16 setembro 2006

Memórias da Air Luxor

Puxei pela minha memória e só me recordo das Vozes da Rádio terem voado uma vez na Air Luxor. Lembro-me que o voo saía de Pedras Rubras depois da meia noite com destino ao Funchal e de todos nós, conhecedores da fama da companhia aérea, termos ido munidos de sacos-cama para pernoitar no aeroporto. Estávamos em Janeiro deste ano e os aviões da Air Luxor ainda conseguiam voar.
Afinal o voo partiu à hora marcada e correu muito bem. Li, como de costume, toda a literatura que colocam nas traseiras das poltronas e fiquei a saber que em menos de 15 anos a Air Luxor se tinha tornado a maior companhia aérea portuguesa. Lindo feito. Gente trabalhadora e esforçada, pensei, fantasiando até que era gente desta que nós Vozes precisávamos pois com 15 anos de carreira continuamos na sarjeta e, como se sabe, nós o que gostávamos mesmo de ser era como os D’zrt.
Hoje dei comigo a pensar na velha máxima que quanto mais depressa se sobe, mais rápido se cai. E se juntar a isto uns conhecimentos rudimentares de física descubro que o peso do avião, que não é coisa leve, ajuda à queda.
Se calhar o lamentável episódio da Venezuela com aqueles sacos de farinha no porão não ajudou muito para evitar o tombo. Muitos narizes ressentiram-se disso e pelos vistos a Air Luxor também. Ah! E o infeliz co-piloto Luís Santos que sofreu sem culpa nenhuma. De qualquer maneira sempre esperei vê-lo ser repescado para um reality-show, mas até agora nada. Fica a atenção da TVI.
Mas voltemos ao bom da vida. De narizes bem assoados, aqui têm os Senhores à beira do antigo iate dos Beatles.

Iate dos Beatles - Madeira

Depois, já no hotel, apreciem as famosas Vozes de roupão, com o seu técnico de som Nuno, nos corredores a caminho da piscina de talassoterapia.

Corredor Hotel Crowne Plaza

Para terminar os energúmenos juntinhos no elevador.

Elevador Hotel Crowne Plaza

Foi uma sessão muito proveitosa de talassoterapia, seguida de sauna (quem foi o anormal que me convenceu a tomar banho de água gelada depois da sauna? Podia ter morrido…). Depois, foi o concerto de bom nível e claro o mergulho nas “noites da madeira” bem menos calmas que as da canção do Max (grande tema).
Chegámos ao hotel a tempo de fazer o saco e apanharmos o avião que dessa vez, infelizmente, contrariou a fama da Air Luxor e levantou a horas. Se assim não fosse ainda andávamos por lá… o que não seria mau de todo.

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