefânia em Lisboa.
Nas horas que antecederam a nossa entrada em cena, com o habitual desfile de toda a fauna e flora musical portuguesa, fomos instruídos para o seguinte: depois do playback deveríamos por um nariz de esponja e eu deveria dizer “as Vozes da Rádio apoiam a Missão Sorriso”. No entanto, o Jony tem um grande problema: é alérgico a esponja! Por isso ficou com a missão especial de mostrar para as câmaras o cd da Leopoldina. Como o cd era exemplar único naquela maratona, fomos massacrados horas a fio pelas meninas da produção e pela promotora da editora para que assim que saíssemos devolvêssemos o disquinho.
A apresentação esteve a cargo do mítico Carlos Ribeiro, também conhecido como o Júlio Isidro português, e depois do playback, lá pus eu o nariz de palhaço, e disse as palavras mágicas. O Jony, como as assistentes do Preço Certo, mostrou o disco e saímos a correr do palco.
De regresso e ao passar no posto de serviço de Santarém, Jony articula muitas palavras. Uma espécie de acto de contrição onde a frase “foi mais forte do que eu” foi repetida várias vezes, seguido de um ir ao bolso do casaco para nos dar o prazer de ouvirmos o disco da Leopoldina durante o resto da viagem. E assim foi durante algumas viagens. “Brinquedos, brinquedos, eles são a nossa maior alegria!”.
Esgalhado por Joca à(s) 16:14 3 comentários
01 dezembro 2006
Ainda a propósito do Action Man
Há alguns anos, talvez 7, talvez 8, uma pequena amiga minha e do Mário Alves pediu-nos para a ajudarmos a participar na gala dos pequenos cantores da Figueira da Foz.
Aceitámos o desafio e logo o Mário escreveu dois textos: um falava sobre animais com falas trocadas e outro era de uma ironia tremenda e falava dos brinquedos bélicos que se oferecem às criancinhas. Era a canção de embalar o action-man.
As duas tiveram destinos diferentes. A do action-man, com certeza porque poderia ferir sensibilidades ou interesses, nem apurada foi. A outra como com certeza já estarão a adivinhar ganhou o prémio para melhor música desse ano (finalmente um espacinho para a minha arrogância. A partir do momento que decidimos ajudar a nossa amiguinha ficaram a concurso apenas os prémios de consolação, certo?). Sinceramente, sempre achei a canção do action-man bem melhor do que a outra. Aliás, bem me esforço neste momento para me recordar da outra… e não sai nada.
Quando avançámos para o disco de Natal pedi ao Mário para rever a letra original do action-man e acrescentar-lhe algum Natal. Foi coisa de minutos. No mail, passado muito pouco tempo, estava a letra do action-man conforme está gravada e uma outra que nunca foi gravada, nem nunca será, sob pena de Sodoma e Gomorra voltarem a ser destruídas.
Recordando as imagens que o Miúdo colocou aqui no blog com a Sofia e o Leonardo, gostaria de vos dizer que essa foi a viagem mais limpa que fizemos a Lisboa, até hoje. O habitual impropério deu lugar à conversa civilizada. O redundante tema feminino deu lugar às cartas ao Pai Natal. Confesso que ainda tentei subverter as crianças e criar um momento de televisão único (o programa foi em directo) insistindo com elas que mudassem apenas uma letra num dos versos. Era um A por um Ó. Deveriam fazê-lo e apontar ostensivamente para o Vilhas no momento musical da troca. Onde os meninos cantam “mas eu li no teu folheto/E lá vinha escrito a preto” deveriam cantar “mas eu li no teu folheto/E lá vinha escrito ó preto”. Era uma pedrada no charco, não duvido, mas elas, crianças lindas e bem-educadas, deitaram-me olhares de reprimenda e desisti da ideia.
Esgalhado por Joca à(s) 23:08 2 comentários
Cazuza
Na segunda-feira, enquanto o Vilhas brilhou pela ausência, apareceu-nos na sala de ensaios o nosso amigo, já aqui citado, Carlos Figueiredo. O Carlos, além de ser um velho grande amigo, é também realizador dos nossos últimos vídeos “Tu lês em mim” e “Milu”. Ainda o desafiámos para cantar connosco (garanto-vos que tem uns graves de classe), mas ele preferiu ficar com a sua câmara a filmar uma pequena homenagem que fizemos ali mesmo, naquela hora, ao Cazuza. Pois é exactamente isso que podem ver aqui abaixo, o tema Luz Negra, escrito pouco tempo antes da luz do Cazuza se apagar. Hoje dia 1 de Dezembro, mais do que nunca, faz sentido colocar aqui esta canção.
Esgalhado por Joca à(s) 09:27 2 comentários
30 novembro 2006
The Art of Dying
Por isto a melhor forma de marcar o facto é por aqui esta nossa versão do My sweet Lord. Se ela existe devemo-lo ao Júlio Isidro que como responsável por um programa televisivo transmitido em directo da Culturgest há uns dois anos (por aqui percebe-se que já não me lembro do nome do programa…) nos desafiou para cantar esta música. Infelizmente tivemos menos de uma semana para fazer arranjo e cantá-lo em directo. Ou seja… podia estar melhor. Mas ainda assim vale a pena estar aqui… pela intenção.
Esgalhado por Joca à(s) 00:31 2 comentários
29 novembro 2006
Reconhecimento
Leituras que já ouvi
Cantadas por quem te leu
Luxúria que em mim desceu
Amor que por ti senti.
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28 novembro 2006
Canção de embalar o Action Man
Esgalhado por Miúdo à(s) 17:55 5 comentários
26 novembro 2006
www.vdr.com.pt
A partir de hoje está em funcionamento um preview do que será esta página em www.vdr.com.pt. Algumas opções estão já disponíveis. Convidamos a uma visita e a explorarem a nossa (futura) página!
Esgalhado por Miúdo à(s) 20:49 2 comentários
Wer macht mir
Certa noite, de regresso ao hotel depois de um concerto, faço o habitual zapping pré- repouso nos braços de Morfeu. Lembro que já era tarde. Dei comigo parado num canal alemão onde um talk show tinha como assunto “wer macht mir ein baby?” que o meu péssimo alemão ainda conseguiu traduzir: “quem me faz um filho?”. Todo o sono se dissipou e maldisse a minha ignorância de não saber mais alemão. A meia dúzia de meses de aprendizagem da língua de Goethe no Conservatório não deu para perceber quase nada. No ecrã estava uma moderadora, uma Fátima Lopes de porte germânico e cinco donzelas, mais balzaquianas que donzelas, que apelavam à caridade masculina no intuito de conseguir de um macho o esforço e empenho necessário para as fertilizar! Lindo. Lembrei-me logo que faço parte de um quinteto que podia, não fosse a distância e a barreira linguística, corresponder aos anseios e assim cumprir o que São Paulo tão bem escreveu aos Coríntios: “Mesmo que eu falasse a língua dos homens, … sem caridade eu nada seria”. E bastava ver 1 minuto do programa para perceber que só mesmo por caridade…
Adormeci com aquela ideia. De regresso ao Porto partilho-a com um parceiro de canções, o meu primo, que além de cultura vasta e vocabulário farto possui igualmente a loucura que certifica a nossa consanguinidade. Falei-lhe num refrão forte e numa coisa polilinguística. Ele surpreendeu-me com a letra perfeita: em cinco línguas (alemão, francês, inglês, italiano e castelhano), tantas quantas as bocas que cantam, uma história idílica (chamo sobretudo atenção à poesia que emana do verso “something’s itching down there”) e estava feita a canção. Gravámo-la ao vivo em 2000 e desde aí tem-nos seguido. O que aqui se apresenta é a versão apresentada no Coliseu do Porto aquando do Porto Cantado em 2001, integrado no Porto Capital da Cultura.
Esgalhado por Joca à(s) 11:25 8 comentários
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25 novembro 2006
À espera do Natal
No entanto a partir de segunda-feira deixa de ser segredo para todo o mundo que as Vozes da Rádio gravaram 2 temas novos que serão incluídos na reedição do disco de Natal. Bom, o Miúdo já o tinha mencionado de forma tímida num esgalho anterior. Um deles é o incontornável Jingle Bells que sendo cantado ao vivo por nós desde 1991, só agora passa a estar gravado. O outro, um original de título “À espera do Natal”.
Pois é exactamente este original que começa a ser tocado a partir de segunda-feira na Antena 1. Desde já um Feliz Natal, mesmo a um mês do dia, porque já o Pessoa dizia, a vida pode ser sempre Natal. Queiramos nós!
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Etiquetas: Informações
24 novembro 2006
O porquê dos Senhores...
Tudo começou em 2001. Fomos a Macau (está na altura de voltarmos, não?) pela segunda vez para participar nas comemorações do Dia da Raça. Como bem raçados que somos, granjeamos logo uma plêiade de fãs asiáticas que no dia a seguir à nossa actuação no Clube de Jazz de Macau invadiram o átrio do hotel e tiraram centenas de fotos em actos tão marcantes como a entrega das chaves do quarto na recepção, a saída da sala de pequeno-almoço ainda com um croissant entalado entre os dentes, as fotos lado a lado que quiseram tirar connosco e no fim ainda dispararam durante a tão salutar troca de e-mails.
Foi aí que começaram a chover mails. O primeiro rezava assim:
ÄúºÃ£¬caro amigo
ÄúµÄÅóÓÑ julieta ¸øÄú¼ÄÀ´ÁËÒ»•â¾«ÃÀµÄºØ¿¨£¡
ÏÖÔÚ±£´æÔÚ"¿¨Ðã Cardshow " (½«±£´æ30Ì죩¡£
Çëµã»÷ÒÔϵØÖ•¹Û¿´ÄúµÄºØ¿¨£º
Ô¸Äú½ñÌìÓЕÝÓä¿ìµÄºÃÐÄÇ飡
Fiquei deveras emocionado com as lindas palavras… depois foram chegando outros como este, onde mais uma vez o nível de compreensão é posto à prova:
Óla,Jorge!
Está tudo bem?
Hoje é 11 de June,chove muito em Macau!
Ontem à noite, quando voltaram à Hotel Sintra? Muito tarde, pois
não? Tinha ligado 3 vezes mas sempre não estavam. Eu deixei
um recado para recepcionista, não disse à vocës? Porém,
são as palavras para dar bënção a vocës.E
uma senhora do Hotel disse-me que vocës já partiram às 7:45,mais ou
menos, hoje à manha.Então sinto- me desesperada outra vez.Que
infeliz para mim----esta rapariga quem gosta do vosso grupo muito.Quese
chorarei!
O Rigardo disse que ele está a estudar na universidade, não é?
então, vocës estão ocupados para estudar, e para fazer
representação? Acho que este tipo da vida é muito
intressante.
O meu amigo disse que nunca viu a Julieta tão louca por um grupo
de música(ou gosta) como agora.`Mas porquë? De facto, não sei
claramente também. Só sei que na Sexta-feira, no centro de cultural de
Macau, depois de ouvir as canções, sentia-me muito
livre.Porque antes naquele dia, tinha algumas coisas
dificeis,principalmente é sobre o meu estudo.Dentro das vossos
canções, vi uma qualidades de optimista e uma força
que pode, pelo menos, fazer-me ligeira e alegre.
Sempre acho que o meu portuguës'não é fluente mas queria ser
uma estudante excelente,pois alguns tempos sinto -me perder a
esperança.Tenho 21 anos e esta idade é uma idade em que todas as
juventudes pensam muito sobre o futuro deles próprias e a vida humana.E
quanto estava um pouco vaga, as canções ofereciam--me vigor
juvenil.Não estou a Obrigada! É sério! Obrigada!
Lamento que não tenho o E--MAIL do Mário. Então se eu
queria contactar com ele apenas posso mandar cartas e ele vai responder à
carta ou não, eu não sei! Mas para dizer uma verdade :eu
gosto muito muito de si. Não preciso da razão especial gosto s
ó por causa do gosto! Talvez é uma carisma dele!DON'T LAUGH AT ME!
Então podia ajudar-me a perguentar porque é que ele não tem
E--MAIL?
Espero que podemos manter contactos perpetuamente. Se tenho oportunidade
vou ir ao Porto a visitä--los! Os mais sinceros cumprimentos para
vocë, para Rui, António, Gigardo, e para Mário!
Bom dia! Até já!
No entanto o que mais nos tocou foi este:
Olá,Miguel:
Já voltou Porto?
E como está a viagem?Todo está favorável?
Este dia,nós tomamos a liberdade de ir o hotel para tirar fotografia com
vocês.
E Julieta já mandou esteas fotografias para vocês.
Eu senti-me tão feliz que posso ouvir som maravilha dos senhores e
conhece-los.
Muito obrigada!
Outros dias, eu vou escrever e-mail outra vez.Porque eu vou assitir um
jogo de fazer a maquilhagem como modelo.Então estes dias estou muito
ocupato sempre.
E outra coisa,pode ajudar-me cumprimentar outros senhores?
Muito obrigada! Boa noite!
Margarida
E lá está a bold… A Margarida (que na verdade se chama Jin Yi) baptizou-nos para todo o sempre. Para ela, as singelas palavras do tema que abre o nosso primeiro disco: “Desfazíamo-nos, Rebaixávamo-nos, Humilhávamo-nos, Humedecíamo-nos, só de olhar para ti, Margarida!!”
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Boas Festas
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23 novembro 2006
Ensaios
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22 novembro 2006
R.I.P.
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Etiquetas: Memórias - vídeo
A cappella meets Fado
Encontrámo-nos ao fim da tarde para um café no Península: a Aldina, o Monge, o guitarra portuguesa José Manuel Neto, o viola Carlos Manuel Proença e eu iniciámos um intercâmbio de experiências musicais. Fim de tarde bem disposto e jantar no Chaimite, cujo nome só por si assusta, mas que se mostrou à altura do apetite.
Depois vieram os fados. E aí foi de fechar o comércio (esta também é sacada ao Monge). A Aldina esmagou-nos a todos. Incrível a música que dela brota! O acompanhamento ajuda e muito. Fabulosos músicos. E a Aldina lá vai planando sobre as cordas. O meu barómetro, que tenho instalado na pele, várias vezes deu sinal de alarme.
Acabei o meu curso sobre fado nos camarins a confraternizar com os artistas. Ainda não sei com que média vou ficar, mas não tenho dúvidas que ontem tive a melhor aula. E já sei distinguir uma fadista de uma artista. A Aldina é fadista. Enorme.
Final do jantar depois de umas tripas à moda do Porto (Monge, não é dobrada. Voltas a dizer isso aqui e não te servem, garanto-te...)
(este esgalhanço estava já esgalhado desde segunda. Infelizmente esgalharam-me a net até hoje, por isso o esgalho tardio)
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O arraso
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20 novembro 2006
Em estúdio...
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19 novembro 2006
Milú
Este esgalhanço permite-me contar coisas que os discos normalmente não dizem. A Milú existe na realidade e foi uma activista das causas femininas nos anos 60, aqueles em que os dias, como o de hoje, amanheciam cinzentos em Portugal. Daí esta cançoneta ter um ar tão sixtie. O vídeo é da responsabilidade do Carlos Figueiredo que compilou uma série de imagens antigas das Vozes, juntando algumas de estúdio e da apresentação ao vivo de "Mulheres".
Bom domingo.
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O fado vem ao Porto
É já amanhã, na Casa da Música, que a fadista Aldina Duarte apresenta o seu último álbum Crua. E eu vou estar lá, porque se há fado que nos toca, o da Aldina é um deles. Diria que é fado sem corantes, nem conservantes. 100% natural, exactamente como ele deve ser.
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Etiquetas: Informações
18 novembro 2006
Adenda
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Noite em Lisboa
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17 novembro 2006
16 novembro 2006
Smelly Cat - last recall
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Newsletter
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15 novembro 2006
Mudanças de visual
Assim hoje, cortei e cortei-me para retirar todas as pilosidades que se acumularam durante dois meses, certinhos, na minha face. O acto durou uma hora entre esgares de dor e alguns impropérios. Fiz a vontade a uma enorme legião de fãs, encabeçada pela minha mãe e seguida de perto pelo pai do Vilhas que se mostrou indignado perante a imagem de militar de Abril saído do verão quente de 75. Tristes ficaram os (poucos) que invejavam estes hirsutos pêlos. O Ricardo Araújo Pereira, por exemplo, confessou que gostava de ter uma barba assim. Mostrei-lhe o lado menos prático, falando-lhe de quando estamos constipados e nos assoamos. Ele ainda assim referiu a vantagem da barba poder ocultar uma mucosidade durante uns três dias e passado esse tempo a reencontrarmos sã e salva. Sem dúvida um aspecto positivo, que não me deu a força suficiente para continuar… até porque com a chegada da chuva aumenta a probabilidade de me constipar e sinceramente prefiro perder todas as mucosidades.
Mas para este esgalhanço não ir a seco para o blog, recordo aqui fotograficamente, o estilo Os acólitos de Al Capone, de 1995. Por esses anos o Nuno Gama além de nos vestir, esculpia-nos personagens que assumíamos em palco. O visual resultava muito bem e, no fundo, todos os personagens se encaixavam bem connosco.
Com bigodes, sem bigodes, de cabelos ao vento, ou rapados, nós somos todos uns camaleónicos. Uns David Bowies do a cappella lusitano, a bem dizer…
Tomi, no papel de mafioso, explorador de casinos. Hoje, seria dirigente desportivo.
Vilhas, no papel de contrabandista por altura da lei seca. Hoje, forneceria linhas à linha.
Eu, no papel de bandido conquistador. Hoje, seria massagista de hotéis de 5 estrelas.
Esgalhado por Joca à(s) 23:29 5 comentários
14 novembro 2006
Ah e tal...
Respondendo a alguns comentários entretanto aqui deixados:
Improviso – Já expliquei em cima o que aquela apresentação teve de improviso. Com certeza foi tudo bem mais improvisado que alguns discursos de improviso que ouvimos;
Zé Diogo – Perguntarem se está mais magro… Que raio de pergunta. Nunca o tinha visto (pessoalmente) mais gordo! (expressão popular a que não acho particular piada, mas que aqui se enquadra literalmente);
Troca de equipamentos – Sim. A ideia foi essa! E assumo, com algum orgulho, que foi nossa. Achamos que também deveria ser assim na Assembleia da Republica e nos jogos femininos de voleibol. Troquei casaco, gravata, cinto e os sapatos com o Zé Diogo. Infelizmente o sapato dele não me coube, apesar de ser do mesmo número. Problema de forma. Ainda propus a troca de calças e cuecas, mas não tive parceiros. Atitude simpática teve o Tiago Dores que nos camarins, ofereceu-me a t-shirt dos gato fedorento que ele trazia vestida. Eu vesti-a e assim mergulhei na noite de Lisboa. O suor dele deu sorte! Eram só gajas de Ermesinde atrás de mim! (esta parte é exagero… lembro-me só do Miúdo e do Tomi);
Podem ver aqui a t-shirt usada e suada do Tiago Dores já no meu corpinho, bem como a descomunal estatura do Ricardo. Um enorme talento, essa é que é essa...
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Agradecimentos
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13 novembro 2006
É amanhã
Esgalhado por Joca à(s) 20:35 6 comentários
12 novembro 2006
Le chat
1º) Não sabíamos bem o que fazer. Aliás, nem bem nem mal, como tal deixaríamos para a altura decidir o que iríamos fazer;
2º) Nós gostamos deles e eles de nós, o que não iria significar necessariamente que este seria um encontro colorido;
3º) Concluímos com toda a humildade, que este encontro reuniria o melhor do que se faz em Portugal, no humor e na música, não sabendo nem nós, nem eles, qual das áreas cabe a cada grupo;
4º) Dia onze, dia da gravação, é dia de São Martinho e como tal o tempo deveria estar bom;
Assim ontem lá fomos A1 abaixo, cantando e rindo! Eram 17h30m, conforme estava combinado, e estávamos na Cinemate prontos para os ensaios. Depois foi todo um árduo trabalho só ao alcance dos melhores profissionais. À noite, e depois de um jantar num requintado tasco da capital, gravámos aquilo que hoje será transmitido. E para já mais não digo, até porque nem eu estou certo do que fizemos ontem à noite. Espero esta noite para ver…
Há muitos anos que não se via em Portugal um conjunto tão grande de estrelas reunidas no mesmo palco. Nem na festa dos 20 anos da Rádio Regional de Arouca se conseguiu tal feito.
Esgalhado por Joca à(s) 19:31 11 comentários
11 novembro 2006
Press-release
Joca - estou a vestir-me. Amanhã terão a minha avaliação rigorosa sobre este momento. Que Deus nos abençoe.
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:10 1 comentários
10 novembro 2006
O (in)esperado acontece
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:10 1 comentários
09 novembro 2006
Um dia cinzento
Esgalhado por Miúdo à(s) 22:43 3 comentários
08 novembro 2006
Balada da Aleijadinha - futuro Hit
Fiquem com a Balada da Aleijadinha. (parte dela, claro... não da aleijadinha, mas sim da música)
Veio de muito longe
De uma aldeia lá de cima
Foi prós têxteis trabalhar
Era Deolinda, uma menina.
Num dia muito triste
Malhas que o Diabo teceu
Sobre a infeliz mocinha
Uma desgraça se abateu
O peso de um fardo de roupa
Nas frágeis costas trazia
Quando caiu nas escadas
E fracturou a coluna e a bacia.
(Isto continua... e não melhora! O resto ficará para um dos próximos concertos)
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07 novembro 2006
Questões de estética
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06 novembro 2006
Errata
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05 novembro 2006
Partidas inocentes
É esta nefasta influência que quantas vezes molda a minha conduta. Fora deste antro de víboras, sou exemplo notável para qualquer filho da burguesia. Bem dizia a minha mãe para me afastar das más companhias.
Tudo isto para, se possível, justificar o meu comportamento numa noite de fim de Abril, faz já nove anos.
Estávamos nas gravações finais do Mappa do Coração. Lá dentro estava o Tomi a cantar e nós observando-o do lado de fora do aquário. Nessa altura a moda era o beep que substituía o telemóvel com vantagem, para quem não queria gastar muito dinheiro. Nas Vozes beepava-se sem pudor e o telemóvel ficava só para o Vilhas e para mim. Que raio de ideia me havia de passsar pela cabeça naquela altura? Mandar um beep para o Tomi, é claro. Só que não podia ser uma mensagem qualquer. Teria que ser algo que o desassossegasse verdadeiramente. E nada melhor do que uma mensagem alarmista para um individuo que estava para ser pai pela primeira vez por esses dias. Olho para ele do outro lado do vidro, pego no telemóvel e mando a seguinte mensagem: “A Sofia já está cá fora. Vem para casa. Beijinhos” e assinei com o nome da mulher do meu colega. Depois ficámos todos a observar do lado de fora. O acto do nosso amigo sacar do bolso o aparelho, ler a mensagem e a saída em presto cá para fora. Depois aproximou-se e muito titubeante pediu-me o telemóvel. Enquanto isso nós, com a cara mais inocente, íamos acompanhando cada gesto seu. A verdade é que ele estava tão desnorteado que não conseguiu marcar o número de casa. Nessa altura eu, cão, perguntei-lhe o que se passava e ele não foi capaz de dizer muito: apontava para o beep e pediu-me para lhe ligar para casa que não estava a conseguir. E tremia muito. Aí não me contive. Desatei a rir, seguido pelos outros, e o Tomi readquiriu a cor normal. Percebeu logo que tinham sido os seus queridos colegas, em mais uma brincadeirazinha inocente.
Tomi, não que adiante muito nesta altura, mas mais uma vez desculpa. Por esta e por todas as outras… ainda assim não prometo que tenham acabado.
Instalação para pessoa e tripés. "O menino que não se tinha de pé". António Miguel, Abril de 97. Estúdios Rangel.
Esgalhado por Joca à(s) 20:51 1 comentários
XX FITU
Nos dias 20 e 21 de Outubro, decorreu no Coliseu do Porto o XX FITU (Festival Internacional de Tunas Universitárias). Eu lá estive, e com muito gosto, a convite do Orfeão Universitário do Porto a assistir e no fim a avaliar a participação das tunas a concurso. Não vou aqui fazer uma descrição aturada das noites. Sublinho apenas o saudável espírito académico do público e das tunas participantes. Apesar de este ano, no que diz respeito às tunas a concurso, o nível musical ter sido mais pobre do que em anos anteriores, conseguiram fazer um bom espectáculo académico. De salientar, a prenda oferecida aos espectadores de uma pequena orquestra a acompanhar a tuna universitária, a participação da tuna dos antigos orfeonistas e claro, os grandes Jograis.
Bem hajam todos os presentes e em particular o Orfeão Universitário do Porto (saliento claro o meu amigo Gustavo Nascimento e o digníssimo maestro António Sérgio, bem como todos os outros colegas de Júri). Parabéns!
Esgalhado por Tomi à(s) 13:03 0 comentários
País de Navegar
Em finais de 2000 fomos convidados a realizar um concerto todo pensado à volta do título do Museu. Fizemos textos, músicas, pensámos em cenários, criámos um guião. Depois achámos que seria interessante faze-lo com uma instrumentação pouco usual: flauta, clarinete, violoncelo, acordeão e percussões além é claro das cinco vozes.
Este tema, que originalmente se chamava “país de navegar” mas que acabou por ser registado com o nome “voo no dorso do meu rato”, é dedicado à Internet. Por isso mesmo é a mais pop das músicas deste espectáculo, que no início de 2002 teve edição discográfica.
Foi para mim um misto incrível de sensações reencontrar esta gravação. Por um lado achava que a única cópia que havia deste concerto de inauguração tinha desaparecido aquando do roubo do carro do miúdo. E foi uma enorme surpresa quando vi na caixa escrito “alfândega”. Por outro foi recordar toda a montagem deste espectáculo com os músicos: o Quim, o Moreira Jorge, o João Costa, o Nuno Silva e o Manoel Santiestebán. Mas acima de tudo, lembrar-me do nosso amigo e técnico de som que fez esta gravação e que uns meses mais tarde, depois do nosso concerto de Ovar (impossível esquecê-lo), trocou-nos por um coro celestial de anjos bem mais afinados e disciplinados do que nós. Não tenho dúvidas que um dia também lá vamos cantar. Enquanto isso não acontece, vamo-nos relembrando desses tempos. Mas às vezes, dá um raio de um nó…
Esgalhado por Joca à(s) 00:35 4 comentários
04 novembro 2006
Mulheres
Assim, tal como a perfeição divina, temos 3 mulheres que habitualmente trabalham connosco. A nossa Santíssima Trindade é composta pela competentíssima Cristina (é vê-la aqui no jantar de Natal da empresa, onde a obrigámos a comer num restaurante nepalês e a fumar um cubano), que é a nossa sócia, que trata da nossa vidinha de papéis, de contactos, de contratos e que nos atura as manias de artista, a profissionalissima Inês (que aqui aparece ao lado do Lobo Mau, em plena marginal de Ponta Delgada) que é nossa técnica de som, que se preocupa muito connosco (apesar de às vezes se referir a mim como o porco do Prendas, sei que é por carinho) e que igualmente atura as nossas manias de artista e a habilitadíssima Diana (em plena tertúlia de fim de jantar) que é uma excelente fotógrafa, que tem as melhores fotos do quinteto e que tem-nos aturado... manias de artista. Com elas, tudo parece mais fácil. Com elas, até somos mais civilizados. Por isso e por tudo mais, obrigado por estarem connosco. Fiquem por cá, que vale a pena! Já agora, não são todas lindas?
Esgalhado por Joca à(s) 19:48 2 comentários
03 novembro 2006
Questões de linguagem
Era pequeno, talvez 8, 9 anos, e estava com a minha mãe numa loja, quando ouvi uma senhora a dizer que tinha apanhado um bilros. Um bilros muito forte. Troco olhares com a minha mãe e mordi-me todo para não me rir. Ainda hoje no seio familiar, quando estou meio gripado, refiro-me ao bilros. Sim, porque não há Inverno em que o bilros não se aloje em mim. Outra recordação de infância passa por uma conversa didáctica com um jardineiro camarário. Eu, na melhor tradição clássica, gostava de coleccionar saberes e dessa vez tentava perceber quantas vezes se devia regar uma planta. Ele então explicou-me que há plantas mais sedentárias que outras. E as sedentárias precisam de muita água. Já os cactos não (serão nómadas? pergunto-vos eu).
Anos mais tarde, já adulto, confrontei-me com expressões dramáticas como “fazer um taco à queluna”, “ter um filho suficiente”, ou um irmão “toxodepente”. Há ainda o caso do outro irmão que morreu de “rebordosa”. Depois há quem sofra das engivas ou quem tenha problemas no diódeno. Quem gumite o almoço por má dingestão (mistura simpática de digestão com congestão). E há ainda quem sofra das hemorródias (sofrimento diário, como se infere da palavra). A medicina fornece um manancial de novas expressões que não se encerram por aqui. Noutra vertente, uma das mais deliciosas que ouvi foi no autocarro onde uma senhora pergunta à vizinha se “o baso que pus à entrada do prédio estroba?” “Não estroba nada” respondeu a outra. Qual estrobar, qual quê!
Uma amiga psicóloga sabendo deste meu fascínio linguístico passou-me duas expressões geniais. Uma delas foi uma mãe que lhe pediu para abrir as cédulas da filha (gesticulando à volta da cabeça) porque a menina tinha dificuldades de aprendizagem. Já uma outra estava com problemas porque tinha tido um esgoto cerebral.
Nisto também há clássicos nacionais. O há-des ver, por exemplo. E a conjugação da segunda pessoa singular. O fostes, o tivestes, o entrastes e o saístes entre tantos outros.
Para terminar repito a última, arquivada há uma semana. Andava eu de carrinho na rua com um dos herdeiros, quando ele desata a chorar. O motivo é o de sempre. Viu alguém a comer. Não fosse meu filho e parecido comigo, diria que é um aspirador. Perante o choro da fome, aproxima-se uma anciã que pergunta “o que é meu menino?”. Eu lá esclareço a senhora e ela diz-me: “tenho um netinho tal e qual! Sabe o que são meu senhor? Uns alarmes, uns alarmes!!”. E alarmado fiquei, para o resto da vida…
Esgalhado por Joca à(s) 23:38 3 comentários
Quando morrer quero ser...
Esgalhado por Jony à(s) 10:23 2 comentários
02 novembro 2006
Concerto Fnac Gaiashopping
Esgalhado por Miúdo à(s) 21:39 1 comentários
Questões de segurança
O problema é quando o polícia acerta! Aí já não é a insegurança que preocupa, é a pontaria e a formação do senhor agente. Há umas semanas um senhor guarda, aqui do Norte, durante uma perseguição de carro, atirou quatro vezes. Conseguiu acertar duas! Tudo lhe caiu em cima e descobriu-se que afinal o homem não tinha tido formação adequada. Digo eu, pois não, nem precisa. Este tipo devia ser o formador! Um indivíduo que de carro, a alta velocidade dá quatro tiros e acerta dois devia ter direito a reconhecimento público, participação nas próximas olimpíadas na classe de fosso olímpico, medalha no 10 de Junho e nome de rua na terra natal.
O problema é o outro lado. O alvejado. É pena, de facto, até porque o alvejado antes de o ser era assaltante, criminoso, prevaricador. Depois de o ser passa a ser jovem (tem de ser pronunciado devagar)! Pelo menos em todos os noticiários da TVI e alguns da SIC assim o chamam. Depois, e com honras sempre de abertura, ficámos a conhecer toda a vida do jovem, a sua família, a namorada e até que o carro que levava era roubado, mas que nem era normal faze-lo. Ficamos todos com pena do jovem e a família fica com mais tempo de antena que os 15 minutos do Warhol. Ao fim e ao cabo a culpa é da polícia que nem devia andar armada!
Por isso, conduzia eu sossegado por uma rua de Matosinhos, quando vi este revolucionário método de segurança: “Senhores ladrões. Aqui não há máquinas. Levamos para casa” e um enorme ponto de interrogação. Até voltei para trás para tirar a foto e partilhar isto com a blogosfera.
Banqueiros, industriais, ourives, vede este exemplo e segui-o. Levai sempre tudo para casa!
Esgalhado por Joca à(s) 00:21 4 comentários